Membros letícia.amorim Postado Junho 28, 2016 Membros Postado Junho 28, 2016 Ah obrigada pelas infos hahahaha já dei uma olhadinha no seu blog, adorei ele!! vou ver essa planilha sim, valeu! Citar
Membros Dani Muniz Postado Junho 28, 2016 Membros Postado Junho 28, 2016 Maryanaaaaa!!!! Nem acredito que você foi esse ano! Já revirei o relato do rodrigovix umas 4 vezes! aahahah... Estou indo com meu namorado no início de setembro... pelamor! Como tenho acesso à sua planilha de gastos, roteiros, passeios, dias e afins? N-E-C-E-S-S-I-T-O!!!! Acabei de ler o primeiro capítulo e tô adorando!!!!! Me ajuda, pleeeeaseee!!! Bjos e até o próximo comentário! ^^) Citar
Membros Maryana Teles Postado Junho 29, 2016 Autor Membros Postado Junho 29, 2016 Ah obrigada pelas infos hahahahajá dei uma olhadinha no seu blog, adorei ele!! vou ver essa planilha sim, valeu! Uhullll que bom que curtiu o blog! Amanhã se Deus quiser lanço o cap.2 aqui! Citar
Membros Maryana Teles Postado Junho 29, 2016 Autor Membros Postado Junho 29, 2016 Maryanaaaaa!!!! Nem acredito que você foi esse ano! Já revirei o relato do rodrigovix umas 4 vezes! aahahah... Estou indo com meu namorado no início de setembro... pelamor! Como tenho acesso à sua planilha de gastos, roteiros, passeios, dias e afins? N-E-C-E-S-S-I-T-O!!!! Acabei de ler o primeiro capítulo e tô adorando!!!!! Me ajuda, pleeeeaseee!!! Bjos e até o próximo comentário! ^^) Daniiii sua loka! Hahahahhaa que ótimo que curtiu o primeiro capítulo! Amanhã acho que lanço o segundo! Vou liberar a planilha aqui no final do relato, mas se ansiedade for seu segundo nome (como o meu), vc pode ir la no meu blog e entrar na aba roteiros! Lá tem todas as planilhas de todas as minhas viagens! A do mochilão da América Latina tá bem completa! Tá td compiladinho! Vê lá e qualquer coisa me manda um inbox, um whatsapp, um email, um fax! Vamos se ajudando nega! Citar
Membros Maryana Teles Postado Junho 29, 2016 Autor Membros Postado Junho 29, 2016 CAP.2: RIO X SANTA CRUZ DE LA SIERRA X SUCRE X UYUNI – O DIA QUE NUNCA ACABAVA 02/4/2016 [Você pode ler esse relato ao som de Wake me up ( )] Uhulll chegou o grande dia! Ansiedade pura, coração acelerado, frio na barriga e uma vontade absurda de entrar logo naquele avião e ir! Nosso voo saia do Rio às 6:25 da manhã pra fazer conexão em São Paulo e às 4:00 já estávamos de pé lindas e belas nos arrumando e conferindo todos os documentos para irmos pro aeroporto! Despachamos os mochilões no guichê da GOL e fomos pro nosso portão de embarque. PERGUNTA FREQUENTE: Como despachar meu mochilão sem cadeado? Dá problema despachar o mochilão sem ter cadeado? Como muita gente já sabe, a maioria dos mochilões não permite ser trancado com cadeado, porque a estrutura do fecho dele não tranca mesmo que você meta trilhões de cadeados. Acho que os mochilões foram pensados pra viagens em um mundo ideal sem furtos, mas por incrível que pareça, sinceramente, eu nunca tive nenhum problema com isso e olha que já viajei pra caracaaaa... Deixava mochilão em hostel sem locker e voltava com tudo lindo e maravilhoso dentro do meu mochilão. Óbvio que todo cuidado é pouco, mas isso não pode ser motivo de stress pra sua viagem! Pense dessa forma: a galera mochileira tem o mesmo objetivo que o seu - viajar e conhecer lugares. Por que cargas d’água eles iriam pegar suas coisas? A chance das suas coisas servirem nas pessoas que dividem o quarto com você não é tão alta. Então, relaxa quanto a isso! Mas, dá sempre um medinho de despachar o mochilão no aeroporto, né? Aprendi um truque com meu parceiro Rodrigo e rolou super de boa na ida, mas na volta não consegui fazer e foi tudo tranquilo também! PASSO-A-PASSO: - Vá ao mercado e compre aquele plástico filme que sua mãe usa pra guarda as comidas na geladeira (compre dois por via das dúvidas); - Coloque a capa de chuva no mochilão pra proteger os fechos e os zíperes; - Enrole o mochilão no plástico filme (tanto na horizontal quanto na vertical) como se não houvesse amanhã... Enrola mesmo, como se fossem aquelas máquinas caríssimas dos aeroportos, sabe? - E despacha o mochilão na fé! Funcionou tranquilo pra mim. Tudo bem que eu enrolei que nem a minha cara, então, já na hora de despachar, o