Manaus- Alter do Chão- Belém 11 dias Ago-Set 2016

[Melina Okamoto]

Por indicação de um amigo francês minha amiga Camila ouviu falar de Alter do Chão e ai quando precisávamos decidir nosso próximo destino, optamos por conhecer a região norte do nosso país!

Para chegar a Alter do Chão, um distrito de Santarém há três maneiras:

1) vôo direto para Santarém

2) barco partindo de Manaus (esse barco vai pelo Rio Amazonas a favor da correnteza, ou seja mais rápido)

3) barco partindo de Belém (sobe o Rio Amazonas contra a correnteza mas seu caminho é mais estreito passando mais próximo da paisagem e das comunidades ribeirinhas)

 

Após simular todos os preços optamos por começar a viagem por Manaus lá ficar 2 dias, pegar o barco para Santárem e chegar em Alter do Chão onde ficamos 4 dias e de lá pegar barco novamente para Belém onde tivemos uma noite e metade de um dia. Totalizando 11 dias de viagem.

 

Manaus

Por incrível que pareça eu tenho um tio lá que nos recebeu em sua casa e pensou e programou todos os nosso passeios! Chegamos em Manaus por volta das 13h no sábado, deixamos a mala e já partimos para o mercado de peixes da onde saem os barcos que fazem o transporte do pessoal local e para passeios.

Vimos o famoso Encontro das Águas e pudemos inclusive sentir a diferença de temperatura entre elas! Passamos por comunidades flutuantes e chegamos a uma casa e pagando R$ 10 para duas pessoas pudemos conhecer e segurar um bicho preguiça (coisa mais fofa!!!), um filhote de jacaré, e uma jibóia (medo!), após isso fomos para outro lugar onde vimos enormes vitórias régias. Pagamos R$ 250 pelo barco e quem nos levou foi o Edson, o número dele é (92) 9138-6561.

No dia seguinte acordamos as 6am no dia seguinte e fomos de carro rumo a Presidente Figueiredo, município localizado a 1h e 30 de Manaus onde há diversas cachoeiras. As duas que fomos foram a da Iracema (bem bonita e na mesma trilha também tem grutas), e a do Santuário (queda menor e boa área pra banho, inclusive tem uma ponte pra saltar de uma altura razoável).

Depois por volta das 15h voltamos a Manaus em direção ao MUSA (Museu da Amazônia), local com visitas guiadas por R$30 a inteira para ver vitórias régias, cobras, borboletário e subir na torre de 42 metros ou 243 degraus com vista de toda a Reserva Florestal Adolpho Ducke.

Na segunda feira pegamos o barco rumo a Santarém, essa parte é bem importante pois quando organizamos a viagem achamos muito dificil encontrar informações atualizadas sobre preço e que dias o barco partia.

Eles partem todos os dias as 10h, pagamos R$ 120 para ir de rede (se for as terças quando tem dois barcos é R$ 70 a passagem), a cabine era R$ 600 para duas pessoas no entanto o espaço era muito pequeno e sem janelas e achamos que não compensava.

Pagamos R$ 30 na rede numas lojas la perto e R$ 5 pelo par de corda (não esqueça a corda pois não tem ganchos pra pendurar a rede lá, você tem q amarrá-la)

Se for de rede vale a pena chegar cedo pra garantir um bom lugar não no meio da muvuca, e quanto as coisas, o que era de valor deixamos na mala de mão e levávamos junto conosco pra todo canto e quanto a mochila cuidávamos mais quando tinham paradas e entra e sai de gente. O barco partiu de Manaus as 12h e chegamos as 18h do dia seguinte, terça, em Santarém, ou seja 30h de viagem.

Dica: leve livros, baralho, vinho (pq não?) pra passar o tempo, outra dica boa é levar aquelas reguas com varias entradas de tomada pra conseguir carregar o celular nas tão disputadas tomadas.

Nos barcos tem as refeições de café da manhã, almoço e janta sendo R$ 15 cada e a comida não é das melhores. Fora isso tem um bar em cada barco mas é caro! e lá eles vendem salgadinhos tipo fofura, cup noodles, cigarro, bebidas.

De Santarém para Alter você pode pegar um ônibus que custa R$ 3 (mas perdemos o último que saia as 18h e o próximo só sairia as 22:30 pra levar o pessoal da faculdade), ou de táxi que conseguimos negociar R$80 a corrida.

 

Alter do chão

Primeiro de tudo, estamos completamente apaixonadas por esse lugar! Só indo mesmo pra entender!

Alter do chão tem o período de chuvas de Dezembro a Maio quando a maior parte das praias fica debaixo da água e cidade fica vazia e a partir de Junho as águas começam a baixar e em Agosto as praias reaparecem. Fomos no último fds de Agosto e antes do Sairé (festival que ocorre por volta do dia 15 de setembro e lota a cidade) justamente porque queríamos aproveitar esses dias com calma para descansar.

 

A cidade é muito barata pra comer e beber, sendo que estávamos acostumadas com os preços da Sp capital. Comíamos e bebiamos muito bem de R$ 10 a no máximo por R$ 30, incluindo frutos do mar e caipirinhas (geralmente R$ 7).

