Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 4, 2017 Membros Postado Janeiro 4, 2017 (editado) INTRODUÇÃO Olá galera, meu nome é Jackson, sou professor de Educação Física municipal na cidade de Ponta Grossa/PR, onde moro há seis anos, mas sou natural de Astorga/PR, que fica na região de Maringá/PR. Nossa viagem foi tudo tranqüilo e sem perrengues, foi tudo maravilhoso. Comigo estava minha mulher, Nicéia, recém casamos no sábado (10/12), véspera de nossa viagem. Em alguns casos escreverei como se fosse nós dois escrevendo. Então, vou misturar pessoa no singular e no plural. Primeiramente gostaríamos de agradecer a todos do site mochileiros que sempre ajudam com seus tópicos e suas respostas e mais ainda aos que ficamos perturbando ao longo do ano, como o Herbert Lira, a Tatiana Germuzesque, o MARCELO.RV, o outro Marcelo (xexelo) a fabitasca e o pauloperuna. Pessoas que sempre que precisei tirar dúvidas respondiam em um dia no máximo. Obrigado mesmo, graças a vocês tivemos toda eficiência e facilidades na viagem. Primeiras ideias. Estava bem insatisfeito com minhas férias de 2015/2016, ou melhor, com o final delas e ter que voltar ao trabalho. Ser professor no Brasil, não está fácil. Tinha ido apenas ao litoral paranaense (mais uma vez) e já estava de saco cheio de mais do mesmo e de ficar na areia. Eu e minha namorada na época (em março) estávamos já decididos a casar, pois já morávamos juntos há vários anos. Como somos professores e nosso regime é celetista, teríamos direito a nove dias de licença casamento. Logo planejamos casar em 10 de dezembro (um sábado) e juntar com nossas férias. Assim, poderíamos viajar para longe e por dias, e ainda ter mais um mês de férias para descansar da viagem. Sempre fui fanático por futebol e pelos times sul-americanos, logo, sempre gostei dos países latinos vizinhos do Brasil. Conversamos e decidimos por Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai. Logo, descartamos o Paraguai por ler muita coisa ruim e atravessar o país apenas para conhecer Assunção, não valeria a pena. Focamos nos outros três e conhecer alguns locais do Brasil que gostaríamos, como Foz do Iguaçu e a região da serra gaúcha, como Gramado, Caxias do Sul. Planejamento Começamos a planejar a viagem no início de março, havia sobrado um restinho do 13º e havíamos deixado na poupança. Comecei a ler dia e noite o mochileiros.com. e vi mais ou menos o que seria preciso. Só ficava viajando nos relatos dos amigos, nessa época o que mais se aproximava da minha viagem era da Tatiana. Comecei a fazer os cálculos de quanto precisaríamos e do capital a ser investido. Considero isso muito importante, pois fizemos toda nossa viagem com dinheiro que levamos e as contas bateram 95% podemos dizer. De inicio era mais ou menos R$150,00 ou R$200,00 de cada um por mês. Uma pequena aspa. “Vimos que precisaria ser aumentado esse valor. Pois no meio do caminho, achamos uma oferta incrível de passagens para o Rio nas paralimpíadas e eu tinha um sonho a realizar durante os jogos que era conhecer um atleta e felizmente consegui fazer isso também”. Voltando a viagem de final de ano, começamos a reservar lá para agosto, R$500,00 de cada para dar um upgrade em nossa conta poupança. Os juros da conta deu mais ou menos R$100,00 ao longo do ano, pegamos uns R$600,00 do CPF nota Paraná e mais uns R$300,00 das moedinhas de cofrinho ao longo do ano. Já viram né? Mil reais que não contávamos. Em maio tiramos nossos passaportes. Sabíamos que não era preciso, no entanto pretendemos viajar para mais longe algum dia, então, como nossos RGs eram da época de jogos escolares (lá pelos 12 anos) e estavam bem velhos e teríamos problemas, pensamos. Vamos tirar logo o passaporte. Pronto, uma coisa a menos para se preocupar. E olha, bem melhor com o passaporte. Parece mesmo que te da mais credibilidade. Vi muitos gringos com as identidades deles, e era uma demora danada nas aduanas. E tome leitura de relatos e perguntas aos mochileiros nesse período. Em meio a tantas leituras, muito hotéis foram reservados. Aparecia uma promoção ou oferta lá estávamos reservando. Li que muita gente reservava apenas conforme seguia a viagem, eu preferi arriscar e cravar algumas que apreçaram com preços ótimos, como em Foz do Iguaçu e alguns Íbis que oferecia bons descontos e café da manhã grátis. Reservei praticamente todos antes de novembro. Demos preferência para o Íbis, pois somos membros do Le Club Accor Hotels, e olha, valeu muitíssimo a pena. “Más adelante contamos”. Foi passando os meses. Tínhamos as coisas do casamento e da viagem para resolver. Sempre fazíamos mudanças no roteiro. Inicialmente iria para Córdoba, optei por Mendoza. Foi bom e foi péssimo, depois explico isso. Claro que futebol tem a ver. Foi chegando novembro e tinha muita coisa ainda em aberto. Faltava comprar o cambão (obrigatório), fazer a carta verde (obrigatório) e a PID – permissão internacional para dirigir (que não é obrigatório). Em 08 de novembro, acordei com a notícia que o Trup venceu as eleições nos EUA. As 06h30 da manhã fiz um pedido de U$500 a R$3,38 para cada real (já no preço do turismo). Não deu outra, dois dias depois o dólar estava R$3,60 (turismo). Sorte ou planejamento? Vinha acompanhando o dólar há algum tempo e já tinha comprado um tanto antes. Até porque já pensava em fazer compras em Ciudad do Leste. Sempre fazíamos o seguro do carro com a HDI, no entanto a carta verde custaria R$250,00. Optamos pela Allianz por estar incluso no seguro do carro. Sairia elas por elas, mas na Allianz tive mais benefícios (que nunca quero utilizar). O cambão foi comprado no mercado livre. Chegou a PID. Faltava o bendito seguro viagem. Quase que viajei sem, pois você sempre pensa: Temos 32 e 31 anos, estamos vendendo saúde. Não vai acontecer nada. No dia seguinte, acontece aquilo com a equipe da Chapecoense. Confesso que foi o dia mais triste da minha vida e quase desisti da viagem. Estava detonado por dentro. Mas a vida segue. Triste, mas segue. Quem trabalha com esporte com certeza teve (e ainda sente) o mesmo. Fiquei louco atrás do seguro viagem. Acabei fechando com a VitalCard, uma empresa de Curitiba que estava muito bem avaliada por quem precisou utilizar o seguro viagem no site melhores destinos. Fui super bem atendido por chat e emails. Assim que fechamos, nos ligaram dando as boas vindas a empresa e para tirar qualquer dúvidas. Já me senti confiante com a mesma. Dezembro já batia na porta. Revisão do carro dos 40 mil km agendada, a primeira fora das concessionárias, pois a garantia havia terminado em outubro. Mesmo assim ficou caro, no entanto, como era um lugar super de confiança, olharam todas as suspensões, amortecedores, molas, apertos aqui e ali. No dia 08 de dezembro trabalhamos pela última vez em 2016. Saímos dos campos gerais no Paraná e fomos ao norte do estado, onde nossos pais moram. Casamos no civil no sábado e em uma excelente churrascaria de Maringá fizemos nosso almoço com os familiares e amigos mais próximos. Ainda no sábado, fomos ao mercado e fizemos uma compra para comer na estrada, caso precisasse. O que mais compramos foi Água, Elma chips e Red Bull. o melhor de tudo foi comprar água. Compramos 6 galões de 5 litros cada da Cristal. Editado Janeiro 12, 2017 por Visitante 4 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 4, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 4, 2017 (editado) CÂMBIO Antes do relato da viagem, já vou colocar todas as trocas de dinheiro que fiz. E a média delas. Pois fomos trocando em diferentes locais. Assim, todos os valores que eu colocar (que é o que o pessoal mais gosta de saber) já estará em reais, mais fácil para se ter uma ideia dos gastos. Levamos todo o dinheiro da viagem em espécie. R$7000,00 + U$1000,00. *Alguns hotéis e passeios já estavam pago ao longo do ano quando fizemos pela internet. Fizemos um único saque emergencial em Buenos Aires. Conto quando chegarmos lá. Ponta Grossa - Confidence cambio (ao longo de 2016) U$1000,00 R$3380,00 Média: U$1,00 = R$3,38 Foz do Iguaçu - Frontur cambio (13/12) R$2200,00 AR$10560 Média: R$1,00 = AR$4,80 Mendoza - Cambio Express (19/12) R$500,00 AR$2550 Média: R$1,00 = AR$5,10 Mendoza - Cambio Express (19/12) R$500,00 C$91000 Média: R$1,00 = C$182 Santiago - Cambios Money Exchange (20/12) R$500,00 C$96000 Média: R$1,00 = C$192 Santiago - SiMSA Cambio (21/12) R$300,00 C$58500 Média: R$1,00 = C$195 Mendoza - Cambio Santiago (22/12) U$200 AR$3280 Média = R$1,00 = AR$4,85 Mendoza - Cambio Express (22/12) R$1150,00 AR$6210,00 Média: R$1,00 = AR$5,40 Montevídeo - Monex Seviços financeiros (27/12) U$200 $6830 Média: R$1,00 = $10,10 --------------------------------------------------------- MÉDIA GERAL: U$1000 / R$3380: U$1,00 = R$3,38 AR$22600 / R$4526: R$1,00 = AR$5,00 C$245500/ R$1300: R$1,00 = C$189 $6830/U$200: R$1,00 = $10,10 Editado Janeiro 5, 2017 por Visitante Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 5, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 5, 2017 VALORES: PREVISÃO x REALIDADE. Já tínhamos em mente mais ou menos quanto iríamos gastar no total. Que seria mais ou menos R$12.500,00 incluindo tudo, com exceção claro das compras pessoais no Paraguai e de coisas particulares: camisetas, lembrancinhas e vinho, muito vinho. No final das contas, fechamos em R$12.713,00. Errei por menos de R$120,00. Bola dentro. Claro que com o passar dos dias, maneiramos e muito na alimentação, principalmente no Uruguai, conto lá na frente. Fiz questão de colocar tudinho tentando por com detalhes, já que o valor é geralmente o que mais interessam as pessoas quando se fala em viajar. PREVISÃO DE GASTOS Optamos por fazer uma viagem nossa, particular. Nem CVC, nem mochileirão... Afinal, estávamos em lua de mel. Merecíamos um mínimo de conforto. Conforto! Não luxo. Não frescuras. Somos professores, é bom lembrar. Ficamos em bons hotéis, praticamente todos básicos. Na planilha dos gastos durante a viagem, entendam OUTROS como sendo: passagens de ônibus ou de metro, gelo. Isso, gelo mesmo, cubos de gelo. Levamos uma caixa térmica que ficava atrás do meu banco cheia de gelo sempre com água, energético e sucos. GASTOS DURANTE A VIAGEM Como dito acima, nosso cálculo ficou furado em aproximadamente R$120,00. Tirando as compras obviamente. Errei feio com relação aos passeios, as demais coisas ficou parecidas. Mais pra frente conto também que não fizemos a travessia de BuqueBus, o que foi um GOL DE PLACA escolher ir por Fray Bentos. Contamos lá na frente. GASTOS TOTAIS DA VIAGEM Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 5, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 5, 2017 1º Trecho: Astorga/PR - Foz do Iguaçu/PR: 470 Km Domingo, 11 de dezembro. Saímos de Astorga próximo das 15h00 no dia 11 de dezembro, domingo. Começamos nossa viagem com o tempo bastante nublado, e logo caiu a chuva. Várias pancadas de verão. Logo na saída de Maringá o primeiro pedágio. Mais quatro apareceram ao longo do caminho até nosso destino. Sempre digo, sem orgulho: meu estado tem os pedágios mais caro do país. Talvez, do mundo. Estradas em pista simples e algumas em más condições. Chegamos em Foz do Iguaçu exatamente as 20h00. Nosso hotel era muito bem localizado na Avenida JK. Não ficava no centro da cidade. Optei por escolher esse hotel já que era próximo da fronteira com o Paraguai e precisava comprar algumas coisas por lá, já que nossa Black fraude, ops, Friday, não foi nada convidativa. Como Foz fica bem ao oeste do estado, logicamente a noite demorou a cair. Deu tempo de descarregar toda nossa bagagem e ainda estava claro. Ficamos no Hotel Dan Inn. Nada de luxo. Mas muita cordialidade dos funcionários. Elevadores em bom estado. Garagem excelente para o carro. Recepção 24 horas. Ficava há 4km do centro e das lojas em Ciudad do Leste. Bem no meio entre Cataratas e Itaipu. Achei ótimo, por isso escolhi, pela localização. Eles não tinham serviço de restaurante, mas tinham vários banners de pizzarias. Pedimos uma redonda iguaçuense. Era boa. Nada espetacular. O hotel cedia a parte do refeitório para fazer refeições. Bem legal. Fomos dormir cedo, pois de manhãzinha iríamos ao Paraguai. Gastos do dia (em R$): 109,57 – Hotel 150,00 – Combustível 63,00 – Pedágios (5) 50,00 - Alimentação Segunda, 12 de dezembro. Sete da manhã estávamos no refeitório e para nossa surpresa o café da manhã (incluso) estava ótimo. Boa variedade de frutas, pães, bolos, sucos... Enfim. Ótimo. Atravessamos a rua, e do outro lado da JK era o ponto de ônibus para Ciudad do Leste. Sim, fomos de ônibus. Só não sabia que já era um ônibus paraguaio, caindo os pedaços. Mas só tinha turistas brasileiros indo buscar muambas. O passe era R$5,50 por pessoa. Uma van ou taxi cobrava próximo dos R$50,00. Atravessando a ponte da amizade o transito era pra lá de caótico. É um país sem regras. Nunca em hipótese alguma vá de carro para o lado de lá da ponte. O risco de bater é grande. O risco de baterem e nem se quer olhar para você e dar satisfação é ainda maior. Fomos focados em não gastar tempo e dinheiro a toa. Eu precisava de um celular, um relógio e um perfume. A Nicéia das mesmas coisas, com exceção do celular. Fomos a CellShop. Uma loja excelente. Mais de cinco andares, realmente um shopping. Já vinha monitorando os produtos que gostaria pelo site. Foi chegar, analisar, pagar, testar e levar. Ficamos aproximadamente cerca de 3 horas por lá. Só um adendo aqui: CellShop é atualmente a loja mais indicada para fazer compras no Paraguai. TODOS os produtos são originais. O mesmo celular que você compra no Brasil tem a mesma origem dos vendidos lá. A diferença de preços? Impostos. Veja exemplos abaixo: Comprei um relógio Citizen por R$483 – No Brasil o mesmo eu vi por mil. Perfume Éclat d'Arpège Pour Homme 100 ml por R$185,00 – por aqui encontrei até por R$350 Celular Moto G4 Plus 16Gb – R$840 – No Brasil estava mais de mil na BF. A maioria dos compradores do Paraná hoje, compram na CellShop. Farei propaganda deles sempre, pois vi a estrutura e a seriedade dos mesmos. Você se sente confiante a partir do momento que entra na loja, ou melhor, shopping. Os preços são bons. Monalisa e Nave já ficaram para trás. Vale muito a pena ir lá ainda. Mesmo com o dólar mais alto, a economia é grande. Claro que depende de onde você mora no Brasil e o que pretende ir buscar. Eu não iria para o Paraguai só para buscar o celular se não fosse fazer a viagem. Roupas e calçados achei com os mesmos preços do Brasil. Coisas de decorações para casa e bebidas, essas valem muito. Mas, não compramos. Pegamos o mesmo busão de volta ao hotel. Estávamos preocupados pois tínhamos passados em 70 dólares a nossa cota (que é 300 dólares por pessoa). Estávamos prontos