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Gastos

Todos os valores do relato são por pessoa

 

Média de gastos por pessoa: US$ 36 por dia (sem contar as passagens aéreas que saiu por conta do programa de fidelidade da TAM, rs).

Câmbio: US$ 1 = Bs 7 ou R$ 1 = Bs 4

 

Alguns preços

Garrafa d'água de 2l: de Bs5 a Bs7

Táxi: de Bs8 a Bs12

Gorro, meias ou luvas de lã de alpaca: Bs20

Croiassaint: Bs9

Frango Frito: de Bs12 a Bs16

Café expresso e pedaço de torta: Bs15

Banheiros: Bs 1 (No Salar chega a Bs5)

Sopa na Ilha do Sol: Bs5

Batata pringles: Bs18

Chocolate quente no abrigo do Chacaltaya: Bs10

Pizza grande com coca de 1:l Bs50

Internet: Bs3/por hora

Rolo de papel higiênico: Bs1

Garrafa de vinho ou rum no Salar: Bs70

Tênis nike: Entre Bs400 e Bs800 (os modelos mais caros, como nike shox)

 

Sobre os bolivianos

[align=justify]Extremamente educados, gentis, pontuais e honestos. Já vi o pessoal reclamando por aqui sobre golpes, etc. Mas a impressão que tivemos foi de um povo na média muito mais honesto do que estamos acostumados aqui no Brasil. O único que nos vendeu algumas coisas que não cumpriu foi o dono da agência em Uyuni. De resto, em momento algum sentimos que estavam tentando nos passar para trás. Em nenhum restaurante a conta veio errada (vai viajar pelo Brasil sem conferir conta em restaurante pra ver o preju...).

 

Ainda sobre a segurança, o que percebemos é que por ali até estávamos sujeitos a algum tipo de furto ou golpe. Mas roubo, assalto a mão armada ou algum tipo de violência extrema era uma possibilidade que em momento algum nos preocupou. Voltamos com a sensação de que La Paz é uma cidade muito mais segura do que São Paulo e as principais capitais brasileiras. O que acontece por lá é que como a cidade é muito pobre, a miséria é muito mais exposta e nós, brasileiros, acabamos associando isso a uma sensação de insegurança que na prática não é bem assim.[/align]

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lojudice,

 

Cara, seu relato está nota 10. Era isso, exatamente isso, que eu precisava ler. Minha esposa (é, a minha já foi promovida... rsrs) até leva na boa o estilo mochileiro de viajar, principalmente no que diz respeito a planejar tudo por conta propria, passear sozinhos, ficar em hostels, etc. Mas tb é daquelas que praticamente quer levar uma mudança em cada viagem... hehehe. Mas aos poucos estou "domesticando" ela na mochilagem... rsrsrs

 

Valeu, cara. Muito obrigado pelo relato.

 

Abraço.

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[align=justify]Viajar sozinho é muito bom e acho que a maior parte do pessoal que frequenta o fórum adora. Mas chega uma hora que o cecê do alemão do seu quarto coletivo ou a cueca do japonês esquecida no banheiro comum começam a incomodar. Isso para não falar em roncos e odores mais profundos que abundam nos quartos coletivos mundo afora.

 

É nessas horas que muita gente começa a procurar sua “mochila-metade”. A gente começa a se dar conta de como é confortável aquele quarto de casal com banheiro privado, como é bom ter alguém pra dividir aquele prato pra dois no restaurante típico, como é tranquilo poder dormir no ônibus sabendo que sua companheira de poltrona não vai te assaltar...

 

Mas o que fazer se de repente você inicia um relacionamento e depois de um tempo descobre que sua mochila-metade na verdade curte mesmo uma mala de rodinhas?

 

Resolvi escrever esse relato porque percebi que, apesar de chover relatos e informações sobre Bolívia e Chile aqui no fórum, tem muito mochileiro com anos de mochilagem que de repente começa a namorar alguém que quando houve a palavra albergue pensa em mendingos tomando a sopa da prefeitura.[/align]

 

 

Eu já não tive esse problema.

 

Sou mochileira desde os quinze anos e agora depois dos "enta" encontrei uma "mochila-metade".

 

Mas viajar sozinha antes dele, sempre foi minha melhor opção, mesmo tendo namorado.

 

Jailson superou todas as minhas expectativas e desde nossa primeira mochilada entendeu o "espírito" do mochileiro e "vestiu" o "uniforme" com perfeição.

