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Maratona para receber visitantes

 

Gilberto Scofield Jr.

 

CORRESPONDENTE

 

De olho nas Olimpíadas de 2008 que vão se realizar em Pequim, o governo da China anunciou um investimento de 600 milhões de yuans - cerca de US$ 74 milhões - em todos os monumentos e lugares considerados patrimônios históricos na cidade. Nada menos do que 22 palácios, templos e parques entraram em obras de reparos para receber os milhões de estrangeiros que vão inundar o país em 2008 para os Jogos Olímpicos. Trata-se da maior operação plástica feita em Pequim desde que foi escolhida pela primeira vez como capital da China, após os mongóis conquistarem o país, há sete séculos.

 

Oque não significa que a visita à cidade só se justifique depois das Olimpíadas. Muito pelo contrário. Com seu crescimento vertiginoso, a China virou assunto obrigatório em todos os países ocidentais e é um lugar para se estar agora. Pequim é o epicentro deste país tão diferente do Brasil e que encanta justamente pela mistura de tradições milenares e a necessidade de se modernizar rapidamente. Alguém se lembra de que quando o cartunista Henfil publicou o livro "Henfil na China", em 1980, a Coca-Cola tinha acabado de entrar no país?

 

E fique tranqüilo. Ainda que a maioria dos lugares que já serviram de cenário para filmes lendários sobre a China - como "O último imperador", de Bernardo Bertolucci, ou "O tigre e o dragão", de Ang Lee - esteja em obras nos próximos anos, os monumentos de Pequim não estarão cobertos por uma grande tela de plástico e fechados à visitação. Por uma razão simples: os lugares históricos são enormes e apenas parte deles será renovada a cada ano, de modo que todos permaneçam abertos. Só a Cidade Proibida, por exemplo, tem 720 mil metros quadrados e mais de nove mil quartos. A Grande Muralha, na verdade um conjunto de vários imensos muros rasgando a China de Leste a Oeste, tem mais de seis mil quilômetros de extensão.

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A meta inesquecível

 

 

UMA MULTIDÃO se aglomera na Praça da Paz Celestial, mês passado, no lançamento do símbolo dos jogos de 2008. No detalhe, um dos personagens que concorrem a mascote

Jorge Luiz Rodrigues

 

FAZER A MELHOR e a mais bem organizada edição de Jogos Olímpicos é o discurso de toda cidade-sede. Com Pequim não poderia ser diferente. A história mais recente, ocorrida em 2004 com Atenas, provocou muita dor de cabeça nos executivos do Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa dos atrasos nas obras, mas reforçou a idéia da capital chinesa de não ficar apenas nas palavras. Pequim trabalha duro para tornar o megaevento de 2008 uma experiência inesquecível.

 

Mais do que dinheiro, estão em jogo o nome, as tradições e a oportunidade de provar que a China se moderniza e é capaz de surpreender o mundo. Desde 13 de julho de 2001, quando Pequim venceu a disputa pela sede das Olimpíadas-2008, vem ocorrendo uma tremenda transformação. Tudo é acompanhado atentamente pelo mundo olímpico.

 

Até 2002, sete entre as dez cidades mais poluídas do mundo estavam na China - entre elas, a sede dos Jogos. Um dos desafios de Pequim tem sido o de reduzir esses índices. O relatório mais recente do Comitê Olímpico Internacional (COI) elogia as ações.

 

Pequim investe US$ 1,849 bilhão em 19 novos estádios, remodelação de 13, adaptação de 59 locais de treinamento e construção de quatro pontos fundamentais para o sucesso dos jogos: a Vila Olímpica, a Vila de Imprensa, o Centro Principal de Imprensa (MPC) e o Centro Internacional de Rádio e TV (IBC). São erguidos dois novos estádios para o futebol, em Tianjin e em Qinhuangdao, e marina para o iatismo, em Qingdao. É apenas uma fatia do bolo.

 

São US$ 20 bilhões para melhorias da qualidade do ar, dos sistemas de transporte, construção de novas estradas, ruas, duas novas linhas de metrô, melhoria das telecomunicações e até para trazer água de outras partes do país e tratá-la - um dos maiores problemas nacionais.

 

Em Atenas 301 medalhas estiveram em disputa em 28 esportes. Em Pequim, serão 310. Foram incluídas novas provas de natação (maratona aquática no mar), de ciclismo (bicicross) e de atletismo (3.000m com obstáculos feminino). O COI relutou muito até concordar com a idéia chinesa de transferir as provas de hipismo para Hong Kong. A razão: as rígidas regras chinesas para a movimentação de animais. O futebol terá outras cinco sedes: Quindao, Quinhangdao Tianjin, Shenyang e Xangai. Outra mudança no projeto original vai privar os torcedores de um palco histórico: o vôlei de praia não acontecerá na Praça da Paz Celestial.

 

O Centro nervoso dos Jogos será o Olympic Green (Verde Olímpico), com quase 680 dos seus 1.135 hectares arborizados. Fica a 22km do centro, vai abrigar 13 dos 32 locais de competições, além das vilas, do MPC e do IBC.

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História e costumes

 

 

Não há como ir a Pequim e não conhecer a Cidade Proibida e a Muralha da China, os dois pontos turísticos mais visitados da cidade (e do país), importantes referências históricas do povo chinês. Em 1278, Kublai Khan, neto do lendário Genghis Khan, fez de Pequim a capital de sua dinastia Yuan. A dinastia Yuan foi sucedida pela dinastia Ming e, em 1406, o então imperador Yong Le mandou 200 mil chineses construírem o complexo de palácios, templos, pontes, portais e jardins conhecidos hoje como a Cidade Proibida.

 

Até a fundação da República da China, em 1912, ali moravam os imperadores, suas famílias, suas concubinas e um sem-número de eunucos. Com medo de invasões, a cidade foi cercada e, cerca de cem anos depois, os Ming mandaram construir uma muralha pelas montanhas ao norte do país, hoje conhecida como a Muralha da China, para tentar conter o avanço dos povos mongóis e manchus.

