Colaboradores alexpessoa Postado Janeiro 19, 2010 Colaboradores Postado Janeiro 19, 2010 (editado) Primeiramente pesquisei em agências no Brasil e depois me deram a idéia de pesquisar também em agências da Venezuela. Consegui uma agência de lá bem mais em conta. Combinei que chegaria dias antes para o pagamento (Cancelacion). 07 de fevereiro de 2008 Parti de Manaus no meu carro às 8:00 sendo que tinha programado sair às 5:30. Tudo bem, Manaus/AM - Boa Vista/RR são uns 750Km. Deu para chegar legal. Minha intensão era pernoitar em Santa Helena do Uairén - Venezuela, como a estrada não ajudou tive que pernoitar em Boa Vista mesmo, pois não daria tempo de pegar a fronteira aberta para o “carimbaço”. 08 de fevereiro de 2008 Como o tempo estava tranquilo e daria tempo de fazer tudo mesmo, saí de BV as 7:00 e mais 215Km até Santa Helena. Cheguei na fronteira, declarei os equipamentos eletrônicos. Depois na aduana venezuelana carimbo e pronto. Uma parada para abastecer o carro com gasolina a R$ 0,95 (fora da fronteira, dentro da VE, a gasolina chega a R$ 0,06/L). Outra para Cambiar, em SH consegui trocar R$1 por Bf$ 2,40 (Bolivar Fuertes), e agora direto procurar a Agência, pela agência cobravam Bf$ 990,00 no final das constas os 6 dias e 5 noites ficaram por R$ 410,00. Sendo que pela agência brasileira sairia por R$ 1.000,00. O pagamento foi feito tudo em Bolivar Fuertes Bf$. 09 e 10 de Fevereiro de 2008 Passei o fim de semana em Santa Helena de bobeira, passeando e tirando fotos. 11 de Fevereiro de 2008 Reunião para passar algumas informações: roteiro, comida, como caminhar o que deveríamos levar e o horário de partida. 12 de Fevereiro de 2008 A ansiedade sempre bate antes de conhecer algo novo, o monte Roraima foi meu primeiro trekking, não tinha mta noção do que era fazer uma longa caminhada, exceto pelo que havia pesquisado e as pequenas caminhadas pela Facul.... A dificuldade foi o suficiente para eu me apaixonar pelo trekking. Fiz uma pesquisa pelas agências aqui pelo Brasil e na Venezuela. Com certeza é bem mais barato ir com alguma agência da Venezuela. A que eu fui foi bem legal! Havia um guia e carregadores, para as barracas e comida, vc carregava sua mochila, existe a opção tbm só de guia. Consegui entrar em grupo já formado, ao todo o grupo tinha 1 guia e 2 carregadores e 6 trekkers, sendo 2 Brasileiros, 1 Venezuela, 1 Francês, 1 Inglês e 1 Sueco. Foi uma experiência cultural incrível. O Monte Roraima fica situado dentro do Parque Nacional Canaima e está no território entre os países Venezuela, Brasil e Guiana. A subida é pelo lado Venezuelano. a Saída é de Santa Helena do Uairen - VE 1º Dia 12/02/2008 Partimos da Agência (em Santa Helena) por volta de 09:00 a.m., em um Jeep 4x4 até uma vila que chamam de Paraitepuy, são aproximadamente 80 km de Santa Helena. Chegando na Vila é o último local onde trafega carro, a partir desse ponto começa o nosso trekking. Iniciando Começa com uma caminhada até que leve, e ainda teve a aclimatação da mochila ao corpo. Avistei a primeira descida, a princípio razoável, mas como estava descendo nem imaginava que viria uma sumida forte. Para quem pensa em desistir esse é o ponto. Não foi o caso do nosso grupo que estava bastante determinado. Depois dessa subida todos pararam para um descanso. Após umas 5 horas de caminhada e algumas paradas chegamos ao acampamento, para nossa “sorte” este ponto estava lotado com um grupo de 15 franceses, então tivemos que atravessa dois rios (Ték e Kukenán) o primeiro era tranquilo o segundo seria pulando entre rochas mas como tinha chovido e o rio estava cheio, tivemos o auxílio de uma corda e um bote. Enfim chegamos ao acampamento, pausa para relaxar os pés um banho numa água congelante, um bom jantar, uma breve apreciada no céu, conhecer melhor a todos e sono. Um dos poucos Bosques no meio da trilha Atravessia do rio Ték 2º Dia 13/02/2008 Acordamos as 06:30h, levantamos acampamento, tomamos o café da manhã e as 07:30h estávamos com o pé na trilha rumo aos pés do Roraima, depois de uma longa caminha entre bosques, pedras, cerrado e muitas fotos, finalmente chegamos a base antes do