 

MAria Emilia

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lojudice,

 

Cara, seu relato está nota 10. Era isso, exatamente isso, que eu precisava ler. Minha esposa (é, a minha já foi promovida... rsrs) até leva na boa o estilo mochileiro de viajar, principalmente no que diz respeito a planejar tudo por conta propria, passear sozinhos, ficar em hostels, etc. Mas tb é daquelas que praticamente quer levar uma mudança em cada viagem... hehehe. Mas aos poucos estou "domesticando" ela na mochilagem... rsrsrs

Valeu, cara. Muito obrigado pelo relato.

Abraço.

 

Junior, esse problema eu resolvi montando eu mesmo a mochila da minha namorada, rsrsrs. Muita coisa ficou de fora. Aliás, isso foi engraçado... frio, desconforto, cansaço ela enfrentou numa boa. Mas a noite, quando ela tinha que colocar de novo o mesmo fleece que já estava usando há dias, tinha que rolar sempre uma conversa pra ela se conformar melhor com a situação, rs. Calçar o mesmo tênis todas as manhãs era outra coisa que tirava ela do sério. Eu sempre levantava e enfiava as botas imediatamente. Já ela limpava e lustrava o tênis todas as manhãs pra tirar a poeira do dia anterior. Até no meio do deserto ela fazia isso. Enfim, quando você for, coloque na sua programação uns 10 minutos pela manhã e mais uns 10 minutos a noite para ouvir a ladainha sobre a mesma roupa e o mesmo tênis, rs.

 

Abs

Lojudice

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Dia 9 (continuação) – Atacama

[align=justify]Chegamos em São Pedro de Atacama por volta das 13h e como estávamos cansados, resolvemos tirar a tarde para perambular pela cidade (que por sinal é muito bem cuidada) e se preparar para os próximos dias, sacando pesos chilenos (1 real = a 290 pesos) e decidindo nossos passeios nas agências. Ficamos no hostel Inti Para (your.companyweb.cl/main/neworange?uri=hostalintipara), onde já tínhamos reserva. Esse hostel foi um baita de um achado! Pagamos Pc 18 mil em um quarto para casal sem banheiro no quarto. No hostel tem wifi nos quartos e computador com internet. Com banheiro o preço era Pc 32 mil, mas ali isso é totalmente desnecessário. Isso porque o hostel é pequeno e os banheiros são limpos diversas vezes ao dia. Como o Atacama é muito mais caro que a Bolívia, combinei com minha namorada de enfrentarmos o quarto sem banheiro para podermos ter uma folga financeira e gastarmos com outras coisas e esse gasto adicional foi deixado praticamente de forma integral nos restaurantes.

 

Impressionante como uma cidadezinha perdida no meio do deserto possa ter restaurantes tão bons quanto São Pedro, nem em Santiago encontramos lugares tão gostosos. Aliás, acredito que ali, se for pra economizar com comida, então compre algumas coisas no supermercado e prepare sua refeição no hostel, porque os restaurantes baratos não são tão baratos, mas são bem ruins. Agora se puder, então aperte o cinto em outro trecho da viagem e se esbalde na gastronomia atacamenha, rs. Logo na primeira noite conhecemos o La Casona. Um restaurante super bonito na Caracoles com massas, pizzas, vinhos e uma parrilhada gigantesca que dá pra comer em 3 a 4 pessoas (eles dizem que é pra dois) por Pc 20 mil, com bife de chorizo, lombo de porco, lingüiça, filé de frango e batatas assadas (realmente muito bom e muito grande).[/align]IMGP3197.JPG.d1ea6400599c6319be67581a93b313e9.JPG

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Dia 10 (Reveillon!) – Atacama

[align=justify]Nesse dia só conseguimos uma programação para a parte da tarde e aproveitamos pra abrir os trabalhos com o clássico pôr do sol no Vale da Morte e Vale da Lua. Acho que por ainda estarmos sob o efeito das impressionantes paisagens de Uyuni, acabamos achando esse passeio bem meia boca. Afinal, no fim das contas nada mais do que uma volta pelo deserto. Só que tudo o que se faz no Atacama rola essa volta pelo deserto então a visita a esses dois Vales acaba sendo meio que uma invenção para arrancar dinheiro de turista. Não que os lugares não sejam bonitos, mas uma voltinha de meia hora já estava de bom tamanho, não precisa de tanto tempo por ali. Se estiver com o tempo ou dinheiro escasso na cidade, evite cair nessa, dê um rolê de bicicleta que já está perfeito.