 

O histórico chinês de invasões entre tribos - e principalmente por países estrangeiros - deixou traumas profundos na população e está na raiz de o país ter permanecido tanto tempo fechado para o mundo. A Revolução Comunista de 1949 por um lado reduziu as desigualdades e por outro aprofundou o isolamento. O processo de abertura só recomeçou no fim da década de 70 e o resultado é que, hoje, uma das coisas que mais impressionam nas grandes cidades, como Pequim, é a mistura do antigo e do novo, dos templos milenares e das redes de fast-food, dos palácios e dos arranha-céus em vidro e alumínio, muitos de gosto duvidoso.

 

Este estranhamento com o estrangeiro é bem típico da China, mesmo em grandes metrópoles como Pequim. Nos pontos turísticos, gringos são acompanhados pelos chineses locais com tanta curiosidade quanto os próprios monumentos históricos. Não é raro que algum chinês que o estrangeiro nunca viu na vida peça para tirar fotos junto, como se o gringo, e não Mao Tsé-Tung, fosse a atração. Peitos e pernas cabeludos podem chamar a atenção de maneira constrangedora. Nada é agressivo. Muito pelo contrário. Relaxe e divirta-se com a súbita notoriedade.

 

E prepare-se para o inevitável no país mais populoso do mundo: tudo é cheiíssimo e ligeiramente caótico. Filas são uma abstração e, por conta desta sensação constante de shopping center em véspera de feriado, as gentilezas ficam para depois. Qualquer que seja a atração escolhida para os passeios, conte sempre com atrasos por conta do um congestionamento de tráfego mais ou menos constante, que só não irrita os paulistanos. E aproveite para observar a dificuldade na convivência (recente, coisa de uns oito anos) entre bicicletas, carros e pedestres, que só não chega ao desastre de fato porque o trânsito em Pequim é lentíssimo. Mas que resultam em barbeiragens simplesmente hilárias.

 

Isto posto, tenha em mente que Pequim é uma cidade que foi construída sob a forte influência do feng shui e que as ruas partem do centro para a periferia sempre na direção vertical (Norte-Sul) e horizontal (Leste-Oeste). Mapas e guias são fundamentais porque poucos falam inglês, ainda que todos demonstrem uma boa vontade enorme.

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Noite com direito a muitas raves

 

 

À noite, Pequim vibra com restaurantes e boates que não fazem feio em local nenhum do planeta. O lago Hou Hai reúne uma quantidade impressionante de restaurantes de todas as partes do mundo. Com exceção das bebidas, que não são baratas (30 yuans uma cerveja pequena Tsing Tao), come-se bem por pouco. Um jantar para dois com bebida e comida fartas raramente ultrapassa 150 yuans (US$ 18) e, em restaurantes mais populares, o preço é ainda mais baixo.

 

O melhor e mais bonito vietnamita de Pequim, onde é possível comer dentro de um riquixá, fica no lago e chama-se Nuage. Uma dica: leve adoçante. Eles são uma raridade em qualquer lugar que se vá na cidade.

 

Para dançar ou beber, o lugar mais interessante de Pequim é a região conhecida como Sanlitun. É ali, em bares como Aperitivo ou The Tree ou em boates como Bar Blue, Top, Vics ou Alfque se reúne a nova geração de chineses ansiosa pelo moderno e por um pouco mais de liberdade individual. DJs estrangeiros manjados comandam raves especiais. Uma vez por ano, durante o verão, por exemplo, acontece a Yen, uma rave em plena Muralha da China, em Simatai, que vai até o sol raiar no dia seguinte. Não perca por nada.

 

Passeios

 

 

Em uma viagem a Pequim não deixe de visitar também o Palácio de Verão, nos subúrbios da cidade. É um gigantesco parque construído pela família imperial para despachar durante o verão, época em que Pequim chega facilmente aos 39°C. Um dos passeios mais agradáveis é organizado pelo Clube de Cultura Chinês , mas apenas durante o verão. Por barco e pelos canais da cidade, vai-se do centro de Pequim, próximo à Cidade Proibida, até o Palácio de Verão, exatamente como fazia a família imperial até o século passado. Custa 40 yuans (cerca de US$ 5).

 

Uma boa dica para quem quer ir à Grande Muralha baratinho é pechinchar um lugar numa van na estação de ônibus próxima ao metrô de Dongzhimen. Tudo é negociado como num mercado de pulgas, mas por cerca de 100 yuans (US$ 11,20) é possível comprar um lugar de ida e volta. Outra opção é contratar os serviços dos motoristas de táxi que, por 400 yuans (US$ 48), levam até quatro pessoas ao monumento de pedras. O passeio dura oito horas e os hotéis podem informar sobre este serviço. Existem várias entradas, todas mais ou menos perto de Pequim, mas Badaling é a mais conhecida e com a melhor infra-estrutura. Paga-se 100 yuans pelo teleférico que leva os turistas até o topo de uma das torres. E prepare-se: a muralha é enorme. Em alguns trechos, a pirambeira é tão vertical que exige do turista fôlego de atleta.

 

Outro programa obrigatório, para quem acha que pirataria é uma forma de distribuição de renda, são os mercados de produtos falsificados. A pirataria na China chegou a um nível tal de sofisticação que Calvin Klein, em visita a um destes mercados na cidade, não conseguiu reconhecer qual relógio da sua grife era falso e qual era verdadeiro. Nos três maiores mercados - Yashow, Xiushuei e Hongqiao - é possível comprar Chanel, Louis Vuitton e Salvatore Ferragamo a preços impressionantes. Ali é o templo da pechincha e alguma paciência é necessária para negociar preços. Nas ruas de Pequim, DVDs ou CDs recém-lançados custam 10 yuans (US$ 1,20).

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Pequim

 

 

O ponto nevrálgico de Pequim é a Praça da Paz Celestial, chamada de Tian'anmen, palco do massacre de estudantes que, em 1989, protestavam pedindo mais democracia no país. O marco histórico tem à sua volta vários lugares turísticos: ao norte, a Cidade Proibida e, atrás dela, o simpático e alegre Parque Jinshan; a oeste, o Grande Salão do Povo, o congresso chinês, que só se reúne uma vez por ano para chancelar as decisões tomadas pelo Partido Comunista, e a seu lado, ainda em construção, o Grande Teatro Nacional, em formato de ovo; a leste, o Museu Nacional da China, e a sul, o mausoléu onde está o corpo embalsamado de Mao Tsé-Tung (ninguém me convence que aquilo não é um boneco de cera) e o antigo portal que dava para o coração da Pequim das dinastias imperiais, até hoje cheio de casas de chás e lojas de rua tradicionais que merecem um visita obrigatória.

