Colaboradores Iberê Matos Postado Março 1, 2010 Colaboradores Postado Março 1, 2010 (editado) Bom galera, esse relato é referente à minha viagem de janeiro de 2010, eu vou postar fotos, experiencia, poesias, gastos, tudo bem explicadinho pra poder ajudar futuros viajantes. Qualquer dúvida que fique no ar perguntem por favor, e peço tambem um pouquinho de paciência pois o relato está muuuuuito grande e eu vou posta-lo aqui conforme for digitando! Desejo muita paz à todos! Roteiro: Rio x Santiago x Calama x San Pedro do Atacama x Salar de Uyuni x Uyuni x La Paz x Copacabana x Isla del Sol x Copacabana x Puno x Cuzco x Tacna x Arica x Santiago x Punta Arenas x Isla Magdalena x Puerto Natales x Torres del Paine x El Calafate x Perito Moreno x Puerto Natales x Punta Arenas x Santiago x Rio de Janeiro Rio de Janeiro x Santiago do Chile Enfim chega o tão esperado dia, acordei às quatro da manhã devido a ansiedade, as seis, busquei pão pra família, com empadinhas e strudel de banana. Minha namorada ficou o dia todo junto comigo, e junto com meus pais me levou ao aeroporto. Fiz o check in na boa, declarei a câmera na receita federal, e fui pra fila do embarque. Confesso que fiquei bem triste ao despedir do pessoal, porém a escolha foi minha. Emoções a parte, decidi procurar minha câmera na mochila e uns 5 minutos após o pessoal ter ido embora constatei que Gisela (minha gata) tinha levado a maquina. Saí em disparada, corri meio aeroporto e graças a Deus consegui encontrá-los. Depois disso, foi tudo de boa. Por incrível que pareça o vôo RJxSP saiu no horário certo, já o de SP a BbAs atrasou 1 hora, e tanto nesse quanto no BbAs x Santiago meu ouvido parecia que ia explodir, me explicaram que isso ocorre com pessoas que estão gripadas, ou com secreção, quem tem esses sintomas acaba sofrendo uma pressão absurda na hora de decolar e de pousar. Eu como tenho sinusite crônica sempre vou passar por isso. Santiago do Chile (10/01-14/01) Cheguei a Santiago por volta das três da manhã, peguei um táxi oficial, e essa foi à primeira burrice da viagem, pois paguei 30 USD pela corrida até o albergue. Ao chegar por lá estavam me esperando o Alexandre e o Gustavo, junto com o Guilherme, um capixaba gente fina que faz medicina no RJ, e o Pablo que é do Staff Che Lagarto. O Alexandre eu já conhecia, pois apresentei algumas praias do RJ para ele no dia 8, o Gustavo não deu pra conhecer direito nesse dia, pois já estava bem tarde. No dia seguinte ao acordar conhecemos o Alex, um mineiro que estava fazendo o caminho inverso que eu faria, combinamos de ir nós quatro para Viñas Del Mar, mas acabou furando porque o Alex sumiu. Tomamos o café da manhã, e na seqüência saímos para conhecer a cidade, cambiamos 200 USD, compramos as passagens de ida e volta para Calama, comemos as maravilhosas empanadas de queijo com camarão no Donde Augusto, bebemos algumas cervejas Austral e fizemos a primeira grande burrada da viagem! Pegamos o Toruistik Bus, foram 36 USD jogados no lixo, o dia estava bem quente, no ônibus tinha ar condicionado, eu estava muito cansado, o ônibus não parava nem para tirarmos fotos dos prédios e monumentos, eu aproveitei pra dormir, e saltamos ao chegar no cerro San Cristóbal, que por sinal foi a única coisa que valeu a pena nesse passeio. Existe um bondinho que leva os turistas até o mirante, nós adoramos essa parte, curtimos bastante, tiramos fotos legais, e voltamos para o albergue. Já estávamos novamente famintos, e fomos ao Burguer King, e depois ao Mc Donald`s para cada um lanchar de acordo com sua preferência! Uma dica importante é que os Sandwichs, as comidas, e quase tudo no Chile vem com um creme horrível de abacate, chamado Palta. Então quem não desejar comer o creme deve inclusive no Mc Donald`s avisar que em sua refeição você não deseja que haja palta! De noite conheci o Rodrigo, carioca também, muito gente fina que estava passeando com o Guilherme por Santiago e Viñas Del Mar, após tomar um banho decidimos ir eu o Guilherme, o Rodrigo, o Alex, e meus dois companheiros de viagem beber uma gelada. Primeiro fomos em um falso Café com Piernas, que seria na verdade uma casa de strip, na qual decidimos não ficar, depois passamos em um bar que logo logo notamos que era Gls, onde também não ficamos, e acabamos indo numa espécie de padaria onde bebemos até as cinco da manhã, foi bom demais. Os chilenos adoram brasileiros, e nós estávamos num astral excelente cantando MPB, bebemos 9 baldes de chopp, e como a beleza da noite se choca com a tristeza do outro dia, acordei as 10 da manhã completamente destruído pra ir até Viñas Del Mar. Tomamos um café da manhã muito fraco, pegamos o metrô e seguimos em um ônibus da Tur Bus, que por sinal é excelente no qual fizemos uma viagem de uma hora e meiae chegamos a Viñas Del Mar, ao chegarmos pegamos mais um ônibus até Rinhaca, almoçamos e fomos à praia. Galera, pra quem mora no Rio a praia não é nada demais, Água congelante, e o mar muito forte, eu me sentei num banco no calçadão, no qual quase fui roubado por ciganas, o Alexandre foi o único corajoso a mergulhar, e sentamos em um quiosque pra beber uma água, logo decidimos voltar e por volta das 21 horas estávamos no albergue, que por sinal estava lotado. Chegaram 6 brothers de Maceió, que eram muito maneiros, duas meninas do Pará que também eram nota 1000, e estavam por lá o Alex, o Rodrigo, o Guilherme, 2 casais de Curitiba, o Guilherme de SP, sua irmã Camila, o Jefferson, e um argentino muito gente boa chamado Nicholás. Nos reunimos todos na área de fumantes do albergue, nesse dia não bebi, mas acompanhei a galera até as 6 da manhã, fazendo churrasco, trocando idéia, cantando! Foi uma noite maravilhosa, pra não dizer mágica. Dia seguinte só fui acordar por volta das 14 horas, perdi a troca de guarda, mas ganhei um dia maravilhoso junto com recentes e grandes amigos. Ao acordar fiz cambio de mais 300 USD, almocei num restaurante italiano, e voltei pro albergue. Lá tava toda a galera, conversamos um pouco e cada um pegou seu rumo. Fomos eu, o Alexandre, o Gustavo, o Guilherme, e o Nicholás conhecer um pouco mais da cidade, fomos em igrejas, bares, pontos turísticos, e eu decidi ver uma espécie de clube de xadrez que reunia mais ou menos 70 senhores jogando na praça das armas. Paguei 400 CLP pra jogar também, perdi 3 partidas e ganhei uma, os caras jogavam muito bem. Depois comprei um calzone e voltamos ao hostel. Meus companheiros de viagem foram dormir, porém eu fiquei lá com a galera que tava toda reunida novamente. Por volta de uma hora da manhã todos foram pra noitada, foi horrível despedir dessa galera tão bacana. Sobramos eu, o Diogo de Maceió, a Samantha, e a Carol de Belém, trocamos altas idéias e por volta das 3 da manhã acordei o Alexandre e o Gustavo para irmos ao aeroporto, pois nosso vôo sairia as 5:50 da manhã. Vou falar sem erro que foi uma despedida marcante, o cara é super gente fina e as meninas também era muito legais. O táxi chegou e fomos até o aeroporto, embarcamos tranquilamente, ao entrar no avião eu usei três cadeiras vazias pra dormir pois estava virado. Gastos de Santiago Taxi do aeroporto – 29 USD Hostel – 3 x 13 USD = 39 USD Passagem: Santiago x Calama, e Arica x Santiago = 227 USD Passagem: Santiago x Punta Arenas x Santiago = 253 USD Cambio: 200 USD por 98000 CLP Cambio: 300 USD por 147000 CLP City Tour – 18000 CLP Donde Augusto – 10000 CLP Funicular – 1600 CLP Regalos – 8000 CLP Mirador – 100 CLP Burguer King – 2000 CLP Mc Donald`s – 1000 CLP Ligação – 400 CLP Bar – 7000 CLP Agua – 500 CLP Almoço – 3280 CLP Lanche – 1200 CLP Compras – 20000 CLP Café – 4000 CLP Agua – 500 CLP Xadrez – 400 CLP Taxi aeroporto – 12000/3= 4000 CLP Energético = 2x1600 = 3200 CLP Lanche – 2100 CLP Bus Santiago x Viñas x Santiago = 5300 CLP Lanche + água – 2000 CLP Telefone – 390 CLP 1 água + 1 pizza – 2800 CLP Pizza + refri = 2000 CLP Metro – 2x400 = 800 CLP Onibus – 2x400 = 800 CLP Refri – 600 CLP Editado Março 3, 2010 por Visitante Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 1, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2010 Calama e San Pedro do Atacama (14/01 e 15/01) Chegando a Calama me encantei com o dia nascendo por cima das altíssimas montanhas do deserto. Um aeroporto literalmente no meio do nada. Ao desembarcarmos todos começaram a tossir sem parar, mas graças a Deus foi só nessa hora. Pegamos um táxi até o terminal, que eram duas garagens muito pequenas, o Alexandre ficou brincando com um cachorro enquanto eu e o Gustavo compramos as passagens. O ônibus estava lotado, mas a tia muito esperta tentou nos