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Hoje saí decidido a desbravar alguma trilha, e, como no relato anterior eu já havia mencionado, estou treinando para subir o Pico Paraná, montei na moto e rumei em direção à Maquiné/RS, onde há um complexo de montanhas e vales, com cascatas e vegetação praticamente intocada.

 

Logo que passei o túnel do novo trecho da 101, virei à esquerda e desci na antiga 101, e logo que cruzei o viaduto virei à esquerda novamente, em uma estrada chamada de Linha Leopoldo Rael (informação que obtive de uma moradora do local).

 

Continuei de moto na estrada de chão até que fosse impossível de prosseguir, ocasião em que estacionei a moto no canto da estrada, guardei algumas coisas no baú, troquei a calça jeans por uma bermuda leve, e meti o pé lomba acima.

 

Já tinha a informação que no topo desta montanha havia um acampamento indígena, então pretendia passar por ele e atingir o topo da montanha, que tem aproximadamente 800 metros.

 

Segui firme e focado no trajeto, que pouco a pouco foi ficando mais difícil, com o estreitamento da trilha pela vegetação.

 

Caminhei aproximadamente 1h e 20 lomba acima, até que parei para descansar. Para minha surpresa o celular estava com sinal e 3G inclusive, portanto aproveitei para mandar uns whatsapps. ::lol4::

 

Enquanto estou sentado descansando, com o celular na mão, começo a ouvir um barulho, como se fosse algum animal ou alguém vindo. O som vinha ao meu encontro. Me preocupei, pois estava sozinho. Levantei, juntei a mochila, e voltei a subir com a atenção redobrada, quando avisto dois homens descendo. Os cumprimentei e puxei assunto. Mais próximos, percebi que eram índios, confirmando a existência do acampamento. Conversei com eles sobre lá em cima, se chamavam João Carlos (com camisa do grêmio) e Thiago (o mais novo).

 

Me disseram que faltava aproximadamente 500 metros para o topo e que no acampamento os índios eram receptivos. O mais novo me alertou sobre uma bifurcação, e me orientou a seguir a direita (mas fez sinal com a mão para a direita).

 

Disseram que estavam indo para São Paulo. Dei-lhes boa viagem e segui meu trajeto.

 

Dito e feito: bifurcação! Olhei atentamente para as duas opções e concluí ser melhor seguir pela da direita.

 

Escolhi o caminho da direita por dois motivos: 1) estava em direção ao cume, logo presumi que me levaria até lá; 2) era um caminho mais largo, aberto, com mais sinal de trânsito que o caminho da esquerda, que era um trilho estreito com mato fechado por ambos os lados.

 

Mas infelizmente eu errei! ::putz::

 

Segui mais um longo trajeto ingrime, com pedras e troncos caídos, teias de aranha por todos os lados, que grudavam em meu rosto, pernas e braços, com o castigando nos momentos em que o mato abria, mas por maior período a trilha era fechada pela copa das árvores.

 

Então cheguei em um local estranho, onde havia um galpão fechado, sem sinal de vida, onde a trilha acabou definitivamente.

 

Cheguei próximo ao galpão, com a atenção redobrada e pude ouvir algum barulho dentro. Me afastei, para evitar sustos ou surpresa, e bati palmas. Ninguém saiu!

 

Uma situação estranha e um pouco macabra. Olhei com bastante atenção à volta para ver se identificava o seguimento da trilha, mas não havia, a trilha realmente tinha acabado.

 

Decidi voltar, com um pouco de tristeza.

 

Rumei lomba abaixo e quando me dei por conta já havia passado a bifurcação, motivo pelo qual decidi voltar mesmo e deixar a subida até o acampamento para outro dia, até mesmo porque eu estava bem cansado.

 

Na volta liguei o aplicativo da Wikiloc que funciona só com o GPS, deixando o celular no modo avião. No local onde a trilha acabou eu tentei ligar o 3G mas lá não havia sinal.

 

Enfim, voltei, com um pouco de frustração, mas muita satisfação.

 

Voltarei para esta trilha e subirei pro lado certo desta vez kkkkk.

 

Assim que for posto aqui o relato.

 

 

Importante dizer que:

1) o caminho que fiz deu 5 km de subida, e um total de 10 km;

2) Diria que é de nível moderado para difícil;

3) Encontrei água corrente em 3 pontos da trilha, o que dá certa tranquilidade quanto a isso;

4) Não encontrei animais perigosos, a não ser aranhas de pequeno porte.

 

Um abraço a todos e até a próxima.

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