já para ser parado na polícia federal. Passamos e não tinha uma viva alma na alfândega. A velha circular nos deixou na frente do hotel Dan Inn. Já era mais de 11h. Deixamos as coisas no hotel e fomos em um restaurante próximo dali, simples e barato. Estava um sol para cada um. Descansamos um pouco e as 15h30 teríamos o primeiro passeio de nossa viagem: Itaipu Binacional. Pegamos o carro e fomos em direção ao norte da cidade. O ingresso já estava comprado e pago, era só trocar o voucher pelo ingresso. Como somos professores, pagamos meia. O estacionamento quase que saiu mais caro que os ingressos. A pontualidade foi incrível. Começou o passeio no horário certo. Fomos naqueles ônibus de dois andares aberto em cima. Mesmo com o sol, estava ventando bastante e com a proximidade da represa e do rio estava fresco. A guia era muito engraçada e informativa. Tinha alguns alemães, ela traduzia simultaneamente para eles. O passeio durou mais de uma hora. Fizemos o passeio panorâmico. Gostaria de fazer o passeio noturno, mas apenas na sexta é disponível. A guia disse que duas turbinas de Itaipu equivale a vazão de água das cataratas (de toda Cataratas), tem noção? E nós passando debaixo daqueles tubos imensos. Construção incrível. Não tem como ir em Foz e não visitar. Como não era época de chuva, os vertedouros estavam fechados. Chegamos ao hotel e fomos em busca de janta. Preferimos comer no mesmo lugar do almoço, próximo ao hotel. Ainda fomos ao Super Muffatto fazer compras. Gastos do dia (em R$): 109,57 – Hotel 31,00 – Passeio de Itaipu 37,00 – Outros (passagens de circular, estacionamento de Itaipu) 168,00 - Mercado 2.298,00 – Compras Paraguai Terça, 13 de dezembro. Não acordamos tão cedo quanto no dia anterior, pois no dia seguinte iríamos madrugar e também porque a visita nas Cataratas não tinha horário. A caminho das Cataratas, tinha o museu de cera. Nunca fomos, então, lógico que gostaríamos de conhecer. Não tínhamos comprado ingresso, foi na hora mesmo. Confesso que esperava mais dos bonecos de cera. Alguns realmente eram bem parecidos, outros não chegavam nem perto. É permitido tirar fotos em vários locais, exceto em quatro ambientes: Casa Branca, Vaticano, Navio do meu xará Sparrow e no ambiente do Homem Aranha. Nesses locais há fotógrafos profissionais do museu que te colocam em diversas posições e te fotografa. Na saída do museu, você vai lá para comprar (ou não) as fotos. Cada foto custa R$20,00, em CD e não é impressa. As fotos ficaram muito legais, muito mesmo. Mas, sem chance. Tiramos várias (boas) também. Com uma hora você visita o museu. Ainda tem o Parque dos Dinossauros ao lado. Que são mais alguns reais. O museu fica na avenida das Cataratas, ou seja, caminho para a maravilha da natureza. Pegamos a estrada e demoramos mais uns 5 minutos para chegar no Parque Nacional do Iguaçu. Não sou muito fã de ver animais presos e enjaulados, logo, não fomos no parque das aves. Chegando nas Cataratas trocamos nossos vouchers pelos ingressos. Estacionamento gigante, claro que, pago também. Entramos em um ônibus semelhante ao de Itaipu, cada ônibus é temático lá, com a fauna e flora do local. Diferente de Itaipu, não tem guia e sim caixas de som bem fracas instaladas no ônibus, em inglês e português. Diferente de Itaipu também, tinha filas para os ônibus, mais ou menos cem pessoas, na hidrelétrica estava mais sossegado. Bem tranqüilo. O passeio durou mais ou menos duas horas, mas poderia ter ficado lá o dia todo. Era livre. Fomos na passarela principal após descer em direção a ela e depois subir tudo de novo. Pega o ônibus vai embora para o centro de visitação. Há vários passeios, um dia quero fazer o do macuco safári. A Nicéia não teria coragem. E não teríamos tempo. Fica para uma próxima. Tem uma lojinha com produtos das Cataratas. Tudo lá pode ser no dinheiro ou no cartão. Saímos e fomos para o centro já mais de três da tarde. Almoçamos no centro e fomos ao hotel tomar um banho. Mesmo com pouca vazão, molhava bastante nas passarelas. No final de janeiro deve ter o dobro de água, pois já está chovendo bastante no Paraná. Descansamos um pouco no hotel e no inicio da noite fomos ao Shopping JL Cataratas, parece que é o maior de Foz. Lá, jantamos e pela última vez comi no estilo self-service, era um Buffet bem gostoso. Encontrei uma casa de cambio e logo troquei reais por pesos. A cotação estava em 4,80 (como dito acima) e pelo que lia no fórum que em alguns lugares um real não comprava nem quatro pesos, pensei, opa, está bom. Trocamos R$2200, pela primeira vez na vida peguei as notas argentinas. Vieram varias de 500 pesos, nota novinhas. E claro, as asquerosas notas de dois e cinco pesos para completar. Demos uma volta no shopping e tinha um Muffatto (mercado tradicional aqui no PR) e compramos muitas coisas por lá de comer e de beber para a viagem. Comprando lá, já estava isento o estacionamento do shopping. Sorte! Fomos ao hotel, descansamos bastante, pois o dia seguinte seria longo. Resumindo Foz: não fosse as atrações naturais, seria apenas mais uma cidade normal do interior do PR. O transito não é caótico, mas é um pouco bagunçado. Não entendo como o comércio sobrevive com Ciudad do Leste ao lado. Gastos do dia (em R$): 109,57 – Hotel 147,00 – Combustível 100,00 – Museu de cera 76,00 – Cataratas 34,00 – Mercado 75,84 – Alimentação Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 5, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 5, 2017 Trecho 2: Foz do Iguaçu/PR – Reconquista/ARG: 865 Km Quarta-feira, 14 de dezembro. Considero os três primeiros dias da viagem como sendo “café com leite”, pois já conhecia a estrada, as cidades por onde passamos, enfim, afinal, é o meu estado. Hoje não, hoje é pra valer. Vamos sair do país. Saímos. Acordamos as cinco da manhã e a seis já estávamos saindo do hotel (sem tomar café da manhã, pois iniciava as 06h30) e em direção a avenida Cataratas mais uma vez, no entanto, faríamos a curva a direita para a avenida Mercosul. Passamos pela ponte Tancredo Neves e logo estávamos na aduana Argentina. Tinha uma pequena fila e gastamos uns vinte minutos por lá. Foi ali que vi a importância do passaporte. Agilidade! Ali também aconteceu a primeira revista geral em nosso carro. Abrimos malas, bolsas, mas meio que superficial. Liberados, nos mandaram um: “adelante”. Fomos! Chegamos a Ruta Nacional 12. Andamos aproximadamente uns 40km até chegar a primeira barreira policial. A temida policia camineira estava bem a nossa frente e logicamente nos mandou para, como estava fazendo com todos os carros: brasileiros e argentinos. Um policial da minha idade começou a conversar conosco e foi muito simpático, não sei como, mas ele perguntou se eu era professor de academia, disse que era de escola. Foi olhando tudo. Demorou uns cinco minutos. Nos fez abrir até a caixinha de primeiros socorros onde tinha remédios e a Nicéia que estava com dor de estomago mostrou os remédios e ele disse que também utilizava alguns daqueles, que comprava em Foz. Fomos liberados! Como li vários relatos no site, nosso dinheiro estava todo na cintura da Nicéia em uma doleira bem fininha e na minha carteira deixei cem pesos e os documentos de 2015 do carro. Nenhum problema. Seguimos. A estrada era pista simples, mas muito boa. Confesso que dava uma tremida quando lia as placas da Policia Gendermaria e da Camineira pelo