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  • Membros de Honra
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A história da Birmânia, atual Mianmar, é conturbada. Não há muitos registros do período antigo. Mas se sabe que os monarcas subiram ao poder através de guerras e assassinatos de rivais. No séc. 9 os Bamar da região do himalaias travaram guerras contras os Mon do platô tibetano, que duraram muito tempo. No sec. 11 o monarca bamar se converteu ao budismo teravada e mandou construir os templos em Bagan. Este período foi considerado a época de ouro. Mas constantes construções enfraqueceram as finanças e em 1287, Kublai Khan arrasou Bagan, causando o declínio de Myanmar.

Os séculos seguintes seguiram com a colonização portuguesa e finalmente a inglesa, que trouxeram imigrantes indianos e chineses.

Protestos contra os ingleses cresceram, sempre liderados pelos monges. Depois da segunda guerra, o país ganhou independência e eleições foram feitas. Bogyoke Aung Sang foi eleito, mas logo em seguida assassinado por um rival.

Em 1962 a junta militar tomou o poder e isto levou o país a instabilidade econômica. Em 1988, novamente liderados pelos monges budistas, a população tomou as ruas protestando contra o governo. Em 1989 foram feitas novas eleições e desta vez a vitoria foi de Aung San Suu Kyi, a filha de Bogyoke. Porém o conselho provisório (de militares) não a deixou tomar posse e a prenderam. Ela foi libertada em 1995, mas presa novamente em 2000. Em 2002 a ONU conseguiu sua libertação, mas foi presa de novo em 2003 e continua até hoje em prisão domiciliar. Mesmo tendo recebido ofertas de liberdade através do exílio, ela se recusa a deixar o país. No final de 2007 um grande protesto, liderados novamente pelos monges budistas geraram forte repressão e mortes.

 

Visitar Myanmar é voltar no tempo, 50 anos atrás. Os carros são antigos com os bancos puídos e parecem que vão quebrar a qualquer instante. Os homens vestem saias, os longyi, e as mulheres e crianças usam o thanaka, que é um pó branco pra proteger do sol. Monges são venerados e respeitados. Acordar cedo e ver a procissão de monges descalços (nas ruas lamacentas e sujas) com seus potes, indo de casa em casa pedindo por doação e a população já cedo na porta com os alimentos que serão doados, é a certeza de que a tradição ainda continua viva.

 

A grande questão que fica é: Visitar ou não um país que não respeita os direitos humanos, governado por uma junta ditatorial militar. Muitos grupos de ativistas pedem que não se visite o país, acreditando que o turismo legitima o governo e contribui para seus cofres (a maioria dos tours por agencia de viagens, grandes hotéis e ônibus de turismo são do governo). As criticas vão principalmente para os turistas que vão por pacotes de viagens. Um residente de Yangon, uma vez disse: “não traga somente suas câmeras fotográficas e só tire fotos. Nós não precisamos deste tipo de turismo. Fale com aqueles que querem falar. Deixe-os saber como você vive e das condições de sua vida”

Se você decidir ir, há algumas sugestões:

 

Evite hotéis do governo e fique em pousadas familiares

Tente evitar serviços do governo: como agencias de turismo (Myanmar travel e tours, myanmar airways e IWT ferries)

Espalhe seu dinheiro: não compre tudo em um só lugar. Compre de vários estabelecimentos, assim vc poderá ajudar mais famílias.

Compre artesanato direto dos artesões

Tente sair dos roteiros turísticos e vá para lugares pouco visitados

Leia sobre o país e sua história.

  • Membros de Honra
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Informações Gerais

 

ATM: não. Não há bancos internacionais. Leve em dinheiro, principalmente dolares.

Capital: Yangon

Governo: Junta militar

Custos: 20-30 dolares/dia

Língua: birmanes e inglês

Moeda: kyat

Estações: quente Mar-Mai; chuvas Jun-Out; amena Nov-Fev

Vistos: brasileiros precisam de vistos. Pode ser conseguido na Tailândia. Cuidado ao preencher a profissão, pois jornalistas e advogados são barrados.

 

Mulheres viajantes: é um país seguro para mulheres viajarem independentes.

 

Perigos e cuidados: é um pais seguro, onde as pessoas são simpáticas e hospitaleiras. Poucos casos de furtos, mas nada melhor que se prevenir não deixando valores a mostra. A fronteira com a Tailândia, devido ao tráfico de drogas e geralmente fora dos limites da policia, é um lugar a ser evitado. Evitar também falar de política, pois a repressão é grande e pode deixar o cidadão em maus lençóis, especialmente se o assunto for sobre Aung San Suu Kyi.

A internet ainda é discada e o acesso de informações controlado pelo governo. Não há acesso aos principais web e-mail (hotmail, gmail, Yahoo, UOl, etc) nem aos jornais internacionais. Um truque é usar sites que furam estes bloqueios, mas nem sempre funcionam.

 

Principais atrações

 

Bagan: Cerca de 4 mil templos budistas, construídas entre os séc. 11 e 13, estão espalhadas pela planície, cobrindo 42 km2. Pode ser visitado com bike ou com charretes.

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Lago Inle : lago ainda intocado no meio das montanhas, onde a população vive em casas flutuantes.

 

Kalaw: terra do trekking e mochileiros

 

Arredores de Mandalay: a cidade foi a ultima capital e em suas vizinhanças é possível visitar quatro cidades antigas, incluindo Amarapura.

 

Yagon: Antiga capital de Mianmar é onde está o templo principal de Shwedagon Paya, com a estupa principal coberta de ouro e cravejada de pedras preciosas. É considerado o lugar mais sagrado pelo birmaneses.para compras existe o mercado local, onde se pode encontrar joias de ouro, jade e perolas de agua doce, alem de artesanato, etc. A população é diversa, com chineses sendo os principais comerciantes.

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