 

Essa era a noite do reveillon. Como queríamos participar de uma festa que iria rolar no deserto, decidimos que não iríamos fazer reserva para a ceia de nenhum restaurante. O que não sabíamos é que todos os restaurantes da cidade que não estavam fazendo reservas estariam fechados. O jeito foi aproveitar a falta de opções para conhecer uma “iguaria” chilena, o completo, o hot-dog local. O lanche nada mais é do que pão, salsicha vienense (aquelas enlatadas), maionese e palta (uma pasta de abacate amassado – não é guacamole!). Eu tinha lido aqui no fórum alguém dizendo que era “diferente”, mas que tinha que experimentar e cai nessa conversa. Juro que quando tiver um tempinho ainda vou achar o sujeito que disse isso pra lhe mandar uma mensagem mal-educada. Que baita coisa horrorosa!!! O pão era ruim, a salsicha sem graça, mas o abacate amassado torna a coisa bizzarra! E o mais esquisito é que eles adoram. Colocam a porcaria do abatace amassado em tudo quanto é lanche, até o McDonald’s entrou na onda e faz o McPalta. Assim, terminamos 2009 comendo o pior lanche do ano, e um dos piores de nossas vidas.

 

Para azedar ainda mais nosso humor, quando fomos procurar de onde sairiam as vãs que fariam o transfer para a festa no deserto, de onde pretendíamos assistir a “queima de fogos”, descobrimos que a festa só iria começar às 3h da manhã. O jeito foi espantar o mau humor enchendo a cara de pisco sour e comemorando a virada do ano com o povo na rua fazendo uma batucada pra lá de atacamenha. Não teve fogos, mas tinham vários bonecos pegando fogo, acho que simbolizando o ano velho.[/align]IMGP3163.JPG.a99ef4ecee7323b3fcbad0f8f8028d33.JPG

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Dia 11 – Atacama

[align=justify]Reservarmos o primeiro dia do ano para dormir até mais tarde porque ninguém é de ferro e porque a cidade começou a funcionar apenas depois do 12h. Como não havia nenhum passeio saindo no período da manhã, fomos conhecer o Museu Arqueológico (Pc 2 mil, mas tem desconto para estudante). É interessante porque conta como se deu a ocupação populacional naquela área antes da chegada dos espanhóis e como vivia o povo Atacamenho.

 

À tarde fizemos, na nossa opinião, o melhor passeio do Atacama: o tour da Laguna Cejar. Começa pela visita a essa lagoa, que segundo o guia é 7 vezes mais salgada que o mar. O lugar é bonito, mas nada deslumbrante, e olhando de fora não parece mais do que um banho no lago. Porém, quando se entra na lagoa, a sensação de não conseguir afundar e boiar com extrema facilidade é muito divertida. Imperdível! O único problema é que a água é um pouco fria, então para quem vai no inverno deve ser mais desagradável. Mas no calor de mais de 30 graus que estava fazendo foi o passeio certo. Depois ainda passamos pelos Ojos del Salar, que algumas pessoas até dão um pulo por ali, mas não tem nada demais. O dia fecha, porém, com o pôr do sol da Laguna Tebenquiche. Uma paisagem muito linda e que lembra bastante o Salar de Uyuni. Aliás, para que não tiver tempo de conhecer o Salar, a Tebenquiche tem que ser passeio obrigatório. Também não dá pra perder a sensação de andar descalço sobre o sal (tomando cuidado apenas para não cortar o pé nos cristais).

 

Na volta, para compensar o cachorro-quente vagabundo do dia anterior resolvemos gastar um pouco mais e conhecer o restaurante mais famoso de San Pedro, o Blanco. Tremenda decepção. Tem um frescura lascada por causa das reservas, que nós não tínhamos. Por sorte, houve uma desistência e conseguimos sentar. O cardápio, porém, deve ter uns 4 ou 5 pratos apenas e os garçons não estavam nem ai para nos atender. Isso nos irritou tanto que fomos embora. Ficamos com a sensação que a fama fez mal para o lugar e todo mundo ali faz cara de que está fazendo um favor de te deixar comer naquela espelunca, rs. Posteriormente conversamos com outras pessoas que tiveram a mesma sensação e também foram embora sem jantar. Acabamos sentando sem pensar muito no La Estaka (que depois ficamos desconfiados que é do mesmo dono do Blanco). E ali foi completamente diferente. Além dos garçons serem super gente boa para explicar o cardápio (mesmo falando espanhol às vezes é difícil entender alguns ingredientes, temperos e formas e preparo), comemos o melhor prato de toda a viagem! Um risoto de camarões equatorianos por Pc 8.900 por pessoa, aliás, esse é o preço de praticamente todos os pratos individuais do cardápio. Acho que foi o dia que fui dormir mais feliz, rs.[/align]IMGP3201.JPG.8a0e88ec2719c0a1c765ba2d92a77482.JPG

