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Meu encantamento pelo México não parou no azul do Caribe. Acabei voltando alguns meses depois, para uma trip nada turística mas muito interessante. Foram 12 dias viajando de carro, experimentando as cores e os sabores mexicanos, regados por pulque, tequila e muita música: Cuautitlán de Romero/Izcalli, Tepotzotlán, Huasca de Ocampo, Actopan, Guanajuato, Silao, Abasolo, Penjamo, Brisenas de Matamoros, Cuitzeo, Cajititlan, Ajijic, Chapala, Ocotlan, Guadajara, Paracho, Uruapan, Infiernillo, Playa Azul, Caleta de Campos, Ixtapa/Zihuatanejo, Patzcuaro e Isla de Janitzio.

 

Veja as fotos no instagram @viagensdaleticia

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CIDADE DO MÉXICO - região metropolitana - CUAUTITLÁN

 

Experiências gastronômicas não faltaram nessa viagem. A primeira foi no mercado central de Cuautitlan de Romero, onde eu respirei fundo, coloquei molhos de pimenta sem dó, e comi o tal do "barbacoa" - tacos de barbacoa - sem fazer muitas perguntas de que se tratava a coisa. Mas rejeitei o consomee. Não sou fã de caldos, sopas e afins. Além de deixar qualquer frescura de lado: coma com as mãos, desencane de talheres. Entendi que era ovelha o que eu estava comendo, mas não sei qual parte.

Daí eu comecei a entender: no México, se come de tudo, tudo mesmo, nada é desperdiçado. E tudo vira uma tortilla.

Veganos e afins, perdoem essas fotos.

Neste dia, num lugar chamado "Santa maria Huecatitla", também provei o famoso "pulque", uma bebida fermentada feita com uma meleca de dentro do agave (maguey) e batida com frutas. Provei de tamarindo, nozes, amendoim, goiaba e morango. Quanto mais fruta, melhor fica. É bastante ácido, um pouco azedo, e vendem em copos enormes, tipo 700mL, ou também em "pequenos" jarros de barro, com chilli em volta, o que mantem a temperatura da bebida bem fresca.

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TEPOTZOTLÁN

 

Cidadezinha com arquitetura colonial, praça e igreja, onde tudo acontece a sua volta. Tem uma feira de artesanias e comidas em frente a igreja. Depois de uma noite num hotel engraçado, com quarto 100% rosa (cama, colcha, paredes e teto), café da manhã no mercado central, onde tive outra experiência gastronômica: tostadas de pata - o que parecia algo bem legal, com molhos e queijo sobre uma coisa rosinha picada, sobre una tostada. Até eu descobrir que 'pata' era pata mesmo. Pata de vaca.

No domingo de manhã, pude assistir um ritual místico, em que construíam uma especie de tapete, com legumes, cereais e sementes, aos moldes dos nossos tapetes de Corpus Christhi, e também queimavam algumas ervas para o ritual.

O próximo destino seriam os Prismas Basalticos, e no caminho, mais pulque.

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LOS PRISMAS BASALTICOS

A algumas horas de Tepotzotlan, estão Los Prismas e umas cositas más. Só não contava que assim que chegasse aos esperados prismas, começasse a chover. E chover mesmo! Esse tempo da chuva foi aproveitado para comer: codorna assada, envolta com cacto e embalada na folha de bananeira. Ave assada ok, comi sem medo. E tudo dentro de tortilla e com molhos picantes, lógico.

Depois da chuva, hora de ver os prismas. É bem legal, formações muito interessantes, com quedas d'água. A única coisa que muito me incomoda, não só aqui, como em outras quedas d'água que visitei no México: calçadas e escadas de concreto são construídas em volta da cachoeira. Claro que o espaço que sobra é totalmente lotado por lojinhas de regalos. Ok, fica mais fácil o acesso, mas você nem se sente exatamente em contato com a natureza.

 

Pena del Aire

Ao lado da portaria dos Prismas, tem uma estradinha que leva à Pena del Aire, um lugar super lindo. No caminho, uma lagoa, vários cactos, nos quais conheci a fruta do cacto, a tuna, que tem vermelha, amarela e verde, e provei também, com chilli fica muito melhor. A vermelha tem uma cor incrível, bem magenta, e todo mundo aqui no Brasil perguntava se era pitaia. Não é pitaia, é tuna. No trajeto, uma parada para mais pulque e para provar a tuna. Mas dessa vez, com direito a histórias das travessuras dos gnomos pelos pastos da região, com a oportunidade também de conhecer as tranças que os gnomos fizeram em crinas e rabos de cavalos de lá. Mas legal mesmo foi conhecer o MAGUEY, o agave de onde é tirada a meleca que fermenta e vira pulque, e ver todo o processo de fabricação, e a meleca lá dentro da planta.

Seguindo na estrada, chega-se enfim a Pena del Aire, uma encosta com vários miradores, de onde pode se ver o por do sol e apreciar lá embaixo o rio e a paisagem. É bem bonito.

