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Essa foi uma viagem feita graças às milhas acumuladas. Tínhamos um saudável problema: algumas milhas expirariam logo adiante e precisávamos usar. Escolhemos João Pessoa – era o lugar do Nordeste mais em conta em termos de milhas para aquele fds!

 

A ideia dessa vez era explorar o litoral norte paraibano. Sobretudo Barra de Camaratuba. E foi ótimo! Galera vai em massa para o tb belíssimo litoral sul do estado, então o norte acaba ficando mais vazio. Injustamente, pq tem muitas belezas a explorar por lá!

 

Chegamos a João Pessoa na sexta-feira tarde da noite, apenas fomos para o centro dormir. Dia seguinte era dia de explorar!

 

Saímos cedo no sábado rumo ao litoral norte. Estava em dúvida se entraríamos para a Barra de Mamanguape, mas acabamos desistindo diante da ideia de 30km de terra (só de ida). Seguimos então direto para a Baía da Traição.

 

Nossa primeira parada na Baía foi a Praia de Coqueirinho (ou Coqueirinho do Norte). Fomos na direção do Nativo’s, mas acabamos parando antes, no Macarrão, pq no meio do caminho havia areia e preferimos não arriscar com nosso carro baixo. Montamos base no Macarrão – muito gente boa! – e fomos explorar a região. Fomos andando até a foz do rio que fica antes do Rio Mamanguape (e que não sei o nome!). Muito bacana! Muito pouca gente naquela área, bancos de areia, mangue, verde, rio, mar! Maravilha. Essa caminhadinha, mais a curtida na área, levou cerca de uma hora e meia. Muito bom. Não levei máquina fotrográfica para lá, então não tenho fotos. Passaria o dia inteiro naquela paz, mas o objetivo era explorar.

 

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Praia do Coqueirinho, Baía da Traição

 

Acho que rolam saídas de barco de algum ponto dali até Mamanguape para ver o projeto peixe-boi que tem lá. Até vimos algumas placas indicando barcos, mas não vimos os tais barcos.

 

Voltamos, ainda curtimos um pouco a praia e encerramos nossa visita. Partimos para a área central da Baía da Traição. Fomos conhecer a Prainha (Praia das Trincheiras) e suas piscinas naturais. O acesso àquela área é meio tosco, e não sinalizado. Só encontramos pq eu tinha mapeado antes. Um vasto recife dá uma bloqueada nas ondas e forma piscinas naturais, mais calma para a galera curtir. Várias barracas de praia na região. Visual bacana. Curtimos um pouco e seguimos.

 

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Prainha (Praia das Trincheiras), Baía da Traição

 

A ideia seguinte era parar na Praia do forte. E curtir o tal forte. Mas acho que não identificamos. Dei mole, deveria ter mapeado tb. Chega uma hora em que a estrada sobre por sobre as falésias, depois vi que o forte fica por ali. Sei que não há identificação. Além disso, parece que o mar anda avançando sobre as construções na beira da praia – vimos muita coisa destruída. É a vingança da natureza.

 

Então seguimos para Barra de Camaratuba, que era o nosso destino principal, e onde queríamos passar a noite. Entre consultas ao GPS (viva!) e confirmações com a prestativa galera local, chegamos ao local onde se pega a balsa p outro lado do Rio Camaratuba. Balsa sai por 15 BRL por carro. Tranquilo.

 

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Barra de Camaratuba é logo ali, antes de cruzar o rio de balsa

 

Ou melhor, mais que tranquilo. O lugar é lindo! Maior paz!! Pra começar, é uma foz. E eu adquiri uma saudável fixação em foz, quando se trata de praias no Nordeste brasileiro. É uma foz mais bonita que a outra. E Barra de Camaratuba, naquela região da foz, tb é um belíssimo lugar. Curtimos nossa tarde por lá. Na maré baixa.

 

Paramos numa barraca dali e fizemos base. Mar, rio, rio, mar. Maravilha, paz. Frio (no mar, mas não muito), quente (no rio). Fomos ao outro lado, onde ainda é Baía da Traição. Naquela hora era bem fácil cruzar o rio a pé e nadando, ali na foz mesmo. Salvo engano, ali é a Praia das Cardosas. Acessível somente a pé ou de barco. Absolutamente ninguém. Quilômetros de extensão, e ninguém (ao menos que estivesse ao alcance da nossa visão!).

 

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Rio Camaratuba

 

Curtimos muito. Subimos e descemos o barranco que tem numa das margens do rio (depois ouvimos que o barranco é resultado de uma queda de um caça norte-americano na época da 2ª Guerra Mundial – uma história a se confirmar!), curtimos o rio, o mar e toda aquela beleza no entorno. E o entardecer.

 

Escureceu e fomos para a cidade, ou melhor, vila. Descolar algum lugar para dormir. Pegamos dica de que a Brisa Mar tinha bons preços e fomos lá. Conseguimos por 120 para ficar até o anoitecer do dia seguinte. Quarto com ar condicionado – mas a janela aberta ali já resolveria a questão, não fossem os mosquitos.

 

Depois de um banho fomos passear pela área. Vaziaça! Complicado até de achar um canto para comer, mas acabamos dando sorte de jantar no Restaurante do Lu Amaral, um cara muito boa praça que faz uma comida caseira a um bom preço. Conversamos um pouco com ele, que falou da queda brusca de movimento por lá desde abril, e que aquele era o primeiro fim de semana bom para ele desde então. As pessoas de lá foram todas bem legais.

