Membros de Honra LEO_THC Postado Janeiro 11, 2010 Membros de Honra Postado Janeiro 11, 2010 FONTE: AltaMontanha.com http://www.altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=2045 [align=Justify]A escolha de um tipo, de um modelo ou até de uma marca de mochila será em função do modelo de atividade que se pretende realizar e, ainda, do tempo que se permanecerá utilizando a mochila. Mais importante que uma marca ou preço de uma mochila, é a definição pessoal do que se deseja deste equipamento, de seu uso, suas aspirações e etc. A primeira das exigências será seu tamanho, regularmente expressada em litros, que te dará uma idéia aproximada de sua capacidade, enquanto a segunda característica principal trata-se dos detalhes técnicos que deverá incorporar a mochila, como zíperes, compartimentos, fitas, sistemas de transporte de acessórios. A respeito do tamanho, o mais razoável é que uma mochila de fim de semana, para uma atividade como o excursionismo em média ou baixa montanha, tenha um tamanho que oscile entre os 55 até 75 litros. Capacidades inferiores acabarão limitando o montanhista ou o escalador, que acabará sendo obrigado a transportar bens pelo lado de fora da mochila, o que muitas vezes acaba se transformando num transtorno, principalmente nas montanhas brasileiras, que são sempre, ou quase sempre, em meio a densa vegetação. Por sua vez, as mochilas de volumes superiores farão que se possa transportar muitas coisas, inclusive as extremamente desnecessárias, ao que resultará em desequilíbrio e fadiga do usuário, além de que, dado seu tamanho, acabará se tornando literalmente um fardo para desviar da, como já citada, vegetação brasileira. Além disso, mochilas muita grandes tendem a desequilibrar seu usuário, o que pode ajudar a causar um acidente. A norma geral demanda que se deve realizar uma previsão correta do volume e peso a transportar e, uma vez estudado o que vai se colocar na mochila, escolher uma com capacidade justa, ou inclusive menor, para acostumar-se a levar só o imprescindível, descartando carregar uma grande quantidade de roupa para trocar ou aqueles acessórios que nunca se usam. Tipos de Encostos (Acolchoamento) Segundo sua concepção, materiais e fabricante, cada mochila incorpora um tipo de encosto. O mais habitual em mochilas de tamanho médio é a anatômica, pré formada e canalizada nas regiões mais comprimidas para facilitar sua ventilação, ao que também ajudarão os materiais reticulados que recubram o acolchoado em regiões de contato com o corpo, como por exemplo, quando utilizado o tecido Light Air Pass System, exclusivo de Ferrino, porém com vários semelhantes. Outra característica importante, sobretudo em mochilas de grande capacidade, é o sistema de encosto aerado, onde a única parte a ficar em contato com o corpo são as regiões escapulares (ombros) e lombares, restando na zona central do encosto um grande canal por onde circula o ar, facilitando a transpiração, o que incomodará menos quem a estiver portando. A distância entre alças e a região lombar, que devem ser corretamente acolchoados, poderá ser fixa ou regulável. Quando fixa, os fabricantes oferecem vários tamanhos para adequá-las ao usuário. Se é regulável, sendo esse hoje em dia a mais popular, já não se precisa essa oferta de diferentes tamanhos, pois somente com o deslizar de algumas fitas por fivelas, ou até mesmo acionando sistemas automáticos, se consegue adaptar a separação da cintura e alças aos usuários mais diferentes anatomicamente ou para as atividades e cargas mais variadas. Não devemos deixar de recordar, também nesse caso, de que a comodidade de uma mochila depende, em grande parte, da correta escolha de seu tamanho. Existem inclusive mochilas especialmente desenvolvidas para mulheres, com distância entre as alças e região lombar diferentes das projetadas para os homens. Além disso, as alças e o cinto abdominal, são desenvolvidos em formatos mais anatômico ao seu uso. Nunca é demais lembrar que mochilas para escalada ou montanhismo devem sempre pssuir o cinto abdominal, pois essa peça torna-se indispensável para repartir a carga entre as regiões mais fortes do corpo. Sem ela, seus ombros possivelmente incomodarão muito ao longo da jornada, podendo chegar, inclusive, a ocorrerem lesões graves. Bolsos Para atividades muito técnicas, como escaladas, ascensões ou caminhadas por terreno escarpado ou caminhos estreitos, os bolsos frontais ou laterais que sobressaiam em excesso da mochila poderão impedir que a pessoa se movam livremente, como já dito anteriormente, principalmente à densa vegetação presente na maior parte das montanhas brasileiras. Porém, quando suas medidas forem “comportadas”, ou a intenção seja a de atividades com pouca técnica, os bolsos serão de grande utilidade para transportar equipamentos, como a lanterna, o combustível e a garrafa de água, sem contaminar (em caso de vazamento) alimentos ou roupas. Já o bolso localizado na tampa superior da mochila é considerado item básico e de grande valia, sendo que podem ser inclusive dois, um com abertura na parte exterior da mochila, e outro com abertura interna, próprio para guardar documentos, chaves, dinheiro e etc. Compartimento com Zíper para a Parte Inferior da Mochila As melhores mochilas do mercado possuem um item que muitas vezes ajuda muito o excursionista: Mais de uma forma de acesso ao seu interior. Quando se necessita de um acesso rápido ao local onde está um fogareiro, ou uma barraca, é muito mais interessante que esse acesso seja direto, ao invés de obrigar ao montanhista a retirar todos seus equipamentos da mochila. Pensando nisso, muitos fabricantes já adicionaram aberturas inferiores, e alguns até abertura total da mochila. É um item que soma muito pouco peso final à mochila, porém acaba tornam-se substancial para um melhor uso desse equipamento. Tenha certeza de que as mochilas com divisão para o fundo e acesso com zíper são incrivelmente práticas, pois nos permitem acessar o interior sem desfazer ou desorganizar a mochila. Outras particularidades importantes: - Fitas de compressão lateral (1). Nunca são em excesso, sobretudo quando transporta a mochila meio vazia e pretenda reduzir volume. Além disso, podem ser um bom lugar para colocar um colchonete isolante térmico, transportar um bastão de trekking, etc. - Porta-piolets e porta-crampons (3). Se a intenção é a de uma viagem para uma região nevada ou escalada em gelo são importantes as fitas que a maioria das mochilas possui para colocar o piolet, crampons ou inclusive no caso de travessias sobre a neve as pranchas de esqui. - Cinto peitoral. Tem mochilas que incorporam uma fita com regulagem na altura do peito para evitar seu balanço excessivo. mas não se esqueça de afrouxá-lo na subida, quando pode ocorrer falta de oxigênio e força. - Fitas de tensão para a parte superior (4). Regulam a mochila para que esteja mais próxima do pescoço e não te desequilibre. - E lembre: por mais impermeável que seja o material em que seja fabricada uma mochila, é recomendável cobri-la com uma capa protetora em caso de chuva (e talvez proteger o material de seu interior com sacolas de plástico). Isto te evitará a desagradável surpresa de constatar que, pelas costuras, entra muita água.[/align]
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