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15º dia – 11/01/2016 - segunda-feira

 

San Juan a Uyuni a Villa Mar – ??? Km

 

Acordei as 3:20 h com um pouco de dor de cabeça devido ao vinho e cerveja da noite com as amigas. Mas foi só tomar um Dorflex e ficou tudo bem. Acordei os outros e começamos a nos preparar para sair. Pontualmente as 4:06 h (kkk) saímos com o guia meio brabo, acho que não queria acordar tão cedo.

 

Saímos devagar pela noite, por estradinhas beirando o Salar até que de repente percebemos que já estávamos rodando nele. Nosso motorista acho que estava com sono mesmo e de repente diminuiu bastante e pôs a cabeça para fora do carro. Penso que ele estava pegando um ar gelado na cara para acordar.

Enquanto íamos avançando o salar foi clareando até que quando estávamos bem perto da Ilha Incausi paramos e ficamos observando o nascer do sol. No horizonte havia algumas nuvens no céu o que fez com que o visual fosse mais lindo ainda.

Não vou omitir aqui que chorei vendo aquela beleza de nascer do sol, sei que alguém mais chorou. Gente, foi lindo demais da conta. Algo pra se guardar sempre na memória e nas fotos que, infelizmente, não captam a intensidade daquelas cores e visuais.

 

Ficamos longos instantes observando a grandeza de Deus e da natureza. Eu só agradecia a Deus por ter a oportunidade de estar ali.

Após o nascer do sol nos dirigimos a Isla Del pescado, ou Isla Incausi. Chegando lá, pagamos 30 Bol para poder entrar na ilha. O salar Uyuni um dia foi parte de um mar que quando ouve o choque da placas tectônicas que formaram os Andes, foi elevado e separado do oceano. Desse modo, a ilha é formada por antigos corais com formas e tamanhos variados. A ilha tbm é tomada por muitos cactos, os cardones, que estão por todo o lado dando à ilha uma beleza singular.

 

Nós seis subimos na ilha e ficamos admirando aqueles visuais inesquecíveis. Depois de uma hora mais ou menos, descemos e fomos até umas mesinhas feitas de sal que ficam em volta de um estacionamento e ali foi servido o nosso café da manhã. Tomamos café, papeamos um pouco e depois que o guia terminou de arrumar a mesa, embarcamos para seguirmos até um local isolado do salar para tirarmos inuuuuuumeras fotos com perspectiva forçada e outra mais.

 

Continuando mais um pouco chegamos ao Hotel de Sal do meio do salar que um dia serviu de ponto estratégico para o raly Dakar. Tiramos fotos nas bandeiras, dentro do hotel, na escultura do Dakar, porém não tem muita graça além disso. O dia tbm não estava muito bom, pois tinha muitas nuvens no céu, o que deixou o salar menos branco do que nas fotos que costumamos ver. Fora que não tinha a famosa camada de água que costuma aparecer nesta época e faz do deserto um espelho gigantesco. Infelizmente, por conta talvez do “El Niño” que este ano estava forte, não houveram chuvas suficientes para formar o espelho d’água. Entretanto não podemos reclamar muito, afinal estávamos felizes da vida por estar lá.

 

Na sequência seguimos para o povoado de Colchani que é perto de Uyuni para almoçarmos. Colchani é um pequeno povoado que vive da exploração do sal e tbm do turismo. Ficamos em uma rua que tinha diversas barracas com todo o tipo de artesanato que vc pode imaginar. Eu estava com problemas de grana e não gastei quase nada neste dia, só paguei 6 Bol no banheiro. Detalhe engraçado do banheiro: ai vc faz as suas necessidades, sai do cubículo e dá de cara com uma plaquinha onde se lê ”lave as mãos depois de fazer as necessidades”, então vc olha a pia e a torneira não tem o registro!!!!! KKKKKKKKK.

 

Fomos adiante depois do almoço para a última atração do programa antes da volta que é o “cemitério de trens”. Tá, ok, é bacaninha, mas é só para encher linguiça ficar vendo aqueles trens a vapor apodrecendo no deserto. Lugar bom para pegar um tétano. Kkkkk

 

Saímos logo dali e fomos para o centro da cidade de Uyuni para o escritório da agência World White Travel. Uma salinha de 4 x 4 m. Lá nos foi falado que teríamos q esperar até as 16 h para tomar outra condução que faria o caminho de volta ao Chile. 12 pessoas num cubículo sem wifi??? Não...

