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Conhecer o Aconcagua sempre fez parte dos meus sonhos, e finalmente a hora de colocá-lo em prática havia chegado.

Passagem para Mendoza comprada, mochila pronta, mais alguns acertos a fazer, e pronto, os dias passaram tão rápido que quando me dei conta já estava desembarcando em Mendoza na tarde do dia 05 de fevereiro! Nessa mesma tarde tratei de comprar o que me faltava (gás, uma garrafa a mais p/ armazenar a água, cadeado, termõmetro de ambiente...), e claro, conseguir o permisso de ascenso (1200 pesos, uma facada!), e tive uma boa noite de sono no "Lagares" hostel...

 

06/02 - Mendoza - Puente del Inca - Penitentes

 

10h da manhã parti (expresso uspallata, apenas 20 pesos!) de Mendoza rumo a Puente del Inca, vilarejo mais próximo a entrada do Parque... o ônibus demorou demais e comecei a ficar apreensivo sobre entrar no parque nesse mesmo dia... Ao chegar em P. del Inca, já eram 14:30, resolvi fazer uma boa refeição e pernoitar por lá mesmo...

Tomei um susto ao ver o preço da hosteria Puente del Inca... 198 pesos o quarto!!! Resolvi por a mochila nas costas e partir rumo a Penitentes(2750m), cerca de 5 km de distância descendo a estrada... No caminho ainda passei pelo cemitério dos Andinistas (local repleto de homenagens as pessoas que morreram tentando escalar a face Sul do Aconcagua) e tirei algumas fotos. Cheguei cansado em Penitentes e consegui um hostel por 60 pesos com café da manhã... bem melhor!

 

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07/02 - Penitentes - Entrada do Parque - Confluência

 

O dia amanheceu nublado e com muito vento, e as 9 da manhã parti estrada acima rumo a entrada do Parque (transporte por lá é uma coisa complicada, fui a pé mesmo), e após 5km cheguei novamente a P. del Inca. De lá até o Parque tem mais 3km de ladeiras... As 12:00h eu estava entrando no parque, apresentando o permisso, pegando a sacolinha para guardar o lixo (para quem não a devolve há uma multa salgada!), tomei um fôlego e parti parque adentro... Optei por carregar minhas coisas sem contratar as mulas, que são caríssimas.

Após 40 minutos de caminhada chega-se a ponte pênsil, onde acaba a trilha para os que não possuem os permissos, e começa a trilha de cerca de 3-4 horas para Confluência... Como eu estava com o peso total naquele momento (no total cerca de 28kg) e pelo desgaste de ter vindo desde Penitentes caminhando, sofri bastante nesse trecho , após vários pontos de parada para descanso e admirar o visual, alcancei o acampamento Confluência (3400m) após quase 6 horas a partir da ponte... já era 18h, e logo que fiz o check-in, já armei a barraca, fiz meu macarrão de copo e peguei no sono, mesmo com a algazarra que os foliões argentinos faziam lá fora. Acordei várias vezes durante a noite por causa da ventania, que algumas vezes jogava terra pelas abas de ventilação da barraca...

 

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08/02 - Confluência - Plaza Francia - Confluência

 

Conforme planejado, hoje era dia de trekking de aclimatação sem peso nas costas até Plaza Francia, local com visão privilegiada da enorme parede Sul do Aconcagua, e retornar a Confluência. Subidas íngremes mas com um visual compensador a cada novo vale alcançado. Não havia nuvens, e embora o calor seja pouco, o Sol e o vento castigam bastante o corpo. Após cerca de 3h de caminhada cheguei ao mirador da face Sul do Aconcagua a cerca de 4100 metros de altitude. Segui pela trilha em busca do acampamento mas após 1h30min de caminhada e ainda sem chegar ao acampamento, resolvi retornar a Confluência e recuperar as energias. Voltei bem cansado a Confluência e sabia que o dia seguinte seria bem puxado, na cansativa trilha a Plaza de Mulas. Cogitei de contratar as mulas, mas quando soube do preço (U$180!) desisti da idéia...

 

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09/02 - Confluência - Plaza de Mulas

 

Amanheceu, e eu estava apreensivo para este dia com carga total. 8 horas da manhã eu já estava com tudo pronto, partindo a Plaza de Mulas com todo o peso. Apenas para vencer as pirambeiras próximas ao rio no início da trilha eu já havia levado uma hora. Após isso o terreno tornou-se mais plano e simples de fazer a progressão... Percorremos um vale sem fim nesse momento, extremamente aberto, e quanto mais progredimos mais vão aparecando novas montanhas e continuações dos vales... realmente parece não ter fim! Bom momento para colocar um som e se distrair um pouco do ambiente inóspito, sem qualquer tipo de vegetação, mas com beleza única.