caminho. Realmente é uma Argentina um pouco diferente em Missiones, mais pobre. Nada diferente de algumas partes do interior do Brasil, cidadezinhas minúsculas, povo humilde e simples, com traços indígenas e paraguaios. Próximo das 10 da manhã, estávamos em Posadas, não estávamos com fome, pois comemos as coisas que compramos no mercado. Seguimos. Uns 20 minutos depois de Posadas, já tinha visto no Google Maps um posto policial e teria certeza que seria parado ali. Não deu outra. Ali o negócio foi mais complicado. Dois policiais conversaram conosco, não eram simpáticos. Começou a revista e viram meu relógio, o da Niceia e um terceiro, um frequencimetro que eu havia comprado. O meu (que estava no meu pulso) estava com a pulseira quebrada e estava despedaçando-se. Começaram a questionar o porque de três relógios, ai revistaram mais ainda. Por sorte, eu estava com as notas fiscais da CellShop e aí mostrei meu relógio com a pulseira quebrada e ele entendeu. Revistou quase tudo. Não foram simpáticos, mas fizeram seu papel de revistar. Perguntaram para onde estávamos indo. Dissemos que seria uma longa viagem. Reconquista, Rosário, Mendoza. Entenderam que não éramos contrabandistas e sim turistas. Essa policia fica na fronteiras das Provincias de Missiones e Corrientes, tem um portalzinho chamado de El Arco. A partir daí as planícies aumentaram e só tínhamos retas e mais retas, sempre com alguns locais alagados, não sei se do rio Paraná, que divide a Argentina ao norte com o Paraguai. A Ruta 12 vai contornando o Rio Paraná. O que mais avistávamos eram caminhões da YPF e Shell, com as pastagens bovinas e alguns povoados. Tudo muito verde. Muito úmido e muito calor. A velocidade máxima permitida na Ruta 12 era de 110km/h, mas todos nos passavam e aos poucos aumentávamos a velocidade. Em alguns momentos por mais de dez minutos éramos o único veiculo em movimento na estrada. Super tranqüilo. Sai com o tanque cheio de Foz, quando estava com uns 30% de combustível resolvi parar em um posto. Tinha boa estrutura até, melhor que muitos do Brasil. Mas nada demais. A Nafta Super estava em AR$19.4. Completei o tanque e tinha certeza que chegaria a Reconquista tranqüilo, pois faltavam menos de 300 Km e o tanque estava até a boca com gasolina pura. Chegamos em Corrientes e deixamos a Ruta 12 para entrar na avenida que corta a cidade em direção a Ponte General Belgrano, e um acidente entre duas carretas. Ficamos mais de vinte minutos parados, tinha acabado de acontecer. A Camineira que fica antes da ponte, chegou ao local. Bom que passamos pelo posto policial e não tinha ninguém, pois tinham ido ocorrer o acidente. Passamos pela belíssima ponte e em seguida um pedágio. Logo depois, estávamos na Ruta 16, duplicada e muito boa. Mas foram pouco menos de dez quilometros, já que tínhamos que pegar a Ruta 11. Ali a pista estava bem ruim, pois muito movimento e muitos caminhões detonavam a pista. Conforme fomos saindo de Resistência o movimento diminuía ao extremo. Mais uma vez era apenas nós e as retas intermináveis. Os povoados também diminuíam, mas você já via que passávamos por cidadezinhas minúsculas mais bonitinhas. Saindo da Província do Chaco e entrando em Santa Fé, na cidade de Florencia, fomos parados mais uma vez (a terceira), eu já estava ficando cansado, sério. Mais uma vez nos fizeram abrir tudo. Por sorte, a mala que levávamos era pesada e não precisamos tirá-la do carro, apenas na primeira abordagem lá perto de Foz. Dessa vez, eu estava temendo também uma propina, pois era um lugar deserto e só tinha nós e um caminhoneiro do outro lado da estrada com outros policiais. O policial que nos abordou foi de um trato espetacular. Primeiro que se esforçava para tentar falar um pouquinho de português e que tentava me entender no meu portunhol. Começamos a falar para onde eu iria, e que ele e muitos argentinos, fazem ao contrario, vão ao Brasil nas férias. Nos desejou boa viagem e Feliz Natal. Foi o mais legal de todos. Essa foi a última vez que um policial argentino nos pararam nesse dia. Nenhum pediu documentos, nem do carro, nem meu. Só estavam preocupados com o que estávamos trazendo ao país deles. O que na minha opinião, é correto. Passamos por cidadezinhas e a hora parecia não passar mais, até que chegamos em Reconquista a exatamente 17h. Não almoçamos nesse dia, comemos umas empanadas naquele posto que abastecemos. Nosso hotel, Ychoalay Caz ficava bem na Ruta 11, a garagem era contornando o quarteirão. E tinha uma porta que dava acesso a recepção. Hotel velho e feio. Mas a atendente, uma mulher de uns quarenta anos, bem educada e prestativa compensou o fato. Quarto grande e com uma cama de solteiro, além da de casal. Vários canais na TV a cabo. Bom chuveiro, mas não estávamos acostumados com a troca do tradicional boxe nosso brasileiro pelas cortininhas de plástico deles. Saímos do hotel umas 19h e estava muito sol. Na Argentina estávamos com o fuso de uma hora a menos. Fomos dar uma volta a pé na cidade de Reconquista, com praças bem bonitas e comemos em u lugar chamado Strike. Bem legal. Preço normal. Até o momento vimos uma Argentina onde os motoqueiros não eram obrigados a utilizarem capacetes, aliás, acho que nem sabem o que é isso. Muita gente de bicicleta nessa cidade. Já estava a noite e nós andando pela “ciudad”, me senti muito seguro. Não enxergava mazelas sociais nos locais que passamos em Reconquista. Tudo bem arrumadinho. Voltamos ao hotel para dormir. Adendo: não sabia que a viagem renderia tanto. Se soubesse, teria esticado até Rosário, sei que são mais 500 Km, mas como as pistas estavam ótimas, poderia ter feito isso e chegaria umas 22h00 em Rosário, aproveitando um dia todo na terra do Messi. Gastos do dia 235,00 – Hotel Ychoalay 70,00 – Alimentação 110,00 – Combustível 17,00 – Pedágios (3) Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 8, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 8, 2017 Trecho 3: Reconquista/SF x Rosário/SF: 500km Quinta-feira, 15 de dezembro. Como disse lá na introdução, inicialmente nossos planos seria sair de Reconquista e ir até Córdova. Enfrentaríamos aproximadamente 650 km de distância e depois no dia seguinte percorreria uma distancia parecida para sair de Córdova até Mendoza. Aí pensei: Será melhor ir até Rosário (500km) partindo de Reconquista e fazer esse trajeto no período da manhã e ter a tarde e noite para conhecer a maior cidade da província de Santa Fé, do que ter que fazer dois trechos mais longos e não conhecer Córdova. Pensei, foi boa a alteração. E realmente foi. Rosário é muito bonito. No entanto, a final da Copa da Argentina foi em Córdova bem nessa quinta-feira que saímos de Reconquista, o jogo foi em final única envolvendo River Plate de Buenos Aires e o Central de Rosário. Que raiva! Em Rosário não se falava em outra coisa a não ser esse jogo. Todas as cafeterias e restaurante a noite estavam passando esse jogo e cidade envolvida com ele claro, metade de torcedores do Central torcendo a favor e a outra metade torcedores do Newell’s Old Boys torcendo para o River Plate. Mas, fazer o quê né. O café da manhã do antigo hotel Ychoalay Caz era bem bonzinho. Comemos as famosas medialunas pela primeira vez e gostamos bastante. Como na entrada do hotel, na saída as atendentes nos trataram muito bem. Próximo ao hotel tinha um posto Shell bem estruturado e completei