 

Poucas coisas lembram tanto o antigo regime comunista fechado da China quanto o enorme pôster de Mao acima do portão de entrada principal da Cidade Proibida. Pelo interior do país, este retrato ainda está na sala de estar de muitas casas. A entrada na Cidade é gratuita. Lá dentro, o ingresso ao Museu Imperial custa 55 yuans (US$ 6,65). Como já foi dito, o lugar é imenso, mas pode ser conhecido sem pressa numa tarde de passeio. Quem gosta de videocacetadas pode se deixar fotografar vestido de imperador pelos pátios entre os palácios. Relaxe. Todo mundo faz isso.

 

Perto da Praça da Paz Celestial está uma rua comercial bastante visitada pelos chineses, mas que tem um atrativo a mais para os estrangeiros: a Wangfujing e seu mercadinho de comidas. Ali são vendidos, para espanto geral dos gringos, espetinhos de estrelas do mar, escorpião e até casulo de bicho da seda, por cerca de 10 yuans (US$ 1,23) cada. Exige estômagos fortes.

 

Alguns parques e templos de Pequim - como o Beihai, a nordeste de Cidade Proibida; o Templo do Céu, ao sul, ou o Jinshan - são até hoje exemplares do típico programa comunista chinês de confraternização ao ar livre. São os locais preferidos dos chineses de gerações mais antigas, que aproveitam os espaços abertos para cantar velhos hinos comunistas em corais de mais de cem pessoas. De manhã, os idosos praticam exercícios coletivos de tai chi chuan e, no verão, as grandes pipas chinesas enchem os céus. As entradas dos parques custam 35 yuans (US$ 4,32), com direito a visitar os vários palácios, templos e prédios históricos em seu interior.

 

Qualquer que seja o período de visita à cidade, procure assistir a algum dos espetáculos chineses de malabarismo, kung fu e ópera de Pequim, todos a partir de 100 yuans (US$ 12,30). Uma sugestão: evite assistir a montagens originais da Ópera de Pequim, que podem durar até nove horas um espetáculo. Não há quem agüente tanta cantoria. Em alguns teatros, como no Chang'an, na avenida de mesmo nome, pode-se assistir a árias famosas das principais obras chinesas, com uma vantagem: legendas digitais explicam aos estrangeiros o que está sendo cantando e dão dicas sobre as histórias. Sensacional.

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Como chegar

 

 

De avião: Com a Lufthansa, o vôo vai direto do Rio para Frankfurt, onde há conexão imediata para Pequim. A passagem de ida e volta custa a partir de US$ 1.840. Pela Varig, saindo do Rio, com conexões em São Paulo e Frankfurt (onde a espera para o vôo para Pequim é de três horas e 20 minutos), o bilhete sai por US$ 2.407. Pela South African Airways, custa a partir de US$ 1.696, saindo do Rio, com conexões em São Paulo, Johanesburgo (espera de seis horas para o vôo) e Hong Kong.

 

PACOTES

 

As operadoras dizem que a China está levando a melhor numa disputa por turistas com o Japão e outros países asiáticos, e vem conquistando a atenção do viajante brasileiro. Durval Bastos, diretor da operadora Best Destinations, do Rio, por exemplo, conta que há seis anos a empresa mandava 50 passageiros anualmente para a China; hoje, a expectativa é fechar 2005 com 500 pacotes vendidos.

 

Operadoras: Com a Designer Tours (tel. 2465-1389), o pacote de 14 dias, passando por Pequim, Xian, Xangai e Hong Kong, inclui passagens aéreas, translados, hospedagem, passeios e seguro de viagem. Sai a partir de US$ 3.117 por pessoa em quarto duplo. A Air International (tel. 3461-9134) tem pacotes de oito dias para China e Japão, incluindo Pequim, Hong Kong, Tóquio, Kyoto e Osaka, a partir de US$ 2.060 (parte aérea e terrestre) por pessoa em quarto triplo. Já a Best Destinations (tel. 2224-1161) tem pacotes variados para o país, como o "China completa", para Pequim, Xian, Xangai, Guilin, Cantão e Hong Kong, de 12 dias, a partir de US$ 3.418, por pessoa em quarto duplo (parte aérea e terrestre).

 

GRIPE AVIÁRIA

 

O surto da doença na China pode despertar a preocupação dos turistas. Porém, de acordo com especialistas, não há razão para alarme ou cancelamento de viagens. O coordenador do Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives)/UFRJ, Fernando Martins, diz que não recomendação para que as pessoas parem de viajar para a China. O infectologista lista alguns cuidados que se deve tomar em visita ao país: - O que se indica é que o viajante não vá a granjas ou a algum lugar que venda animais vivos, ou ainda que visite alguém que esteja se com a doença.Martins diz ainda que é preciso lavar as mãos com freqüência - o vírus é excretado nas fezes das aves e há o risco de se contaminar a mão com sujeira e levá-la à boca - e comer ovos e carne de aves apenas bem cozidos, uma vez que o vírus é sensível ao calor. O médico reforça também que o vírus, por enquanto, não passa de uma pessoa para outra, e que ainda há poucos registros de casos em humanos. Outras informações em . Para Bradley Sack, diretor do Serviço de Medicina de Viagens Internacionais do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, caso o vírus da gripe sofra uma mutação para se transmitir entre humanos, e caso haja uma pandemia - apenas duas suposições, ele explica - não importará onde o viajante esteja, porque "provavelmente você não vai estar seguro em lugar algum. Eu não cancelaria nenhuma viagem para áreas que foram afetadas pela gripe aviária no momento", diz, em reportagem publicada pelo "The New York Times". Já Phyllis Kozarsky, da Universidade de Emorya, também nos EUA, aconselha que os viajantes tomem a vacina normal contra gripe. Segundo a especialista, existe a possibilidade de que, se a vítima for infectada pela gripe aviária e um outro tipo de gripe, os genes dos vírus poderiam se misturar e a gripe aviária poderia se transmitir mais facilmente.