Pelo caminho, apenas algumas mulas passando por mim, mais nada. Após várias horas de caminhadas sem fim, me apoiei em uma das diversas pedras no caminho para descansar as costas e vi uma pedra enorme com uma bandeira em cima... cheguei mais perto e vi que estava em Ibanez, havia até uma placa indicando a continuação da trilha para cima e indicando o tempo de 4 horas. Senti um alivio enorme, pois ainda era 13:30, eu chegaria ainda com luz do dia mesmo que levasse o dobro do tempo!

Descansei, comi as eternas barras de proteínas e um cholocate, e parti morro acima... esse trecho é bem cansativo, sobe-e-desce sem fim em enormes montes, e alguns penhascos. Visual magnífico. Após vários montes chegamos a um local mais plano, com destroços do antigo refúgio Plaza de Mulas. A partir daí, vemos que a coisa complica um pouco: descortinando-se no horizonte surgia então a "Cuesta Brava", costa muito íngreme e escorregadia. Já havia lido em outros relatos que esse é o trecho mais complicado mas também que o acampamento estava muito próximo. As pirambeiras realmente impressionam, mas com muita calma e a passada controlada, passei por ela em cerca de 1 hora. O que eu não esperava foi o que eu vi logo adiante: Mais uma montanha a subir antes de chegar ao acampamento! Essa sim acabou com a minha energia, pois não contava com esse último e enorme obstáculo... Com passos de tartaruga, cheguei ao acampamento Plaza de Mulas(4300m) com um total de quase 12 horas de caminhada... ufa! Feliz e totalmente destruído, fiz o check-in no Guarda-parques, ancorei a barraca e logo fui dormir... Ah. aqui em Plaza de Mulas você é obrigado a montar sua barraca dentro de uma das prestadoras de serviço, e claro, pagar 5 dólares por dia para usar a estrutura (espaço da barraca, água e banheiro).

Na pressa de me deitar e relaxar, me esqueci totalmente de deixar a head-lamp no jeito caso eu precisasse ir ao banheiro de madrugada. E foi exatamente do que eu precisei, ir ao banheiro. Esse é um grande mal de ter de tomar água toda hora... 4 da manhã, lá estava eu no escuro procurando o banheiro... Mas correu tudo bem! :o) Alguns tropeções mas nada grave! hehehe

 

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10/02 - Descansando em Plaza de Mulas

 

Dia apenas para descanso em Plaza de Mulas e conhecer os arredores (refúgio). A trilha ao refúgio leva cerca de 30 minutos e não é tão próxima quanto parece nas fotos... Chegando lá, fiquei um pouco surpreso ao ver que não havia uma barraca sequer próxima ao refúgio... Minha intenção era de migrar para lá, mas como não havia mais ninguém acampado, apenas conheci o refúgio por dentro e liguei para casa, e resolvi ficar no acampamento em Plaza de Mulas mesmo, no meio do monte de expedições que haviam por lá... Como eu não fazia parte de nenhuma delas, senti o peso de estar sozinho por lá... as enormes barracas-refeitório totalmente tomadas pelas expedições, são eles que têm os melhores lugares para as barracas, aliás as barracas deles já estão até montadas, nem com isso eles precisam se preocupar... enfim, toda a estrutura montada para atender as grandes expedições, e você lá sobrando. Infelizmente não encontrei nenhum brasileiro avulso em Plaza de Mulas... O que me causou surpresa, pois lá é quase uma cidade, de tão grande...

Paguei 10 dólares para tomar um bando de 15 minutos lá mesmo no acampamento, e valeu a pena, estava precisando muito!

O Sol não dava tréguas, ou eu cozinhava dentro da baraca, ou ficava lá fora com sol na cabeça até as 20h! O clima castiga bastante, e vai minando suas energias lentamente.

Momento de descontração; fui até a câmera que tira fotos e exibe ao vivo na web para que eu fosse visto de casa... muito legal!

Apesar de que durante o dia o frio não assuste, de noite a coisa muda e normalmente forma-se uma leve camada de gelo dentro da barraca...

