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Atropelados pelo Círio de Nazaré! Uma aventura em Belém (out/16)


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Estive em Belém em maio de 2015 (relato dessa viagem na assinatura) e gostei tanto da cidade que decidi voltar, dessa vez para presenciar o Círio de Nazaré. Theia, uma amiga minha, tinha o sonho de ver de perto o Círio, então fui acompanhado... Fiz tudo com extrema antecedência, pois os preços de hospedagem e aéreo para Belém nessa época ficam exorbitantes. Os passeios básicos de Belém são de relativamente fácil acesso, só precisa ficar atento ao horário de funcionamento das atrações, pois inexplicavelmente os pontos turísticos tem funcionamento reduzido aos finais de semana. Belém é uma cidade muito simpática, e nessa época do ano espere ouvir “feliz círio” de vários belenenses, é como se fosse uma espécie de Natal só deles.

 

Aéreo

 

LATAM (comprado em janeiro de 2016 por 308 reais ida e volta)

GRU/BEL 06OUT 10:55/14:32

BEL/GRU 11OUT 06:20/10:00

 

Hospedagem

 

Vera’s Apart Hotel – Custou 90 reais (quarto com uma cama de solteiro e outra de casal) a diária e ficamos apenas um dia pois a LATAM mudou nosso vôo para um dia anterior ao que tínhamos comprado, então arrumamos esse local às pressas e com bom preço.

 

Hotel Vitória-Régia – Também custou 90 reais a diária, uma cama de solteiro e outra de casal no quarto. Ficamos 4 dias aqui. A localização é matadora, em cinco minutos de caminhada chega-se ao Ver-O-Peso ou à Estação das Docas. Mas tivemos alguns contratempos. Por exemplo, o controle do ar condicionado não fica disponível para os clientes e a temperatura fica sempre configurada em 24 graus. Um absurdo isso, naquele calor de Belém. No primeiro dia reclamamos, um funcionário ficou empurrando para outro sem que ninguém resolvesse. Na segunda noite resolveram mudar a gente de quarto diante da ameaça de uma barraco :P Nesse outro quarto o ar condicionado era antigo e barulhento mas pelo menos gelava e conseguimos dormir decentemente ::hahaha::

 

1° dia (quinta-feira, 06/10)

 

Saímos do aeroporto Val de Cans por volta de 15hs. Por mim eu iria de ônibus (dá pra pegar o 638 que passa no Praça da República e nas imediações do Ver-O-Peso), mas minha amiga quis táxi. Há duas cooperativas de táxi no aeroporto, uma oferece preços fixos de acordo com o bairro e outra vai pelo taxímetro. Pegamos um táxi de preço fixo, 45 reais até o bairro Reduto. Após o checkin na pousada descansamos um pouco no potente ar condicionado do Vera’s (grazadeus!) pois o calor de Belém é de matar, e seguimos para a Estação das Docas. Demos uma voltinha por ali, enquanto apreciávamos a vista do vasto rio que se estendia à nossa frente. Passamos no Veropa e comprei uma camiseta muito bacana (estampa falava de açaí) por um precinho camarada de 20 reais. De lá, com uma caminhada de uns 30 minutos chegamos ao Theatro da Paz, ver se ainda havia ingressos para o show da Fafá de Belém que ocorreria ali à noite. Ingressos disponíveis até que tinha, mas fomos impedidos pelo dress code: não pode entrar no teatro de bermuda, e eu não tinha levado nenhuma calça (Belém, 40 graus todo dia, etc...) e a minha amiga Theia também não ia conseguir entrar porque só levou blusinhas sem manga... ela ficou bem chateada com isso. Bem, chateada é eufemismo, ela ficou foi é puta da vida mesmo ::vapapu::

Pegamos um táxi para voltar ao hotel, e como o trânsito tava meio parado, fomos batendo um papo com o motorista e tocamos no assunto de comida. Ele falou que tinha uma barraquinha de rua que vendia as comidas típicas do Pará e se quiséssemos ele podia deixar a gente lá. Aceitamos. Uma barraquinha com dois funcionários simpáticos, limpeza impecável e ótima comida. Pedi um vatapá (que é bem diferente do vatapá baiano), que vinha com arroz e jambu, a famosa erva amazônica que deixa a boca dormente. A Theia por sua vez pediu o tacacá, mas não curtiu muito. Acabei tendo que fazer o “sacrifício” de terminar de comer haha

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Uns vinte minutos depois o taxista voltou para nos levar embora. Eu deveria ter perguntado a ele o nome daquele local para poder recomendar, mas esqueci. Só sei que se tratava de um lugar que normalmente turistas não vão. Talvez até meio barra pesada. Voltamos para o hotel para dormir.