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GUANAJUATO

 

Depois de uma noite bem dormida em Actopan, num hotel muito confortável e com buffet de café da manhã incrível (sem coisas bizarras demais), paisagens maravilhosas pela estrada, uma carreata de romeiros de bicicleta, e muito sol, finalmente o destino esperado: Guanajuato, onde estava rolando o Festival Internacional Cervantino, um festival de arte e cultura, com muita música, teatro e performances pela cidade.

Guanajuato é linda. Arquitetura colonial mais bem construída (ou bem conservada ou restaurada) que vi por onde passei no México. É uma cidade montanhosa, e as construções coloridas ajudam a compor a paisagem e torná-la mais interessante. Além disso, o centro histórico está todo em cima de túneis. Tem um labirinto subterrâneo na cidade, é muito louco.

Atividades não faltavam, mas também fiz alguns passeios de turista: visitei uma mina, uma casa mal assombrada que até agora não entendi direito porquê fazia parte do tour, o museu da inquisição, onde se aprende a usar todos os absurdos equipamentos de tortura, um para cada 'crime', igrejas (lógico, o que é o México senão milhões de igrejas?) e por fim El Pipila, uma escultura lá no ponto alto da cidade, de onde se tem uma vista maravilhosa da colorida Guanajuato e, melhor ainda, se bebendo uma michelada, cheia de pepinos com chilli presos ao copo.

Fiquei hospedada num quarto com duas sacadas, com vista linda, bem no meio do centro histórico. Experiências gastronômicas ótimas. Não sei o nome das coisas, mas comi uma carne muito boa, com cacto refogado e rajas (um pimentão verde, mas não é igual ao nosso), tortilla e cerveza Modelo (Bar Luna - em frente ao coreto), com direito a muuuuitos mariachis tocando e cantando. Conheci também tacos de tripa (é, de tripa), mas esses não quis provar, e aprendi a comer chilaquiles (verdes ou rojos) no café da manhã, e suco de toranja, que achei bem amargo.

Caminhar e se perder pelas ruelas da cidade já é um passeio ótimo por si só, mas devido ao festival, tinha ainda bastante música pelos lugares, o que a tornava ainda mais charmosa e mais mexicana.

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CERRO CUBILETE

 

Estar no México é estar preparada para visitar muitas muitas igrejas e cerros com algum santo ou cristo em cima. E este é mais um destes.

Depois de tomar um desajuno de tacos meio cozidos ao bafo, de sabores diversos, e com muuuuuitos legumes cozidos para acompanhar, claro que eu não consegui comer tudo, e suco de goiaba (ou água, ou refresco, mas era de goiaba), tudo isso numa barraquinha de rua e por preço módico - estrada para o Cerro Cubilette, pertinho de Guanajuato. Perto sim, rápido, nem tanto. Uns 12 km de subida com pavimentação de pedra até chegar ao topo, mas a vista lá de cima é bem legal, claro, depois de subir muuuuuitos degraus também. Lá no topo, uma igreja, de construção mais modernosa, e um cristo sobre ela, construído todo em pedra preta. Mas o que valeu mesmo, é que tinha um grande grupo de mariachis tocando lá em cima.

Na descida, algumas paradas pelos 12 km abaixo, para comprar milho assado com chilli, que é muito bom, e micheladas e mais micheladas, algumas com clamato. infelizmente não há fotos dessa parte, porque minha câmera sumiu no penúltimo dia de viagem e só restaram as fotos do celular.

 

A próxima parada seria nas águas termales La Caldera, mas o preço do hotel era absurdo. Então a opção foi dormir no hotel da praça central em Abasolo, aproveitar o tempo para arrumar uma lavanderia e lavar a roupas, tomar paletas mexicanas legítimas e baratinhas, jantar quesadillas no mercado central no fim da tarde, descansar bastante, e acordar 6h da manhã com o sino da igreja tocando fortemente. Esse desajuno em Abasolo valeu a pena. Tinha uma padaria incrível onde tudo era muito barato, pão quentinho (eu morria de saudade de pão no México!), mas o café da manhã foi num lugar de desajuno, não na padaria, com quesadillas de champinhones e rajas, muito boas.

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CUITZEO

 

Agora no estado de jalisco, a experiência de Cuitzeo foi pra conhecer mais coisas típicas mexicanas: habitantes usando chapéus, cinturões e bigodon, muita música ranchera (Alejandro Fernandez, Vicente Fernandez e Juan Gabriel, principalmente) e comidas típicas.

Um por do sol num rancho, de frente pro Lago de Chapala, comendo torta de cerdo - um sanduíche de pernil - con salsa picante, claro.

Jantar carne assada, que é churrasco: tradicionalmente também assam ramos de cebolinha, pra comer o bulbo (a cebola), no meio das tortillas, com carne, linguiça, as vezes com queijo, com guacamole e salsa picante.