 

Saímos para passear na cidade tomar uma cerva e caçar um wifi, pois estávamos a 3 dias sem dar notícia. Às 4 horas estávamos na agência de novo para pegar uma nova condução, mas para nossa surpresa o motorista era o mesmo. Comemoramos, pois já tínhamos feito amizade com o Reinaldo.

 

A parte final da aventura na Bolívia é a mais chata de todas. Somente estradão, todavia em bem melhor estado que a buraqueira da vinda. Dava para rodar em uma velocidade bem alta, alguns trechos parecia um asfalto. Claro que houveram trechos ruins, mas bem menos que na vinda.

 

Chegamos na hospedagem em Villa Mar. Detalhe: cada carro tem q pagar 10 Bol para entrar na vila. Tbm disseram para a gente que aqui tinha q pagar 10 Bol para tomar banho. Cada um tomou o seu banho, porém ninguém veio cobrar nada.

 

Jantamos, bebemos uns vinhos, jogamos truco e fomos dormir q no outro dia ainda tinha estradão e perrengues.

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16º dia - 12/-1/2016 – Terça feira.

Villa Mar a San Pedro de Atacama e Valle de La Luna – 100 km.

 

Acordamos cedo pois tínhamos que estar cedo tbm na fronteira da Bolívia com o Chile. Pegamos as estradinhas da cordilheira dos Andes ainda no escuro. Sem maiores atrações no caminho a maioria dormiu. Eu como sempre fiquei bem acordado pois tenho dificuldade em dormir em carros, ônibus etc.

 

Chegamos cedo a fronteira umas 6:30 h e ficamos esperando chegar o micro ônibus com os turistas e o café da manhã. E esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos.

 

Chegou o ônibus e nada de armarem a mesa do café. E nós estávamos azulando, de frio e de fome. O Adriano estava irritadíssimo, tava querendo roubar um pão que estava no bagageiro da Toyota que viemos kkkkk. Depois que todos os turistas que estavam no ônibus passaram pela aduana finalmente foi servido o café. ISSO AS 8:30!!!!!!!!!

Comemos meios desesperados de fome. Um café da manhã bem farto.

 

Terminado o café da manhã, mais demora para sair. Não sei o que ocorreu neste dia, mas estava muiiiiiito demorado. Saímos as 9 ou 9:30 h, descemos até San Pedro em 1:30 h.

Fomos os últimos a chegar as 11:30 h na aduana do Chile que fica na cidade de San Pedro de Atacama. E ainda tinham uns 8 micro ônibus na nossa frente. Lá na aduana tem que passar um por um no raio X para ver se não tem nada ilícito nas bolsas. Então imagina a demora.

 

Saímos finalmente da aduana as 13:40 h!!!!!!! O ônibus nos deixou no hotel. Resolvemos almoçar num restaurante da cidade. Pegamos um barato com Buffet “livre” pero no mucho kkkkk. Era livre, mas quem servia eram as pessoas da cozinha, ou seja, vc não podia ir lá pegar mais.

 

Para fechar o dia estávamos entre ir nas termas de Puritana e o vale de La Luna. Eu e o Glauber fomos voto vencido, pois o restante resolveu ir para o Vale de La Luna. Seria bem melhor ir num lugar lindo descansar o corpo dolorido em piscinas de água termal, fazer o que né...

 

Seguimos então para o vale. Primeira parada, cavernas de sal. Um lugar muito interessante onde tivemos que usar lanternas e luz de celular para passar sob toneladas de rocha e sal que formam as cavernas. Legalzinho.

Seguindo dali fomos passando nas outras atrações. Vista panorâmica, mina de sal, 3 marias e o tiranossauro (formações rochosas sem graça) e por fim, já voltando paramos para subir a Duna Grande para ver o por do sol que foi decepcionante, para dizer o mínimo. Tinham muitas nuvens atrapalhando o por do sol.

Voltamos para SP Atacama e terminamos a noite eu um restaurante que não lembro o nome, onde comi um osobuco (seja lá o que isso quer dizer) muito bom.