o tanque. Saímos de Reconquista e logo na saída da cidade um pedágio de cinco pesos (um realzinho). Estradas boas, no entanto passava por diversas cidadezinhas (Berna, Malabrigo, Vera, Margarita, Crespo, ramanyon...) até chegar em Santa Fé depois de 300km percorridos. Em Santa Fé pegamos a Auto Pista Rosário/Santa Fé, uma estrada excelente, a melhor das estradas até o momento, com três faixas em algumas partes, toda duplicada e pela primeira vez em minha vida vi uma placa de velocidade permitida de até 130km/h. Para quem gosta de carros e de corridas, isso é uma sensação sem palavras. O pessoal argentino não maneirava, vários carros nos passavam com velocidades superior acima dos 150km/h. Eu estava na minha, andando nos 130. Vi varias policias Camineira e Gendermaria nesse dia, nenhuma nos parou. Foi bem tranquilo chegar em Rosário e em nosso hotel Ariston, na calle Córdoba, região bem central da cidade. Tinha um excelente estacionamento e um recepcionista que falava um português quase perfeito e muito cordial. Deixamos o carro lá e fomos comer. Entramos no primeiro lugar que vimos onde estava escrito Parrila. Fomos no Parrila Estilo Las Palmas. Uma churrascaria toda decorada com camisetas de futebol (sorte) e bem grande. Muitas pessoas de meia idade comendo por lá. O assunto nas TVs e na churrascaria não era outro a não ser o jogo. O dono do local era torcedor do NOB e claro estava torcendo contra o Central. Comecei a conversar com ele e disse que torcia para o São Paulo e se ele lembrava da final da Libertadores de 1992, onde meu time venceu o dele. Aí o cara começou a nos tratar diferente. A simpatia e gentileza aumentaram. Disse que aquela final está marcada na vida dele e que até hoje sente a perda. Muito legal. Só quem curte esporte entende essas coisas. Ah, o almoço estava espetacular. Pedi um Entrecot bovino e minha mulher um ravióli de bolonhesa. Depois de retornar ao hotel e tomarmos um banho fomos ao calçadão da cidade. Comércio muito legal e também ao Monumento Nacional a La Bandeira. Praças belíssimas cercam o local. Construções de época. O sol estava muito, mas muito forte mesmo. Em Rosário o pessoal se esforçava bastante para entender o português. Passamos em frente a uma casa de cambio e vimos que o real estava valendo AR$5,30. Estava com uma boa quantia de dinheiro no bolso para trocar, mas precisava do passaporte nesse local. Não trocamos pois já era 17h e estava quase fechando. Voltamos ao hotel e já saímos novamente em direção ao Parque da Independência. Onde tinha praças lindas, o estádio do NOB, o Museu das Belas Artes. O povo argentino pratica muita atividade física, as praças eram cheio de pessoas fazendo alguma atividade ao ar livre. Começamos perceber a vantagem de estar uma hora atrás do fuso, pois já eram mais de oito da noite e ainda o sol raiava forte. Fomos ao hotel e nos preparamos para sair em busca de janta. Aproveitei e abasteci o carro em um Petrobrás próximo ao hotel. Rodamos um tempo e vimos que os locais de comer era mesmo perto do hotel. Como estava difícil estacionar na rua, deixei o carro no hotel e fomos a pé. Era mais de 22h e o que se via era uma tranqüilidade imensa na rua. Estávamos no sentindo bem seguro. A janta não foi tão boa quanto o almoço. Pedi praticamente o mesmo prato, mas não veio com a mesma qualidade do outro local. Em todo lugar estava passando o jogo. Na Argentina tem um esquema que é um canal estatal que transmite os jogos, logo, todo mundo tem acesso. Como se fosse a TV Brasil ou a TV Senado aqui no Brasil que transmite. Fox Sports, TyC Sports e ESPN falaram do jogo o dia todo. Essa foi nossa tarde/noite em Rosário. Quero voltar lá um dia. Bem bacana a cidade. É como se fosse uma Curitiba menor, com muito verde e bem organizada. Gastos do dia: 180,00 – Hospedagem 146,30 – Alimentação 246,50 – Combustível 11,00 – Pedágio Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 12, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 12, 2017 (editado) Trecho 4: Rosário/SF x Mendoza/MZ: 900 Km (+60Km na região) Sexta-feira, 16 de dezembro. Precisávamos sair cedo de Rosário, pois teríamos quase 900 km para percorrer na manhã/tarde desta sexta-feira. Como o trecho de Reconquista a Rosário foi pequeno. Estava “inteirão” para dirigir o dia todo, claro que antes tomamos o belo café do Ariston Hotel, um dos melhores café da manhã que pudemos saborear em toda nossa estadia nessa viagem. Hotel Ariston é muito bom. Saímos pela Avenida Pellegrini que corta toda a cidade (do rio Paraná até a Auto Pista) e passamos em frente ao belo Parque da Independência. Fomos em linha reta até a Auto Pista 9 que liga Rosário à Córdova, pista magnífica. A melhor de todas que vi na Argentina. Uma pena que no meio do caminho tivemos que abandoná-la para seguir pela estradas interioranas, passando por Villa Maria (onde abasteci o carro), General Deheza, General Cabrera... até chegar em Rio Cuarto, onde almoçamos no hotel Santa Catalina. Boa comida e bom atendimento. Nosso GPS nos mandou passar pelo centro de Rio Cuarto, que raiva, perdemos uma hora praticamente tentando sair da cidade e encontrando algo para comer. Com muita raiva na saída da cidade para a Ruta 8 encontramos o hotel citado na linha acima. Saindo da província de Córdoba na divisa com San Luís fomos parados pela primeira vez pela polícia Camineira, como nunca li relatos de corrupção nessa região, já estava mais tranquilo e já ia me preparando para abrir as malas e tudo mais. Não, não pediram para ver nossa bagagem. Nem cogitaram nisso. Apenas pediram a carta verde, o documento do carro e minha habilitação. Pela primeira vez na viagem me pediram essas coisas. Não demorou nem dois minutos e estávamos liberados pelo “adelante”. Chegando em Vila Mercedes, primeira cidade da província de San Luís, pegamos tipo um “contorno” da cidade. Achei um lugar muito estranho. Pista dupla de concreto, com mato bem alto e um deserto total. Deu medo de passar por ali, no entanto, via a cidade pelo horizonte. Mas foi um lugar bastante cabuloso. A partir daí só pista dupla até Mendoza pela Ruta Nacional 7, uma maravilha, apenas 5 km sem ser duplicado nas dividas das províncias de San Luís com Mendoza, onde tem a barreira fitossanitária. Não olham quase nada, mas perguntam das frutas e tal. Legal que o carro passa por um spray de água como se estivessem lavando o carro para ser desinfetado, no entanto é simbólico apenas. Chegamos em Mendoza próximo das 19h, perdidos. Não achamos o endereço do Ibís que ficava no bairro de Guaymallén, na entrada da cidade. Fomos ao centro. Aproveitei para abastecer e perguntar a um frentista. Pensa em um cara que era disposto a ajudar mas não entendia nem o GPS, resultado? Perdi 15 minutos com ele e não me ajudou. Com calma, coloquei Íbis no GPS e ele achou, estava há uns 10 minutos dali, por onde já tinha passado. Chegamos no íbis, arrumamos nossas coisas e rapidinho fui na internet ver que horas seria o jogo do Godoy Cruz, por sorte seria as 21h30, estávamos atrasados, pois já era 20h00 e estávamos descarregando as malas. Nos aprontamos e fomos ao Parque San Martín, onde fica o Estádio Malvinas Argentinas. O transito em Mendoza é bem complicadinho, ainda mais nesse horário após as 19 horas. Fomos ao jogo do campeonato argentino assistir Godoy Cruz x Gimnasia y Esgrima. Devia ter no máximo umas 8 mil