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Herança colonial britânica complica disputa pelas Malvinas


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:arrow: FONTE: R7

http://noticias.r7.com/internacional/noticias/heranca-colonial-britanica-complica-disputa-pelas-malvinas-20100225.html

 

[align=Justify]A recente escalada do conflito diplomático entre Argentina e Reino Unido pela soberania das ilhas Malvinas, no Atlântico Sul, foi deflagrada pelo início da exploração de petróleo por uma empresa britânica nas águas ao redor do arquipélago.

 

As brigas entre os dois países, no entanto, são muito mais antigas, remontam ao período colonial, no século 19, e culminaram em uma guerra rápida e sangrenta em 1982.

 

O governo da Argentina diz que o Reino Unido violou o direito do país sul-americano à posse das ilhas quando, em 1833, expulsou os cidadãos argentinos que moravam lá para estabelecer assentamentos britânicos.

 

O Reino Unido, por sua vez, alega que sua soberania sobre o arquipélago é inquestionável porque os habitantes das Malvinas são britânicos e querem permanecer britânicos. É o chamado princípio da autodeterminação.

 

A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de seu Conselho de Segurança e do Comitê de Descolonização, considera ambos os argumentos válidos e não assume a causa de um lado ou de outro. O órgão apenas pede, desde o fim da guerra de 1982, que Argentina e Reino Unido "retomem negociações" para chegar a um acordo sobre a soberania das ilhas. A última resolução da ONU data de 2005.

 

Argentina volta a recorrer à ONU

 

Depois de impôr restrições à navegação nas águas ao redor das Malvinas, o governo da Argentina voltou à recorrer à ONU para tentar retomar as negociações com o Reino Unido.

 

Nesta quarta-feira (24), o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, encontrou-se com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pediu a criação de uma mesa de debates com a presença britânica.

 

Ao afinal do encontro, Taiana falou:

 

- A Argentina está disposta ao diálogo e o Reino Unido se nega a sentar-se para dialogar e cumprir o mandato das Nações Unidas.

 

Já o secretário para a América Latina e Europa do ministério das Relações Exteriores britânico, Chrys Bryant, declarou à BBC que o Reino Unido tem direito a permanecer nas ilhas:

 

- Não temos nenhuma dúvida sobre essa soberania. Nós acreditamos na autodeterminação dos moradores da ilha para decidir seu futuro. Eles querem ser britânicos.

 

Nesta semana, a Argentina obteve o apoio dos países membros do Grupo do Rio, que reúne nações da América do Sul e do Caribe, para suas reivindicações. O assessor especial para Assuntos Externos do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, também já declarou que o Brasil apoia a causa argentina.

 

Ainda não há qualquer previsão oficial de uma retomada de negociações em torno das Malvinas nas Nações Unidas.

 

Soldados Britânicos Malvinas G

Soldados britânicos prendem e vendam militar argentino nas Malvinas em 1982 - (Foto: AP)

 

 

Embora a tensão diplomática esteja alta entre Argentina e Reino Unido, governos e especialistas descartam uma guerra, como a que ocorreu em 1982.

 

Michael Codner, diretor de ciências militares do Instituto Rusi, de Londres, disse à agência France Presse:

 

- Não acho que a retórica possa se transformar em outro conflito. Londres, que tinha em 1982 apenas alguns soldados nas Falklands (nome inglês das Malvinas) dispõe, hoje, de presença muito maior, uma tropa e uma força em terra, mar e ar.

 

Em 1982, as tropas argentinas invadiram as Malvinas para resolver os problemas de apoio popular de um regime agonizante, aventura que se provou fatal para a ditadura militar (1976-1983). Enquanto isso, a "dama de ferro" Margaret Thatcher reconquistou o arquipélago e garantiu um terceiro mandato, após 74 dias de uma guerra que matou 649 argentinos e 255 britânicos.

 

Hoje, ao mesmo tempo em que denuncia a decisão "unilateral e ilegítima" britânica de explorar recursos naturais no arquipélago, o vice-ministro das Relações Exteriores argentino Victorio Taccetti afirma que defenderá sua causa "por meios pacíficos" na ONU:

 

- A luta armada está excluída de nosso horizonte.

 

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que o Reino Unido fez “todos os preparativos necessários para garantir que os ilhéus das Falklands sejam protegidos de forma apropriada”, mas também descartou um conflito[/align]:

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