plástico já tava saindo porque eu esqueci de enrolar nos dois sentidos (horizontal e vertical), aí na hora que fui tirar do carro já caguei a porra toda, mas me deu muito mais segurança pra despachar sabendo que tava com o plástico filme! Na volta, não tive tempo de comprar o plástico, então mandei só com a capa de chuva mesmo e chegou são e salvo com tudo dentro! Existem alguns mochilões, como o da Elisa (que na verdade nem era dela, era de um amigo), que têm uma capa que dá pra colocar o mochilão dentro e passar cadeado porque vem com dois zíperes. Mas, se você tem o mochilão comum como o meu, faz a parada do plástico filme que dá certo sim! Voltando ao relato. Nosso dia seria longo e corrido porque tínhamos milhares de conexões pra fazer até chegar ao nosso destino final do primeiro dia: UYUNI! O dia que estava por vir seria assim (saiu tudo como planejado): Rio X São Paulo X Santa Cruz de la Sierra pela GOL (3 horas de voo), esperaríamos mais 2 horas para o voo de Sucre pela AMASZONAS (30 min de voo), pegaríamos um táxi até a rodoviária de Sucre pra comprar a bendita passagem pra Uyuni, compraríamos a passagem, iríamos pra Plaza de Armas de Sucre pra trocar dinheiro e comer alguma coisa, voltaríamos para rodoviária de táxi, pegaríamos o ônibus pra Uyuni às 20:00 e chegaríamos no destino final às 3:20 da madrugada. Deus pra entender ou me enrolei toda? rs Ufaaaa! Cansaram? Nós não! Falando assim cansa mesmo, mas quem tá vivendo a experiência do momento fica com a adrenalina a mil por hora e no pique, então, não se espante se criar super poderes em viagens e fazer essas doideiras de 300 baldeações até chegar ao destino final. Afinal, missão dada é missão cumprida, né?! Bom, chegamos em São Paulo por volta das 7:20 e tomamos um chá de cadeira até às 10:55. Esperamos tanto tempo, que decidimos comer às 10h e pra nossa surpresa naquele momento o tempo passou voando e quando nos demos conta o portão de embarque já tava fechando. Oh que doidera!!! Saímos correndo desesperadas e conseguimos entrar a tempo! A mulherzinha do gate até falou que ia chamar nosso nome no microfone! Porrannnn!!! Estávamos esperando há horas com a bunda dormente já e só o que faltava era perder o voo no início da viagem, né? DETALHE IMPORTANTE: Nós conferimos com a mulher da GOL no Rio se nossas malas iriam direto pra Santa Cruz ou se precisaríamos despachar de novo em São Paulo. Ela nos garantiu que iriam direto, então ficamos tranquilas e, de fato, foram mesmo. Masssss, se você vem de outro estado sem ser Rio, fique atento com essa questão da mala, cheque no aeroporto da sua cidade e cheque novamente em São Paulo se sua mala realmente foi direto pra Santa Cruz. Digo isso, porque conhecemos um parceiro de viagem que acabou mudando o roteiro todo porque disseram que iriam despachar a mala direto e no fim a mala dele ficou em São Paulo e ele esperando ela em Sucre. Essa brincadeira tomou 3 dias do mochilão dele. OBS: O despache de malas em viagens internacionais é feito até no máximo 1 hora antes do voo. Por isso, a maioria das companhias pede que você chegue ao aeroporto com 3 horas de antecedência. Fique atento! Enfim, partimos pra Santa Cruz de la Sierra!!! Mas, como eu disse, eu tava super nervosa e ansiosa com a parada do ônibus de Uyuni, então tava sofrendo de stress máximo. Fui umas 457 vezes no banheiro só nessas 3 horinhas e meia dentro do avião. Nego já não aguentava mais me ouvir pedindo licença e Elisa só faltava enfiar uma faca em mim, porque ela queria dormir e eu ficava passeando pelos banheiros! Rsrsrsrs No voo pra Santa Cruz a aeromoça nos entregou 2 formulários. Um para Aduana onde você declara os bens e valores que está levando e o outro para a imigração (cuidado com as folhas de carbono atrás dos formulários, não tire uma de cima da outra). Preencha com calma porque se você errar tem que preencher tudo de novo, que nem a espertona aqui teve que fazer! Se tiver alguma dúvida pergunta mesmo. É importante você não se sentir inseguro se preencheu certo ou errado e depois dar merda. O voo foi de boa, na verdade nem vi a hora passar dentre minhas idas e vindas ao banheiro (tudo xixi genteee, juro). Foram mais ou menos 3h30min de duração, lembre-se de atrasar