ataque. Aqui a temperatura caiu bastante, ainda mais para mim acostumado com o calor do Amazonas...puts... Novamente um encontro com o grupo de franceses e a base ficou lotada. Uma tentativa para um banho com uma água congelante, depois um chocolate quente e mais tarde um bom jantar. A paisagem é impressionante, ver praticamente toda a trilha de cima e depois olhar aqueles paredões de rocha que apareceram a milhares de anos e esculpidos com tempo, me fez refletir bastante e quase entro em transe olhando para eles. Aqui já estamos acerca de 1870m. Trilha próximo ao Roraima Acampamento aos pés do Roraima 3º Dia 14/02/2008 Chegada a hora de atacar o Roraima, a hora mais esperada. Saindo da base passamos por uma mata fechada e nos foi informado que temos uma subida difícil até chegarmos ao paredão e depois iremos contornando até o ponto de subida. Entre encharcado, subida segurando em raízes de árvores e pedras, colamos no paredão. Então pensei, agora é só subida! Mas o caminho continua com altos e baixos. Num trecho subimos uns 100 m e depois descemos uns 60 depois outra subida de uns 150m e outra descida de uns 80m e enfim os 300m finais de muita pedra. Nesse ponto o cuidado é redobrado porque as pedras são soltas e quem vem atrás tem que ter bastante atenção com as pedras que podem rolar. Avancei bem devagar fui curtindo cada momento e tirando muitas fotos. Quando percebi já fui o último a chegar ao topo (≈ 2750m) pequena pausa para fotos, admiração, meditação e um pequeno lanche. Tivemos muita sorte o céu estava limpo não apresentava sinal de chuva e as fotos ficaram lindas. Agora, procurar o nosso hotel (acampamento) ….rsrs. O caminho é sempre pulando entre as rochas. Ficamos por trás de uma imensa rocha onde não batia vento pela frente. Deixamos uma parte da tralha e fomos visitar a praia rosada e o lago que chamam de Jacuzzi, este apresenta águas transparentes e o fundo de cristais. Claro, aproveitei para dar um pulo, mas foi um pulo mesmo, só dá para ficar alguns segundos. Rapidamente fechou o tempo, muita nuvem e caiu uma leve brisa, hora de voltar ao nosso hotel. Café com leite bem quente para espantar o frio, jantar e descanso, para os pés, joelhos e corpo. Topo do Roraima Lago Jacuzzi 4º Dia 15/02/2008 Dia de muita caminhada, tínhamos que conhecer o maior número de lugares possível. Então, em meio a muitos pulos passamos por um lugar muito interessante onde podemos procurar figuras formada pelas rochas e achamos: tartarugas, ursos, foca, a cara de uma moeda, entre outros. Seguimos o caminho e passamos pelo Vale dos Cristais, ponto triplo (lugar da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana Inglesa), El Fosso (uma grande cratera onde encontramos um lago) e o ponto mais alto do Roraima (2.810m). Vimos muitas plantas interessantes, endêmicas do topo do Roraima. Após 8 horas de caminhada o tempo fechou novamente, mas agora foi uma forte chuva, e retornamos ao hotel. Ponto Triplo El Fosso 5º Dia 16/02/2008 A visita ao Roraima chegava ao fim, hora de levantar o acampamento e partir. Aquele ditado que fala “para baixo todo Santo ajuda” não serve muito não. Comecei a achar que subir foi mais fácil que descer, o peso do corpo mais a mochila força muito o joelho, mas foi suportável e depois de mtos altos e baixos, agora mais baixos do que altos, chegamos ao acampamento do rio Kúkenan e soube da notícia que não ficaríamos lá, tínhamos que aproveitar que o rio estava baixo para atravessá-lo. As tralhas foram atravessadas no bote e fomos do jeito que já estávamos acostumados, pulando entre as rochas. Uma forte subida, uma atravessia do rio Ték, agora tranquila e com ajuda de uma corda e chagamos a última pernoite, após 1h o grupo de franceses se junta a nós novamente. Um bom banho para relaxar os músculos, massagem em uma pequena queda do rio Ték, fotos, jantar e sono. Vista do rio Ték 6º Dia 17/02/2008 Acordei bem disposto, café, contemplação ao Roraima, pois caminharei de costas para ele, e pé na trilha. Fui um dos último a sair do acampamento, porém acabei dando um ritmo bem forte à minha caminha. E aproximadamente após 4 horas de caminhada cheguei