 

OUTRAS INFORMAÇÕES

 

Clima: Pequim é uma cidade quente e úmida no verão e fria e seca no inverno. As quatro estações na cidade são distintas: a primavera é seca e com ventos; o verão é quente e chuvoso; o outono é o período mais agradável, com céu azul e temperatura amena, e o inverno é frio e seco, com neve. A temperatura média do ano é de 11,7°C (sendo que julho, o mês mais quente, tem média de 27°C, e janeiro, o mais frio, de 4,6°C negativos).

 

Visto: Para tirar o visto para a China é preciso ter passaporte com validade de, no mínimo, seis meses e com pelo menos duas páginas consecutivas em branco e apresentar o formulário de requisição preenchido com uma foto 3x4 recente. Pode-se baixar e imprimir o formulário no site do consulado. Para o visto de turista, deve-se apresentar ainda cópia da passagem aérea (ida e volta). A taxa de R$ 210 é paga no próprio consulado e o visto geralmente é emitido em quatro dias úteis. O consulado no Rio fica na Rua Muniz Barreto 715, em Botafogo, telefone 2551-4578. Outras informações em

 

Febre amarela: É preciso ter o certificado internacional da vacina contra a doença, que deve ser tomada ao menos dez dias antes do embarque.

 

Câmbio: No fechamento desta edição, US$ 1 valia 8,08 yuans. R$ 1 equivale a 3,66 yuans.

 

Na internet: Outras informações sobre Pequim em

  • 4 anos depois...
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HISTÓRIA

 

O princípio da história da China, baseado nos mitos e lendas, não pode ser comprovado, pois não há documentos escritos, porém achados arqueológicos datam de 6000 AC os primeiros povoados. Os restos do homem de Peking foram datados em cerca de 500 mil a 250 mil anos, mas pesquisas mais profundas não puderam ser feitas devido à invasão japonesa na época e o desaparecimento dos achados.

 

Os Shang foram uma dinastia que floresceu no período de 1500 AC, mas ao redor de 1000 AC foram derrotados pelos Zhou. Confúcio nasceu neste período e sua filosofia, ética e moral são hoje a base da cultura chinesa.

 

Até 221 AC a China era um retalho de pequenos estados, em constante lutas uns contra os outros. Foi quando o estado de Qin, conseguiu subjugar os Zhou e a partir daí começou a unificação dos estados. O primeiro imperador Qin (Qin Shi Huang) governou pela força e sua filosofia era focada na lei e punição, indo contra a filosofia de Confúcio baseada na ética e direitos. Ele também começou a unir as diferente muralhas já construídas, para mais tarde formar a Grande Muralha. O imperador Qin era um militar radical e quando de sua morte mandou construir para si um túmulo em miniatura da própria cidade imperial, cercada por seus milhares de soldados de terracota (hoje no museu de Xian)

 

Com a queda da dinastia Qin, foi a vez da dinastia Han subir ao poder. No período dos Han a unificação de todos os estados foi completada e começou-se o comércio com países estrangeiros com a abertura da rota da seda, chegando até Roma. Porém as relações entre os estados não eram um mar de rosas e as guerra e rebeliões ainda aconteciam.

Com a queda dos Han, foi vez dos Wei, que por sua vez deixaram uma vasta herança cultura em esculturas budistas em Dunhuang e Datong. Em 534, os Sui substituíram os Wei. O grande feito da dinastia Sui foi construir o grande canal, ligando o norte e sul, usando o rio Amarelo.

 

A era de ouro veio com a dinastia Tang. As artes floresceram neste período e finalmente os estados rebeldes foram pacificados. A estrutura política foi redefinida e ao invés de estados o país foi subdividido em prefeituras e províncias, cuja estrutura, com algumas modificações, permanece até os dias de hoje. Uma das concubinas de um dos imperadores Tang, quando de sua morte, ao redor de 649, tomou o poder e se auto declarou imperatriz e fundadora da dinastia Zhou, a única mulher na historia da China a fazer isto. Porém em 705 ela foi forçada a abdicar.

 

Com a queda da dinastia Tang, em 960, subiu ao poder a dinastia Song. Porém em 1211 Genghis Khan começou a estender sua influência e começou incursões pelo norte da China, expandindo seu território da Mongólia desde a Rússia, incluindo Ucrânia, Pérsia, até a Coréia e os limites norte do Vietnã. Em1215 ele tomou Beijing e em 1279 toda a resistência chinesa foi derrubada. Kublai Khan, neto de Genghis Khan, se torna imperador da China, fundando a dinastia Yuan, tendo sob seu poder um vasto império.

Contudo a dinastia Yuan durou menos de 1 século, com levantes e rebeliões por todo o império. Em 1368 a dinastia é derrubada por rebeldes e Zhu Yuanzhang, líder dos rebeldes funda a dinastia Ming.

 

A principio a capital era em Nanjing, mais tarde passando para Beijing. Nesta época expedições marítimas foram lançadas e os navios chineses chegaram até o canal de Suez.

Em 1439 os mongóis novamente invadem a China e os Ming reforçam as muralhas aumentando sua extensão. No sec. 16 cresce o comercio com europeus e neste período os portugueses ganham o direito de se estabelecer em Macau.

A dinastia Ming começa a se enfraquecer e os manchus vendo a oportunidade invadem a China e com isto formam a dinastia Qing.

 

Em 1751, o Tibet foi feito colônia da China, com autonomia regional. Taiwan havia sido colonizado pelos holandeses no começo do sec. 17 e depois expulsos por grupos leais a dinastia Ming, que usaram a ilha como base de resistência contra os manchus. Mas em 1683, os manchus conquistaram Taiwan e incorporaram ao continente.

