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Olá a todos! Tenho a intenção de deixar aqui o meu relato da viagem de férias da qual acabo de retornar. Apesar de ser o segundo mochilão que faço (o primeiro foi em 2013 na Bolívia, Peru e Chile), este é o meu primeiro relato. Primeiramente o faço pela carência de relatos atualizados sobre Guatemala, Honduras e El Salvador, atualizar os valores e dar algumas dicas e advertências, segundo como forma de agradecer aos demais mochileiros pelos conteúdos que tenho visto aqui e os utilizado no planejamento das viagens, e terceiro, para que fique registrado e eu possa curtir no futuro ao relembrar o que foi essa viagem!

Como dessa vez meu irmão não teria disponibilidade para ir junto, tal como no primeiro mochilão, acabei por ir sozinho. Seria para mim a minha festa de formatura, a qual não participei em detrimento de preferir viajar do que passar uma noite enchendo a barriga e dançando.

 

Roteiro

Apesar de ter visitado três países, foi apenas uma cidade em Honduras e outra em El Salvador, sendo a Guatemala meu foco principal da viagem. Na verdade eu tinha intenção de conhecer a Península de Yucatán e descer até a Guatemala, mas surgiu uma promoção da Avianca em abril que a passagem Rio de Janeiro-Cidade da Guatemala-Rio de Janeiro saía a R$1500,00 para pagar em cinco suaves prestações. E como não sou muito fã de pegar ônibus por 10 horas ou mais, reduzi meu roteiro para locais menos longe entre si, por isso fui a Copan Ruínas em Honduras e não a Tikal, apesar de ter aquela pontinha de arrependimento. Agora posso dizer que fui ao Peru e não fui a Machu Picchu e fui à Guatemala e não conheci Tikal. Assim meu roteiro ficou o seguinte:

Cidade da Guatemala

Coban

Semuc Champey

Río Dulce

Copán Ruínas, Honduras

Santa Ana, El Salvador

Antígua

Lago Atitlan

 

Comprei a ida para o dia 04/08/2016 e a volta em 24/08/2016, ou seja, teria 21 dias para cumprir o roteiro, que, após planejado em forma corrida, considerando que não há transporte à noite na Guatemala (até há, mas apenas entre Antigua e Flores), eu gastaria cerca de 15 dias até chegar ao Lago Atitlan e aí ficaria relaxando até a volta. Além de, assim, poder ficar mais tempo onde mais gostasse ou até mesmo por qualquer imprevisto. Ledo engano!

Para cada cidade que eu passaria, inclusive as que não estavam programadas dormir nelas, pesquisei duas ou três opções de hospedagem. Fiz a reserva apenas pra primeira noite no Hostel Theatre International, na Cidade da Guatemala. Durante a viagem fiz apenas mais uma reserva, na véspera, visto a imprevisibilidade de qual dia passaria em qual lugar.

 

Gastos:

Fiz uma base meio por cima que precisaria de U$50 por dia mas deixaria algum no banco para sacar em caso de emergência ou gastos acima do previsto. Levei U$1000 em espécie todo na moneybelt. Acabei comprando quando a moeda tava R$3,60, um baita prejuízo frente ao que custa hoje.

Dica: Compre os dólares aos poucos. Se aumentar você não terá tanto prejuízo porque já comprou uma parte, se baixar aproveite e compre o resto.

Como não bebo, salvo raras exceções, e nem frequentei festas, o dinheiro foi suficiente. Ainda gastei mais de U$100 só em presentes e sobraram alguns dólares. Em alguns lugares você pode pagar em dólar, em outros é mais vantajoso pagar na moeda local, e em El Salvador o próprio dólar é a moeda local.

Ou seja:

Passagens: R$1500,00 (RJ-Guatemala-RJ, Avianca)

Gastos na viagem: R$3600,00 (U$1000,00 comprados a R$3,60)

Ah, mas ali no meu profile diz que eu moro em Crato e a saída é do RJ. Vi com minha mãe a possibilidade de ela usar umas milhas do cartão e deu certo.

Dia 02/08 partir pro Rio de Janeiro, e no dia seguinte ainda fui ao Engenhão ver o primeiro evento das Olimpíadas: Futebol Feminino, Suécia vs África do Sul e Brasil vs China.