 

2° dia (sexta-feira, 07/10)

 

Já tínhamos decidido previamente que a sexta-feira seria o dia de conhecer os pontos turísticos mais famosos de Belém. Saímos do Vera’s e tomamos um táxi para o Vitória-Régia Hotel, que tinha permitido o checkin antecipado. Bem na rua do hotel tem a Igreja das Mercês, de estilo barroca e construída em 1680, foi por ali que começamos o role turístico.

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Fica em frente à Estação das Docas, então seguimos para lá onde apresentei à minha amiga os famosos sorvetes Cairu e ficamos ali aproveitando o delicioso gelado enquanto víamos as barraquinhas de artesanato e presentes que ficam por ali. Seguimos para o Ver-O-Peso, e minha amiga que é fotógrafa se esbaldava em cliques, enquanto eu meio que ficava de “segurança” para que não roubassem a câmera. O Veropa é um verdadeiro caos organizado. Mesmo no meio daquele intenso ir e vir de pessoas é muito fácil se localizar, pois o mercado é dividido por setores: mercearia, camarões, refeições, frutas, polpas congeladas, ervas e poções, farinha, castanhas, roupas. Por falar em roupa, novamente fui na barraquinha das camisetas e comprei aquela famosa que é a bandeira do Pará. Custou 30 reais após um choro, pois o vendedor pedia 35. No Ver-O-Peso praticamente tudo tem o valor negociável, portanto pechinche!

Seguimos para o Complexo Feliz Luzitânia, que fica bem pertinho dali. Existem diversas atrações naquele entorno, entramos primeiro no Museu do Círio pra tentar entender o espetáculo que veríamos nos dias seguintes.

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Apesar de pequeno, o espaço é muito bem montado e emocionante. O museu aborda não só a parte religiosa da coisa e é um bom mergulho na cultura do povo belenense. A entrada custa R$ 4 com direito a meia entrada para estudantes. Por causa do Círio, o museu estava oferecendo gratuitamente maniçoba aos visitantes. A maniçoba é conhecida como a feijoada amazônica, com maniva (folhas do pé de mandioca) no lugar do feijão preto.

Atravessamos a rua e fomos à Catedral da Sé (ou Catedral Metropolitana), que é onde ocorre a missa do Círio no domingo de manhã.

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A parte externa tem aquela arquitetura colonial característica e a parte interna da igreja é muito bonita. Admiramos aquela beleza por um tempo, fizemos um pedido e saímos. Fomos para a Casa das Onze Janelas (R$ 4 inteira, com direito a meia entrada), mas acabamos não visitando-a por ora: atrás do museu tem uma corveta-museu da Marinha brasileira que estava quase no horário de fechar, então fomos direto lá. Custa R$ 4 mas não pagamos porque o caixa já havia fechado ::hahaha:: É bem interessante conhecer o local, saber como viviam os marinheiros naquele espaço. Ainda rende altas fotos, sobretudo manuseando as armas que ficam no convés. Fomos à Casa das Onze Janelas, mas não perdemos muito tempo ali, pois arte contemporânea não é o meu forte. Falando em forte, dali seguimos para o Forte do Presépio, uma construção datada dos primórdios da cidade. Tem uma parte muito interessante dentro dele, o Museu do Encontro, onde são mostrados itens encontrados em escavações no local, entre eles muitos artefatos indígenas. No seu pátio interno pode-se visualizar canhões originais do século XIX e uma bela vista da baía do Guajará e do Mercado de Ferro (aquele azul) do Ver-O-Peso ao longe. Só faltava o Museu de Arte Sacra pra fechar todos os locais do complexo Feliz Luzitânia, mas este estava fechado. Seguimos de volta então à Estação das Docas, onde comemos no Marujos. Por questões de orçamento eu preferiria comer no Veropa, mas minha companhia não estava muito a fim de encarar aquela muvuca. As coisas nas Docas não são baratas. Se o seu orçamento estiver nível Viaje na Viagem, vá na estação das Docas. Já se a sua grana estiver meio Mochileiros.com, vá no Ver-O-Peso ::tchann:: Na hora da conta, o susto! As comidas até que não estavam com preços tão exorbitantes, mas uma long neck lá custa 12 paus! Tomamos 5, só aí já deu 60 paus. Mais 12 paus de couvert artístico, mais 10% de serviço... Lição aprendida, quando voltar lá beber só coca cola.