pessoas, no entanto a torcida do Godoy é bem barulhenta. Na Argentina não vendem ingresso na hora do jogo, cheguei lá e quase perdi a viagem. Os seguranças viram que somos turistas e nos mandaram falar com uns cambistas. Um cara bem bacana nos vendeu os ingressos e nos levou do outro lado do estádio, pois os ingressos eram descobertas. Pensa, a noite, no escuro parque San Martin, com um cambista argentino, nos levando para outro canto do estádio e sabendo que somos turista? Pensei é agora que seremos assaltados. O carro tinha deixado em um estacionamento pago. O cara nos levou direitinho ao local. Mas deu muito medo mesmo. Por azar tinha caído a energia do lado de fora do estádio e tudo estava MUITO escuro. O jogo foi o que eu esperava. Muita raça, tática e pouca técnica. O time de Mendoza levou um banho de 3x0. A torcida não arredava o pé do estádio e aos 90 minutos protagonizaram uma linda queima de fogos na própria torcida. Lembrando que estava 3x0 para os visitantes. A torcida pedia a cabeça do técnico, que realmente caiu dias depois. O Godoy Cruz irá disputar a Libertadores desse ano e está no grupo do Atlético MG. Depois do jogos fomos ao hotel dormir. Não jantamos, comemos coisas que tínhamos comprado lá em Foz ainda. Antes de dormir, reservei para o sábado um passeio na vinícola Vistalba, uma das mais recomendadas de Mendoza, no entanto não tão conhecida do pessoal. Gasto do dia: 105,00 – Hospedagem 70,00 – Alimentação 188,00 – Combustível 33,00 – Pedágios 90,00 – Passeio (jogo campeonato argentino) 20,00 – outros Sábado, 17 de dezembro. Acordamos com uma vista maravilhosa das Cordilheiras. Nosso compromisso era apenas tomar o café da manhã e lá pelas 10 da manhã ir a Bodega. Iríamos fazer cambio no Mendoza Plaza Shopping, que fica pertinho do Íbis, mas a cotação estava AR$4,80 para R$1,00. Pensei, vamos no centro da cidade. Não deu outra. No centro de Mendoza há muitos, muitos cambistas. Não recomendo. Além de poder passar notas falsas, a cotação não é boa. A não ser claro que for um valor baixo e estiver com pressa. Trocamos na Cambio Express. Muito bom, super seguro e bem sérios. Fomos um dos primeiros a chegar na vinícola. Fica na realidade fora de Mendoza, na cidade de Luján de Cuyo, como se estivesse indo ao Chile pela Ruta Nacional 7. O portão é fechado e um guarda já vai te receber na entrada. Optamos por fazer o passeio com degustação e almoço. Como estava de carro, preferi fazer apenas o menu dois passos. Onde provava apenas dois vinhos, um branco e um tinto, mais um espumante. O almoço tinha uma entrada, o prato principal e sobremesa. A guia falava um espanhol que dava a entender, demorou mais ou menos uns 30 minutos o passeio. Nos levou onde o vinho é fabricado, fermentado, nas barricas e claro nas plantações de uva, apenas de amostra. Tudo é muito fino nessa bodega. O valor foi de 1260 pesos argentinos, praticamente R$250,00. Para um almoço é caro, mas não era só um almoço. Era tudo magnífico. Inclusive ganhei pontos com minha mulher, pois ela não esperava que iríamos em um lugar assim. Voltamos ao hotel e descansamos um pouco. Logo saímos novamente para ir ao Parque San Martin, dessa vez para curtir o gigante parque. Muita gente, muitos carros, muitas coisas. Realmente o argentino sabe cuidar e preservar sua gente e sua história. Achei o lugar bem legal e a cidade bem bonita. Ruas e mais ruas todas fechadas de árvores. No parque praticamente tudo é gratuito. Muitas pessoas fazendo atividades físicas. Ficamos mais de três horas indo pra lá e pra cá. Sem rumo, as vezes de carro, as vezes a pé. Voltamos ao hotel e bem ao lado tinha um Mega Carrefour, onde compramos algumas coisinhas para fazer nossa jantinha. Estávamos sempre dando prioridade para o almoço, pois sempre fui acostumado a comer bem no almoço e na janta só forrar o estômago. *Tivemos problemas nesse Íbis Mendoza. Peguei uma promoção do café da manhã incluso e tive que pagá-lo mesmo assim. Reclamei, mas como estava de férias, não quis me estressar por mais ou menos oitenta reais. Já fiz uma reclamação no reclameaqui.com. Gastos do dia: 105,00 – Hospedagem 42,00 – Alimentação 67,00 – Combustível 305,00 – Compras na bodega Vistalba 205,00 – Passeio (Bodega Vistalba). 5,00 – Outros (estacionamento casa de cambio) Editado Janeiro 18, 2017 por Visitante 1 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 13, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 13, 2017 (editado) Trecho 5: Mendoza (ARG) x Viña Del Mar (CHI): 410km Domingo, 18 de dezembro. Hoje, era um dos mais esperados dias da viagem, por três motivos: chegaríamos ao ponto mais longe de toda a viagem – Viña Del Mar, pela primeira vez colocaria meus pés nas águas do Pacífico e o principal – passar pela Cordilheira dos Andes. Deixamos o Íbis em Mendoza em torno das oito da manhã e seguimos pela Ruta Nacional 7. Pelo caminho passamos por várias vinícolas e refinarias de combustível da YPF. O relevo e o clima aos poucos começavam a mudar: montanhas gigantes começavam aparecer e ficava mais frio. Eu tinha programado para fazer duas paradas: Potrerillos e Aconcágua. O tempo estava meio dublado na ida ao Chile, então, as águas em Potrerillos não estavam com aquela cor azulzinha igual observava nas fotos. Talvez por estar de manha ainda, próximo das nove horas, tinha muitas nuvens. Local bem bonito, mas até esse momento não tinha achado nada tão exuberante. Na volta a Argentina, conto mais de Potrerillos. Então, gastamos poucos minutos e seguimos rumo ao Aconcágua. Confesso que fiz questão de dirigir para curtir cada minuto, cada montanha, cada cerro um mais alto que o outro, cada curva pela Ruta 7. É um local único, não tem como descrever. Tudo muito diferente de tudo que já havia visto. Tinha hora que o rio Mendoza parecia estar com a água subindo ao invés de descendo, chegava a perder a noção de profundidade das coisas. A estrada estava muito boa, apenas em dois locais estava tendo reformas, inclusive em um deles tinha um desvio de mio quilometro. Chegamos ao Parque Provincial do Aconcágua. O pessoal na recepção fala um portunhol bem fácil de entender. São bem legais. Compramos o ingresso para a trilha básica. Quarenta pesos para duas pessoas, ou seja, oito reais para entrar em um dos lugares mais magníficos do mundo. Confesso que quase chorei de tanta emoção lá. É um espetáculo. Considero o ponto alto de nossa viagem. Só de chegar ali e presenciar todos aqueles monumentos naturais com o Aconcágua ao fundo encoberto de neve, já tinha sido valido todos os esforços feitos pela viagem. Dentro do parque você meio que fica livre. Acho que poderia ir para qualquer canto mesmo comprando ingressos diferentes, não sei se era um domingo com poucas pessoas, mas a sensação que dava era de estar livre para ir onde quiser. Fizemos apenas o percurso básico mesmo de 1,5 quilômetros. Não tive nenhum problema com relação a altitude, no entanto, percebi o quanto fica difícil em tentar respirar durante a caminhada. Estávamos a 3 mil metros de altitude. Não falta ar, mas força mais na hora de puxar o ar. Tiramos muitas fotos e fizemos alguns vídeos. Ficamos por lá apreciando a natureza por mais ou menos uma hora. Ficaria lá sem fazer nada por mais umas oito horas tranquilamente se não tivesse que seguir viagem. Chegamos ao túnel internacional Cristo Redentor que divide Argentina e Chile. Passamos