enrolar, e no final devolveu nosso dinheiro, o próximo só sairia em quatro horas, decidimos pegar um táxi que sairia 5 vezes mais caro que o ônibus, e vimos que tinham duas meninas mexicanas na mesma situação, as convidamos para rachar o taxi conosco e conseguimos pagar pouco mais que 2x o preço que seria pago no ônibus. Viemos conversando, eu no banco da frente e os 4 no de trás interagindo enquanto o taxista tentava ser guia e só falava besteira coitado, mesmo assim eu o incentivei a continuar e no final ainda dei propina pelo esforço dele. Ao chegar à cidade dentre muitas opções absurdamente caras tínhamos a opção de ficar no Corvatch que é muito arrumadinho e seria um quarto triplo, ou no flórida no qual o quarto era quádruplo, não tinha locker, e ainda teríamos que dividir o quarto com uma velinha. Optamos pelo Corvatch que custava 4000 CLP a mais por pessoa, a s mexicanas convencidas pelo Gustavo e pelo Alexandre também vieram parar no mesmo hostel. Instalamos-nos, fomos almoçar, e fechamos os passeios para Lagunas Cejas e Geysers Del Tatio. Na hora de ir para as lagunas eu perdi o boleto, todos procuravam feito loucos, mas acabamos achando. Na van tinham 3 paulistas que viajavam pela América do Sul de moto, o Aurélio, o Marcio, e o Rogério, todos muito gente fina, e um casal de Curitiba que viajava em um Corcel 72, fomos brincando e cantando o tempo todo e ao chegar à laguna ceja optei por não entrar porque não achei nada demais, a galera que entrou mesmo de chinelo cortou o pé, pois o fundo da lagoa é cheio de cristais de sal extremamente afiados. A particularidade dessa lagoa, é que devido à quantidade de sal torna-se impossível um corpo afundar em suas águas. Enquanto o pessoal se divertia na laguna fui para outra que tinha uma espécie de pequenos patos, e tirei algumas fotos. Seguimos para os Ojos Del Salar, que são duas lagoas de água menos salgada extremamente geladas, nessas só o Alexandre entrou pra tirar o sal da outra. Depois disso fomos para laguna Tebinqui que é uma espécie de Salar, linda demais, encantadora mesmo, fizemos altas fotos, caminhamos até o final, o sal curou machucados que estavam na minha perna e no meu pé, assistimos um incrível por do sol, num contraste belíssimo de cores. A galera bebeu pisco, eu bebi coca, e comi alguns biscoitos, preparados pelo nosso amigo Eduardo que era o motorista da van. Todo mundo voltou fazendo maior farra, e o passeio foi feito pela agencia do próprio hostel. Depois saímos para jantar e comemorar o aniversario do Gustavo. Comemos bem e voltamos para o hotel Pois já era 1 hora e as 4 teríamos que estar de pé para ir aos geysers. Acordamos as 3 e pouca, depois de termos dormido apenas 2 horas, e fomos até a porta iniciar a ida para os geysers. Como sempre perdemos algo, dessa vez foi a chave do quarto que depois de muita procura descobrimos que estava no bolso do Alexandre. Seguimos para os geysers, no caminho senti um pouco de falta de ar, e ao chegar lá, mesmo com camisa, casaco, toca, calça, meia, bota, e segunda pele, morri de frio. Tava 5 graus negativos, tinha um pouco de gelo no chão, e os geysers estavam começando a acordar. Foi um grande espetáculo, nunca imaginei que fosse tão legal, interessante, e curioso. Quase congelei mas foi uma experiência impar. Nessa hora conhecemos o Thiago que é um viajante que começou o trajeto por Buenos Aires, foi até a Patagônia e estava indo rumo a Lima pra encontrar a namorada. O Thiago seria nosso futuro companheiro de viagem. Depois do geyser, fomos a laguna de aguais termais que era linda mas eu não entraria nem por um decreto com aquele frio. Depois fomos para laguna putana que é um impressionante lago cheio de vegetação em meio ao deserto, e depois seguimos ao encantador povoado Machuca, onde comemos empanada de queijo de cabra, e carne de lhama pela primeira vez. Ah , eu já ia me esquecendo, nos geysers comemos um farto café da manhã incluso no pacote. Ao chegarmos em SPA fechamos o pacote para o Salar de Uyuni junto com o Thiago pela Cordillera por 130 USD cada um, fomos almoçar, encontramos uma parte da galera que tava em Santiago, almoçamos todos juntos, as mexicanas nos acompanharam todos os dias em tudo que fizemos, depois do almoço tomei um belo banho, e fui para o quarto arrumar as malas e dormir, pois não dormia direito há 3 noites e ninguém é de ferro ne´! Nesse dia enquanto eu dormia a galera foi fazer sand board com as mexicanas e depois saíram à noite, eu literalmente apaguei! Gastos no Atacama: Táxi do aeroporto – 5500/3 = 1850 CLP Táxi de Calama à SPA – 30000/5 = 6000 CLP Hostel – 20000 CLP 1 porta água – 1500 CLP Almoço – 4600 CLP Lagunas Cejas – 15000 CLP Geysers Del Tatio – 15000 CLP Regalos – 1500 CLP Folha de Coca – 500 CLP Jantar – 7500 CLP Entrada dos Geysers – 5000 CLP Empanada + refri – 1500 CLP Agua – 500 CLP Pacote do Salar de Uyuni – 100 USD + 15000 CLP Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 1, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2010 Salar de Uyuni (16/01 e 17/01) Acordamos e fomos até a agência Cordillera, ao chegarmos lá cambiamos alguns dólares e fomos na direção das imigrações, depois de uma certa fila passamos na do Chile, e logo em sequência na boliviana, onde tomamos o desayuno para formar o grupo que iria no Jeep, éramos 4 e precisaríamos de mais duas pessoas, pois para o carro partir necessitava-se 6 viajantes. Fechamos com dois alemães que eram dois anjos o Louis, e o Dominique. Pagamos a entrada no parque e rumamos até a Laguna Branca. Paisagem incrível, com flamingos de três espécies, tiramos algumas fotos e seguimos em direção à Laguna Verde, uma das mais impressionantes de toda a viagem, a água possuía um tom de verde fora do comum, e com a imponente presença do Licancabur atrás. Uma visão realmente inesquecível. Depois fomos até o deserto de Salvador Dhalí, e em seguida para uma laguna de banhos termais, quando saí da lagoa fui fortemente abatido pelo sarôche, e quando chegamos aos geysers não consegui nem sair do carro. Antes do banho o pneu furou e os alemães ajudaram o Guido (motorista) a trocar o pneu, o Guido me deu um pouco de coca que só fez minha cabeça piorar. Voltando a história dos geysers, eu estava no carro e de repente vi o Guido correndo feito louco em direção ao carro, quando ele chegou eu entendi ele me perguntar se minha perna doía, e eu disse que não, apenas minha cabeça. Quando paramos o Alemão me pediu pra trocar de lugar com o Gustavo, quando me dei conta estavam todos carregando o Gustavo no colo, o chão onde ele pisou havia aberto, e ele caiu com a perna direita dentro do enxofre fervendo e necessitava de socorro imediato. O posto de primeiros socorros estava a uma hora e meia, seguimos viagem desesperadamente até que encontramos outro motorista que conhecia uma fábrica de ácido bórico, na qual havia um médico. O Gustavo, o Alexandre, e o Thiago trocaram de carro e foram até a fábrica, enquanto minha cabeça parecia que tinha uma bigorna dentro. Fui para o refúgio, lá uma senhora chilena, que morava na França e tinha uma banda de música brasileira chamada Maria Lilia me deu uma pílula para curar o sarôche e me fez uma massagem na testa com creme de ervas medicinais, fui deitar enaquanto esperava meus amigos, e o sarôche melhorou um pouco, depois de umas duas horas chegaram. O Gustavo teve uma queimadura química de 2º grau, e necessitava ir até Uyuni que estaria a uns 400km, devido a distancia o percurso seria feito no dia seguinte. Ele precisava desinfectar o machucado e tomar antibióticos próprios, então nós 4 decidimos abortar o passeio e seguir junto com ele no dia seguinte. Descansei bastante, tomamos uma sopa e comemos um macarrão junto com os amigos do albergue. Logo depois fomos dormir. Antes que me esqueça, o Gustavo foi um guerreiro, e com muito esforço já conseguia andar. No dia seguinte acordamos as 4hs30min e entramos no carro já com tudo pronto, nossa hosteria não tinha banho e passamos a primeira noite porcos. Ao entrar no carro o Guido precisou usar nossa água pois a do carro estava congelada devido ao frio numa altitude elevada. Seguimos rumo à Uyuni, e dentro de umas 3 horas paramos para o café da manhã num refúgio situado na Villa Mar. Logo após entramos no carro e em poucos kms o pneu furou novamente, ajudamos o Guido e seguimos viagem, depois de mais alguns kilometros faltando mais ou menos 100km para Uyuni o pneu furou novamente e esperamos mais ou menos uma hora e meia pois o Guido teve de ir à San Cristóbal, vilarejo próximo pois não tínhamos mais step, quem deu carona pro Guido foram os irmãos