 

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11/02 - Tentativa de subir o cerro Bonete e dilemas

 

Fiz o check-up médico eu estava com 89% de oxinenação no sangue... nível esse considerado excelente! Eu não sentia qualquer sintoma de mal de montanha, ainda bem!

Seguindo o planejamento, hoje é dia de subir o Cerro Bonete (5000m) para aclimatação. Saindo do acampamento, tomamos o caminho do refúgio e, após passar por ele, subimos uma empinada costa e seguimos rumo ao cerro Bonete...

Pois é, eu parei na empinada costa mesmo... Quando você olha para cima e vê várias trilhas diferentes, é certeza de que nenhuma delas é boa. Comecei a subida vagarosamente para vencer a inclinação, mas essa se turnou cada vez mais, e mais inclinada e escorregadia por causa das pedras soltas e da areia sempre presente... a situação ia se complicando a cada novo passo, até que chegou um momento em que pensei "Agora f..deu tudo!" Qualquer passo p/ frente ou atrás faria eu escorregar morro abaixo... e ficar parado também me fazia escorregar aos poucos... Seria um tombo histórico! Coloquei toda a força em cima dos bastões de caminhada, e consegui me virar para iniciar a descida... e aí as pernas começaram a tremer... me acalmei, e tomei a descida com todo o cuidado... Após cerca de 40 minutos eu já estava em terra firme novamente, sentindo uma mistura de alívio e frustração. Voltei ao acampamento Plaza de Mulas...

Nesse momento, durante toda a tarde fiquei pensando até onde poderia chegar com meus equipamentos, já havia reparado que todos estavam muito mais bem equipados do que eu! Os dólares contados para a volta para o Brasil, a falta das botas duplas, dos crampons, o frio que eu estava passando a noite mesmo sabendo que o clima estava bom perto do que poderia estar... os caminhos escorregadios demais, a falta de alguém mais experiente nesse tipo de montanha e solo... decidi algo muito difícil: que lá era meu ponto final, não tinha como prosseguir sem as botas e sem a companhia de outras pessoas aos acampamentos avançados... Me dei por satisfeito de ter conhecido toda aquela beleza das montanhas, e decidi voltar na manhã seguinte... Creio que seguir a diante com as botas "Titan" da Nomade, não seria uma boa idéia... Meu corpo estava também me incomodando muito... os ventos e o frio estouraram toda a minha boca, que até latejava de dor a noite...

No fim da tarde ainda fiquei olhando, a partir do acampamento, todos aqueles caminhos para subir ao plaza Canadá, um homem me perguntou se eu estava pensando na melhor rota para subir, e eu disse "sim, sim!" mas aquilo na verdade era apenas uma última olhada... dia seguinte eu estaria partindo sim, mas em outra direção... pois seguir adiante seria imprudência demais da minha parte!

A noite eu ainda saí da barraca para contemplar pela última vez as numerosas estrelas que podem seu muito bem vistas de lá... são tantas, que parecem que vão cair em nossa cabeça a qualquer instante! Impossível enxergar tudo isso em São Paulo! rsss

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12/02 - Retorno a Confluência

 

Acordei e, como se fosse um sinal para eu retornar, o tempo estava fechado lá para cima. Perto das 11h, informei aos guarda-parques que estava retornando a Confluência. Dessa vez a volta foi em 7h30min, mesmo com várias paradas p/ fotos e descanso. A volta é um pouco monótona, e a surpresa foi o rio que, formado pelo degelo, estava muito mais volumoso na tarde e me obrigou a seguir quase pendurado nas encostas para não encharcar as botas!

Cheguei em Confluência e dormi muito mal graças ao barulho de uma verdadeira festa de argentinos que estavam apenas passando a noite por lá numa das barracas-gigantes montadas pelas empresas! Tinha até música, tudo!

 

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13/02 - Confluência a Puente del Inca

Se para subir a Confluência levei mais de 5h, para descer foi apenas 1h30min! Em 2h eu estava ao lado do lago Horcones, descansando junto ao verde e a calma do lago... Após mais alguns minutos já estava saindo do Parque rumo a Puente del Inca, onde passaria a noite... Lá, ainda estava pensativo sobre a decisão de ter voltado... mas agora já foi! :o)

 

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Considerações finais:

 

Talvez por sempre ter sido um sonho para mim, a subida ao Aconcagua estava cercada de expectativas, que aos poucos foram desmoronando... Realmente, como algumas pessoas já haviam dito, a montanha virou uma máquina de dinheiro, lugar tomado de expedições caríssimas que tinham todos os tipos de conforto e descaracterizam totalmente o sentido da palavra “montanhismo”. Quase não haviam pessoas “solo”…

Mesmo assim considero que, mesmo não conseguindo seguir rumo ao cume, a viagem ao Aconcagua foi inesquecível e com paisagens sem igual... até agora ainda não sei dizer se o sonho foi realizado ou se o sonho acabou... Creio que um pouco dos dois! Quem sabe nos próximos anos eu resolva voltar novamente com mais equipamentos (e mais dinheiro, claro!) e com mais alguém para tentar o cume?

