Colaboradores Viajante Inveterado Postado Julho 5, 2016 Colaboradores Postado Julho 5, 2016 Diferentemente da maioria das capitais da Europa (e do mundo), Berna respira ares de uma cidade interiorana. Com uma população estimada em pouco mais de 130 mil habitantes, a cidade que herdou o nome de “urso” (Bär, se pronuncia bér, em alemão) conquista seus visitantes com sua beleza medieval e seu charme suíço. O rio Aare e as fontes coloridas ajudam a dar vida à cidade, cujos prédio possuem – em sua grande maioria – tons de areia. A viagem de trem desde Zurique havia sido tranquila, complicado foi entender as instruções sobre como chegar ao albergue. Perdi algum tempo pedindo informações, procurando ônibus e bondes e até gastei dinheiro com uma passagem que não utilizei. O meio mais fácil de realizar o trajeto foi a pé mesmo. Fiquei hospedado no Youth Hostel Bern, que não fica no centro, mas nem tão longe. O acesso pode ser feito de funicular (muito importante na subida). Não foram necessárias muitas horas para conhecer todos os atrativos que eu havia selecionado. É importante enfatizar que em um mochilão de quase três meses, com um roteiro de 28 países, o ritmo tem que ser acelerado – até mesmo para poupar dinheiro –, o que, na prática, significa deixar alguns atrativos de lado para otimizar o tempo. Conheci o Bundeshaus (sede do governo) e as fontes que jorram do chão logo em frente ao prédio, na Bundesplatz. Aliás, por falar em fontes, Berna tem muitas delas – todas com água potável e algumas com histórias curiosas. Este é o caso da Kindlifresserbrunnen que retrata um ogro comedor de criancinhas – as teorias sobre esta fonte são muitas e vão desde provocações aos judeus (pelo formato do chapéu do ogro) até um mero alerta (de muito mau gosto) para as crianças desobedientes. Outra atração clássica é a Zeitglockenturm (ou, simplesmente, Torre do Relógio) que era um dos portões da cidade amuralhada do século 13. Curioso e, para muitos, inspirador é poder visitar a Einsteinhaus (a casa-museu de Albert Einstein). Foi neste local que o gênio viveu, trabalhou e mudou o mundo desenvolvendo, por exemplo, a Teoria da Relatividade. A ponte Nydeggbrücke, sobre o rio Aare, oferece uma vista encantadora da cidade, que mais parece ser uma maquete. Ao atravessá-la, encontra-se a Bärengraben (toca do urso) que, na verdade, é um fosso artificial com alguns ursos preguiçosos dentro – coisa pra turista ver. No caminho de volta, parei para visitar a Münster (catedral). Na fachada, estatuetas representam o Juízo Final e, em seu interior, são os vitrais que roubam a cena. As paisagens de Berna são de matar! A composição formada por seu relevo acidentado, cortado pelo rio Aare e os Alpes ao fundo, é de se admirar por horas. Pra terminar bem o dia, caminhei sem rumo pela margem do rio, apreciando as paisagens ímpares da pequena capital. O dia seguinte amanheceu e eu já estava preparado pra partir. Após o café da manhã e a peregrinação até a estação de trem, embarquei para Interlaken. Leia o post original com fotos: http://viajanteinveterado.com.br/beleza-medieval-e-charme-suico-berna-suica/ Este é o 24º post da série Mochilão na Europa I (28 países) Leia o post anterior: Cadê o Franco? (Zurique, Suíça) Leia o post seguinte: A dois passos dos Alpes (Interlaken, Suíça) Citar
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