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1482262611658.jpg.b839a0c8e13e68e0b9604231308c188e.jpgOlá pessoal! Depois de muito consultar o mochileiros.com sobre dicas de viagem, tenho o prazer de fazer o meu primeiro relato de viagem, como forma de contribuir para os chamados “marinheiros de primeira viagem”.

 

Nos programamos com quase um ano de antecedência para nossa “grande” viagem ao Nordeste de carro, algo inédito para minha família e, particularmente, para mim, como motorista com quase dez anos de carteira. Seria a realização de um sonho – percorrer parte da região Nordeste de carro.

Fomos em um Meriva 1.8, ano 2006. Tive o cuidado de fazer uma minuciosa revisão nele, afinal seriam mais de 2.000 km de estrada, somente de ida, mas isso não nos livrou de termos surpresas com o mesmo. Bom, mas vamos falar da viagem.

 

Saímos de Belém no dia 19/12/2016 às 05h da manhã, uma segunda-feira chuvosa, o que não atrapalhou nossos planos quanto ao desempenho na estrada. Fora algumas paradas “obrigatórias”, tudo transcorria normalmente, de acordo com o planejamento da viagem. Pegamos muita chuva até a divisa com o estado do Maranhão, na cidade de Boa Vista do Gurupi, onde paramos para fazer um lanche. Embora fosse uma parada de ônibus interestaduais, o local tinha até preços razoáveis. Na verdade, desde a saída da região metropolitana de Belém, não visualizamos locais preparados para atender viajantes, estradeiros. Fora alguns postos de combustíveis, foram raros os estabelecimentos que atraíam a atenção de viajantes. Em seguida, mais a frente, paramos para abastecer no posto Recreio-BR na cidade de Gov. Nunes Freire/MA, onde recebemos atendimento vip, algo raro para a região. Almoçamos em Santa Inês/MA e, de lá para frente, mais ou menos até a cidade de Peritoró/MA, a estrada encontra-se com muitos buracos e asfalto debulhado, onde o motorista deve redobrar a atenção. Fazendo uma comparação no geral, embora apenas uma parte das estradas do Maranhão esteja em estado crítico, é grande a falta de sinalização nas estradas do Pará e do Maranhão, onde muitas vezes sequer haviam placas nas entradas das rotatórias, deixando os motoristas perdidos, tendo que ouvir constantemente “novo cálculo da rota” do seu GPS.

 

Prosseguindo a viagem, pensamos parar em Timom/MA, na divisa dos estados MA/PI, mas, como já era noite, atravessamos a ponte e chegamos em Teresina/PI. Seguindo o conselho de um amigo, procurei hotéis perto do Terminal Rodoviário por serem, supostamente, mais em conta, mas me arrependi amargamente. Desci do meu carro e percorri alguns hotéis em busca de preço e também para espiar os tipos de hospedagens. Logo percebi que, grande parte deles, opera também como motel, ambiente nada propicio para quem está com a família. Pensei em procurar outro local, mas como já ficava tarde e estávamos exaustos, não tive alternativa, senão procurar o menos pior.

Entrei nuns três e me espantei com o tratamento recebido. Mesmo alegando que seria apenas para “dormir”, sem sequer consumir café da manhã, alguns deles chegaram a cobrar cerca de R$ 200,00 pelo pernoite. Assustado e tomado pela exaustão, fechei com um senhor por R$ 120,00, que não sei se é o proprietário do Hotel Linhares, onde, inicialmente, se mostrou receptivo, mas depois de fazer o pagamento antecipado do pernoite, mostrou-se amador (não sei se é o padrão daqueles hotéis). Nada do que se pense em básico, no que se refere a Hotel, foi nos oferecido: sabonete, toalhas, Lençóis, entre outros, tínhamos que pedir, como se fosse um favor e não uma obrigação do Hotel. Além de um banheiro mal feito, o quarto era apertado para 4 pessoas e, a única coisa que tinha de bom, não para nós que estávamos cansados, era uma TV Led. Pensa numa noite mal dormida! Recomendo pararem bem distante desses Hotéis, pois de graça o pernoite ali fica caro. Antes de dormir, fizemos um lanche no Terminal Rodoviário de Teresina/PI, onde descobrimos que, em razão da violência urbana naquela capital, são raros os caixas eletrônicos 24 horas, portanto, ter dinheiro na carteira é essencial para não ficar na mão a noite em Teresina. As lanchonetes ali são sujas e a vigilância sanitária parece não existir naquele estado.

 

Devido nosso carro ter apresentado problemas de vazamento no motor, saímos de Teresina eram 10:30h da manhã. Recebemos ajuda de um taxista (ajuda não, paguei pelas corridas), que nos conduziu até uma avenida de oficinas, onde o problema foi em parte solucionado. Não víamos a hora de sair do Piauí.

Prosseguimos em nosso 2º dia de viagem e almoçamos ainda no Piauí, numa cidade próximo a São João da Fronteira/PI, num restaurante que tinha mais moscas que clientes. Aqui faço mais uma vez o registro de que, desde o Pará até o Piauí, é muito complicado encontrar locais a beira da estrada, adequados e dignos para fazer uma boa refeição. Já próximo a divisa do estado do Piauí com o Ceará, entramos na Serra de Tianguá, uma verdadeira e bela paisagem, onde tudo parece compensar. Um espetáculo de paisagens que deve ser apreciada em cada metro percorrido. Depois de mais algumas centenas de KM percorridos, pernoitamos em Sobral/CE. Entramos na cidade e por já estarmos ressabiados, sacamos um dinheiro e procuramos um bom hotel para dormir. Graças a Deus encontramos o Hotel Santa Clara, cujo proprietário nos tratou dignamente, cobrando-nos R$ 140,00 com direito a café da manhã para 4 pessoas num amplo e aconchegante quarto, uma delícia. Cidadezinha limpa e organizada, ainda com ar de interiorana, jantamos e tivemos ali a melhor noite da nossa viagem.

 

Em nosso 3º dia de viagem, tínhamos parte do estado do Ceará para atravessar e parte do Rio Grande do Norte para, então, chegar em Natal. Almoçamos num restaurante próximo a cidade de Aracati/CE, onde tivemos a companhia sabe de quem? Isso mesmo! Elas, as moscas...que azar o nosso!!! Bom, veja bem, pode ter sido azar o nosso né, mas ao passar por Fortaleza/CE, o que compensou foi a bela estrada Litoral Leste que rasga o litoral do Ceará. Duplicada e bem sinalizada, a gente nem sente a viagem passar. Muito gostosa essa parte da viagem! Vale a pena mesmo. Chegamos em Natal/RN por volta das 18:00h, mas só chegamos ao nosso destino (Ponta Negra) quase às 19h em razão de obras da cidade que simplesmente deixam o transito um caos nesse horário da noite.

 

Depois de 3 dias de muitas emoções, surpresas, Piriri’s ao volante, chegamos são e salvos, graças a Deus! Ainda tem a volta, aguardem!

  • 4 meses depois...
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Nobre Alex bom dia!

 

Li o seu relato e fiquei encantado, meu sonho é fazer esse trajeto com a família, estou ansioso para saber como foi a volta para Belém, as maiores dificuldades dessa longa viagem, as surpresas e os perigos, afinal fazer uma viagem passando por quatro estado deve ser uma mudança de cultura muito grande.

 

Abraços

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