a vila Paraitepuy onde teríamos que pegar o Jeep para o retorna a Santa Helena. Quando cheguei percebi que tinha sido o primeiro e nem me atentei que tinha passado por todos. Aos poucos todos foram chegando. Agora um banho merecido, troca de roupas espera pelo Jeep e rumo a Santa Helena. dia de descanso. Dando um até logo ao Roraima No dia seguinte....... como fui no meu carro e consegui deixar em Santa Helena em local seguro, eu, que não sou bôbo, peguei a estrada e fui desfrutar da Isla Margarita, mas aí, já é outra história. Para quem quiser dicas e mais detalhes me add aqui no mochileiros.com ou se preferir add alves.a.p@hotmail.com fiquem a vontade para fazer perguntas.... ah!! quem tiver oportunidade de conhecer não pense 2x..... Para facilitar as pesquisas aqui vai umas agências. http://www.taoexcursiones.com.ve http://www.aponwaotours.com http://www.mystictours.com.ve http://www.rutasalvaje.com http://www.backparcker.com um abraço a todos, Alexandre Editado Julho 12, 2010 por Visitante Citar
Membros de Honra Cacius Postado Janeiro 19, 2010 Membros de Honra Postado Janeiro 19, 2010 Belo relato, Alex. Quanto pesava sua mochila, tem idéia? Dois carregadores por pessoa ou entendi mal? Neguinho levou o que lá pra cima? Citar
Colaboradores alexpessoa Postado Janeiro 20, 2010 Autor Colaboradores Postado Janeiro 20, 2010 Belo relato, Alex. Quanto pesava sua mochila, tem idéia? Dois carregadores por pessoa ou entendi mal? Neguinho levou o que lá pra cima? Cara.... a mochila pesava uns 15Kg. Os carregadores levaram comida, barracas e material de cozinha. Um deles deixou o material lá no topo e voltou. Ficou somente um dos carregadores e o guia. Cada trakker levava a sua mochila. Se não, não haveria graça.... já pensou vc livre sem o peso da mochila.....rsrs.... Agora eles tem a opção de cada qual com seus problemas....rsrs..... ou seja, só liberam o guia, vc leva sua comida, barraca e apetrechos...... Citar
Membros de Honra Cacius Postado Janeiro 20, 2010 Membros de Honra Postado Janeiro 20, 2010 Caraca! 15K sem barraca e sem comida ãã2::'> O Ogum vai te crucificar Sério, o que levavam de tanto peso? Equipo fotográfico? Água? Material de escalada? Citar
Colaboradores alexpessoa Postado Janeiro 21, 2010 Autor Colaboradores Postado Janeiro 21, 2010 é pq eu levei umas roupas para frio que pesavam muito, mais água, barras de proteina, umas pastas (carboidrato), aí pronto.... mas no ataque deixamos metade das coisas na Base e subimos só com o necessário. mochileiro de 1ª viagem, sabe como é né! mas foi legal... Citar
Membros de Honra Augusto Postado Janeiro 23, 2010 Membros de Honra Postado Janeiro 23, 2010 Tá bem legal o relato Alex. Tenho umas duvidas. Vc pernoitou mesmo em Sta Helena? Chegou a pagar qto e onde ficou? A agencia que vc foi, qual era das que vc indicou? Todo o valor pago para a agencia foi em dólar? E se vc quisesse contratar um carregador, teria de pagar à parte? O valor que vc pagou só foi mesmo p/ o guia né? Abcs Citar
Colaboradores alexpessoa Postado Janeiro 25, 2010 Autor Colaboradores Postado Janeiro 25, 2010 Tá bem legal o relato Alex. Tenho umas duvidas. Vc pernoitou mesmo em Sta Helena? Chegou a pagar qto e onde ficou? A agencia que vc foi, qual era das que vc indicou? Todo o valor pago para a agencia foi em dólar? E se vc quisesse contratar um carregador, teria de pagar à parte? O valor que vc pagou só foi mesmo p/ o guia né? Abcs Augusto, Vc pernoitou mesmo em Sta Helena? sim. após ter cruzado a fronteira pernoitei em SH até a véspera do Trekking. Chegou a pagar qto e onde ficou? a pernoite em SH foi uns R$ 15,00 ou Bf$ 36,00. hotel MIchele A agencia que vc foi, qual era das que vc indicou? Aponwao Todo o valor pago para a agencia foi em dólar? Não, tudo foi pago em Bolivar Fuertes Bf$ E se vc quisesse contratar um carregador, teria de pagar à parte? Sim, teria que pagar a parte. Se eu não me engano era uns Bf$ 50,00 a diária O valor que vc pagou só foi mesmo p/ o guia né? Foi o guia, e dois carregadores que levavam a comida, material de cozinha e barracas um abraço, Alexandre Citar
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