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Chegou o dia 04/08 e agora é só preparar pra responder pros gringos o que diabos eu estaria fazendo na Guatemala ao invés de estar nos Jogos Olímpicos! Guatemaltecos são muito loucos por Olimpíadas, imagino o dia em que eles ganharem a segunda medalha da história a festa que farão!

 

Dia 1 - Quinta-feira, 04/08/2016

Madruguei na casa de um tio e ele foi me deixar no Aeroporto. O voo sairia as 8:00, e haviam recomendações de chegar 3 horas antes devido operação padrão da Polícia Federal. Cheguei as 5:20 e peguei uma fila de pouco mais de 1 hora só para despachar a mochila.

O voo só partiu as 9:20 e isso modificou toda minha programação! A escala em Bogotá seria de apenas 1:07, ou seja, foi meu voo chegando e o voo para Guatemala decolando, sem mim e sem minha mochila. Me realocaram num voo que sairia dali a pouco para San José, na Costa Rica, e de lá num outro para Cidade da Guatemala. Chegando em San José chovia muito, o avião arremeteu e ficou por uma hora sobrevoando a cidade antes de pousar sob aplausos faltando apenas 20 minutos para o voo seguinte partir. Mas o voo seguinte atrasou e deu tudo certo, enfim, Guatemala! Com o perdão do trocadilho a Guatemala fez jus ao apelido de "Guate", pois a "mala" não chegou, no caso minha mochila. ::tchann:: Muito triste ver aquela esteira passando e sobrar só você e nada mais. Fiz a notificação com a companhia aérea e fiquei na expectativa da chegada da mochila para o dia seguinte.

Dica: Sei que já é batida, mas leve consigo na bagagem de mão roupas para, no mínimo, os próximos dois dias.

Fiz um cambio de 80 dólares com a péssima cotação de 6,23, recebendo 498 quetzales, a moeda guatemalteca que leva o nome de um pássaro endêmico de lá. Pra ter ideia, no dia seguinte fiz câmbio a 7,44 no Banrural.

O desembarque é interessante no Aeroporto Internacional La Aurora, pois as pessoas que aguardam os amigos no desembarque ficam na rua, sujeitas a Sol e chuva. Tomei um taxi pro Hostel Theatre International (dormitório compartilhado por 63 quetzales ou 8 dólares), e o taxista cobra 80 quetzales ou 11 dólares. Aí você faz uma conta rápida (80/11=7,27) e vê que é mais vantajoso pagar em dólares, pois você estaria gastando, conforme o câmbio realizado, apenas 68,53 quetzales (11x6,23). Muito importante ter em mente essa observação para efetuar pagamentos na Guatemala. Aliás, por falta de troco, o taxista deixou pelos 10 dólares.

No Hostel conheci um peruano, que depois descobrimos ter chegado no mesmo voo que eu, Omar, e saímos à procura do Taco Bell nas ruas sinistras da Cidade da Guatemala, nas quais as farmácias tem grades desde o balcão, os comércios tem seguranças armados com armas calibre 12 e os ônibus tem avisos advertindo ser proibido entrar armado (uma boa ideia para usar nos ônibus brasileiros).

Devido ao sumiço da minha bagagem adiei a ida a Cobán em um dia, já que iria no dia seguinte, mas deixei informado na Avianca que me hospedaria no Hostel Theatre International. Bora dormir que o sono chega cedo com esse fuso de 3 horas a menos que no Brasil, o frio tava pegando e o único casaco tava na mochila extraviada. ::Cold::

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Dia 2 - Sexta-feira, 05/08/2016

Acordei cedo, cedo mesmo, umas 5 da manhã (esse fuso é uma maravilha pra acordar disposto) mas só levantei após as 8:00 e fui na Sexta Avenida cambiar uns dólares com melhor cotação. Troquei 200 a 7,44 - 1488 quetzales no Banrural. Me falaram que o Banrural troca valores a partir de 100 dólares e essa foi o melhor câmbio que fiz, pois eles não cobram taxas para trocar, diferente, por exemplo, do Banco Azteca que a cotação é pior, e o BAC, que cobra taxa para cambiar.

Na Sexta Avenida tem uma parte que é só para pedestres e tem de tudo, cinemas, restaurantes, grandes lojas, igrejas, praças, e vai até a praça principal da cidade, o Parque Central, onde está a Catedral, o Museu e o Palácio Nacional. Na hora do almoço fecha tudo mas reabrem as 14h.