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Devidamente forrados, decidimos ir à Basílica de Nazaré tirar algumas fotos. Fomos de táxi (nunca andei tanto de táxi na minha vida, nas minhas viagens resolvo tudo a pé e de ônibus mesmo). Chegando lá estava tendo uma missa, então não quisemos entrar pra atrapalhar só por causa de fotos. Um parquinho estava montado na praça em frente à basílica então fomos lá ver a diversão do povo na montanha-russa, roda gigante, carrinho de bate-bate... aproveitamos também pra r na lojinha da Basílica e depois seguimos pro hotel (também de táxi) e pedimos pro taxista parar em frente a uma estátua iluminada da Nossa Senhora de Nazaré, pra batermos umas fotos. Depois dali, banho e cama.

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3° dia (08/10, sábado)

 

Acordamos cedo com o objetivo de bater fotos da procissão fluvial do Círio. A imagem sai de Icoaraci e é recebida na Escadinha, dentro da Estação das Docas. Minha amiga ficou posicionada perto da escadinha, pra tentar fotos da imagem de perto, enquanto eu ficaria em outra parte da Estação das Docas para tirar fotos dos barcos, todo decorados, que participam da romaria. Um bom plano, sem dúvida. Se não fosse pela emoção que tomou conta da Theia no momento da passagem da imagem e a mesma nem se deu conta de que a máquina dela estava com zoom e acabou não fazendo nenhuma foto decente, pois a imagem passou muito rápido no local onde ela estava ::putz::

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Por minha vez, consegui captar boas imagens dos barcos passando em festa pelo rio. Ao final da passagem da santa, uma muvuca gigantesca,tanto que foi difícil nos encontrarmos. Decidimos abortar a missão de tentar fotografar o início da motoromaria.

Partimos para o Ver-O-Peso para comer, mas novamente estava muito cheio, nenhum lugar dava pra sentar, ainda mais com a animação de algumas bandas de carimbó fazendo um som por lá. Voltamos para as Docas, e encontramos mais duas amigas (uma de São Paulo e outra que mora em Belém). Elas estavam na Amazon Beer, então nos juntamos lá. Também não é lá tão barato, mas pelo menos um chopp artesanal (a partir de R$ 6,80) da melhor qualidade pode sair até quase a metade do preço de uma long neck no Marujos. E não cobra couvert. Aqui eu me lembrei de anotar os preços: uma porção de isca de peixe custou 37 cabrais, enquanto que um delicioso palmito de metro saiu por 44 mangos. As outras meninas pediram porção de pastel de tacacá com 20 (diminutas) unidades. Ficamos um bom tempo bebericando por ali, afinal o ambiente é muito agradável.

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De lá fomos ao Mangal das Garças, amplo espaço que alia natureza e história. Possui orquidário, borboletário, um museu de navegação amazônica, restaurantes, uma torre panorâmica, viveiros de aves... não paga pra entrar no Mangal, mas algumas atrações são pagas a parte, como o viveiro das aningas e a torre panorâmica, que custam R$ 5 cada. Ficamos descansando preguiçosamente num grande deck de madeira com vista para o rio por um bom tempo. Depois tomamos umas coca colas e saímos.