 

Nós tínhamos a dica de que rolaria seresta num restaurante, mas pasasmos por lá e nada vimos de movimentação. Então fomos dormir. Pra acordar cedo!

 

Acordamos cedo mesmo, antes das 6. E já tava sol. Saímos pra passear um pouco pela praia. Descobrimos que teríamos café da manhã, então foi um passeio pré-café. No caminho vimos uma tartaruga gigante, de tamanho galapageño (mas com uma cabeça bem maior), daquelas que só se vê em fotografias do Projeto Tamar, que estava morta na areia. Nunca tinha visto tartaruga daquele tamanho no Brasil.

 

Voltamos par ao café. Muito bom tomar café à beira da praia! E com um queijo caseiro delicioso.

 

Fomos então na pousada Aldeia Camaratuba para ver os passeios disponíveis. Pensamos em alugar dois ATVs, mas são muito caros (100 por hora) e só tem um por lá. Nossa ideia era ir até a divisa com o Rio Grande do Norte, no Rio Guaju. Então topamos de ir de buggy (320 o passeio). Fechamos tb o passeio pelo mangue (35 por pessoa), que partiria às 11hs (o horário depende de maré). Como ainda havia tempo, fomos para a praia, novamente a Boca da Barra, na foz do rio.

 

A maré estava alta naquela hora e, como era domingo, estava bem mais cheio. Ainda assim, com espaço para todos. Mas enchendo cada vez mais! Curtimos a praia e retornamos para a pousada no horário marcado para o passeio.

 

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Barra de Camaratuba, na parte do mar

 

Esse passeio é muito bacana. Vc vai por trilha pelo mangue. Pisando no mangue (mas pode usar uma botinha de mergulhador, se quiser). De início vc pisa no seco, mas, conforme vai descendo, a água vai subindo. Vc vai descendo e afundando na água, até que chega a hora em que vc vai flutuando sobre o macarrão (cada um ganha um) mesmo. Aí vc flui pelo resto do mangue e chega ao rio. E vai fluindo pelo rio até a foz. Uma delícia de passeio!

 

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Descendo o mangue

 

Outro ponto ótimo do passeio é o Romero, o dono da pousada que vai de guia do passeio. Ele vai falando do mangue (há seis tipos de mangue no planeta, um deles endêmico da região, e todos os seis estão presentes ali), dos caranguejos (há 3 tipos ali, e o Uçá é uma espécie de lá que esteve ameaçada de extinção), da luta pela conscientização dos pescadores, de Barra de Camaratuba, e tudo o mais. Muito bom! No fim do passeio ele ainda disponibiliza pa galera as fotos que vai tirando ao longo do percurso.

 

Único porém do passeio foi que, no meio do mangue, ouvimos um som violentamente forte vindo da praia. Aquele velho mal brasileiro de som automotivo nas alturas, como se todos fossem obrigados a ouvir o que vc quer ouvir. É um mal sobretudo de domingo no Brasil.

 

Encerrado o passeio, o buggy veio nos buscar e seguimos viagem para o norte. A praia de Boca da Barra, naquela hora, estava bem mais cheia. Muitos carros, dois busões, e o indefectível som automotivo. Enfim, zarpamos.

 

Primeira parada foi na Praia da Pavuna, onde tem a foz do pequeno rio Pavuna. Ninguém por lá. Um rio Pavuna muito diferente do rio/esgoto Pavuna que desagua na Baía de Guanabara. Maior paz, inclusive com uma estruturazinha para quem quiser curtir o lugar.

 

Seguimos adiante e vimos um carro atolado. Paramos para ajudar, e logo a seguir outros pararam tb. Galera é solidária. O carro saiu rapidamente e seguiu viagem.

 

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De buggy

 

E chegamos ao Rio Guaju, que divide os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, ao menos naquela área. Além da beleza do lugar, há espetinhos de lagosta (15 BRL) para degustar. Tem passeio de barco para fazer no rio, tem tirolesa para curtir. E tem praia e tem rio. Mas é um lugar mais badalado, tinha alguns buggies e carros por lá.

 

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A divisa

 

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Espetinho de lagosta

 

Fizemos passeio de barco. O primeiro preço foi de 20 por cada, mas fechamos por 50 todos (éramos 4). O passeio é muito bacana, dá uma meia hora de puro relax. Se quiser, ainda rola de ficar passando argila. Infelizmente me esqueci do nome do barqueiro, era muito divertido.

 

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De barco pelo Rio Guaju

 

A divisa fica pertinho do Sagy, lugar em que estivemos qdo fizemos passeio de buggy partindo de Pipa. Lembro-me de que naquela época era possível esticar até Barra de Camaratuba, mas nosso passeio não ia até lá, e logo voltamos do Sagy. Dessa vez ficamos mais tempo por lá. Paramos numa cachaçaria onde as meninas ficaram provando cachaças e compraram algumas.

 

Do Sagy partimos de volta, mas não pela praia. Fomos por dentro, um passeio bem bacana que nosso buggeiro fez. Pelos canaviais, pelos postes de energia eólica. Muito bacana. Chegamos a Camaratuba já no pôr do sol.

 

Aproveitamos para comer uma tapioca na (única) tapiocaria que vimos na área. E então tomamos um muito esperado banho para iniciar nosso retorno. Ainda curtimos um pouco do calçadão da Praia de Tambaú, jantamos num quiosque por lá e comemos uma tapioca de cartola de saideira. Nosso voo de volta sairia de madrugada, o dia seguinte era novamente de trabalho!

 

E assim foi mais um fim de semana desbravando algum lugar pelo Brasil!

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