 

O link com todas as fotos está aqui:

http://www.orkut.com.br/ExternalAlbum?uid=10822675067325729896&aid=1266659792&t=17995791440291575502&vid=13563832727213180328&ik=ACGyDXsB0otZpo7aBz4pMbTEeHQWE3jmcA

 

O que levei:

 

Alimentação (lembrando que cada um tem uma necessidade diferente, eu me adaptei muito bem com esses ítens):

3 "copos" de macarrão instantâneo

24 barras de proteína "slim" da VO2 (sobraram

10 barras de cererais (sobraram 3)

10 chocolates (sobraram 3)

Repositor energético em pastilhas efervescentes marca "Suum" (muito bom! excelente para ajudar na hidratação depois de longas caminhadas)

Leite em pó (200g) (sobrou 100g)

Proteína em pó (100g) (sobrou 20g)

 

Equipamentos:

Barraca 4 estações "Artiach" modelo "Solo" p/ uma pessoa (não existe mais para venda, e logo terei de comprar outra! ventilada demais!)

Saco de dormir "Trilhas e Rumos" - modelo Super Pluma gelo (meio grande e desajeitado mas deu conta do recado)

Mochila Curtlo 45L (faltou espaço)

Mochila "Artiach" 15L

1 par de bastões de caminhada Kailash (distribuir o peso do corpo é fundamental)

Fogareiro a gás "doite" modelo "mini rocket"

Gás marca "doite" 450g

Conjunto básico de 2 panelas e talheres

Headlamp

Capa impermeabilizante as duas mochilas

Cobertor de emergência em alumínio (não ocupa espaço nenhum)

Canivete

Garrafa em policarbonato p/ água - 1,5L

Garrafa d'água comum - 1,5L

Garrafa térmica - 1L

 

Vestuário:

Calça "2a. pele" marca Kailash

Camiseta "2a. pele" manga longa marca Solo

Calça e camiseta (parecido com uma 2a. pele)

Jaqueta "2a. camada" marca "Solo"

Calça corta-vento marca "Conquista"

Jaqueta impermeável resistente contra vento, marca "Trilhas & Rumos"

1 par de luvar "2a. pele"

1 par de luvas "comum"

1 par de luvas reforçadas

1 balaclava

1 touca

1 boné

2 bermudas

4 camisetas comuns

5 pares de meias

1 par de meia mais resistente ao frio (me desculpem, não me lembro do modelo!)

7 cuecas

Papete marca Timberland

Bota de trekking "Titan" da marca "Nomade" (muito confortável, voltei sem bolha nos pés!)

 

Higiene e cuidados:

Escova de dente

Pasta de dente

Shampoo

Toalha

Lenços umedecidos

Protetor solar FPS 30 (indispensável)

Protetor labial FPS 30 (indispensável)

 

Geral:

Filmadora com bateria sobressalente

Câmera digital com bateria

Câmera digital sobressalente

Pilhas

MP3 player

 

Não levei e senti falta:

- Mochila cargueira com maior capacidade (não tinha espaço para mais nada!)

- Botas para avançar aos acampamentos superiores / cume (aluguel caríssimo a partir de Plaza de Mulas)

 

Abraços,

Renato

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  • Membros de Honra
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Renato

 

Muito bom o relato. As imagens falam por si só!!! Fantásticas!!!

Agora, não acha que foi com muito peso não??? Confesso que se meu joelho tivesse em você, teria arrebentado no meio ::tchann::

 

Abraço

Edy

  • Membros de Honra
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Caraca, Renato! Do caralho esta trip!

Não se arrependa por ter de desistir do objetivo. Aliás, chegar ao topo é mera consequência da escalada e vc sabe disso: o lance é estar lá, é estar fazendo, subindo, gemendo de dor, com frio, suando, carregando o peso. O cume é detalhe. Saber voltar, identificar o ponto onde não dá mais é uma demonstração de maturidade, de força. Valorize a estrada, não o destino! Parabéns!