 

No séc.18 houve a guerra do Ópio, onde a China acabou por ceder Hong Kong aos britânicos. No sec.19 houve a rebelião dos Taiping, cujo líder, devido a influências missionárias cristãs, acreditava ser o irmão de Jesus Cristo. A rebelião causou a morte de milhares de pessoas antes de ser suprimida pelo governo de Qing e por tropas estrangeiras. Neste meio tempo ocorreram também a rebelião dos boxers e a segunda guerra do ópio. A China neste ínterim corria o risco de se desmantelar, tal era a divisão que ocorria em seu território cedendo terras aos europeus e japoneses.

 

Quase no fim da era Qing, com a morte do imperador Xianfeng e alguns anos mais tarde da imperatriz, possibilitou que seu único filho de 5 anos, que teve com sua concubina Cixi, se tornasse imperador. Porém devido a idade muito jovem, Cixi se tornou a imperatriz regente. Sua ambição era grande e ela tirou do trono seu próprio filho e qualquer outro que pudesse atrapalhar seu caminho. Ela se preocupou mais consigo mesma do que com os rumos do império e quando de sua morte deixou uma incalculável quantidade de objetos pessoais, além de uma reforma custosa do palácio de verão e o império em frangalhos. Em 1908 Puyi, com 2 anos de idade foi feito imperador (ver o filme o Último imperador), contudo em 1911 foi proclamada a república.

 

Os anos seguintes foram de incertezas com a volta de pequenos feudos e o surgimento de dois fortes partidos: os kuomintang e os comunistas. No principio uniram forças contra os japoneses, mas depois se dividiram. Após a segunda guerra mundial, os comunistas ganharam força e em 1949 foi proclamada a Republica Popular da China, enquanto Chiang Kaishek e seus partidários do Kuomintang fugiram para Taiwan.

 

Após um começo desastroso para a economia chinesa, Mao, líder do partido comunista, começou o que seria chamado da revolução cultural. Em 1966, o exército vermelho varreu o país limpando tudo que pudesse estar relacionado ao passado do país, como o feudalismo, o que seria considerado exploração do povo, e ao capitalismo. Milhares morreram nesta cruzada. Com isto Mao consolidou seu poder e suplantou o então presidente Liu Shaoqi que foi mandando a prisão e morreu em 1969. Lin Bao que foi seu braço direito morreu misteriosamente em um acidente de avião.

 

Mao faleceu em 1976 vitima de uma doença neuro motor. Sua esposa e outros de seus aliados foram a julgamento em 1980, sendo responsabilizados pelo que ocorreu na revolução cultural. Com o retorno de Den Xiaoping ao poder em 1977, a política do país começou a se modificar com o maior contato com os países capitalistas. Foi lançado o programa de modernização: agricultura, indústria, ciência e defesa. Porém a população começou a pedir uma quinta modernização: democracia. Em 1989 ocorreu o episódio de Tianmen square (praça da paz celestial), que o mundo assistiu horrorizado pelos canais de comunicação.

 

A China atual vem crescendo e demonstrou sua força e organização nas olimpíadas de 2008, mas a disparidade entre os ricos da cidade e os pobres das zonas rurais ainda é enorme. Há um estrito controle sobre os acessos a internet e meios de comunicação e qualquer outro movimento que possa ser visto como ameaça, além de vários outros atos que são denunciados por organizações de direitos humanos. O país tem uma longa história conturbada, com continua mudança. Saber a partir de hoje como será o futuro deste país, ainda é uma incógnita, mas pelas realizações já concretizadas, não há dúvidas que o objetivo é grandioso.

 

Fonte: Lonely Planet - China 2006

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INFORMAÇÕES GERAIS

 

Capital: Beijing

ATM: sim

Moeda: Yuan

Governo: comunista

Custos: 30 a 50 dolares/dia (Beijing,Shanghai, Hong Kong e Macau são as mais caras)

Vistos: sim é necessário

 

Mulheres viajantes: A China é um país, geralmente seguro para mulheres. Apesar de ser um lugar conservador e os altos cargos serem preenchidos somente por homens, a sociedade chinesa possui menos esta distinção entre os sexos, e a mulher tem uma posição de respeito. Porém algumas regiões da China, principalmente ao noroeste, em Xinjiang, de população mulçumana, mulheres devem tomar suas precauções.

 

Perigos e cuidados: Como em todo lugar, prestar atenção aos seus objetos e bagagens é importante, pois sempre há batedores de carteiras ou ladrões de malas, para os desavisados.

O crescente aumento do turismo também tem trazido os que querem ganhar dinheiro fácil, oferecendo tours que não existem, ou a preços exorbitantes. O aumento de assaltos e crimes contra estrangeiros nas áreas rurais também tem aumentado, inclusive com morte. Por isto quando for fazer caminhadas em áreas remotas, melhor ir em pequenos grupos. Isto não é generalizado, porém melhor se prevenir. Viajar na China em geral, é seguro. Talvez um pouco complicado para quem não consiga ler chinês, mas um bom dicionário de línguas pode ajudar.

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PRINCIPAIS ATRAÇÕES

 

Beijing

Beijing é famosa pela cidade proibida e seus hutongs. É também a base para quem que conhecer uma parte da grande muralha. Outros lugares de interesse se resume ao Templo dos Céus (Temple of heaven), Lama temple, Palácio de Verão, Ponte de Marco Pólo, Praça da Paz Celestial ( tianmen square) , mausoléu de Mao e muitas outros locais, que você pode facilmente passar 1 semana na cidade. A cidade também oferece shows como a opera chinesa, kung fu e acrobacias, além dos lugares de compras como o mercado da seda ou das perolas.

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Tianjin

Tianjin assim como Beijing, Shanghai e Chongqing é um município especial, não pertencendo a nenhuma província. O local passou pelas mãos de várias nações européias e pelos japoneses. Hoje é um lugar industrializado, mas ainda tem seus lugares para se visitar, como ver a arquitetura do porto, o mercado de antiguidades, o monastério budista da compaixão profunda, a rua da cultura antiga (recriação de rua chinesa antiga) ou a visita a uma casa tradicional chinesa da família Shi.