do motorista que tinha levado o Gustavo ao médico no dia anterior. Enquanto esperávamos a gasolina não parava de vazar. Enfim o Guido voltou e fomos para mais uma hora de espera na gomeria Mamani. Todos estavam exaustos e famintos, e dessa vez partíamos para Uyuni que ainda estaria aos mesmos 100km distante. Depois cheagamos à Uyunie tinha um maravilhoso frango com batatas, almocei e enquanto os outros terminavam eu ligar pra casa, e pra minha namorada. O almoço foi por conta da agencia, depois fomos a clinica para renovar os curativos do Gustavo, e fazer as medicações necessárias. Conseguimos a passagem pra La Paz por 20USD num ônibus com cama e baño. Compramos e fomos ao Salar. Adivinhem.... a gasolina acabou.... só a do carro????? NÃO, a da cidade inteira! Resultado, somente na casa do dono da empresa havia gasolina, depois de 50 minutos nesse corre conseguimos abastecer e ir até o Salar. O hotel de sal é maneríssimo, e o deserto dá pra fazer fotos bem legais, o Guido foi muito prestativo sempre, mas o carro não colaborou muito, fomos também ao cemitério de trens, onde ficam os trens que ligavam a Bolívia ao oceano, antes do Chile tomar Antofagasta, depois enfrentamos mais 3 horas de espera pelo ônibus que nos levaria à La Paz em 13 horas de viagem hiper cansativa! Gastos no Salar de Uyuni (16/01 e 17/01) Cambio: 40 USD por 200 BOL Cambio: 60 USD por 420 BOL Entrada no parque – 30 BOL Agua e comida – 3000 CLP Passagem pra La Paz – 140 BOL Telefone – 15 BOL Sarôche Pills – 25 BOL Lanche – 32 BOL Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 1, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2010 Momento Poeta Destinos traçados, mochilas andantes Pés com botas e calos, cavalheiros errantes. Jogados ao tempo, sucetíveis ao vento, e ao que mais tiver que acontecer Percorro caminhos, as vezes sozinho, mas sempre com fé no que a vida quiser! Coração apertado desde a partida Pois três anos não são três dias, é quase uma vida Mas sigo mantendo os meus pés no chão Não traio os valores do meu coração Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 1, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2010 La Paz (18/01 à 21/01) O ônibus de Uyuni até La Paz foi um verdadeiro inferno, morri de sede, calor, falta de ar. Além disso, as pílulas pra curar o mal da altitude me deixaram todo dormente, deve ter sido algum efeito contrário. O assento era muito apertado, e até cachorro tinha dentro daquele lixo. O banheiro não tinha luz, e a companhia era a Sur América. Ao chegarmos no terminal pegamos um táxi até o Loki, e a corrida equivalia a 2 USD, o Loki tava lotado e fomos até o Hostel Copacabana. A corrida dobrou para 4 USD, equivalente à 1 USD por pessoa, ridículo de barato. O hostel custou 10 USD por pessoa com banheiro privado, água quente, wi-fi, e internet no hall! Só poderíamos entrar no quarto meio dia, e enquanto a galera foi usar a net, eu fui ligar pra casa, falei a vontade com o pessoal por apenas 2 USD, porémnão consegui falar com minha namorada, a saudade só aumentava nos últimos dias. Retornei ao hostal e fomos ao mercado das bruxas, tinha muita coisa legal, e com preços inacreditáveis, compramos algumas coisas, tomamos um café hiper reforçado e fomos levar o Gustavo ao médico. Depois de fazer os curativos fomos ao hostel, Fizemos mais ligações e conhecemos o Mark, um brother muito maneiro do RJ que já tava por lá a duas semanas. Fomos ver um tênis mas o preço era similar ao do Brasil, comprei várias lembrancinhas a preço bacana, e fui almoçar com o Alexandre, comemos bem pertinho do hostel uma comida maravilhosa por um preço fantástico. Depois fomos tomar banho, voltar a ser gente e dar uma descansada. Em seguida fomos dar um role pra conhecer a Plazza Murillo e a San Francisco, curioso é que La Paz não tem praça das armas, acho que é a única cidade que visitei na América espanhola que não tem! Saindo da igreja caminhamos em busca de um super mercado, e acabei comprando um cartão pra minha câmera no caminho, e por sorte saímos em frente ao hostel. Fomos até o quarto alimentar o Gustavo, encontramos o Marc novamente. O moleque tem 18 anos e já foi pra MP, ele ficou na casa de um peruano que conheceu em Cuzco, depois ficou 3 semanas na Bolívia fazendo todos os passeios possíveis, incluindo Huyana Potosí, Downhill Coroico, Salar de Uyuni e todos os outros possíveis. Virou rato de La Paz. Depois o Alexandre foi dormir e eu fui com o Marc num restaurante judeu muito bom chamado El Lobo, comemos muito bem e fomos dormir. Acordei 13hs, e fomos almoçar no Brosso, segundo muitos é o melhor restaurante de La Paz, comemos pratos sensacionais como: Filé mignon, costela de veado, bife a parmegiana, e bebemos uma jarra de suco de laranja, custou mais ou meonso 7 USD pra cada um! Delicioso esse tal de Brosso, fica ae a indicação! Depois fomos levar o Gustavo ao médico apenas para trocar o curativo e tivemos a triste notícia que ele teria que voltar para o Brasil, e se internar por 10 dias, pois a queimadura havia inflamado e se ele não voltasse poderiam haver sérias complicações. Voltamos ao hostel e pesquisamos preços de passagens La Paz x São Paulo, enquanto a galera esperava a internet voltar pra ver as passagens eu deu mais um ataque consumista e gatei 450 BOL na mesma loja do dia anterior. Depois a médica veio no quarto e indicou ao Gustavo um excelente médico, eles foram dormir e eu fui no El Lobo com 2 suecas (Emilly e Helena) e com 2 brasileiros (Alan e Fabíola), onde ficamos trocando idéia até pouco mais de meia noite. Saímos de lá e quando chegamos ao hstel estava trancado, 2 inglesas acharam que tivéssemos sido roubados e chamaram o segurança de outro hotel, e o mesmo nos permitiu ligar para o nosso para ver o que estava acontecendo. Descobrimos que nosso vigia estava dormindo, conseguimos entrar, e fomos dormir sossegados. Dia seguinte acordei 6:45 da manhã cheio de gás, tomei um banhão, desci pra tomar café, encontrei a galera do dia anterior e rumei a Tiwanaku, fica mais ou menos 1 hora e meia de La Paz, o guia era excelente, mostrou tudo com muitos detalhes, ensinou como aconteceu a evolução da América pré colombiana, enfim, fez um trabalho fantástico. Dentro dos museus é proibido tirar foto, porém consegui uma do Monolito. As ruínas são todas reconstruídas, o que dá um ar artificial a região. Depois de conhecer tudo começou a chover muito, e eu saí correndo com a Michele, carioca que eu conheci, e quando nos demos conta estava chovendo granizo intensamente. Fomos almoçar, eu comi Lhama, e ela truta, mão tava tão boa a comida quanto no Pueblo Machuca mas valeu. Na sequencia mais um imprevisto, 8 batalhões da PM estavam formados, marchando em direção ao templo do sol, pois no dia seguinte seria a posse do Evo Morales em Tiwanaku, data histórica. Depois do almoço voltamos na van e no mei odo caminho paramos em um mirante para fotografar a imensa favela que é La Paz. Depois me despedi da galera e voltei ao hostel. O Gustavo tinha ido com o Alexandre num hospital top de linha, e o médico falou que seria necessária uma cirurgia, enxerto e internação, pois foi uma queimadura química, e esse procedimentos se faziam necessários. Procuramos a passagem na internet e não conseguimos comprar, então fomos à um agencia na calle Murillo, e confirmamos para o dia 21 às 8 e 45 da manhã a volta do Gustavo para o Brasil. Foi realmente uma pena mas creio que para a vida dele foi a melhor opção. Após comprarmos a passagem fiquei na portaria do hostel, a Emilly e a Helena me chamaram pra ir numa noitada no Wild Rover mas eu não tava tão animado, depois encontrei o Carlo, um italiano apaixonado por culturas antigas, e a Fabiola, eles me chamaram pra trocar idéia no El Lobo, e eu fui até lá com o Alexandre, batemos um bom papo, o Carlo me deu uma aula sobre culturas antigas, e astronomia. Minha vontade de ir a MP multiplicou, e enquanto isso o Alexandre conversava com o Alam e a Fabiola. Depois de algumas horas de conversa, cervejas e fotos, voltamos ao hostel para dormir. No outro dia acordamos bem cedo, o Alexandre levou o Gustavo até o aeroporto, e eu voltei a dormir. Depois por volta das 9 e meia descemos, tomamos café, e fechamos com um táxi para as 11hs irmos ao Chacaltaya. Nesse meio tempo liguei para casa e descobri que Gisela havia me ligado, fiquei bem mais tranqüilo e segui viagem. Botamos as malas no taxi e fomos até o Brosso comprar umas empanadas para levar, eu com meu portunhol achei que o taxista ia pegar a gente em frente ao Brosso, esperamos 15 minutos e nada, começou a bater o desespero dele ter