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Ah, convém ressaltar que quando digo Sexta Avenida é a da Zona 1, já que provavelmente exista a Sexta Avenida em cada uma das 22 zonas que compõem a capital. E o sistema de endereços à primeira vista é estranho, mas depois que se aprende fica muito fácil e serve para as demais guatemaltecas.

Importante citar que todas as avenidas são paralelas entre si e, por sua vez, cortam as ruas, que são paralelas entre si também. Não importa se a avenida é mais estreita que a rua e menos movimentada, o que importa é o sentido da via.

Pegamos como exemplo o endereço do Theatre International (8ª avenida 14-17 Zona 1):

Primeiro delimitamos a Zona 1. Depois seguimos à 8ª avenida, e o número 14 significa que o hostel fica entre as ruas 14 e 15, e que o número será 17 (eles colocam 14-17 na porta).

Voltando à Sexta Avenida comprei um adaptador de tomada, um sabonete, desodorante, toalha e umas cuecas. Sabe-se lá se a mochila um dia aparecerá né. Almocei uma tortilla de harina, diferente da tortilla mais comum na região, mas particularmente bem mais gostosa.

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Comprei um chip da Claro por 25 quetzales e tive que por uma recarga de mais 25 para tentar uma internet 3G, que acabou por não conseguir configurar o celular. Pelo menos o chip serviu pra ligar pra Avianca e depois pra receber um código do Imo para conferências.

À tarde tinha uma dupla de mexicanos no hostel, que não tem TV, desesperados pra localizar um streaming pra acompanhar a cerimônia de abertura das Olimpíadas. A companhia aérea entrou em contato e minha mochila havia chegado de Bogotá naquele instante. Fiquei acompanhando a abertura até a mochila chegar, com o shampoo estourado no bolso, explicando pros gringos quem era aquela cantora brasileira que, pra decepção deles, não era Cláudia Leitte (estavam lembrando da Copa). Como os gringos tavam enchendo a cara tomando Brahva (A Brahma se chama Brahva por aqui), tive que encarar uma caminhada depois das 21h até o Taco Bell sozinho pelas calles guatemaltecas no que mais parecia uma prova olímpica dada a velocidade da caminhada. Sobrevivi!

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Aqui vale uma menção ao atendente do hostel, Rafael, que foi bastante solícito em relação ao sumiço da mochila e provável contato da Avianca, e também quanto a explicar sobre a região, locais de câmbio, etc. O dormitório que fiquei tem janelas para a rua, ou seja, bastante barulho logo cedo. Tem um outro dormitório que custa 80 quetzales melhor localizado. Banheiros amplos e água quente.

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Dia 3 - Sábado, 06/08/2016

Acordar cedinho para comprar a passagem pra Cobán. A empresa que faz esse trajeto é a Monja Blanca e fica no quarteirão vizinho ao hostel. A passagem custa 75 quetzales e tem saídas as 08h, 10h, 11h e 13h com duração de 6h. Os ônibus são muito bons pros padrões guatemaltecos, com ar condicionado e alguns horários com banheiro (fui as 11h e tinha). Após sair o ônibus para na CentraNorte, um shopping na saída da cidade em que os passageiros podem descer desde que estejam as 12h de volta. Lá também há guichê da Monja Blanca e é uma outra opção de saída.

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E a viagem começa e aí se percebe que vai ser difícil dormir dada as quantidades de curvas na estrada. No meio do caminho se faz uma parada de alguns minutos para almoço e aqui começam minhas dúvidas gastronômicas: o que os guatemaltecos comem no almoço? Uns pedem nachos acompanhados por tortillas, outros pedem uma salada acompanhada de tortillas, pergunto quanto é um pedaço daquela coxa de frango na vitrine e arrisco - veio uma "pierna" de frango, claro, acompanhado de quatro tortillas e muito molho.

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Aí provei pela primeira vez a tradicional tortilla que acompanha praticamente tudo que você comer na Guatemala, e não gostei! No decorrer da viagem fui acostumando, fazendo sanduíche com a tortilla no lugar do pão até que ela passou a fazer parte do meu cardápio, afinal se fazia parte do prato e tô pagando pode mandar que eu como! Aliás, eu não era muito fã de pepino e de tanto vir nas saladas eu passei a comê-los.