por mais ou menos cinco quilometros de túnel e enfim estávamos em território chileno! Andamos poucos metros e a aduana chilena e aquele monte de carros, caminhões, ônibus e motos estavam a nossa frente. Ficamos próximos de uma hora na aduana chilena. Fomos em três estágios para fazer o tramites da migração. Os funcionários nos atenderam muito bem. Foi a revista mais completa de todas que fizeram no carro. Até a caixa térmica tive que abrir para ver o que estávamos levando. Por fim, pediram para abrir o capô do motor para revistar. Tudo certo: “bievenido a Chile” nos disseram. A partir daí começamos a descer pelo Los Caracoles. Que lugar incrível. Como fizeram essa pista nesse lugar e como esse lugar se formou? Espetáculo! Fiz a promessa pra mim de passar ali novamente, com neve. Mais uma vez o nosso GPS Garmin nos derrubou e nos mandou para dentro de Los Andes e San Felipe. Paramos em um supermercado Jumbo em Los Andes para almoçar. Comi arroz depois de uma semana. Na viagem foi a primeira vez. Por essa estrada que fomos, era pista simples e bem ruim, parecia até algumas rodovias brasileiras. Depois pegamos a Ruta 60 e tudo melhorou. Entramos em outra rodovia e chegamos até Viña, tudo duplicado. Tudo bonito. Podia circular até 120km/h. Conforme lia relatos aqui no mochileiros de que a policia carabinera do Chile era bem séria, mantinha essa velocidade. Ganharam mais ainda meu respeito quando a vi em um posto policial dois Dodge Charge carabineiro na ruta 60, coisa linda. COISA LINDA! Chegamos em nosso hotel próximo das 16h30. E ali um susto: reservamos o hotel Oceanic pelo site hotéis.com e na recepção procuraram nossa reserva feitos loucos. Não acharam. Fizemos a reserva da melhor suíte, com varanda e vista para o mar. Perguntaram se queríamos ficar mesmo não tendo reserva. Cobraram o mesmo valor da reserva, no entanto no primeiro dia tivemos que ficar em um quarto com vista para o mar, mas sem varanda, apenas voltado ao mar. Como estávamos há mais do outro lado do continente, fazer o quê né? Aceitamos. Tomamos um banho e fomos conhecer a cidade e a orla de Viña Del Mar. Cidade lindíssima. Turística e romântica. Andamos por mais ou menos dez quilometros em três horas. Como foi a cidade mais a oeste possível de nosso roteiro, escurecia as 21h00. Jantamos em uma pizzaria super arrumadinha na Av. San Marín (a principal de Viña) chamada Diego Pizzaria. Bons atendentes, ambiente agradável, mas só. A pizza era um horror. Massa diferente e recheio diferente. Não gostei nadinha. Depois pegamos um hellado na praia em uma sorveteria que tem pra todo lado dela no Chile que me fugiu o nome. Nesse dia descobrimos a propina chilena (que seria os 10% do garçom aqui no Brasil), é opcional, mas é muito chato falar não para eles. Pior ainda, é pagar os 10%. Acho um abuso. Apenas levam a comida na mesa, mais nada. Voltamos ao hotel e pela primeira vez na vida dormi ao lado do mar, só com o barulho das ondas e mais nada. Gastos do dia: 540,00 – Hospedagem 175,00 – Alimentação 33,00 – Pedágios 8,00 – Passeios (Aconcágua) 7,00 – Outros (gelo) Editado Janeiro 18, 2017 por Visitante Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 17, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 17, 2017 Viña del Mar – Chile Segunda-feira, 19 de dezembro. Como já estávamos em uma maratona de acordar cedo em alguns dias, hoje, poderíamos acordar um pouco mais tarde, tipo sete da manhã. Nosso hotel dispunha de um maravilhoso café da manhã e pela primeira vez em nossa viagem vi todos as comidas do hotel escrito em espanhol, inglês e finalmente o português. O dia não estava maravilhoso como a maioria das pessoas gostam, estava muito nublado e temperatura próxima dos 20º (adoro). Saímos de carro e logo vi que era uma loucura só o transito de Viña del Mar. Pelo que percebi chileno gosta mais de acelerar dentro da cidade do que em suas belas e rápidas rodovias. Nossa primeira parada seria o relógio das flores. Não encontrei vaga para estacionar La perto e não encontrei um retorno: resultado? Fui para perto de Valparaíso fazer um retorno. Consegui achar um retorno por dentro da cidade e não pela via principal. Um desastre. Ruas estreitas e ladeiras enormes. Depois de conseguir retornar próximo ao relógio das flores, deixei o carro em uma ruazinha tranqüila, perto do cassino. Fomos ao relógio das flores. Realmente um ponto turístico marcante. Muitas pessoas de varias partes do mundo estavam ali. O legal do lugar é que ele fica em um “barranco” em curva, ou seja, varias pessoas tiram fotos do local ao mesmo tempo sem atrapalhar umas as outras, pois conforme muda o ângulo, pega o relógio todo, mas não pega quem está tirando a foto ao lado. Tinha policiais próximo ao local e também jardineiros cuidando das gramas e flores próximas ao relógio. Tem vários canteiros bem bonitos por ali. Vale a pena. Como o castelo de Wulff fica ali perto, fomos lá, mas na segunda-feira ele é fechado e só abriria no dia seguinte a partir das 10 da manhã. Tiramos fotos na frente e seguimos até onde o carro estava. Mais de vinte minutos de caminhada. O nosso carro estava a mais ou menos um quilometro de distancia do Museu Francisco Fonck, então, deixamos o carro lá mesmo e fomos andando. Só deixamos o tripé no carro. Uma menção ao tripé. Ele tira fotos melhor do que qualquer pessoa. Sério. É enquadrar a foto, posicionar uma pessoa do casal, colocar o temporizador, dá o clique e vai pra foto. Pedimos para muitas pessoas tirar fotos de nós dois juntos, nunca saia legal. O tripé realizava essa missão com louvor, nota 10! (frase de um professor meu na universidade). Como já era mais de 10 horas, os “flanelinhas” já estava tomando conta na rua e mesmo o carro lá parado antes mesmo dele chegar, já pediu para cuidar e dar um banho. Falei Ok, perguntei quanto ficava e disse que podia lavar. Incrível como lavam o carro com apenas um balde de água. Não acreditei. Claro que não ficou perfeito, afinal já tinha milhares de insetos mortos na grade frontal. Mas ficou muito bom por 3 mil pesos chilenos. Chegamos ao museu e de cara já tinha uma turminha com uma guia para iniciar a visitação. A guia era espetacular. Muito entusiasmada, inteligentíssima, historiadora mesmo, bem bacana, não falava português, mas tentava falar devagar para nós entender. Tinha uma família de suecos junto, falavam espanhol melhor que muitos chilenos. Demais! De inicio eu queria ir ao museu apenas para ter aquela foto do Moai que fica lá fora. Mas olha, foi uma das coisas mais legais de toda a viagem. É um mergulho na história dos nossos ancestrais da América latina, do povo chileno e de toda a civilização sul-americana. Fala-se tudo. A guia meio que acabou com o canal History que fala dos Moais sendo coisa de extraterrestre e tal (que eu assisto). No museu tem uma parte dedicada apenas a ilha de Páscoa e os Moais. Tem um andar de cima de inúmeros animais empalhados e insetos. Tem uma lojinha de lembrancinhas onde ajuda a manter o museu. Compramos uns Moais de madeira que é feito lá na Ilha de Páscoa. Tem camisetas, chaveiros e muitas coisinhas. Do lado de fora ficam alguns ambulantes vendendo também, mas não com a mesma qualidade. O museu fica bem no centrão de Viña. Perto de bancos, imobiliárias, postos, restaurantes, enfim. Valeu demais a visita a esse museu. Recomendo muito. Não lembro o nome da guia, mas nota 