Nos hospedamos no Don Preguiça Hostel, ficando num quarto feminino com 4 camas, Eu, Camila e duas alemãs que conhecemos na viagem do barco. O hostel é muito bom, os quartos tem seu banheiro privado e ar condicionado. O café da manhã incluso e todos os funcionários são extremamente prestativos, a um preço justo, fizemos muitas amizades lá!

Uma informação importante é que só há um único caixa 24h no mercado e a maioria dos lugares não aceita cartão, então é bom sacar dinheiro antes de ir pra lá!

No primeiro dia fomos conhecer a ilha do Amor, que fica na cidade mesmo e havia duas opções, um barco por R$ 5 ou ir nadando (uns 50 metros). Na ilha do Amor fica a trilha pra Serra da Piracoa, ou Serra da Piroca (haha!) que é tranquila se você não a faz no sol do meio dia, o que por descuido fizemos e de lá você tem a vista de toda Alter.

 

No dia seguinte fechamos um passeio com o Magnata, guia conhecido por lá para a Flona (Floresta Nacional dos Tapajós). Pechinchamos muito pois inicialmente ele pediu R$ 150 caso fossem 4 pessoas e no final conseguimos R$100 por pessoa, incluindo a taxa do barco até la e taxa do guia do parque. O almoço que fizemos na comunidade pagamos a parte e foi R$ 15.

O passeio inclui trilha dentro da mata com alguém da comunidade como guia, onde ele vai explicando sobre as plantas usadas pela comunidade, mostra como é tirado o latex e você conhece a enorme Samaúma.

Dica: se tiver pique peça pra ele te levar até o igarapé, pequeno curso de água ótimo pra se refrescar! Outra dica é que é possível acampar dentro da Floresta ou dormir em alguma praia vizinha.

Almoçamos lá na comunidade e voltando para Alter fomos passando em diversas praias (de água doce) ao longo do caminho, parando em uma delas para apreciar o pôr do sol. Nossa preferida? A de Maguari, com certeza.

Saímos as 8am de Alter e voltamos as 19h, ou seja, um dia inteiro de passeio.

Nas noites de quintas feiras tem show de Carimbó, um ritmo de origem indígena típico do Pará, muito lindo, vale a pena conhecer! Então mal voltamos pro hostel já saimos de novo pro Espaço Alter, casa de shows e eventos de Alter, com entrada gratuita, onde o show começou por volta das 21h.

Na sexta feira almoçamos na ilha do amor e como de costume só havia um quiosque aberto e o atendimento, assim como a demora da comida foram péssimos, pois a praia estava mais cheia e não havia funcionários suficientes. Depois disso fomos de barco junto com dois franceses a Ponta do cururu, faixa de areia que só existe na época de seca, e depois fomos a Pindobal, praia mais turistica com varios bangalôs com vista pro rio.

Todas as sextas feiras a noite no bar da Glória há o chorinho, onde diversos músicos nos mais diversos instrumentos tocam das 21h até 1am. O único ruim é que esse bar é um pouco mais caro sendo 3 reais a latinha de cerveja e não tem nem litrão nem caipirinha.

No sábado, o dia que pegaríamos o barco pra Belém, acordamos e fomos pra Praia do cajueiro, outra praia que fica na cidade e arrumamos nossas coisas rumo a Santarém.

 

Belém

Os barcos que saem de Santarém para Belém partem de sexta (12 e as 17h), sábado (19h) e domingo (12h, mas o próprio cara da agência disse que o barco não é bom.

Se você comprar na agência o preço da rede é R$ 150 sendo que pedimos para um dos donos do hostel comprar e pagamos R$130. Pegamos o barco no sábado saindo de lá as 20h e chegamos as 20h da segunda, ou seja 48hrs de barco.

Esse segundo barco tinha banheiros muito mais limpos, e a comida que era R$10 também era muito melhor.

Nesse segundo levamos em uma bolsa térmica uma garrafa de água congelada, duas garrafas de vinho e algumas marmitas de macarrão que fizemos também.

Chegamos em Belém a noite e fomos a dois bares: Amazon Beer, fica nas docas e é bem arrumado, com preços de cidade grande, onde aproveitamos pra jantar. Andando por lá também tomamos sorvete na Cairú (não deixe de experimentar tudo de Taperebá que conseguir, nos apaixonamos por essa fruta!); depois fomos pro bar Meu Garoto onde provamos a famosa cachaça de Jambu.

No dia seguinte nosso vôo era as 17h então acordamos bem cedo e fomos ao Mercado Ver o Peso, onde fomos aconselhadas a tomar bastante cuidado. Lá tem de tudo, compramos castanhas, doces, mas também tem vários tipos de frutas, verduras, peixes, e artesanato. De lá fomos a pé para o Forte do Castelo de Belém e para a Casa das Onze Janelas, que não tem nada demais na nossa opinião.

Pegamos então um táxi para o Parque Mangal das Garças, onde a entrada era gratuita (as terças feiras nos museus e parques a entrada é gratuita) mas para entrar em cada um dos lugares era cobrado R$ 5, andamos um pouco e almoçamos no próprio restaurante ( o rodízio era cerca de R$70 com buffet de salada, varios tipos de peixe e carne e sobremesa e nós demos esse luxo porque também somos filhas de deus haha!)

 

Voltamos ao hostel pra pegar as malas e de lá fomos pro aeroporto de volta pra casa.

Alter do Chão.xlsx