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Olá pessoal! Essa é a minha primeira tentativa de relato aqui no fórum, mas já tem um tempo que ensaio estar mais ativa por aqui. Sinto que devo uma retribuição para esse fórum maravilhoso (e pessoas maravilhosas) que sempre me ajudaram a planejar minhas viagens. Começo então por um relato que foi pra mim transformador! Uma viagem dos sonhos e que pede por muito mais.

Roteiro:

1 dia Santarém/PA

4 dias Alter do Chão/PA

3 dias Região Ribeirinha Acajatuba - Manaus/AM

1 dia Presidente Figueiredo-Manaus/AM

Hospedagem:

Santarém - $40/dia

Alter do chão $40/dia

Acajatuba - incluso no pacote com o guia

Manaus/Presidente Figueiredo - casa daquele amigo maravilhoso que te acolhe com cerveja na mão

SANTARÉM

A maioria dos vôos que vão pra essa região tem chegado agora apenas de madrugada. Já tínhamos reservado um hotel na cidade e o transfer até lá. Tomamos o famoso açaí do Pará, que se toma como sopa, sem xarope de guaraná e com farinha de tapioca. ::mmm:::bruuu:: Pegamos um ônibus intermunicipal ali na rua principal de Santarém mesmo, dura uns 40 min até Alter e custa $3. Na minha opinião, não vale a pena. Se chegar de madrugada em Santarém, tenta ir direto pra Alter do Chão. Ou se dorme no aeroporto e vai de ônibus mesmo pela manhã ou já organiza um transfer que te leva direto até Alter.

ALTER DO CHÃO

Ou o paraíso. Essa época do ano não chove quase nada e a região toda fica seca. Em Alter do Chão, nessa época as praias do rio Tapajós aparecem e são a coisa mais linda que já vi nesse mundo. Uma junção de um pôr-do-sol incrível, areia branquinha, praias desertas e o rio (que é um mar) de uma extensão impressionante e cristalino. Tem muitos barqueiros dispostos a te oferecer um passeio. São passeios caros que em média custam de $50 a 150 por pessoa, depende do barqueiro, do número de pessoas, e do passeio em si. Lugares que visitamos:

ILHA DO AMOR

Fica ali bem na frente do centrinho da cidade (só na época da seca).

CANAL DO JARI

É um caminho d'água que se forma nessa época. Muitos jacarés tomando sol na beira da orla. E ali conhecemos a casa de uma senhora ribeirinha, que nos mostrou tudo do seu quintal e sua casa. Bicho preguiça, iguana, vários pássaros, flores e cipós.

PRAIA DE PEDRAS

É mais turística e tem vários restaurantes. A comida é deliciosa e o cenário continua sendo lindo. Aqui vimos as muiraquitãs! ::hahaha:: A praia fica lotada de sapinhos mini pequenininhos que carregam as histórias de ribeirinhos e o mito indígena das muiraquitãs.

LAGO PRETO

Muito incrível, cercado pela mata que carrega uma vida!

PONTA DO CURURU

É uma ponta de areia que os barqueiros param para ver o pôr-do-sol! Nos sentimos muito agradecidas pela experiência ao ver aquele sol laranja incrível beijando o "mar" e, se der sorte, ainda dá pra ver os botos saltando no rio. Aqui saudamos ao sol!

FLONA (Floresta Nacional dos Tapajós)

Indispensável. Foi o primeiro passeio que fizemos na mata virgem, primária da Amazônia. É uma reserva que ainda moram várias comunidades. Eles se organizam por um método de economia solidária e compartilham os lucros que recebem dos turistas. Fomos acompanhadas por um guia que sabia de tudo e mais um pouco, índio nativo da região que ainda é seringueiro. Sabia truques pra curar qualquer coisa que se passava com você e tinha vitalidade de menino.

TRILHA PIRAOCA

É uma trilha que se inicia no final da Ilha do Amor. São uns 30 a 40 minutinhos de caminhada. É bom subir para ver o pôr-do-sol. De lá se tem uma visão da mata, do rio... é de tirar o fôlego. Ali meditamos e agradecemos muito, tentando abraçar aquela extensão de maravilha na nossa frente.

LAGO VERDE

O lago verde é todo um lado que banha Alter do Chão, em que se formam vários igarapés (caminho d'água) nessa época do ano. Ali vimos de tudo um pouco com o nosso guia. Esse foi o passeio mais curto e, no entanto, o melhor. Ali vimos de tudo. Tiramos seringa, andamos pelos igarapés, subimos nas árvores, descemos pelos cipós. Nossa guia nos contava da mata, das árvores, das formigas e tudo que a floresta carrega de cura, de vida e de força.

REGIÃO RIBEIRINHA ACAJATUBA - PATUÁ - ARIAU

Nessa segunda fase da viagem, fizemos um passeio de pacote fechado. Primeiro fomos ver o ENCONTRO DAS ÁGUAS do Rio Negro com Solimões. Depois, nosso guia nos levou até a casa de uma família ribeirinha, que nos receberam com tanto afeto que não queríamos ir embora. Dorian e Neide tinham 9 filhos espalhados pelo mundo, alguns ainda moravam por ali na mesma terra e a casa ficava parecendo uma pequena comunidade. Com eles, ficamos três dias. Comendo a melhor comida da dona Neide e melhores histórias/passeios com Dorian na selva. Essa região é banhada pelo rio Negro, um rio mais denso, muito escuro e um pouco ácido (deixa a gente meio pegajoso). Fizemos várias coisas nesses três dias, mas o essencial mesmo foi a convivência com essa família que nos contava com muita paciência tudinho, nos detalhes, de como era viver ali. A relação deles com a mata e a visão de mundo são incríveis e saímos de lá maravilhadas, aprendendo coisas novas todo dia.

Nadamos com os BOTOS, vimos alguns PIRARUCUS e PIRANHAS que os vizinhos pescavam, JACARÉS durante um passeio noturno, MACACO BUGIO que faz um som incrível, quase um grito. Dormimos na rede por dois dias e foi incrível. No mínimo, muito engraçado. :lol: Visitamos uma tribo indígena (pra inglês ver assim mesmo) mas foi legal.

Vimos ARARAS, mais PREGUIÇA. E no final do dia fomos ACAMPAR na mata, a melhor noite de todas. Dormimos aos sons dos pássaros, na luz da lua cheia, com as histórias incríveis do Dorian. :D

MANAUS/PRESIDENTE FIGUEIREDO

Ficamos na casa de um amigo em Manaus que nos recebeu bem demais! No dia seguinte, fomos com ele e seus amigos também ver as mágicas cachoeiras de Presidente Figueiredo (CACHOEIRA SANTUÁRIA) e também uma próxima a região da Represa de Balbina.

Pra finalizar, digo que foi incrível e imperdível. O povo é muito acolhedor! O que será que tem na água desse norte do país? As comidas típicas são muito interessantes. Sucos de taperebá, acerola, graveola. Cachaça de Jambu deliciando as caipirinhas. Muito peixe! O famoso tacacá! ::hein:::bruuu::

Ah! E não deixe de dançar um carimbó, linda música e dança típica da região!

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