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Dia 12 – Atacama

[align=justify]Acordamos cedo para conhecer o Salar do Atacama e as Lagunas Misñique e Miscanti. O passeio dura o dia inteiro e vale pelas paisagens sensacionais. Já vi muita gente discutindo no fórum se vale a pena conhecer o Salar do Atacama mesmo tendo vindo de Uyuni. Vale. São coisas completamente diferentes, ainda mais que se passa pelo Parque Nacional dos Flamingos e os guias locais dão explicações super interessantes sobre os pássaros.

 

O único problema desse passeio é o almoço, que além de ser tarde, é horroroso. Veio um frango mal cozido, totalmente branco, com um arroz esquisito. Como eu tava morrendo de fome eu enfrentei o bicho, mas muita gente do grupo só mexeu no prato. Recomendo fortemente uns lanchinhos na mochila nesse dia.

 

A noite queríamos ter feito o tour do Space Celestial (Pc 12 mil), que é uma observação das estrelas no meio do deserto orientada por um astrônomo. O problema é que só lá descobrimos que em dias de lua cheia não é possível fazer porque o céu fica muito claro e não compensa. Tanto que a agência nem abriu nos dias que ficamos por lá. Para compensar, a lua cheia dava show toda noite quando aparecia gigantesca no horizonte. Equilibramos a gastança do dia anterior comendo uma pizza (pra lá de meia boca) com uma coca de 1 litro por Pc 3 mil.[/align]

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Dia 13 – Atacama

[align=justify]A idéia original para esse dia era acordar cedo e ir para o Geyzer El Tatio. Mas chegamos a conclusão que ainda que fosse diferente do geyzer que vimos na Bolívia, ainda assim seria um geyzer. Essa conclusão aliada ao preço e a ojeriza de acordar às 4h da matina e enfrentar um frio de menos 10 nos fez rever nossa programação. Acabamos indo para as Thermas de Puritama (taxa de entrada de Pc 10 mil). Um rio cristalino e quente que forma piscinas naturais a 33 graus celsios. Justamente o que precisávamos para relaxar a enfrentar a viagem para Santiago.

 

Almoçamos no El Paso (Pc 3 mil), o melhor custo benefício da cidade, nos despedimos das ruas de San Pedro e pegamos o ônibus para Calama (Pc 2.500). Na rodoviária pegamos um táxi para o aeroporto por Pc 10 mil, sendo assim, em duas pessoas compensa muito mais ir de ônibus (que é ótimo) do que pegar o transfer em San Pedro (Pc 12 mil por pessoa).

 

Estávamos indo para o aeroporto, na verdade, para jogar com a sorte. Eu já tinha tentando comprar passagem de Calama para Santiago aqui do Brasil. Mas a passagem só de ida na LAN era uma fortuna e a Sky não fez venda internacional. Quando cheguei em São Pedro, tentei comprar a passagem da Sky pela internet e nada. Só quando liguei é que me informaram que nas vendas pela internet ou pelo telefone só aceitam cartões de crédito nacionais chilenos e por isso eu só conseguiria comprar no aeroporto. Porém, não tinha nem como reservar. Quando chegamos lá, não sei se demos sorte, conseguimos comprar a passagem por praticamente o mesmo preço que ela estava no site (apenas 10 mil mais caro).

 

O fato é que era noite do dia 3 de janeiro e imagino que muita gente devia estar voltando para Santiago. Então fiquei com a impressão de que é possível comprar essa passagem no balcão normalmente sem transtorno e por um custo parecido com o site. Também achei que acabamos fazendo um ótimo negócio porque a passagem com taxas saiu por Pc 97.700. Mesmo sendo um pouco menos que o dobro do ônibus (Pc 57.000), valeu por termos economizado um dia na estrada, o que em uma viagem curta, não tem preço. E assim, encerramos o Atacama em direção a Santiago.[/align]

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