 

Heibei

A província de Héibei cresceu à medida que Beiing também prosperou devido a sua proximidade com a capital. A cidade de Chengde possui templos e uma vila imperial que são considerados patrimônio histórico pela UNESCO. Zhengding, ainda possui os muros ancestrais que cercam a cidade e era usado para proteção, além de vários templos antigos. Shanhaiguan foi uma guarnição do período Ming e também dá acesso a outra parte da grande muralha em Jiao Shan. Shijiazhuang tem uma grande coleção que pode ser visitada no museu Provincial de Hebei.

 

Shandong

Shandong tem história que pode ser traçada às origens do estado chinês. Foi em uma das pequenas cidades ao sul, que Confúcio nasceu, Qufu, que hoje é local de peregrinação. Também contribuiu para as artes marciais, pois o fundado do estilo Louva Deus era natural desta província. A montanha sagrada de Tai Shan se encontra nesta região.

 

Jiangsu

Jiangsu é considerada a terra do peixe e do arroz, devido a abundancia de sua agricultura. Suzhou eYangzhou são famosas por seus jardins e canais. Wuxi, também é famosa pelo lago Tai Hu, construída pelo homem, com parques, pagodes e barcos de pesca. Em Nanjing se pode visita o mausoléu de Sun Yatsen, o pai da republica chinesa e algumas tumbas mings, além de vários museus.

 

 

Anhui

É possível subir o pico da montanha Huang Shang, que serviu de inspiração a poetas e pintores. O lugar também é conhecido pelo seu chá. Perto de Huang Shang, existe a montanha sagrada de Jiuhua Shan, lugar de monastérios budistas e que também servem de pouso para quem quiser descansar. Bozhou, outra cidade, é conhecida por ser um antigo centro de comercio de ervas medicinal chinês.

 

 

Shanghai

A cidade de Shanghai é o que pode ser considerada a cara da China moderna, com seus altos prédios, torres e shoppings. A cidade muda a cada instante com as constantes construções.

A cidade foi transformada em um dos principais portos na época da ocupação dos europeus e japoneses. As atrações principais são a área do Bund, as ruas das antigas vilas de French Concession, bazar de Yuyuan, mercado de roupas de Dongjiadu, mercado de Xiangyang e Dongtai Lu, além de ser também o lugar dos melhores restaurantes e clubes.

 

Zhejiang

Hangzhou, a captial da província, tem como principal atração o lago Oeste (West lake) devido ao seu cenário. Também é famosa por seu chá e produção de seda. Shaoxing, outra pequena cidade é conhecida por ter sido terra natal de pintores Ming famosos e um de seus cidadões foi Lu Xun,um famoso escritor do sec. 20. A ilha de Putuoshan atrai por suas praias e templos budistas. Em Tiantai Shan foi o berço do budismo Tiantai e atrai peregrinos aos seus templos, alguns datando até a 1.300 anos atrás.

 

Fujian

A capital Fuzhou é hoje uma das cidades mais ricas e movimentadas da China. Xiamen, por outro lado é mais tranqüila, com parques e praias. A ilha de Gulang Yu possui ainda uma arquitetura colonial preservada. Quanzhou foi um dos maiores portos durante a dinastia Tang, atraindo mercadores de todo o mundo principalmente do Oriente médio, e onde seus descendentes ainda vivem. Wuyi Shan é o local ideal para fazer rafting em balsa de bambu. Yongding é onde se pode encontrar antigos assentamentos do povo Hakka, um dos grupos étnicos da região.

 

Liaoning

A região de Liaoning era antes parte da Manchúria. Ela foi ocupada pelos russos e japoneses. Outro dos atrativos da região é a cidade de Dandong, onde muitos vão para dar uma espionada do outro lado da fronteira, onde fica a Coréia do Norte. Também há uma parte da grande muralha, chamada de Tiger Mountain Great Wall, mais tranqüila de se visitar que em Beijing, que está sempre cheia. Shenyang tem o jardim botânico com suas 50 pontes suspensas.

 

Jílín

Fazendo fronteira com a Rússia, Coréia do Norte e Mongólia interior, Jílín é parte do histórico território da Manchúria. Em Changchun, a capital, é possível visitar o palácio imperial que foi residência de Puyi, o ultimo imperador.

Outra atração da região é a reserva natural de Changbai Shan, onde há um lago em um cratera vulcânica e muitas trilhas para trekkings. A prefeitura autônoma da Coréia é uma cidade na fronteira com uma mescla da cultura chinesa e coreana.

 

Heilongjiang

É a província mais ao norte da China e tem o clima subártico. No inverno chega-se a -30C. Apesar de todo frio é a época de alta temporada para o turismo. A cidade de Haerbin tem o famoso festival de lanternas no gelo e os melhores lugares de ski estão em Yabuli, a leste de Haerbin. A cidade também possui como atrativo a arquitetura e culinária russa e o parque da cidade também abriga o raro tigre siberiano.

 

Shanxi

Tem uma rica herança cultural. As cavernas de Yungang e o Hanging temple em Datong, a arquitetura do período Ming em Pingyao e a montanha budista de Wutai Shan. Porem a região produz hoje 1/3 de todo o carvão mineral e é um dos lugares mais poluídos da China.

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Shaanxi

Não confundir com a província de Shanxi.

Considerada o berço da primeira dinastia chinesa, Qin e uma das regiões com assentamentos humanos mais antigos da China. Xi’an é a cidade que mais atrai turistas que vão para ver o exercito de guerreiros de terracota, além da tumba do próprio imperador Qin (ainda não escavada). Perto de Xi’an está a tumba de outro imperador, Han Jing. A cidade também tem o quarteirão mulçumano, com suas comidas típicas, mesquita e arquitetura.

Para os que gostam de montanhas é possível subir ao topo de Hua Shan.

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Hénán

Apesar de seu vizinho Shaanxi ter levado a fama, Hénán também pode ser considerada onde a civilização chinesa começou. Muitas capitais antigas nasceram e caíram na região. Também foi testemunha do inicio do budismo na China nas cavernas de Longmen, perto de Luoyang. Mais tarde mercadores mulçumanos se casaram com chineses da etnia Han e estabeleceram a presença islâmica. É possível também encontrar presença dos judeus em Kaifeng. Em Song Shang está um dos templos mais famosos, berço do kung fu, o templo Shaolin.