roubado as malas, então o Alexandre foi até a esquina e lá estava o táxi. Depois fomos ao Chacaltaya, até que tinha bastante neve, foi muito legal. As paisagens eram magníficas, lagunas, riachos, e montanhas estavam presentes em todo o percurso. Fantástico. O Alexandre conseguiu subir, porém a altitude tentou me pegar e eu desisti. De qualquer forma, foi um dos melhores passeios da viagem. Foi a primeira vez que vi tanta neve. Depois do Chacaltaya seguimos até a rodoviária onde pegamos o ônibus até Copacabana. Fomos no ônibus discutindo futebol, com 2 mineiros e vários argentinos, depois de fazer a travessia de balsa até o vilarejo de San Pedro continuamos o caminho até Copacabana e ao chegar encontramos um hotel 3 estrelas chamado Ambassador, por 5 USD por pessoa, Jantamos truta, e enquanto eu fui dormir a galera foi dar uma volta, estava muito cansado e no dia seguinte iríamos até a Isla Del Sol. Gastos em La Paz : Cambio: 200 USD por 1400 BOL Cambio: 100 USD por 710 BOL Regalos – 164 BOL Telefone – 16 BOL Café – 18 BOL Táxi – 30 / 4 – 7,5 BOL Regalos – 300 BOL Táxi – 9 BOL Cartão Olympus 1gb – 130 BOL Hamburguer + suco – 32 BOL 3 Táxi – 30/3 = 10 BOL Almoço – 50 BOL Regalos – 450 BOL Tiwanaku – 60 BOL Entrada de Tiwanaku – 80 BOL Almoço – 40 BOL Regalos – 30 BOL Táxi – 10 BOL Pringles- 20 BOL El Lobo – 28 BOL Taxi Chacaltaya – 300/2 – 150 BOL Entrada – 15 BOL Ligação – 7 BOL Brosso – 14 BOL 2 águas – 8 BOL Hostel – 210 BOL Roupa suja – 24 BOL por 3 kg Onibus para Copacabana – 30 BOL Rodoviária – 2 BOL Balsa – 1,5 BOL Hotel – 35 BOL Jantar – 17 BOL Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 2, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 2, 2010 Copacabana e Isla Del Sol (21/01 à 23/01) No dia anterior demorei bastante a dormir, mas as 7 estava de pé, tomei um banho, e fiquei esperando a galera acordar. Decidimos contratar um taxi para fazer um city tour por Copacabana, fomos com ele até a Catedral que é linda demais, depois fomos ao baño Del Inca e ao Mirador Del Inca, retornamos a cidade, almoçamos pizza e então tratamos um caminho alternativo até a Isla Del Sol, no caminho passamos por lugares lindos como vilarejos, riachos, florestas, grutas, e outras belíssimas paisagens. A impressão que tínhamos era que estávamos dentro do livro Senhor dos Anéis, pois além da magia dos lugares por onde passamos, parecia que estávamos no condado, todas as pessoas eram pequenas e se dedicavam a vida rural, sem dúvida foi um dos lugares mais belos que conheci, pagamos um pouco mais caro mas as experiências não devem ser calculadas em valor financeiro. O taxista Isidoro havia de fato nos apresentado lugares divinos que se aproximavam ou ultrapassavam a visão de paraíso. Depois pegamos um barquinho de pesca até a Isla Del Sol, no meio do caminho decidimos ir direto até a parte norte. Pra mim foi a melhor escolha, mas um lugar encantador. Praticamente deserto porém maravilhoso. O Alexandre e os dois mineiros Bruno e Thiago, não gostaram devido ao fato de ser um lugar pacato, e decidiram andar com as malas e tudo em direção desconhecida atrás de um lugar onde houvesse mulheres. Para mim nada disso era importante, e decidi ficar a admirar as paisagens enquanto eles se matavam de andar atrás do astral oposto da ilha. Enquanto buscavam agito, eu já tinha encontrado o que buscava, paz e tranqüilidade. Muitos mochileiros brotavam das trilhas em diferentes direções, até que um me disse que meus amigos estavam a apenas cinco minutos dali, em direção ao refúgio Wiracocha, esperei um pouco mais e eles voltaram com suas malas e mochilas, e eu não me agüentei de rir. Eles descansaram, largaram as mochilas e continuaram a busca, e em seguida voltaram. O Thiago se destacou do grupo para continuar buscando um lugar mais agitado, já nós 3 depois de procurar bastante um albergue achamos um quarto meia boca com 2 camas, a terceira seriam colchão. Topamos e embarcamos na missão. Depois já de noite o cara me trouxe 2 sacos de feno, Os caras forçaram demais. Fiz maior briga e consegui um quarto privado pelo mesmo preço. O cara de pau ainda queria levar meu travesseiro em troca de uma almofada. Fiz maior guerra novamente e consegui ficar com o travesseiro. O albergue era em frente a um camping alternativo onde havia umas 40 barracas com rodas que chegavam a 10 pessoas tocando violão em todas as línguas imagináveis. O Bruno disse que tudo que o Thiago buscava estava ali. Fiquei tomando uma gelada com o Bruno , enquanto o Thiago estava sumido e o Alexandre rodava a ilha. Conhecemos 2 cariocas e um casal de Australianos. Quando a noite caiu fui usar o banheiro que era um buraco com uma privada e quando voltei o Thiago havia aparecido após andar por umas 5 horas na ilha, o Alexandre também tinha acordado! O safado do vigia do albergue viu que estávamos bebendo e nos cobrou as dívidas porque não tínhamos comprado cerveja com ele. Começou a chover forte, e todos entraram nas barracas, nós 4 fomos comer algo, chegamos ao albergue que Thiago tava hospedado e comemos muito bem. Depois voltamos ao nosso albergue onde eu e o Bruno ficamos conversando com o vigia, enquanto o Thiago caminhava na chuva entre as barracas gritando com minha lanterna na mão: “ Olá chicas argentinas, soy Del gobierno brasileño e vim com La mission de ayudar-las, não ayudo nobios maricóns, solamente chicas com frio”, Depois ele ainda na chuva cantava funks entre as barracas, foi uma risada generalizada, até o vigia que tava cheio de bronca ficou amigo da gente. O Brun e o Thiago voltaram pro albergue que tinha o restaurante, e eu fui dormir. No outro dia acordei as 7 horas, fomos comprar as passagens, e as 8:35 estávamos abandonando a ilha onde vivem os Aimarás. Ao aportar o Alexandre foi ligar, depois compramos as passagens direto para Cuzco. Almoçamos lasanha de truta e fomos para o ônibus. Logo passamos tranquilamente pela fronteira boliviana, e 300m depois pela peruana. Em pouco tempo estávamos em Puno. Quando chegamos, grande decepção. Os pilantras bolivianos nos enganaram novamente, nos venderam um ônibus cama de última geração, e nos deparamos com um lixo ambulante que custava 3 vezes menos e não tinha nem acento reclinável. Na verdade o acento reclinava um pouco, e o pouco que a mulher da frente reclinou esmagou minha perna. Depois de algum tempo o ônibus parou em Juliaca para botar um monte de bagulho no bagageiro. A viagem já tava se tornando um pesadelo, quando o motorista começou a dar carona pra todo mundo que pedia, e ao sair da cidade foi parado por uma blitz. Estavam errados pelos passageiros no corredor, e rolou a famosa propina brasileira. A viagem foi a pior até agora. O ônibus atrasou e só chegamos em Cuzco meia noite. Ao chegarmos o fomos ao Pirwa, Loki, e o The Point atrás de vaga, e não arrumamos nada. Acabamos em um tal de B e B, que era lega,.pelo menos pra ter onde dormir naquela noite. A viagem de Copacabana até Cuzco durou 11 horas, e estávamos exaustos. Foi chegar, tomar um banho num chuveiro quase sem água, que apenas pingava, e dormir. Gastos em Copacabana, e Isla Del Sol Cambio – 45 USD por 127 Soles City Tour + Barco para Isla Del Sol = 60 BOL por pessoa Almoço – 27 BOL Hamburguer com papas – 10 BOL Cerveja – 10 BOL Hospedagem – 30 BOL Jantar – 30 BOL Ida ao lado norte – 20 BOL Barco de volta para Copacabana – 20 BOL Almoço – 38 BOL Passagem Copacabana x Cuzco – 15 USD Pringles + 2 águas – 16 BOL Taxi – 15 Soles Hostel – 15 Soles Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 2, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 2, 2010 Cuzco (23/01 à 29/01) Cuzco amanheceu em dia chuvoso, saí as 9hs pra entrar na net e ligar, consegui falar com minha namorada e voltei ao hostel. Acordei o Alexandre e fomos almoçar, perguntei ao guarda e ele me indicou o Chiffa, restaurante chinês na calle Belém. Pedi um yakissoba, e o Alexandre pediu um pescado, o meu veio um prato monstro e o do Alexandre um peixe gigante, devia ter uns 50cm, ambos saímos extremamente satisfeitos deixando ainda um pouco no prato, fomos cambiar a grana, cambiei 140 USD, comprei mais um cartão de memória, e fomos ver passeios. Fechamos o city tour passando por Saqsaywaman, Quenko, Puka Pukara, e Tambomochay. O convento Qorikancha é impressionante, tem vários quadros com bordas de ouro, paredes explicando o calendário e a astronomia Inca, o convento conta muito da história regional, e segundo o guia é o lugar mais sagrado do Peru. Em seguida fomos a Saqsaywaman, a incrível fortaleza Inca que foi a última a ser construída e a primeira a ser destruída. O templo tinha