Provei um 'petisco' verde, uma vagem com grãos que pareciam grão de bico, mas bem verdes, meio fritos na chapa com salsa picante. Também provei ótimos drinks com tequila: com suco de arandano, com refresco de toranja ou com suco de laranja, muito gelo e aquela bordinha do copo com limão e chili.

Houve uma tentativa de visitar o rancho Los Tres Potrillos, do famoso cantor Vicente Fernandez, numa cidade vizinha, Tlajomulco de Zuñiga, mas a visitação estava suspensa.

Então conheci o Lago de Chapala, em Chapala, e cidades tipo litoral de SP, com muitos casarões de pessoas que vivem nos EUA: Ajijic e Cajititlan e também outra laguna, a de Cajititlan e igrejas, lógico, la Basilica de Los Reyes.

 

OCOTLÁN

 

Essa foi uma parada pra descansar e organizar o resto da viagem, que já estava no fim. Não tem nada pra fazer em Ocotlan. Almocei um prato delicioso de camarones e pulpo, tipo uma moqueca, mas tinha uns pimentões pequenos, inteiros, que não eram picantes, e pedaços de um queijo parecido com queijo branco de minas. E tostadas de ceviche de camarão de entrada. Tem praça, com fonte, com igreja, com sorvetes enormes e ótimos, cachorro quente com jalapenos, ruínas de igreja derrubada por um terremoto no início do século XX. Hospedagem num hotel em frente à praça, em que nenhum dos quartos tinha janela. Também tinha um parque de diversões a noite, com roda gigante, onde como churros ótimos.

Basicamente, nessa cidade só comi. O desajuno foi onde provei água de arroz e mais tacos de algo que devia ser ovelha ou carneiro, mas feitos num caldo.

Sinceramente, até agora eu não entendi o que é barbacoa e nem birria. Se é um tipo de carne, se é um jeito de fazer a carne. Enfim...

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TEQUILERA CORRALEJO

 

Hora de tequila! Visita à uma tequilera: la Hacienda Corralejo. Tequilas à parte, o lugar é muito bonito, com vários adereços de vidro (das garrafas) nas construções. Visita guiada, sem turistas, tranquilo, interessante. E depois de aprender que há vários tipos de tequila, as quais não chegam aqui no Brasil, tem a oportunidade de comprar na lojinha (que é bem grande) a preços 25% mais baratos do que nos supermercados mexicanos. Sim, fiz umas comprinhas e valeu bastante a pena.

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GUADALAJARA

 

Passagem bem rápida por Guadalajara, que é uma cidade grande, bastante civilizada, e tem muito o que fazer, mas eu não estava na pegada de passeios culturais nem museus.

Visita ao centro histórico, arquitetura lindíssima, catedral central, edifícios de governo, coreto, alguns monumentos em volta.

Já que aprendi que torta é um sanduíche, aproveitei para desajunar uma coisa mais normal para mim: sanduíche e suco. Pão! Que saudade de comer pão! Sim, porque os mexicanos comem uma refeição que eu chamo de almoço no café da manhã: caldos de miúdos, pratos imensos com frango, carne, salada, ... E tudo acaba dentro de uma tortilla.

Num mercado de comidas em Guadalajara, fui muito zuada pela vendedora e pelas pessoas q estavam em volta porque pedi um suco de morango. Eles acharam um absurdo! Não se toma jugo de fresa. Então a vendedora perguntou se eu queria com água, e achou mais absurdo ainda! Enfim, aprendi a diferença entre jugo e águas: jugo é só a fruta espremida, como laranja, frutas vermelhas, abacaxi, ou frutas diversas misturadas. Águas são sucos bem aguados e com muito gelo e muita água, água de Jamaica, de gengibre, de pina, de tamarindo, de goiaba, de pepino com pina e hortelã, de arroz (que tem gosto do nosso arroz doce), ...

Mas comi um sanduíche de frango com salada e tomei meu suco de morango e fiquei bem feliz depois de comer pão.

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CRUZANDO O ESTADO DE MICHOACAN

 

A ideia era chegar ao litoral, costa do Pacífico, para isso, era necessário cruzar todo o estado de Michoacan.

Chegar a Playa Azul foi uma longa jornada. Era necessário cruzar o estado de Michoacán inteiro, o que não é nada aconselhável, pois é uma área bastante dominada pelo tráfico, onde rolam vários sequestros e confrontos. Tanto que na estrada era comum cruzar com vários carros do exército mexicano. Mas claro que até então eu desconhecia todas essas informações.

A paisagem é incrível! Áreas montanhosas, lagoas, planícies, rios, áreas sem nenhum sinal de urbanização, pequenos povoados e poucas cidades maiores.

Uma das cidades pelo caminho, que me chamou atenção, foi Paracho, lugar tradicional por produzir violões, violas, guitarras - tierra de guitarras.

A maior cidade neste trajeto acredito que foi Uruapan.

O ponto alto do trajeto foi a área conhecida como Infiernillo, um rio lindíssimo onde tem uma hidrelétrica e várias pontes com estruturas metálicas pelo caminho.

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