 

Húbei

A província é lugar da grande cidade industrial e porto fluvial de Wuhan e uma das mais importantes da China. Turistas geralmente conhecem a região pelos cruzeiros que descem o rio Yangzi de Chongqing até Yichang e também pela construção da grande represa de Three Gorges.

 

Jiangxi

Esta província tem 60% de florestas e historicamente sempre foi isolada, o que rendeu a inspiração a vários filósofos. Foi também em suas montanhas que nasceu o Taoísmo. O raro barro de Jingdezhen foi usado para criar a porcelana que mudou o conceito da cerâmica no mundo e cujas técnicas ainda são usadas ate hoje.

 

Húnán

Shaoshan é o lugar de nascimento de Mao e onde ele passou sua infância. A província é terra da pimenta vermelha. Changsha é onde esta localizada a academia de Yuelu, onde começou os primeiros exames civis chineses, durante a dinastia Song.

 

Hong Kong

A cidade de Hong Kong é onde o ocidente se encontra com o oriente. Entregue de volta a China em 1997, após quase 100 anos de dominação britânica. Mesmo após o retorno o sistema político e econômico ainda é diferente do restante da China. A cidade é movimentada, com shoppings, museus, avenidas com lojas de produtos eletrônicos, vista romântica da Baia Victoria ou do pico de mesmo nome. Possui boa infra estrutura com metro e ônibus. Não há necessidade de vistos para brasileiros e a população é bilíngüe em inglês e cantonês. Com a volta à China o mandarim também começou a ser falado.

 

Macau,

A apenas 65 km de Hong Kong, separado pelo rio da Perola, foi entregue de volta a China em 1999. Até então foi colônia portuguesa. Como sua cidade vizinha ela ainda mantém diferente sistema político e econômico, até completar 50 anos de seu retorno. A população é formada por 95% de chineses e 2% de portugueses e o restante de macaneses (mestiços de portugueses e chineses ou africanos). A língua oficial é o cantonês e português, mas dificilmente você encontrará alguém que fale português ou até mesmo inglês. As ruas têm placas em português e chinês.

O atrativo é visitar as antigas igrejas e casarões coloniais deixados pelos portugueses. E como diversão, os cassinos.

 

Guangdong

A província de Guangdong é próxima a Hong Kong e é uma das mais movimentadas entradas para a China. Foi de sua região que saiu um dos maiores movimentos migratórios rumo ao EUA, Austrália, Canadá e África do Sul no século 19, motivados pela corrida do ouro. As chinatowns espalhadas pelo mundo tem suas raízes na cozinha e dialeto cantonês.

Guangzhou, a capital, foi conhecida como Cantão e hoje é uma das mais prosperas cidades. Há alguns parques e templos antigos para serem visitados, além do mausoléu de um imperador do reino de Yue datado de 100AC. Há também uma mesquita do período Qing e a catedral do Sagrado coração, construído pelos franceses. A ilha de Shamian tem várias construções colônias deixadas pelos franceses e ingleses, além de uma igreja.

Shenzen é zona econômica especial e está bem na fronteira com Hong Kong. É uma das cidades mais ricas da China e está lotada de shoppings e lojas de marcas.

Foshan, outra das cidades de Guangdong é conhecida pela sua industria da cerâmica e porcelana que existe desde 960, templos de quando a cidade era um grande centro religioso budista e por ser o local de nascimento de um grande mestre das artes marciais, Huang Feihong.

 

Hainan

È uma grande ilha tropical na costa da China. Se você procura sol, surf e areia este é o lugar.

 

Guangxi

Esta província foi sempre historicamente isolada do resto do país e devido a sua topografia difícil era um lugar de exílio para pessoas banidas. Porém seus cenários de região montanhosa com picos pontudos de arenito se misturando ao rio, serviram de inspiração para poetas e pintores e provavelmente algumas de suas imagens já devem ter sido vistas em documentários ou fotos. 75% da população é de não- Han ( etnia majoritária chinesa).

Nanning é a capital e ponto central para quem vem ou vai para o Vietnã e para outros locais. A cidade tem pouco a oferecer em atrativos, com alguns museus e parques.

As duas cidades mais turísticas de Guangxi são Guilin e Yangshuo. A primeira pelo seus cruzeiros pelo rio Li e seu cenário por entre as montanhas. Yangshuo é o lugar para relaxar e também fazer caminhadas por entre terraços de arrozais ou pegar um barco para subir o rio Li. É uma cidade pequena e aconchegante, que atrai muitos mochileiros.

Próximo a Longsheng se pode fazer o trekking conhecido como Dragon’s backbone Rice terrace e dormir em um vila Zhuang.

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Guìzhou

É considerada uma das mais pobres da China, apesar do seu nome significar terra preciosa. Poucos visitantes passam por esta região, mas é uma das mais ricas em termos de culturas das minorias étnicas. Muitos preferem ir para Sichuan ou Yúnnán. 35% da população é formada por 18 diferentes minorias étnicas, incluídas as mais conhecidas como os Miao e Dong. Os Miaos são famosos por seu conhecimento em prataria e os Dong por seus conhecimentos em arquitetura, onde construíram pontes e torres sem o uso de pregos ou parafusos. Os vilarejos podem ser encontrado ao redor de Chong’an.

A região também tem cavernas como Zhijin Cave e cascatas em Huangguoshu Falls.

 

Yúnnán

É uma das mais atrativas regiões para se visitar para quem gosta de conhecer culturas e paisagens diversas. Possui terraços com florestas tropicais aos picos tibetanos nevados e 50% da sua população é composta por minorias étnicas. Devido a isto, muitas localidades têm resistido a influência chinesa.

Kumming é a capital e está a quase 2 mil metros de altitude e possui clima ameno. Como a maioria das capitais ela é moderna com prédios e shoppings.

Lijiang tem como atrativo a parte antiga e histórica da cidade. Para quem gosta de trekkings pode caminhar pelo Tiger Leaping Gorge, passando por abismos e cachoeiras.

A região de Xishuangbanna é bem ao sul da Yunnan e faz fronteira com Laos e Myanmar, tem a atmosfera do sudeste asiático e é lugar para explorar as vilas e florestas tropicais. Recentemente se tornou a mini Tailândia chinesa.