Pelo planejamento, deveríamos em direção à Basílica de Nazaré e presenciar a Trasladação, ou procissão noturna do Círio, que sai de um colégio perto da Basílica até a Catedral da Sé. Lotado de gente até a tampa, isso porque participam muito menos pessoas do que na procissão do Círio propriamente dita. Estávamos no meio daquela multidão, minha amiga fotografando e tentando segurar a emoção (afinal estava a trabalho). A procissão passando, aquele empurra-empurra, quando me dei conta a CORDA da procissão estava a uns 40 cm do meu alcance. Tentei tocar nela, mas é missão quase impossível. A fé dos devotos faz eles brigarem pela corda como se fossem gladiadores romanos diante dos leões no Coliseu. Não deu. Mas valeu a pena, é uma experiência emocionante. Não acompanhamos a procissão até a catedral, quando ela passou da Basílica saímos dela e as meninas foram brincar de roda gigante e tomar sorvete depois :lol: Voltamos à Basílica, agora sem nenhuma missa acontecendo e conseguimos fazer as fotos tão desejadas. Ao sair compramos umas fitinhas e amarramos nos portões da igreja, uma tradição do local. Muitos romeiros, pagadores de promessa por ali. Até uma mini aparelhagem animava parte dos pessoal.

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Ao fim de tudo isso, táxi, hotel e cama porque o dia seguinte começaria muito cedo.

 

 

4° dia (09/10, domingo)

 

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Acordamos cedíssimo para acompanhar a missa do Círio na Catedral, que começou às 5 da matina. Ficamos relativamente perto do palco montado para a celebração. Muita gente pagando promessa, carregando cruzes, andando de joelhos. Havíamos combinado que nós não íamos participar da procissão em si, iríamos voltar ao hotel depois da missa, pegar nossas coisas e ir para o Terminal Hidroviário tentar ir para a Ilha de Marajó. Assim fizemos, ao fim da missa voltamos ao hotel, tomamos um banho rapidão e pegamos nossas coisas pra sair. Descemos a rua do hotel em direção à estação das Docas e tinha uma multidão por ali. Pensamos ser pessoas que assistiram a missa e estavam voltando pra casa, pois na nossa cabeça a procissão seguiria em direção oposta ao que estávamos hospedados. Não poderíamos estar mais enganados! O trajeto do Círio é bem pelo lado que deveríamos ir, então de repente vimos as pessoas com as mãos levantadas em saudação... era ela!

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A imagem de Nossa Senhora de Nazaré vindo em nossa direção.Minha amiga já sacou a câmera e começou a fotografar loucamente, compensando o vacilo do dia anterior de não ter conseguido imagens da santa. Passado esse impulso inicial tivemos aquele estalo: não conseguiríamos passar para o outro lado da avenida, para conseguir chegar no terminal hidroviário. Então tracei uma rota na cabeça e fomos por um caminho alternativo tentar chegar na frente da procissão. Sem chance, todas as ruas e vielas no entorno estavam lotadas de fiéis, e quando chegamos à avenida principal, a Presidente Vargas, fomos simplesmente tragados pra dentro daquela loucura. Gente chorando, rezando, agradecendo. Uma das cenas mais comuns são as pessoas que tiveram seus pedidos atendidos carregando alguma simbologia na cabeça. As pessoas que conseguiram a casa própria vêm com uma casinha na cabeça, quem passou no vestibular vêm com livros... vimos uma pessoa com uma maquete de presídio na cabeça, então presumimos que algum parente tenha sido libertado... dessa vez não havia a mínima possibilidade de chegar perto da corda. Vimos de longe as pessoas tentando de qualquer forma tentar encostar nela nem que fosse por um mísero segundo. Simplesmente não havia como sair daquela multidão, eu já havia me conformado que não teria como ir para Marajó, então fiquei admirando aquela fé imensa do povo. Conseguimos andar um pouquinho contra a maré (aos gritos de “to passando mal” ::hahaha:: ) e chegamos numa praça entre a estação das Docas e a Av Presidente Vargas. O fluxo de gente neste local estava mais sossegado, ficamos por ali um bom tempo (não havia como sair mesmo) e naquele ponto começou a queima de fogos que durou bastante tempo. Conhecemos uma família que estava com o mesmo dilema que a gente: chegar do outro lado. Combinamos de ir todos juntos de mãos dadas. E não é que conseguimos? Então fomos andando diretamente pro terminal, mas chegamos atrasados: o barco saíra há 5 minutos. A Theia ficou desolada, queria muito ir para Marajó, eu fiquei feliz por termos pegado o Círio em sua plenitude (que Deus permita que ela não leia esse relato, mas eu não estava a fim de ir para Marajó pra ficar só um pouquinho, então levei na boa ::otemo:: ). Basicamente fomos atropelados pelo Círio de Nazaré, sem a mínima possibilidade de anotarmos a placa ::hahaha::