As 17h desembarquei em Cobán, peguei minhas anotações e minhas noções sobre endereços guatemaltecos e que o hostel era bem próximo dali apesar de ser noutra zona. Me hospedei no Hostel Chapultepec (50 quetzales com café - café, leite, cereal e banana) num dormitório compartilhado com... ninguém. O dormitório era pra 06 hospedes mas só havia eu não só no dormitório mas no próprio hostel! O dormitório tinha um cheiro de tinta um pouco fresca, mas o banheiro era muito bom. Eles disponibilizam toalhas e sabonetes. O ponto negativo é que, quando eu chegava da rua o hostel sempre estava fechado e demorava a atender, talvez por que fosse eu o único hóspede por duas noites. Ah, e o wifi não pega no dormitório.

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Dei uma volta na cidade, comi um sanduíche, fui na Despensa Familiar comprar frutas e biscoitos, um supermercado que tem em todas as cidades pelas quais passei e talvez seja a melhor opção para compras baratas, e depois fui atrás de saber como visitar Hun Nal Ye, um parque que fica a alguns quilômetros de Cobán (http://www.hunalye.com/inicio.htm). Para minha surpresa o parque é muito pouco conhecido na própria cidade e, dizem, o acesso é difícil. Me programei para no dia seguinte, então, ir nas Grutas Del Rey Marcos. O resto do sábado à noite foi só curtir a chuva que caiu sobre Cobán, a capital mundial do cardamomo - informação não muito relevante, exceto para que é apaixonado por cardamomo!

 

Dia 4 - Domingo, 07/08/2016

Acordar cedo, comer o cereal e a banana (não tomo café nem leite, ok, me chame de fresco) e partir para o local de onde saem as van para San Juan Chamelco, cidade onde ficam as Grutas Del Rey Marcos. Já na van (15 minutos de viagem, 3 quetzales) conversando com o Sr. Adolfo, um senhor muito simpático louco pelo futebol brasileiro descobri que ele iria para bem próximo de lá. Em San Juan Chamelco pega-se uma van que vai para Santa Cecília e pede pra descer na grutas (cerca de 15 minutos de viagem, 3 quetzales), e tem de andar uns 500m até a entrada. Sr. Adolfo foi me deixar na porta. O lugar onde ficam as grutas chama-se Parque Cecilinda e a entrada custa 10 quetzales com direito a utilizar as atividades do parque, tais como pontes pendentes e banhos na cachoeiras. Para a visita nas grutas se paga mais 30 quetzales.

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Cheguei antes de 8:30 no parque e fiz um reconhecimento do local, muito bonito, até as 10h, que é quando sai o guia para a gruta. Chegar mais cedo vale a pena! Recebemos um par de galochas e um capacete com lanternas. De jeito nenhum use as galochas sem meias ou terão dois lindos calos. Como eu descobri isso? :D

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Adentrei a gruta e lá encontrei o primeiro brasileiro na viagem, que estava a trabalho na Guatemala, algo muito raro por estas bandas. As grutas são muito bonitas com várias estalagmites e estalactites (não sei qual é qual, mas tem as duas) e o rio muito violento, fazendo com que parte do trajeto tenha de ser feito segurando cordas. Há um local em que só passa uma pessoa e agachada. Vale muito a pena! Ao final não pude resistir ao banho de cachoeira numa água que nunca vi tão gelada. Fiz o passeio com um grupo proveniente da capital e que ao término me ofereceram carona até Cobán (escapei de ter de esperar a van na estrada até Chamelco e tomar outra até Cobán) e lá chegando ainda fomos almoçar juntos. Os guatemaltecos são muito receptivos, e apaixonados por Olimpíadas (eu já disse né?). Acabei por dividir com eles o famoso prato de origem maia chamado Kak'iq, que nada mais é do que a coxa e o fígado do pato cozidos acompanhados de arroz e tamales (parece uma pamonha mas com pouco sal e gosto). Dizem que o kak'iq de Cobán é o mais famoso do país.