10 para aquela mulher. A visitação durou mais ou menos uns cinqüenta minutos, uma hora. A guia viu que estávamos bem interessados e talvez por isso foi tão detalhista. (me coloquei no lugar dela né. É um porro quando você quer dar uma aula a alguém que não está nem aí). Depois disso fomos almoçar. Andamos um pouquinho e vimos vários restaurantizinhos/cafeterias legais pelo caminho. Paramos em um chamado de Pincho Moruno. Pedi um franguinho no espetinho (lá chamadas de brochetas moruno) e a Niceia uma chuleta de cerdo. Como de costume também pedimos papa fritas. Fomos bem atendidos e o garçom não insistiu na propina, logo, não pagamos a propina. A tarde estávamos livres. Queria ir no estádio Sausalito, mas acabei recuando para não ter que ficar rodando de carro por Viña. Como o tempo já estava melhor e estava batendo o cansaço dos dias viajando, resolvemos passar a tardizinha/noite na praia. Chegando no hotel La pelas 15 horas, nos trocaram de quarto, para aquele que inicialmente havíamos reservado com varanda. Aí, fomos a praia. É impossível colocar os pés nas águas do pacifico (pelo menos naquela região), já que as águas de lá são geladíssimas. Ficamos na areia. Como somos professores de Educação Física, ficamos observando as inúmeras oportunidades que o município de Viña del mar oferecia aos banhistas com ginástica, beach soccer, vôlei de areia, slackline, pilates (sim, pilates instalados na areia). Como tínhamos muitas bolachas, biscoitos, salgadinhos, água, sucos, cereais... não gastávamos com cafés da tarde. Acredito que economizamos uns trezentos reais em toda a viagem com isso, principalmente com água. E assim ficamos um dia e meio em Viña del Mar. Pedimos um lanche no hotel mesmo para comer a noite na janta. Gastos do dia: 540,00 – hospedagem 209,00 – alimentação 26,45 – passeios (museu) 68,00 – lembrancinhas do museu 16,00 – flanelinha 1 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 22, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 22, 2017 Trecho 6: Viña del Mar x Santiago: 130km Terça-feira, 20 de dezembro. Nesse dia saímos próximo das nove horas de Viña del Mar rumo a Santiago, chegando na capital chilena próximo das onze da manhã. A viagem foi bem tranquila, sendo que 90% do caminho era composto de pista dupla, apenas a saída da região litorânea era pista simples. Ficamos hospedados no hotel Íbis no bairro providencia. Excelente hotel (do padrão Íbis) com uma garagem subterrânea. Tinha trocado alguns pontos que eu tinha no Le Club Accor Hotels, e a hospedagem de dois dias ficou em sete dólares. Deixamos nossas coisas no hotel e fomos primeiramente a uma casa de cambio. Achamos uma. Depois achamos duas. E depois parecia uma praga. Tinham mais de dez uma ao lado da outra. Paramos para almoçar por perto das casas de cambio. Achamos um lugar bem legal que chama La biferia. Quando vimos que duas refeições sairiam por R$200,00, saímos fora. Andamos mais um pouco em direção ao Sky Costonera. Paramos em um lugar chamado Louisiana, The river pub. Vimos as bandeirinhas de vários países e comidas de vários lugares. Vimos que era acessível e comemos ali mesmo. Fomos ao Shopping Costonera e ao Sky Costonera. Shopping espetacular. Só olhamos. Não tínhamos nada em mente. Compramos apenas umas camisetinhas do Chile para ter mesmo. Rodamos por algumas lojas e pegamos o elevador para subir 300 metros em apenas 50 segundos. Muitos brasileiros. Ficamos uns vinte minutos lá em cima e tentamos ver Santiago de todos os ângulos. Na volta ao Costonera Shopping, compramos vários vinhos no Jumbo, uma espécie de Walmart, Carrefour. Os preços eram praticamente ¼ dos praticados aqui no Brasil. Levamos umas dez garrafas na mão mesmo. Era um pouco longe do hotel, mais ou menos trinta minutos a pé. Voltamos ao hotel e descansamos um pouco. Deixamos o hotel lá pelas 17 horas e tínhamos como destino o centro histórico de Santiago: Plaza das armas, catedral, teatro... enfim. Passamos pelo Parque Balmaceda que engloba varias pracinhas: Itália, Aviación, Baquedano. Resolvemos jantar em uma rua que fica entre o parque florestal e o cerro Santa Lúcia. Uma rua cheia de cafeterias: Rua José Miguel de La Barra. O local: Tomodachi Café. Bem legal e com preços acessíveis, mesmo assim, bem mais caro que em nosso país. Voltamos a caminho do hotel e já começava a cair a noite: próximo das 21h. Nunca estive em um lugar a noite tão a vontade como em Santiago. Se sentido super seguro e tranquilo. Gastos do dia: 11,83 – Hospedagem 161,00 – Alimentação 19,00 – Pedágios 233,00 – Compras 52,00 – Passeios (Sky Costonera) Quarta-feira, 21 de dezembro. Nosso café da manhã estava incluso nas diárias do Íbis Providencia, então, comemos bem pela manhã. Acordamos naquele horário das sete da manhã, pois pela manhã tínhamos dois objetivos: Palácio de La Moneda e Estádio Nacional. Um longe do outro. Utilizamos o serviço do metrô pela primeira vez na viagem. Metrô de Santiago bem limpo e moderno. A estação de metrô Manuel Montt fica há mais ou menos cem metros do Íbis Providencia. Descemos na estação Universidad de Chile, mais ou menos há 200 metros do Palácio de La Moneda. Nesse dia haveria a troca da guarda no Palácio, mas era para as 10 da manhã e não era nem nove da manhã. Decidimos seguir em frente e ir ali por perto ver algumas cotações nas casas de cambio. Achamos poucas e com preços inferiores as do bairro Providência. Voltamos ao metrô e fomos em direção ao Estádio Nacional Julio Prádanos. Descemos na estação Ñuble. Caminhamos por mais de um quilometro e andamos em uma outra Santiago, longe do centro, mais pobre, mas ainda assim, limpa e estruturada. O acesso ao estádio era pela Avenida Grécia. Já tinha lido que a entrada era gratuita. Realmente foi. Fomos bem atendidos pelos funcionários do estádio. Fica aberto a comunidade. Tem várias quadras de tênis nos estacionamentos do estádio. Muita gente jogando. Muita gente trabalhando no estádio. A única coisa que pediram foi para não tentar entrar no gramado. Claro, que não faríamos isso. Nem na pista de atletismo chegando. Como caminhamos um pouco, decidimos ficar nos lugares mais nobres do estádio, nas cadeiras dos cerimoniais lá em cima. Lembrando que esse estádio foi onde o Brasil venceu a Copa de 1962 e se tornou Bi campeão do Mundo. Meu time, o São Paulo venceu a Católica também nesse estádio em 1993 e foi Bi da Libertadores. Ainda teve a Copa América de 2015, onde o Chile venceu pela primeira vez. Voltamos para o metrô e almoçamos em uma cafeteria muito boa no próprio metrô, isso próximo das 13h. Descansamos no hotel e fomos em direção ao Cerro Santa Lúcia. Passamos boa parte da tarde lá. Lugar super agradável. Muitas belezas naturais. Se tem uma excelente vista de toda Santiago lá no Cerro. Como ficaríamos apenas dois dias em Santiago e adoramos a cidade, combinamos de um dia voltar a Santiago e explorar mais a cidade. Santiago é de todas as cidades que conheci nessa viagem a mais legal. Voltaremos no inverno de 2019 ou 2020. Então, ficamos ali pelo Parque Balmaceda para aproveitar o fim da tarde. Depois fomos comprar mais vinhos. No final da noite pedi uma pizza no Dominó’s Pizza. Uma rede que não é tão forte no Brasil, mas fora dele bem conhecida. Gastos do dia: 83,00 – Alimentação 11,83 – Hospedagem 70,00 – Compras 40,00 – Metrô Citar
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