Membros luutje Postado Outubro 23, 2016 Membros Postado Outubro 23, 2016 Conhecer a Chapada Diamantina inteira é praticamente impossível em uma única viagem. Acredito que para ver tudo é preciso de, pelo menos, um mês. E não dúvido nada que muita coisa ainda esteja de fora do mapa turístico da Chapada. Como tudo por ali fica muito longe, decidi alugar um carro em Salvador. Isso me deu muito mais liberdade para montar meu roteiro,fazer as coisas no meu tempos sem depender de nenhuma agência. Dia 01 Cheguei em Salvador às 5h e fui direto pegar pegar o carro. Ao contrário da maioria das pessoas que começa a viagem por Lençóis ( 420 km de Salvador), decidi iniciar por Ibicoara, bem no sul da Chapada. O caminho é longo: 530 km separam Salvador de Ibicoara, cerca de 9 horas na estrada, que é muito boa por sinal. Passar um dia dirigindo no interior da Bahia não é, nem de longe, uma perda de tempo. As cidadezinhas são muito fofas e o trajeto é cheio de paisagens lindas. Dia 02 O plano inicial era passar dois dias fazendo a Fumacinha por baixo. Iríamos acampar em uma parte da trilha, mas como estava chovendo bastante tivemos que mudar os planos e fazer tudo em um dia só. São 9 km de caminhada até a Cachoeira da Fumacinha e a trilha é MUITO difícil. A primeira hora costuma ser bem tranquila, mas ao chegar no leito do rio a trilha é feita basicamente caminhando sobre pedras, que estavam bem escorregadias por conta da chuva.Em algumas partes é preciso “escalar”, então para quem tem bastante medo de altura é melhor nem ir. Dia 03 O segundo dia foi dedicado a Cachoeira do Buracão, uma queda d’água de 85 metros. A trilha é de uma hora e bem leve, pode ser feita inclusive por crianças. O acesso é feita pelo Parque Nacional do Espelhado, que cobra uma entrada de R$ 3, e só é permitida com um guia credenciado. Os primeiros 45 minutos são um caminhada leve, pelas margens do rio e depois uma descidinha de 15 minutos até o Buracão. Mesmo vendo a cachoeira por cima, você não está preparado para o quão bonita ela é por baixo. Você chega até ela nadando por meio de um cânion, que tem algumas das formações rochosas mais bonitas que já vi. Dia 04 A ideia inicial era pegar a estrada cedo e ir direto para o Vale do Capão, que fica umas 3h30 dirigindo de Ibicoara. Mas achei que seria um ótima ideia desviar um pouco o caminho e passar por Mucugê, Igatu e Andaraí. Passei mais um dia na estrada, o que foi ótimo. É importante lembrar de deixar o tanque do carro sempre cheio. Muitas vezes você vai dirigir por um bom tempo no meio do nada e tudo que você não precisa é ficar sem gasolina em uma área que não tem nem sinal de posto por perto. Dia 05 Esse foi o primeiro dia oficial no Capão. Embora cansada, eu ainda estava super acelerada por conta do dos últimos dias e o Capão segue um ritmo próprio. Ali tudo é feito com calma, lugar é super místico e tem uma energia muito forte… você desacelera sem sentir. Caminhei um pouco pelo centrinho, que é cheio de lojas com artigos místicos. Ali também ficam alguns bares, vários restaurantes e mercadinhos. Segui de carro para a Cachoeira do Riachinho, que acabei indo quase todos os dias, nem que fosse para dar uma passadinha. Dia 06 Foi o dia de conhecer o Lago da Pratinha, que fica em uma fazenda com o mesmo nome. A propriedade é particular e é preciso pagar uma taxa de manutenção de R$ 15. Como a maioria dos rios da Chapada têm cor de âmbar, a Pratinha e Gruta Azul destoam dos outros lugares da região. Os tons de azul ali são por conta dos minerais presentes na água. Na Pratinha é possível fazer flutuação dentro da gruta ( R$ 20). É preciso alugar colete, pé de pato, snorkel e lanterna e o trajeto é todo acompanhado por um guia. Com a lanterna é possível avistar alguns peixinhos, fendas enormes e eu posso jurar que vi uma tartarugazinha passando. A Gruta Azul fica na mesma propriedade e o melhor horário para visitar é entre 11h e 13h. Não é possível nadar ali, mas nessas horinhas do dia entra um feixe de luz azul por uma fenda da gruda e isso uda toda a perspectiva do lugar. Muito massa! A Fazenda possui um restaurante. Achei a comida bem ruinzinha e o atendimento muito lento. Levaria uns lanches da próxima vez. Dia 07 A principal cidade da região, Lençóis, ficou para a reta final da viagem. Para quem quer trilhas mais pesadas é possível fazer a trilha da Cachoeira da Fumaça e a do Mosquito. Como eu já tinha tido minha cota de fortes emoções em Ibicoara, acabei optando pelo Ribeirão do Meio, que fica em uma trilha muito fácil dentro da cidade mesmo. Dia 08 Como era o primeiro dia do ano, bateu uma preguiça infinita. Aproveitei para ir nas outras cachoeiras do Vale do Capão, mas não fiquei muito impressionada. Dia 09 No final da tarde fui finalmente conhecer o Morro do Pai Inácio, principal cartão-postal da Chapada Diamantina, que fica 23 km de Lençóis.Se você estiverde carro, pode dirigir até a entrada, mas muitas agências oferecem o passeio. É possível visitar o Pai Inácio entre às 8h e 17h e é cobrada uma taxa de R$5 por visitante. O melhor horário para visitar é no final da tarde, já que ele tem uma vista privilegiada para o pôr do sol. A subida leva cerca de 15 minutos e é bem tranquila. A vista é realmente sensacional. No caminho de volta, parei no Rio Mucugezinho. A entrada fica na própria BR e o acesso é feita por uma trilha simples. Dia 10 Como era meu último dia no Capão, resolvi me “despedir” da cidade e aproveitar parte do dia tirando algumas fotos, organizando o chalé e da Cachoeira do Riachinho. Voltei para Salvador pegando a BR no sentido de Lençóis logo depois do almoço. Contei minha experiência com mais detalhes no blog: https://pelosquatrocantos.com/category/brasil/chapada-diamantina-brasil/ Citar
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