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Já poderia até ir para a próxima cidade, mas o Sr. Adolfo havia me dito que o Cobán Imperial, equipe local, iria enfrentar o atual campeão guatemalteco, Antígua, as 19h no estádio de Cobán pela 1ª Divisão da Guatemala. Como sou apaixonado por esses jogos mais, digamos, alternativos fui! Segui a pé e fui logo comprando a camisa do time (45 quetzales no camelô) e pegando a disputada fila da bilheteria (ingresso geral a 40 quetzales). Dado a grandiosidade do foguetório na entrada do time vi que aquele jogo seria do Cobán Imperial, não sabia que aquele dia era o encerramento dos festejos na cidade. Já dentro do estádio vi que as poucas arquibancadas estavam cheias e o que restou? As colinas que ficam dentro do estádio, onde ao custo de 5 quetzales se adquire um pedaço de plástico para forrar o chão e sentar. Plástico comprado escolhi qual colina subir e me acomodei para torcer pro meu novo time - Avante Cobán!

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Cobán pressionou muito e o Antígua não escondia que estaria satisfeito com o empate. Mas num jogo sem muita qualidade técnica o Antígua acabou por marcar faltando 5 minutos pro fim do jogo. A torcida, no início tão festiva, não tava assim tão satisfeita no final. Na volta pro hostel faltou eletricidade em uma parte da cidade e ai senti certo temor andando sozinho nas ruas escuras e sem puder perguntar nada a ninguém com o receio de, notando que eu fosse estrangeiro, sofrer alguma coisa. Mas deu tudo certo e sobrevivi!

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  • 2 semanas depois...
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Relato sensacional. Tive o mesmo problema de extravio do meu Mochilao na ultima mochilada em abril pela Bolivia, Chile e Peru. A companhia aérea não arcou com suas despesas até a chegada da mochila? Não vale a Pena acionar a justiça pelos danos morais? No meu caso a Gol me deu uma esmola de 200 bolivianos que eles justificaram para gastos parciais. Ainda Bem que meu mochilão chegou dois Dias depois. Sigo acompanhando seu relato. Tenho interesse em conhecer esses países.

 

Abraço

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Eles mandaram minha mochila pro hostel por um serviço de entrega de carga e pediram o formulário que tava comigo. O qual constava número da bagagem, o registro da ocorrência, essas coisas, ou seja, fiquei sem ter como comprovar o extravio. Antes da mochila aparecer acionei o seguro GTA por whatsapp, mas me informaram que eu teria de telefonar para lá, e aí contei com a colaboração do meu irmão que tava no Brasil para entrar em contato com eles, visto que um dos serviços incluídos na apólice era auxílio na localização de bagagem. Me informaram que eu seria reembolsado por gastos com gêneros de primeira necessidade até determinado limite, mas a essa altura eu já havia comprado alguma coisas mas sem nota fiscal. Nem fui atrás.

Continuarei o relato. Vale muito a pena conhecer esses países.

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W Braga estou indo em Outubro para a Guatemala e Honduras (Copan) , e acabei retirando El Salvador porque só tenho 16 dias.

Meu roteiro vai ser Guatemala-Biotopo del Quetzal-Semuc Champey-Tikal-Copan- Antigua e o lago Atitlán, se não ocorrer nenhum atraso pretendo fazer todos estes lugares. Vou levar uma mochila de 30 litros como bagagem de mão e agora com o seu relato não tenho dúvida que será a melhor escolha.

Fico no aguardo do restante do relatório e até agora está show de bola!!!!! ::otemo::::otemo::::otemo::

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Eles mandaram minha mochila pro hostel por um serviço de entrega de carga e pediram o formulário que tava comigo. O qual constava número da bagagem, o registro da ocorrência, essas coisas, ou seja, fiquei sem ter como comprovar o extravio. Antes da mochila aparecer acionei o seguro GTA por whatsapp, mas me informaram que eu teria de telefonar para lá, e aí contei com a colaboração do meu irmão que tava no Brasil para entrar em contato com eles, visto que um dos serviços incluídos na apólice era auxílio na localização de bagagem. Me informaram que eu seria reembolsado por gastos com gêneros de primeira necessidade até determinado limite, mas a essa altura eu já havia comprado alguma coisas mas sem nota fiscal. Nem fui atrás.

Continuarei o relato. Vale muito a pena conhecer esses países.

 

No meu caso eu tentei acionar o seguro da Mondial e a atendente só faltou falar que não podia fazer nada. A minha sorte que eu tinha um amigo que trabalhava na gol e foi me atualizando das notícias. E também outro amigo foi tentando contato pelo Brasil e me ajudando. É um total descaso né, vc faz tudo certo, respeita o limite de peso, despacha a bagagem direitinho e quando chega no destino cadê?