dupla função. Religiosa e Bélica. As pedras encaixadas sem uso de cimento chegam a medir 7 metros de altura pra fora da terra e mais 2 pra dentro, totalizando 9m. e do alto da colina temos a melhor visão da cidade de Cuzco, este ponto seria o olho do Puma, tendo em visto que Cuzco é no formato do Puma. Quenko é o lugar onde tinham os labirintos, e no interior de uma gruta eram realizados os sacrifícios, nessas ruínas também tem o monólito que antes era um Puma esculpido, simbolizando uma oferenda a Pacha Mama, deusa da terra. Depois nos dirigimos à Puka Pukara, que segundo o guia funcionava como uma espécie de aduana do império Inca, pois situava-se no cruzamento de todas as rotas conhecidas pelos incas. Depois fomos até Tambomochay, o lugar mais alto do complexo arqueológico, de onde vinha a água que abastecia a população. Lá situa-se a fonte que nunca seca. Depois fomos a uma loja caríssima e na saída ficamos presos devido a chuva que caía. Ah, eu estava usando minha camisa do mengão, o que levou o Douglas a me reconhecer como brasileiro e me parar na rua, isso antes de fecharmos o passeio, ao chegar em Cuzco e ir até o Mc Donald`s o encontramos novamente. Meu casaco estava com o zíper arrebentado e absolutamente imundo. Comprei um novo, também impermeável e abandonei o antigo no Mc. O Douglas nos disse que o hotel Qorikancha tinha um serviço muito bom, por apenas 10 USD. Com baño privado, Wi-fi, e desayuno. Enquanto o hostel que estávamos custava 5 USD e além do quarto ser coletivo, e n ter água no banheiro, não tinha nada incluído. Ao sairmos do Mc fomos direto ao hotel fazer reserva, e pegar as malas no outro. Ao chegar no Qorikancha tomei um belo banho, fiz minha barba, me arrumei, e enfim ia conhecer a famosa noite de Cuzco. Fiquei trocando idéia com o Douglas no pátio do hotel, enquanto o Alexandre usufruía alegremente da internet. Eu e o Douglas decidimos sair, enquanto o Alexandre preferiu ficar no hotel. Fomos então ao Mithology beber uma Corona, entramos para conhecer, e fomos conhecer outros lugares. Chegamos ao Mama África, bar bem agitado onde passamos grande parte da noite. Nesse bar encontrei André e Zé Guilherme, mais 2 amigos deles. Zé estudou comigo no jardim de infância. Foi muito bom ter encontrado essa galera. Na sequencia fomos a um outro bar onde a mulherada tava muito doida, dançando em cima do balcão. Parecia até filme, muita doideira! Logo na sequencia por volta das 3h da manhã fomos dormir. No dia seguinte, ainda destruído pela noite anterior, acordei por volta das 7 e 30, pois teríamos que fazer o Vale Sagrado. Nos reunimos no Desayuno, o Douglas não pôde ir a Machu Picchu por causa das chuvas. Caíram algumas barreiras, e os trens não estavam passando. Ou seja, a principio não teria como chegar até MP. Meio decepcionados com essa notícia, fomos até a agencia e mais uma notícia ruim se aproximava, a ponte de Pisaq caiu, e não seria possível conhecer o Vale Sagrado, mas logo a história mudou, faríamos o caminho inverso, começando por Chinchero. Ao chegar em Chinchero fomos até uma casa, assistir uma palestra sobre como fazer o tingimento natural de lã de alpaca, e a arte do tear. Lógico que depois de toda a palestra tive que comprar um caminho de mesa para mi mama, pelo show que foi feito as chincheras mereciam vender tudo. Depois caminhamos até a Iglesia onde tem muitas imagens de santos sofrendo, e eu preferi ficar do lado de fora. Nunca gostei da arte barroca, devido aos dentes e cabelos nas imagens. Em seguida fomos até as ruínas onde pudemos entender um pouco sobre a forma de plantio e a arquitetura dos gênios Incas. Após retornarmos ao ônibus, fomos as Ruínas machooloa, onde existe um belo mirador do Vale Sagrado. Depois fomos até Urubamba que estava com alto grau de destruição por causa das chuvas, o que impossibilitou a excursão de prosseguir até Calca, e nos fez ir direto a Ollantaytambo fazendo apenas uma pausa de 50 minutos no restaurante El Toldo que por sinal além de caro era um lixo. Fomos mal atendidos, e o macarrão com carne moída que pedi veio praticamente puro. Nota 2 pro maldito El Toldo. Chegamos a Ollantaytambo, e as ruínas são as mais incríveis de toda viagem. Essa cidade gerreou 15 anos contra o império inca, até o general Ollantay poder viver feliz com a princesa e a filha fruto desse amor proibido. Nesse dia recebi a notícia catastrófica que MP estava com todos os caminhos bloqueados por inundações, o que fez o Douglas e o Alexandre decidirem voltar para La Paz, mas eu sem sombra de dúvidas estava decidido a esperar para que se reabrissem os caminhos da cidade sagrada, afinal esse era o maior propósito da minha viagem. Por volta das 10 horas o Douglas foi embora, e meia hora depois o Alexandre também se foi, e então minha trip mudava de rumo, e as coisas a partir desse momento dependiam apenas do meu astral. Logo após a galera partir, joguei uma água no corpo e parti para mais uma noite cuzquenha. A noite foi mais uma vez regada à Corona, num astral tão doido quanto o da noite anterior. Foi muito maneiro, e eu ao voltar tinha esquecido o nome da rua e do hotel que estava, só tinha 2 soles no bolso, e mal sabia a missão que tinha pela frente. Consegui um táxi por 2 soles, e tentava explicar que o hotel tinha o mesmo nome do convento, e o coitado do cara ficou dando volta pela cidade por uns 40 minutos até o carro morrer, eu ter que empurrar na chuva e o carro não pegar mais. O cara era tão bonzinho que fez questão de me devolver os 2 soles, e me pediu que tomasse outro taxi. Depois de muito sacrifício encontrei o hotel e tive uma noite maravilhosa de sono. Acordei 10:15 e já tinha encerrado o café manhã do hotel. Encontrei mais 3 brasileiros no hall, que tentaram ir até MP, foram até Santa Thereza e de lá pra frente não conseguiram passar. Estavam os 3 decepcionados, e na expectativa do que fazer. Eu mudei para um quarto simples, tendo em vista que tava num duplo e o Alexandre foi embora a mudança se fazia necessária. Com o passar do dia as notícias sobre MP só pioravam, os helicópteros não paravam de passar , e a estimativa é que houvesse 2000 turistas presos em Águas Calientes. A esperança de conhecer a cidade perdida já tinha ido literalmente por água abaixo. Eu fui conhecer Maras e Moray. Maras é uma salineira diferente de todas as outras que já vi, que desde o império inca funciona para alimentar o escambo de produtos na região. É um sistema fantástico. E Moray talvez seja a plantação mais trabalhada, organizada, e admirável que já tive a oportunidade de conhecer. As plantas são postas cada uma em um dos muitos degraus que há no local. Cada degrau dista 50cm do outro impossibilitando a entrada de animais como vacas, ovelhas, cavalos, tornando possível o acesso somente à humanos e cachorros, porém se os cachorros entrarem não conseguem subir de volta, o que possibilita o acesso somente a humanos. E o mais incrível é que cada “andar” está em uma temperatura diferente, o que torna possível a adaptação das espécies vegetais de acordo suas necessidades. É realmente absurda a tecnologia agrícola utilizada. Depois dessas 2 visitas fomos até Chinchero, e como já tinha visto preferi jogar futebol com os peruanos. Nunca fui bom de bola, e obviamente na altitude seria ainda pior. Em menos de 5 minutos desisti devido a falta de ar . Ao chegar na cidade fui ao Mc Donald`s, e na sequencia liguei para casa, minha mãe apresentou a seguinte idéia: Lembra do Gustavo que se queimou no Salar? A viagem em virtude do ocorrido atrasou dois dias, o que salvou nós 3. Porque se chegássemos 2 dias antes estaríamos presos em MP! Muito obrigado Gustavo! Ao sair do telefone fui até o quarto do Dani, do Caio e do Zé Pedro ver se a night tava de pé, e eles confirmaram. Desci para tomar banho, e logo após encontrei a galera e fomos para um Reggae próximo ao Loki, o lugar tava muito cheio, e só vendia a cerveja cuzqueña que é horrível. Ficamos por lá uma meia hora, descemos para o bar que vende Corona gelada. Bebi 2, também tava rolando um Reggae e depois fomos ao Mama Africa, no caminho fiz amizade com 2 policiais, ficamos um tempã no Mushroons que também só vendia o lixo da cuzqueña, depois subimos ao Mama Africa onde comprei uma Corona extremamente quente e em seguida abandonei a galera para beber outra gelada e fiquei trocando idéia com os policiais que eram muito simpáticos, na hora de despedir o cara ate tirou a luva pra apertar minha mão. Voltei ao Mama Africa para despedir da galera, e peguei um táxi até o hotel, onde em poucos minutos dormi. O dia seguinte foi a gota d`água que faltava