Ruili é uma pequena cidade na fronteira com Myanmar e que no passado possuía má fama de centro de tráfico de drogas e armas. Hoje o governo melhorou a imagem da cidade, mas não conseguiu erradicar totalmente o trafico de drogas. O local é conhecido pela venda de jade e no passado foi um dos pontos da antiga rota da seda no sul.

 

Sìchuan

A província de Sichuan é uma terra montanhosa, com vários rios e o platô do Tibete. A bacia de Sichuan possui uma alta densidade humana com 80% de sua população vivendo em suas terras férteis, enquanto no platô do Tibete vivem menos de 10%.

Chengdu é a capital e base para se ver o centro de preservação do Panda ( antes do terremoto, verificar como está atualmente). Para quem vai o Tibete é onde é possível conseguir as permissões e fazer parte de um grupo (mesmo que seja um grupo de 1 pessoa).

Para os mais aventureiros é possível ir para o Tibete percorrendo a estrada de Sichuan-Tibete e parando nas vilas tibetanas no caminho.

Para os que buscam inspiração espiritual se pode escalar o pico de Emei Shan ou a estatua do grande Budha em Leshan.

 

Chóngqìng

É uma grande cidade, com muitas subidas, dificultando quem gosta de andar de bicicleta ou caminhar. É a base para quem gostaria de pegar um dos cruzeiros pelo rio Yangzi e conhecer as construções da represa de Tree Gorges.

Perto da cidade estão as cavernas de Dazu, que tem esculturas e pinturas budistas do sec. 9 ao 13.

 

Xinjiang

A província de Xinjiang é como um país dentro de um país. A língua não é somente uma diferença de dialeto, mas é uma língua de um grupo lingüístico totalmente diferente, No passado a província era conhecida como Leste Turkestão e hoje é chamada de região autônoma Uighur. A cultura é mais voltada para a Ásia central e é considerada uma área estratégica, sendo a maior província,com 16% do território da China e fazendo fronteira com 8 diferentes países. É uma terra de desertos e montanhas, com cidades budistas abandonadas e monumentos islâmicos ao longo de seu caminho. A rota da seda passava ao longo desta província, até atingir a Ásia Central, chegando a Europa.

Urumqui , a capital é hoje uma moderna cidade e a há pouco o que se ver ali. É uma boa base para quem quer viajar pela região, ou ir para a Ásia Central ou entrar para a China.

É possível viajar pela antiga rota da seda sul, passando por cidades abandonadas ou vilas ainda ativas. Na fronteira com o Paquistão, saindo de Kashgar existe a estrada de Karakoram, passando por vales e picos nevados.

Kashgar, quase na fronteira com o Paquistão, é um caldeirão de várias nacionalidades: Uzbequistaneses, Quirquistaneses, paquistaneses, russos e várias outras nacionalidade de turistas que se misturam neste lugar que por 2 mil anos tem sido o centro do comércio na rota da seda. Hoje, já modernizada ainda mantém o seu passado através dos bazares e mesquitas.

Ao redor de Turpan, um antigo oásis, se pode explorar antigas ruínas e admirar as montanhas Flamingos. É também conhecida por suas videiras.

 

Gansù

Pelo deserto de Gansù passava a famosa Rota da Seda, com suas caravanas de camelos e mercadores. Pelo seu caminho foram deixados testemunhos do período budistas,como pinturas e esculturas, que podem ser encontradas em Dunhuang, nas cavernas Mogao. Uma parte da muralha da China, que seria o final dela (ou o começo, depende do ponto de vista) pode ser visitada em Jiayuguan. Ao redor das cidades de Luomen e Tianshui é possível explorar ruínas e remanescentes da rota da seda.

Em Xiahé se encontra o monastério budista tibetano de Labrang, construindo em 1709.

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Inner Mongólia

No passado a região era parte da Mongólia, porem com as invasões constantes foi construída a grande muralha para manter os invasores fora. Com a subida ao poder de Kublai Khan este controle deixou de existir e depois com a volta dos chineses se dividiu em Mongólia do Norte (atual Mongólia) e do Sul. Pouco tem restado da vida tradicional mongol, mas ainda é possível ver as estepes e talvez alguns dos yurts em Xilamuren, Gegentala ou Huitengxile.

No verão, em Hohhot, acontece também o festival de Naadam, onde há competições de arco e flecha, corrida de cavalos e luta livre.

 

Tibete

O terraço do mundo sempre habitou o imaginário humano, tido como a Shangrilá. A vida a uma altitude de 4000 a 5000 metros não é fácil e isto fez dos tibetanos um povo resistente e adaptável.

Lhasa a capital está a 3.700 metros de altitude e é a cidade sagrada e alma do Tibete e centro de peregrinação. Ao redor do templo de Jokhang, de 1300 anos e o mais sagrado, existe o circuito de peregrinação conhecido como Barkhor. Potala palace foi a residência do Dalai lama. Perto de Lhasa há outros monastérios que podem ser visitados em viagem de 1 dia, como o Drepung, Sera ou Ganden monastérios.

Muitas agências oferecem viagens de 2 dias para o lago Nam-tso, considerado sagrado.

No caminho para o campo base do Everest, existe o monastério de Rongphu, onde alguns podem pernoitar em uma pousada ao lado. De tempos em tempo há expedições que saem de Lhasa e vão para Kathmandu no Nepal, passando pelo campo base.

 

Qinghai

Localizado nos limites nordeste do Tibete, no passado fazia parte do Tibete, mas foi dividido cartograficamente pelos Chineses. Os três maiores rios chineses: Amarelo, Yangzi e Mekong, nascem aqui. Também é terra natal do atual Dalai lama, do 10º Panchen Lama e de Tsongkhapa, o fundador dos chapéus amarelos.

Xining a capital, a 2.2265 metros de altitude, foi uma guarnição militar e entreposto comercial desde o sec 16. É base para quem quer seguir a rota de Qinghai-Tibete.

Tongren é famosa pelas pinturas budistas (tangkas) e estátuas budistas que tem produzidos há séculos.

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