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Dia 5 - Segunda-feira, 08/08/2016

É chegado dia de seguir para Semuc Champey, na região central do país, o lugar lindo que eu conheci por fotos e me fez pesquisar mais sobre a Guatemala. O destino é um pouco esquecido por muitos, que preferem seguir direto de Antígua para Flores, por vans ou avião, além do quê o acesso é um pouco difícil.

Há vans que fazem o trajeto até Lanquín, cidade-base para ir a Semuc, com saídas de hora em hora a partir de 8h até as 16h. O trajeto é uma estrada bem ruim, custa 20 quetzales e dura 2 horas. Peguei a van de 9h, chegando as 11h em Lanquin.

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Em Lanquín se pega uma pick-up (20 quetzales) em que se vai em pé na parte traseira dividindo a carroceria com mercadorias e a população local, afinal o veículo é o transporte usual deles. É normal eles se comunicarem no proprio idioma. Eu era o único estrangeiro ali, e após cerca de uma hora e apenas 9 km (estrada bem ruim, mas com algumas belas paisagens) se chega ao Hostel El Portal de Semuc, o hotel mais próximo da entrada do parque, onde me hospedei.

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O El Portal é muito interessante, apesar de só ter eletricidade entre 18h e 23h, e o wifi, apenas nesse intervalo, ser bem ruim. Ou seja, aproveite para se isolar do mundo e curta o local. São várias cabanas, sendo algumas delas privadas e outras compartilhadas. Os valores das refeições variam entre 40 e 60 quetzales, um pouco mais alto que nas cidades mas ali você tá isolado e não tem muito pra onde ir. O calor à tarde é simplesmente insuportável, se sua em qualquer lugar que for. De dentro do hostel há um acesso para o Rio Cahabon, aproveite pra se refrescar. Dei sorte porque choveu durante a noite, melhorando o calor.

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Dia 6 - Terça-feira, 09/08/2016

E o grande dia chegou: conhecerei Semuc Champey! No próprio hostel tem um tour guiado - pelo custo de 150 quetzales o turista entra no parque, visita o mirante e as piscinas, sai para almoçar (almoço não incluído no pacote) e à tarde visita a gruta Kan Ba segurando apenas uma vela e depois faz o tubing, descida sobre uma câmara de ar, no Rio Cahabón.

Preferi não fazer o tour para ficar mais livre nas piscinas, visto que esse era meu objetivo principal de toda a viagem! A entrada custa 50 quetzales. Caminhei até o mirante, é um pouco cansativo mas muito recompensador. A vista é incrível!

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Na descida para as piscinas me perdi mas sem desespero encontrei o caminho de volta me guiando pelo barulho do rio (acho que devo esse instinto aos meus antepassados do sertão do Ceará). Cheguei nas piscinas e por lá fiquei até as 14h, o suficiente para a pele das costas sair nos dias posteriores. É sensacional, sem palavras o quão bonito são as piscinas de Semuc. Passei o tempo descendo de uma pra outra, são cinco, ao longo de 300m que é a distância entre os locais em que o rio adentra o subterrâneo e sai posteriormente. Depois era só sair da água e voltar pela passarela de madeira que tem ao longo do caminho e entrar de novo. Nessa hora o único incômodo eram os peixinhos mordendo os calos que ganhei nas Grutas Del Rey Marcos, lembram?

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A quem interessar, o hostel El Portal vende shuttles, que são como são chamadas as vans com turistas que vão direto de um ponto a outro. Para Antígua ou Flores custa 140, para Cobán custa 45 e para Río Dulce custa 165 quetzales. Independente para onde você vá a saída é as 7h naquelas pick-ups e só em Lanquín se dividem nas vans. Comprei para Río Dulce, próximo destino do mochilão.

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Olá W Braga......Estou indo para o México e inicialmente iria fazer Guatemala....mas infelizmente o tempo é curto e ficará para uma próxima vez!! Adorei seu relato, muito divertido ....já estou no aguardo do restante desta aventura!! Abraços Isabel

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Olá Isabel!

Tô na intenção de fazer o contrário. Fui à Guatemala esse ano e pretendo ir ao México ano que vem.

Que bom que tá gostando do relato e espero despertar a vontade dos leitores a conhecer esse belíssimo e acolhedor país. Continuarei o relato com o máximo de dicas que puder, mas fique à vontade para tirar qualquer dúvida!

Abraços Waldinei Braga!

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