pra abandonar Cuzco, acordei 13horas, tentei ligar pra minha namorada e não consegui. Voltei ao hotel e encontrei o Zé, o Dani, e o Caio, os caras estavam indo almoçar e eu fui junto, No meio do caminho até a Calle Belém um babaca cuspiu no pescoço do Dani, e a maldita peruana apontou como se viesse de cima. O safado esbarrou no Dani e nós seguimos para o restaurante. Comos um delicioso Yakissoba e na hora de pagar percebemos que o maldito rato peruano havia roubado a carteira de nosso amigo com documentos e toda a grana. Voltamos ao hotel, discutimos o ocorrido. Estávamos com viagem marcada para Arequipa nesse dia, e todos sentam mau pressentimento desde cedo, encaramos o roubo como um aviso e desistimos da viagem. Fomos com o senhor Luigi, administrador de uma rede de hotéis até a policia turística fazer ocorrência para o Dani poder sair do país, e depois até a agencia para ver se eles conseguiam alterar a passagem de volta para o quanto antes voltarem ao Brasil. Eu me empolguei e paguei 133 USD de Cuzco até Tacna pela Lan, de lá estaria ao lado de Arica, de onde sairia ,eu próximo vôo. Uma observação importante a fazer sobre Cuzco é que essa cidade é muito parecida com a Lapa do Rio de Janeiro. É um lugar que te deixa tão a vontade a ponto de você ficar sujeito a tomar um bote a qualquer hora. As 22hs eu estava lá no quarto dos caras, o Dani não animou de sair, mas fomos eu, o Caio e o Zé. Primeiro fomos até o pub do The Point que tem uma decoração muito boa, depois fomos ao Ukuks onde tava rolando um show de rock e em seguida caímos pro Mithology, lá a Corona tava quente, e seguimos até o velho e bom bar das cortinas pretas, onde rolava um reggae latino americano alucinante e a minha deliciosa Corona estupidamente gelada. Fiquei por lá até uma 3 ou 4 horas e fui dormir. No outro dia acordei por volta das 2 da tarde, porque devido as chuvas todos os passeios que poderiam ser feitos já haviam sido, os outros estavam interditados. Ao me levantar fui almoçar num restaurante ótimo chamado Maison Espadeiro, na volta na rua encontrei o Dani, o Caio e o Zé e fui com eles até o Mc Donald`s para almoçar. No caminho de volta comprei alguns regalos, e fui fazer shiatsu. Esse tipo de massagem é oferecido a cada esquina, e outra oferta grande também na cidade é a de drogas. Os locais te abordam com panfletos de agencia ou boates nas mãos afim de te oferecer maconha ou cocaína. Bom, voltando ao decorrer da viagem, depois de fazer Shiatsu retornei ao Hotel, liguei pra casa pois todos estavam muito preocupados devido ao alto índice de chuvas em Cuzco, depois fui ao quarto dos amigos paulistas trocar idéia, e enfim voltei ao meu quarto para arrumar as malas, lanchar, tomar um bom banho. Em seguida por volta de umas 10hs fomos ao hostel The Point fazer minha despedida. Tava rolando por lá o aniversário de uma menina uruguaia que voltava de MP, a comemoração tava forte. Bebemos várias Brahmas, conhecemos a Fernanda e a Camila de floripa, que são muito maneiras, por volta da meia noite despedi da galera e fui pegar La ultima Corona de Cuzco. Pra variar um pouco acabou não sendo a última e só saí de lá 2 da manhã quando o Pub fechou. Depois fui dormir muito preocupado de perder o vôo no dia seguinte. Gastos em Cuzco Cambio – 140 USD Cambio – 100 USD Cambio – 100 USD Cambio - 100 USD Alomoço – 15 soles Corona – 60 soles City tour - 14 soles Mc Donalds – 26 soles Cartão de memória – 95 soles Casaco – 105 soles Qorikancha – 10 soles Boleto turístico – 70 soles Água - 2 soles Capa – 3 soles Vale Sagrado – 28 USD Hostel – 15 soles Hotel – 30 soles Capa de chuva – 3 soles Caminho de mesa – 45 soles Almoço – 25 soles Mc Donalds – 18 soles Corona – 60 soles Hotel – 30 soles Café – 10 soles Hotel – 35 soles Ligações – 8 soles Mc Donalds – 18 soles Jornais – 2 soles Maras e Moray – 45 soles Entrada em maras – 10 soles Corona – 50 soles Táxi – 3 soles Camisas do Perú – 40 soles Fantoshes – 5 soles Almoço – 15 soles Jantar – 15 soles Mercado 25 soles Táxi – 7 soles Passagem pra tacna – 133 USD Hotel – 70 soles Corona – 80 soles Almoço – 32 soles Regalos – 55 soles Shiatsu – 40 soles Cervejas – 28 soles Internet – 1 sol Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 3, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 3, 2010 Aríca (29/01 à 31/01) No dia 29 muito contra a vontade e graças ao excelente staff do hotel acordei as 7hs30min, tomei o desayuno muito desanimado e peguei um táxi por 5 soles até o aeroporto de Cuzco, no caminho percebi que havia esquecido tudo relacionado a banho. O aeroporto estava em festa devido aos resgates do pessoal que estava em MP. Fiz o check in, tive que dispensar junto a minha mochila, minha tão bem cuidada mala de regalos, e então fiquei aguardando o embarque. Durante o vôo minha cabeça doeu muito novamente. Ao sair peguei o táxi até Arica, que de 120 soles consegui pagar 60, com ele passei nas duas aduanas e não tive problema em nenhuma, e depois saímos em busca de um hotel, não teve nenhum que me agradasse e todos custavam em torno de 7000 CLP, acabei conseguindo um bom hotel por 10000 CLP com piscina, desayuno, e banheiro privado! Uma maravilha. Após isso mais uma boa surpresa, o cambio de 490 CLP por dólar, tinha virado 525 CLP por dólar, muito satisfatório! Troquei 180 USD, liguei pra casa, paguei o hotel, fui comer, comprei novamente as coisas que havia esquecido em Cuzco, e fui tomar um banho de piscina que não consegui por estar muito gelada, e então fui até o quarto e apaguei vendo TV. Depois por volta das 22hs acordei, fiquei vendo Ratatulia,em espanhol, depois fui a piscina e conheci a Sandra e sua mãe, duas bolivianas muito simpáticas com as quais fiquei conversando mais de uma hora, e mostrando as fotos da Bolivia. A Sandra não conhecia o Salar, nem Copacabana, e ficou encantada com as fotos. Na sequencia voltei ao meu quarto, para ver filmes e dormir. No dia seguinte acordei meio dia, botei o sono em dia, fui a praia, comi quatro empanadas de queijo com camarão, que estavam muy ricas, mas não se comparam com as do Donde Augusto. Depois disso fui rumo ao meu primeiro mergulho no pacífico. A água não era quente mas era bem menos gelada do que a de Viñas, quando vi que corria o risco de não conseguir, saí correndo e me joguei. Foi o banho que a alma necessitava. Agora estava pronto para a nova fase que se aproximava. Chegando no hotel fui comprar cadeado, cortador, agulha, e linha, e depois almocei no Mc Donald`s. Passei a tarde costurando as bandeiras na mochila, e relaxando pois a patagônia se aproximava. Fui jantar também no Mc Donald`s, e passei mal demais devido a tosse e ao excesso de comida. Fiquei tossindo a noite inteira, o que me fez dormir muito mal. Acordei as 8 depois de ter dormido muito mal, o quarto era de carpete, e na coberta tinham penas de pássaros, isso só piorava minha tosse. O café da manhã era horrível, e só tomei um suco, em seguida fui ao Mc, pois era a única opção aberta na cidade. Comi um misto quente e um suco de laranja, e uma casquinha. Antes de sair do hotel já havia tomado banho e deixado minhas malas na recepção, quando voltei para ter onde esperar, a vaca da recepcionista torceu o nariz arrogantemente, e eu fui em direção à piscina, Fiquei mais meia hora no hotel e não parei de tossir, com isso fui ao aeroporto esperar por lá mesmo. Para minha surpresa mesmo faltando 8 horas pro vôo o Alexandre também já estava lá. Trocamos experiência dos últimos dias, eu almocei e o Alexandre gravou um Cd pra mim com todas as fotos da viagem dele e do Gustavo. O Alexandre me relatou que ficou os últimos dias apenas descansando, e acabou não fazendo o downhill, nem o huyana potosí que eram suas missões, devido a uma forte dor na região lombar. No aeroporto almoçamos e lanchamos, o vôo para Iquique foi tranqüilo e rápido, minha cabeça nem doeu, já no aeroporto o mesmo estava em reforma, seriam mais 4 horas de espera, eu comi um hambúrguer e fiquei esperando o tempo passar. Ainda em Arica estava em dúvida a respeito da patagônia, não sabia se ia mesmo, ou se ficava em Santiago, pois mesmo tendo vôo só me restavam 500 USD para os próximos 10 dias, e na hora de embarcar quando já tinha decidido que em Santiago resolveria, descobri que minhas malas iam direto para Punta Arenas, pois os outros vôos Arica x Iquique, e Iquique x Santiago, eram apenas conexões do meu destino final que seria Punta Arenas, então já não havia mais nada a ser feito, e embarcava eu rumo a patagônia, sem muito pesquisado, nem planejado, mas embarcava eu para patagônia. Com o pensamento ainda incerto sobre