Voltamos ao hotel, estávamos muito cansados. Dormimos. Acordei umas 13hs e fui encontrar as outras meninas que estavam na Feliz Luzitânia. A Theia ainda estava de bode pelo acontecido e ficou no quarto. Ali pela complexo estava rolando a Feira do Miriti, com produtores de artigos artesanais de Abaetetuba. Comprei um licor de bacuri, as meninas compraram brinquedos típicos. Tinha bastante coisa interessante, principalmente de decoração. Acompanhados delas estavam um casal de paraenses, sendo um deles guia turístico que nos explicava várias coisas interessantes sobre a fundação e primórdios da cidade. A Theia resolveu sair do quarto, e as meninas decidiram ir pro Portal da Amazônia. O Portal é uma espécie de parque linear que acompanha a Baía do Guajará. Tem quiosques, brinquedos para as crianças, espaço para shows. Ficamos numa barraquinha bebendo cerveja e tomando sorvetes de frutas típicas (taperebá ::love:: ). Possui um belo por do sol também, onde tiramos várias fotos. Um bom programa pro fim de tarde.

As meninas seguiram pra uma festa de carimbó, eu e a Theia fomos novamente ao Marujos comer. Camarão, batata frita, peixe frito e três dígitos na comanda depois ::ahhhh:: , seguimos para o hotel descansar e dormir.

 

5° dia (10/10, segunda)

 

Acordamos e fomos direto ao Ver-O-Peso comprar as lembranças de amigos e parentes. Também comprei bastante castanha e biscoitos. Um quilo de castanha sai por R$ 30, uma pechincha. Deixamos as coisas no hotel e encontramos Ana Clara e Andrize: como havia dito, uma turista como nós e uma moradora da cidade. Íamos de carro para a Ilha de Mosqueiro, aproximadamente 80 km do centro de Belém. Trânsito na estrada, chegamos lá na hora do almoço e cheios de fome. Lá em Mosqueiro ficamos na praia de Paraíso.

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Escolhemos o restaurante Paraíso Nika. Um espírito de gordice se abateu sobre nós e pedimos de tudo um pouco: salada, patas de caranguejo, anéis de cebola, batata frita, vinagrete, filhote frito e filhote na chapa (essa comilança de uns 80 reais pra cada, já com a breja e os 10%). Filhote é um peixe maravilhoso que só tem por aquelas bandas. Não é muito barato mas vale demais a pena, é delicioso. Na chapa é mais gostoso do que frito. Entre a comilança várias brejas, e depois descemos à praia. É uma praia de rio, mas nem parece, pois o mesmo é tão grande que você não enxerga a outra margem, como se fosse mar. Na ponta esquerda da praia quase não há ondas, como se fosse uma piscininha, perfeito pra quem não sabe nadar como eu. Ficamos um bocado de tempo morgando ali naquela água morninha e calma. Decidimos não esperar o por do sol. Na volta ainda compramos cajus de uma vendedora na beira da estrada (uma sacola gigante por 10 reais). Chegando à Belém, fomos no bar Meu Garoto, famoso por seu dono ter inventado a cachaça de jambu, aquela que “faz a boca tremer”. Lembrando que o jambu é aquela erva que dá dormência na boca. Provamos umas doses, a boca tremeu, e compramos algumas pra levar. O Meu Garoto tem duas unidades na mesma rua, um é um boteco tradicional e outro é uma loja com uma variedade incrível de cachaças. Comprei uma garrafinha da cachaça de jambu 60 ml por 12 reais (aquelas pequinininhas que mais parecem um enfeite) e uma garrafa de 275ml por 25 reais. Saindo de lá, as meninas nos deixaram de carona no hotel, onde aprontamos nossas coisas. Nosso vôo partiria 06:20 da manhã então fomos dormir cedo. O hotel providenciou um taxista, que cobrou R$ 50 para nos levar ao aeroporto.

Até logo Belém. Espero que todos tenham tido um feliz Círio e ano que vem estamos de volta para desbravar a Ilha de Marajó.

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