Agora, puxa umas tech info aí!

A barraca é de um pano só? Que modelo? E o saco de dormir? 28k é coisa, já com água isso?

  • Colaboradores
Postado

Meus pela tua força de vontade e pelo teu relato. Belissimas imagens e uma experiencia única.

 

Fiquei impressionado com a falta de gelo na montanha...

  • Membros
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Caraca, Renato! Do caralho esta trip!

 

Agora, puxa umas tech info aí!

A barraca é de um pano só? Que modelo? E o saco de dormir? 28k é coisa, já com água isso?

 

Muito legal!!

agora, fiquei com as mesmas dúvidas do Cacius.

Conta aí alguns detalhes, tipo o que vc levou na mochila e se arrependeu

ou o que fez falta.

 

num futuro longínquo pretendo tentar a sorte.

enquanto isso, vou reunindo as infos, heheh

  • Membros de Honra
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Parabéns, bela trip. ::cool:::'>

Só de chegar ao acampamento base já é uma viagem e tanto. Como bem disse o Cacius, o cume é consequência.

E você carregou tudo nas costas, sem porteadores, solo. Pode se orgulhar disso, não é pra qualquer um.

  • Membros
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Belas fotos. Taí algo que eu sou incompetente em fazer: tirar belas fotos.

 

Pena vc ter desistido em Mulas. A subida até Nido é relativamente tranquila e sua bota aguentaria.

Nessas horas um parceiro pra trocar uma idéia às vezes faz falta.

abraço,

Beto

  • Membros
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Caraca, Renato! Do caralho esta trip!

Agora, puxa umas tech info aí!

A barraca é de um pano só? Que modelo? E o saco de dormir? 28k é coisa, já com água isso?

 

Fala aí Cacius, blz?

Valeeeeeu! Realmente é uma viagem muito linda!

A minha barraca é da marca Artiach, modelo "Solo"... infelizmente esse modelo não é mais fabricado :( . É de um pano só, e na minha opinião bem resistente ao vento, aguentou muito bem o tranco em Torres del Paine ano passado e esse ano no Aconcagua! Só acho ela um pouco ventilada demais, quando ancoramos ela na parte traseira fica impossível fechar uma das abas... e o frio chega com tudo... Mas tudo bem, o que garante mesmo é o saco de dormir e o isolante térmico!

O meu saco de dormir, economizei e peguei um da Trilhas e Rumos, modelo "super pluma gelo", não é o melhor saco de dormir do mundo mas também não comprometeu, não me deixou na mão. Pelo menos nas indicações do saco está "-15" como extremo de frio. Não passei frio dentro dele em nenhum momento.

Sim, 28kg já contando com os 3,5l de água que eu levava entre um acampamento e outro, já que era difícil encontrar água pelo caminho...

Abraços.

Muito legal!!

agora, fiquei com as mesmas dúvidas do Cacius.

Conta aí alguns detalhes, tipo o que vc levou na mochila e se arrependeu

ou o que fez falta.

Fala aí, blz? Não levei nada que eu tenha me arrependido de levar, usei quase tudo por lá. Me arrependi de não estar com uma mochila maior... não cabia absolutamente mais nada dentro dela!

O que fez falta foi alguma bota dupla (ou de plástico) para seguir em direção ao cume... elas são caríssimas, até para alugar estavam pedindo US$ 15 por dia, e mais os crampons, US$11 por dia, e minha grana estava contada... resumindo, o que me fez falta mesmo foram os dólares para alugar o que me faltava, botas para neve e crampons.

Abraços.

  • Membros
Postado
Belas fotos. Taí algo que eu sou incompetente em fazer: tirar belas fotos.

 

Pena vc ter desistido em Mulas. A subida até Nido é relativamente tranquila e sua bota aguentaria.

Nessas horas um parceiro pra trocar uma idéia às vezes faz falta.

abraço,

Beto

 

E aí, tudo bem?

Também não sou bom de tirar fotos, mas as vezes tenho um pouco de sorte! hehehe Obrigado!

Pois é, passei a última noite em Plaza de Mulas pensando em continuar do jeito em que eu estava mesmo, mas quando acordei vi o tempo fechado lá para cima, e achei melhor voltar... Concordo com você, fez falta ter mais alguém lá p/ trocar idéia.

Queria ter conhecido Nido, pelas fotos que vi de lá o visual é maravilhoso! Maaas, vai ficar para a próxima!

Abraço,

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