como seria, onde ficar, o que fazer, e se a grana daria, estava num caminho sem volta. Decisão tomada, cabeça erguida, e carcaça preparada para o que viesse rumava mais uma vez nos caminhos do incerto, porém com muitas expectativas de ser uma experiência fantástica que seria levada para toda vida. Ao voar de Iquique para Santiago senti um pouco a cabeça. Gastos em Arica: Cambio: 200 USD Táxi – 5 soles Táxi – 60 soles Hotel – 20000 CLP Farmácia – 3400 CLP Lanche – 3450 CLP Água - 500 CLP Taxi – 1500 CLP Desayuno – 4200 CLP Cadeira – 1000 CLP Taxi – 1500 CLP Mc Donald`s – 3800 CLP Cigarro – 1500 CLP Agua – 1000 CLP Cadeado,e cortador – 1500 CLP Agulha e linha – 300 CLP Mc Donalds – 4300 CLP Coca cola – 300 CLP Mc Donalds – 2000 CLP Remédio – 3000 CLP Táxi – 6000 CLP Almoço – 3200 CLP Janta – 2400 CLP Cigarro – 1500 CLP Lanche – 3000 CLP Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 3, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 3, 2010 Punta Arenas (01/02 e 02/02) Em Santiago junto ao Alexandre relembrei um puco dos bons momentos da viagem, e depois de despedir do meu camarada, segui rumo a Punta Arenas, o vôo passou de boa, e eu consegui dormir um pouco. No transfer conheci o Tobias, alemão gente fina com quem fui até o hostel independência. Cegando ao hostel o anfitrião me deu uma aula sobre Punta Arenas, e o parque Torres Del Paine, quando olhei a lista de hospedes o Paulo Motta também estava lá no hostel , mas tinha saído pra comprar sapatos. Eu também fui até a zona franca comprar cuecas e meias pois tinha abandonado várias pelo caminho. A zona franca austral é uma tentação, tudo muito barato. Minha grana tava curta e meu tempo também, às 16hs sairia um passeio até à Isla Magdalena e eu não queria perder, fui cambiar La plata e quando vi estava em frente a angencia. Eram 2 e 15 e pra minha surpresa o passeio era as 3hs, tive que pegar um coletivo correndo e ir até a estação, fui junto com uma senhora peruana chamada Susy, ela era fluente em 8 idiomas, conseguia falar com todos os turistas no navio. Então era esperar e ver os 150 mil pingüins que habitavam a ilha. No caminho haviam muitos golfinhos mas pra variar os astutos nadadores me escaparam das fotos. Ao chegar na ilha magdalena acho que tive a sensação mais incrível da minha vida. Nunca imaginei a quantidade que era 150 mil pingüins. Era pingüim por todo canto, algo incrível de se apreciar, totalmente imperdível. Salve a Isla Magdalena, fantástico santuário ecológico. Fascinante primeiro contato com a Patagônia, depois caminhei bastante com o Tobias para comprar a passagem até Puerto Natales, e enquanto ele foi cozinhar no hostel, eu fui lanchar num restaurantezinho. Cheguei ao hostel encontrei com o Paulo, ficamos trocando idéia por hras, até que eu decidi tomar um banho e então fomos beber um chopp austral. Rodamos vários bares, mas no último que tava o astral da noite. Falamos sobre muitas coisas, o Paulo é muito gente boa, parceirão mesmo, e depois fomos pro hostel papo de umas 4 e meia da manhã trebados. Noite muito punk. Quando cheguei fui direto dormir. Acordei no dia seguinte as 12hs40min, meu ônibus era as 14hs, arrumei as paradas, despedi da galera do hostel, e me adiantei rumo a Puerto Natales. O Paulo iria até Ushuaia pedindo carona junto com uma suíça linda que ele conheceu no hostel. Então mais uma fase da trip se iniciava, peguei um taxi até a companhia de ônibus Pacheco, cheguei meia hora antes da partida e consegui ainda almoçar uma hamburguesa com fritas. Depois embarquei rumo à Puerto Natales. Gastos em Punta Arenas: Cambio – 200 USD Transfer – 3000 CLP Jantar – 4700 CLP Coletivos – 1050 CLP Cuecas – 3800 CLP Almoço – 3500 CLP Isla Magdalena – 25000 CLP Noitada – 9500 CLP Hostel – 4500 CLP Taxi – 1050 CLP Almoço – 2400 CLP Puerto Natales (02/02 à 4/02) No ônibus dormi durante todo o percurso, cheguei na cidade e optei pelo hostel Danicar, que contava com uma excelente estrutura por um preço justo. Após me instalar fechei o pacote full Day em TDP, dei um role na cidade, liguei pra casa, antes de ligar percebi que havia esquecido a pchete com toda a minha grana e passaporte na agencia. Voltei correndo e ainda bem que ninguém chegou a ver. Ae depois fui ao mercado, comprei 2 pães, salame, mortadela de frango, queijo, coca cola, e água. Lanchei no albergue encontrei um casal de SP que tinha conhecido em Punta Arenas, tomei banho e fui dormir. Meu relógio biológico nesse dia me acordou com as galinhas, acordei as 6 da matina, e fiquei esperando até as 7 pelo desayuno, o diferencial desse café da manhã era um doce de leite maravilhoso. Logo após eu escovar os dentes o Sr José motorista chegou, a paisagem formada por montanhas e lagos já me impressionou logo de cara. Fomos antes a Cueva Del Milodón, bicho preguiça pré-histórico que residia no local. O lugar é interessante mas não imperdível, não sei na verdade nem se vale a pena de fato pagar a entrada, pois atualmente é apenas umas caverna com uma estátua do Milodón. Nada demais. Meu grupo era composto por casais e idosos, então esperei por cerca de 30 minutos até eles voltarem,e seguimos até o parque TDP. Ao sair da caverna, um senhor entro na van e disse ao guia que ele não servia nem para mentir, porque não nos acompanhou. Continuamos na carretera até chegar numa cafeteria onde comprei mais água, porém queria os artesanatos mas o preço não me permitia. Depois fomos até o lago Sarmiento que tem uma tonalidade de azul lindíssima, incrível. Na sequência fomos até laguna Amarga que parecia muito com a lagauna verde do salar no quesito cor de água, porém ao invés do Licancabur, estavam por lá as imponente Torres Del Paine, logo em seguida entramos no parque, carimbei meu passaporte e em seguida passamos por paisagens cada vez mais belas. O tom do lago Pehoe também é inacreditável. A queda Salto Grande é belíssima, e forma um lindo arco Iris a cima. Conseguimos ver os Cuernos Del paine bem límpidos e a visita valeu muuuito a pena, pois é rara essa visibilidade. Depois fomos almoçar na Parrilla Pehoé, um restaurante que abusava do preço, mas a comida era divina. Um bife custava o equivalente à R$20, mas valeu cada mordida, foi o melhor bife da viagem até então. Almoçamos em frente aos cuernos, e demos sequência a viagem partindo para o lago Grey, e finalizamos por lá vendo alguns ice bergs. O passeio valeu muito a pena, mesmo não fazendo o trekking devido a falta de tempo deu pra ter uma boa noção do que representa o parque e ainda ver paisagens belíssimas. Creio que um dia ainda volte com mais tempo para fazer pelo menos o W. Ao terminar o passeio comprei a passagem até Calafate para as 6 da tarde, pois era o único horário disponível. Depis fui ao mercado, liguei pra casa, respondi o e-mail da minha namorada que enfim deu sinal de vida, jantei no hostel, arrumei minhas malas, carreguei minha câmera, e fui dormir, pois o dia seguinte prometia, e a viagem até Calafate duraria 6 horas. Antes de finalizar esse dia queria relatar que esse lugar é mágico, que apesar do vento, do frio, esse lugar sempre tem algo que nos impulsiona a ir em frente. Então finalizando, penso que a Patagônia foi até agora a parte mais linda de toda a viagem, e que o astral daqui é de fato mágico! No dia seguinte acordei as 11hs mesmo tendo dormido cedo, descanse tudo que tinha pra descansar, tomei um belo banho, e saí pra almoçar. Como era minha despedida do Chile, escolhi um ótimo restaurante chamado Austral restaurante, e quando veio o prato tomei um susto. Pedi milanesa kayser com papas fritas. As batatas pareciam mais uma sopa de batatas de tanto óleo, e a carne tava comestível. Era um bife com queijo e presunto dentro, a conta foi bem alta em vista do que eles ofereceram. Péssima comida, compensada por um ótimo serviço. Voltei ao hostel, re-li todo o relato que estava sendo escrito dia após dia, para eu ter uma noção de tudo pelo que já havia passado na viagem, e ajudar o tempo a passar. Em seguida embarquei rumo à El Calafate! Gastos em Puerto Natales Cambio – 100 USD Hostel – 7000 CLP Passeio até TDP – 20000 CLP Mercado – 2300 CLP Água – 600 CLP Entrada na cueva Del Milodón – 3000 CLP Água – 1500 CLP Entrada TDP – 15000 CLP Almoço – 8000 CLP Jantar – 1500 CLP Ônibus até Calafate – 11000 CLP Hostel – 7000 CLP Internet – 500 CLP Almoço – 8400 CLP Água – 700 CLP Aperitivos – 1500 CLP Citar