 

Neste dia o Glauber e a Érica nos disseram que infelizmente não iam continuar a viagem junto com a gente pois o Glauber precisava voltar mais cedo a SP porque precisava resolver uns problemas de sua empresa que seus funcionários não conseguiram.

Fiquei muito triste, pois o Glauber foi mais que um companheiro de viagem, foi um amigo, quase irmão. Ajudando nas idas e vindas da oficina em Salta, ajudando a levar um excesso de bagagens que tínhamos e sempre pronto para dar uma mão para o que quer que precisássemos.

 

Fomos dormir tarde e combinamos de sair depois do almoço para descansar um pouco.

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17º dia – 13/01/2016 - quarta feira

San Pedro de Atacama a Antofagasta – CH – 313 Km

 

Acordei tarde, tomei café e fui logo arrumar o carro. Era algo muito importante a fazer agora que algumas malas e coisas que estavam viajando no carro do Glauber teriam que vir de volta para o porta malas da Toyota. Retirei tudo o que estava dentro do carro. Distribui pelas 3 caixas tudo o que era coisa miúda e acondicionei todas as malas de modo que somente uma mochila pequena tivesse de ser levada junto com quem estava atrás. Fui tbm a um borracheiro retirar o pneu que estava estragado para apenas voltar com o aro que ocupa menos espaço.

 

Assim fez o milagre da multiplicação de espaço kkkk. Só precisei pedir mais um favor para o Glauber de levar o galão com ele para no futuro me enviar via correios de volta a Curitiba, ou se ele por acaso passasse aqui nas suas viagens.

Na hora da saída, na divisão da equipe eu fiquei emocionado de me separar do Glauber e da Érica, foram 17 dias muito intensos e espero que nossa amizade dure bem mais que isto. Partimos com destinos diferentes. Eles para voltar pelo paso Jama a Argentina e depois ao Brasil e nós para seguir até o litoral do oceano Pacífico em Antofagasta.

 

Em pouco mais de uma hora depois da partida, eu, a Beatriz, o Edmar e o Adriano, já estávamos chegando a primeira cidade: Calama. No caminho vimos uma construção interessante, pareciam ser fileiras e fileiras de espelhos. E eram mesmo. Vimos depois que era uma planta geradora de energia fotovoltaica. A seguir vimos uma grande quantidade de moinhos eólicos geradores de energia na beira da estrada. Eram dezenas e dezenas.

 

Em Calama resolvemos almoçar. Entramos na cidade e achamos um pequeno restaurante que parecia ser familiar e lá almoçamos. Um preço bom com, entrada, prato principal e sobremesa. O interessante é que o pessoal parece até que estava espantado por receber turistas em seu restaurante.

 

Seguimos adiante no meio do deserto. Um lugar feio e sem vida. Algumas coisas ao lado da estrada nos chamaram a atenção: ao invés de pequenas cruzes na beira da estrada marcando o acidente e falecimento de algum ente querido havia verdadeiras capelinhas em vários pontos da estrada. Alguns com grandes construções e fotos de 1 m de altura dos falecidos. Outros com luz gerada por painéis fotoelétricos. Verdadeiras superproduções. È interessante ver as diferenças culturais de cada país.

 

Chegamos a Antofagasta, uma grande cidade com quase 300 mil habitantes, espremida entre as montanhas e o mar. Um porto importante da região ao que parece. Na cidade vimos tbm coisas parecidas com o Brasil. Nos morros tinham vilas que se pareciam muito com as favelas que conhecemos em nosso país.

 

Fomos direto para uma praça na beira do mar. Descemos do carro e eu o Edmar fomos por os pés na água gelada do Pacífico. Tirei poucas fotos neste dia.

 

Tivemos alguma dificuldade em achar hospedagem, porem depois de alguma busca, achamos algo bem central e por um preço um pouco acima do que tínhamos pago no Atacama.

 

Como chegamos cedo saímos eu e o Adriano na busca de uma lavanderia. Infelizmente nossa indicação estava fechada. Paramos no caminho para tomar uma cerva. Pena que não achamos no Chile nenhuma cerveja de 1 litro, porém tomamos uma cerveja chamada Austral que era fabricada praticamente na última cidade do sul do Chile: Punta Arenas, que eu visitei na minha primeira viagem.

 

Voltamos para o hotel e fomos dormir .

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