Colaboradores Iberê Matos Postado Março 8, 2010 Autor Colaboradores Postado Março 8, 2010 El Calafate (04/02 à 07/02) A viagem até Calafate foi linda. Fronteiras rápidas, e o ônibus deu uma esvaziada em Rio Turbio, com isso consegui ir na primeira cadeira sem ninguém me esmagando e sozinho. O pôr do sol estava incrível, as montanhas nevadas encantadoras, e a fauna extremamente surpreendente, mostrando-se através de flamingos, patos, ovelhas, e até mesmo coelhos selvagens. Chegando em Calafate me perdi, e um táxi me parou e me cobrou 4 reais pela corrida até o hostel Huemul. Cheguei ao hostel e fiquei bem surpreendido, havia locker, coisa que não via desde o Che Lagarto. O recepcionista Tony me levou até o restaurante Cambalache e estava fechado, o cara me ofereceu 50 pesos emprestados, eu sem ter nada aceitei e paguei a ele no dia seguinte, saí em busca do restaurante e me deparei com uma cidade ainda mais bela do que Búzios ou Campos do Jordão. Foi amor a primeira vista pela cidade. No restaurante vendiam Guiness, Corona, e etc. Pedi uma pizza com um 7 up. A pizza foi a melhor da viagem, o nome do restaurante era Casablanca, fantástico, e por um preço justo. Depois disso fui até o hostel usar a net e dormir. No dia seguinte acordei 8 e meia com uma galera fazendo barulho no quarto. Me arrumei e fui cambiar dinheiro. Na Argentina foi onde encontrei o cambio mais justo para meus Reais. Fui até um barzinho que rolava surf music para tomar café da manhã. Meu encanto por Calafate crescia a cada instante. Ah, nesse dia acordei com o nariz sangrando bastante, eu no sonho devo ter ido ao passado consertar algum erro como no filme Efeito Borboleta. Hahuahuhuauha . Depois do café comprei um super casaco e uma camisa, liguei pra minha namorada, e quando saí do locutório tinha um cara tocando Natural Mystic do Bob Marley. Fui até o hostel, paguei o que devia ao Tony, paguei 2 diárias, e comprei a passagem até o parque Los Glaciares, as montanhas nevadas no caminho do parque eram presentes por todo o percurso. Ao chegar o motorista sugeriu que todos utilizassem o catamarã pois dele teríamos uma visão única do Perito Moreno, valeu muito ter feito, pois o barco de fato chegava bem próximo, e de lá pudemos ter uma noção da imensidão do Perito Moreno, e da quantidade de blocos de gelo que desprendiam dele . Ainda consegui ver 3 focas lindas de longe. Foi fabuloso. Em seguida fomos até as passarelas para apreciar uma nova vista do gigante azulado. Do barco deu pra ter uma noção da altura, das passarelas deu pra ter noção do tamanho. Só consegue-se ver parte do glaciar, mas o tamanho dessa parte já impressiona e muito. É algo absurdo, tão absurdo que perde-se no horizonte. Além de gigante os estrondos que ele proporciona com os desprendimento de gelo, chegam a assustar, parece que uma avalanche está por vir, mas na verdade é só um mísero caindo. Mísero se comparando a imensidão do glaciar, porque em qualquer outro lugar do planeta seria um baita pedaço. As cores também impressionam, é um misto de azul em varias tonalidades distintas, com preto, cinza, marrom, bege, e branco, muito branco, quase todo formado pelas cores branco e azul. A vista vale cada segundo, e cada centavo investido. Salve o Perito Moreno! Ao terminar a visita comí um hambúrguer, bebi chocolate quente, e uma água, e fiquei esperando por duas horas até o ônibus voltar, conversando com um casal de senhores argentinos muito legais. Durante a viagem de volta dormi e ao chegar fui direto ao Casablanca experimentar o famoso bife de chorizo argentino, o bife é de fato sensacional, a final são 400g de carne macia. Foi um jantar e tanto. Ainda encontrei lá um argentino que conhecia o Brasil quase inteiro. Fiquei conversando por meia hora e depois fui ao hostel. Chegando lá não pude tomar banho porque já eram mais de 23hs e as regras proíbem banho depois das 23hs. Escovei os dentes, deixei a nécessaire ao lado da minha cama e fui beber uma gelada ao lado do hostel. Conheci 2 israelenses e um casal de australianos com quem bebi algumas cervejas, troquei varias idéias e em seguida fui dormir. Ao chegar no Huemul descobri que algum ladrãozinho de merda roubou minha nécessaire com escova de dente, pasta, cotonetes, e listerine. Ah vai ser porco no inferno, tanta coisa pra roubar e nego rouba nécessaire. Constatei isso e fui dormir. Dia seguinte acordei bem tarde, pois já estava no final da viagem, e eu já tinha desistido de El Chaltén devido às finanças, me dei o luxo de dormir até mais tarde. Ao levantar tomei um belo banho, o Tony dono do hostel me deu uma escova de dente nova, e eu fui até o terminal comprar a passagem de volta a Natales. Almocei muito bem no Cambalache, comi um frango a parmegiana maior que o prato. A pequena e encantadora cidade já tava se tornando entediante. Dois dias são mais do que suficiente pra conhecer Calafate. Fiquei refletindo nesse dia sobre as diferenças entre o Brasil e os outros países sul americanos. Como pode l Brasil tão imenso e fazendo fronteiras com todos os países sul americanos exceto Chile e Equador, não ter neve, vulcões ativos, glaciares. Como pode não ter sido atingido pelo Império Inca, como pode ter a fauna tão diferente, sem lhamas, alpacas,, vicuñas, flamingos. Se parar pra pensar é muito estranho o Brasil ter uma cultura e geografia tão distintas dos países da América espanhola, porém mesmo com todas essas diferenças eu não trocaria o Brasil por país nenhum no mundo. Depois desse período entediado dormi das 18 as 22hs. Por volta de meia noite saí e tinham 4 pessoas no cambalache falando português. Nem acreditei, me integrei ao assunto, eles me convidaram pra sentar e começamos a beber uma gelada contando os “causos” da viagem. A galera tava em 8 na realidade saindo de Brasilia e indo em 2 carros até Ushuaia. Muito bacana a história deles. Até uma e meia éramos 5 e demos um role pela cidade. Só tinham 2 lugares abertos, o cabaret El Gran Judas, e um restaurante que não me deixaram entrar porque não estava de calça jeans, e sim de calça esportiva, e pro cabaret não iríamos. Prestem atenção no nome do lugar: El Gran Judas. Quem tem esposa ou namorada jamais irá freqüentar ali, pois já estaria ciente que é um grande traidor. Não sei com não foi a falência ainda. Bom, sem nada pra fazer regressamos ao hostel, e o Lucas me pediu pra fazer cmpanhia pra ele e pra a amiga dele. Tentamos voltar ao Cambalache e pra minha surpresa o Federco abriu as portas, e se juntou a nossa mesa onde bebemos cerveja até de manhã, o cara foi tão gente boa que além de nos deixar entrar não nos cobrou a conta. Ele arcou com metade do valor por gostar da nossa companhia. O moleque tem 19 anos e veio de BsAs trabalhar no restaurante da irmã em Calafate, bom a noite foi manerissima, foi uma interação cultural alucinante e depois fui dormir, fechei essa cidade com chave de ouro! No outro dia o Tony me acordou 10hs10min pois já estava na hora do check out e se eu na acordasse teria que pagar outra diária, foi gente fina o cara, porque o normal é deixarem a gente dormir e depois cbrar. Levantei, escovei os dentes, e fiquei aguardando até meio dia para almoçar. Um pouco antes fui ao Cambalache, fiquei ouvindo um Bob, enquanto aguardava meu frango a parmegiana. O Federico também estava bem cansado das brejas do dia anterior mas com um sorriso no rosto e atendendo super bem, me trouxe uma bandeja de frios de cortesia e uns pães, eu não pude aceitar, pois a final no dia anterior ele já tinha dado cortesias para a gente. Esse bar não é tão requintado quanto os outros, mas classificaria como um bom restaurante típico de Calafate, com cerveja bem gelada e um atendimento que beira a perfeição. Quem for a Calafate não pode deixar de conhecer. Situa-se na Gob. Mayano entre o hostel huemul e o hostel Calafate. Outra coisa boa é que os preços não são tão altos, e tem happy hour com 2x1 bhrama. Depois ao chegar no hostel tava tocando minha musica preferida de Cuzco... por toda carreteira! Esperei um pouco e fui enfrentar mais uma vez a chata fronteira do Chile, com a última fase da trip cumprida, deixando pendente apenas a fase de regresso! Gastos em Calafate: Cambio- R$500,00 x 1035 PA Táxi – 8 PA Pizza + Refri – 56 PA 2 Aguas – 16 PA 2 Mistos quente – 12 PA 1Casaco – 235 PA 1 Camisa – 40 PA 5 Cartões Postais – 10 PA 1 Agua – 5 PA 1 Empanada – 4 PA 2 diárias no hostel – 60 PA Ida e Volta Perito Moreno – 80 PA Ligações – 20 PA 1 Agua – 5 PA Ingresso do Perito Moreno – 75 PA Barco até o Perito Moreno – 45 PA Lanche – 31 PA Bife de Chorizo + Fritas + Água – 60 PA 3 Cervejas – 30 PA Hostel – 30 PA Almoço – 37 PA Passagem Puerto Natales – 60 PA Escova + pasta de dente – 26 PA Lanche – 20 PA Petisco – 16 PA Cerveja – 40 PA Almoço 37 PA Citar
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