seu relógio em 1 hora porque o fuso da Bolívia é 1 hora atrás do Brasil. A primeira passagem é pela imigração. Ficamos numa fila enorme e lenta para estrangeiros e os nativos ficaram em outra pequena e rápida. Chamaram a Elisa e eu fui junto. Fomos as duas no mesmo guichê e o moço perguntou quantos dias ficaríamos na Bolívia, Elisa disse que 3 até chegarmos no Atacama, mas que voltaríamos depois por Copacabana. O cara carimbou e nós passamos de boa. GUARDE ESSE PAPEL COMO SE FOSSE SUA VIDA, você vai precisar para sair da Bolívia e ir pro Chile! Genteeee pausa pra um conto! E eu que achava que o portunhol sairia naturalmente e fiquei agarrada no inglês por um bom tempo até conseguir falar bem mal o portunhol, mas era bem engraçado, porque eu começava com espanhol e DO NADA brotava umas palavras em inglês e eu finalizava a frase com palavras em português e uma expressão do tipo: né? tá? hein? Nego olhava pra mim tipo: WTF? Que que essa garota tá falando cara? E eu tipo na maior animação tentando barganhar descontos e tal e nego com um ponto de interrogação gigante na cara. Elisa sempre vinha e traduzia as coisas pras pessoas, porque meu dialeto próprio não estava agradando à galera, né? Voltando ao relato. Estávamos na fila da Aduana e vimos três mochileiros “discutindo” com um cara porque o mochilão de um deles não tinha vindo (era o Victor, menino que falei ali em cima). Eu e Elisa queríamos confirmar se a fila que a gente tava era a certa, então Elisa foi lá perguntar ao moço e ouviu o menino dizendo que tava muito chateado que o mochilão tinha ficado em São Paulo. Fiquei com um aperto no coração pelo Victor, porque sabia que se tivesse acontecido comigo eu teria ficado devastada. Passamos pela Aduana, entregamos nossos formulários de declaração de bens e valores e passamos por um portal que acende luz verde e vermelha. Se der vermelha eles revistam sua mochila, se der verde você segue feliz! Mas, acho que é tipo roleta russa, a parada acende vermelho quando quer, sei lá! IMPORTANTE: Você não precisa declara máquinas, equipamentos fotográficos e celulares porque são considerados bens de uso pessoal e turístico. O aeroporto de Viru-Viru é bem pequeno. Então, fomos ver onde era o guichê da Amaszonas e despachamos os mochilões pra ficarmos tranquilas quanto a isso. Aí foi engraçado, porque como tínhamos ouvido o problema do Victor ficamos griladas com os mochilões, aí colocaram o da Elisa num lugar e o meu no outro... Caraaaa já bateu desespero! Aí pedi pra Elisa perguntar por que separaram os mochilões e a moça respondeu que era por causa do peso/tamanho... sei lá! Despachamos as malas e fomos sentar no Café Brasileiro porque sabíamos que tinha wi-fi de graça liberado. Não consumimos nada, mas ficamos sentadas lá checando emails e avisando à família que tava tudo dando certo até ali. Nisso que checamos os emails, nosso voo tinha sido adiantado 20 min. Então, fiquem ligados nessa troca de horário dos voos. Confira seus emails todas as vezes que entrar no wi-fi (coisa rara durante a viagem). Eu e Elisa fizemos trezentas contas pra ver se a cotação do aeroporto valia a pena (óbvio que não valia, aeroporto é sempre mais caro), mas começamos a ponderar sobre trocar uma parte no aeroporto pela comodidade de chegar na rodoviária e comprar logo a passagem de ônibus pro Uyuni. E, também não sabíamos se conseguiríamos trocar dinheiro na Plaza de Armas. Sei lá! Foram muitas hipóteses que levantamos e a parada era a seguinte: COTAÇÃO AEROPORTO: 1 dólar = 6,85 bolivianos COTAÇÃO CENTRO SUCRE: 1 dólar = 6,91 bolivianos Trocamos $250,00 dólares no aeroporto que nos rendeu 1.712,50 bolivianos, então, perdemos na cotação 15,00 bolivianos o que dá menos que $ 3,00 dólares. Mas, no final, deu tempo der ir à cidade e jantar. O problema que martelava na nossa cabeça era: e se não desse tempo? E se a cotação do Uyuni fosse muito pior? E se... E se...? O grande problema dos mochilões são os “e se...”. A parada é arriscar sabendo que você pode ganhar ou perder. Nessa perdemos, mas nem foi uma perda tão significativa! Então, ficamos de boa com a “perda”, porque optamos pela comodidade de não nos estressarmos caso não desse tempo de passar no centro. Fomos para o portão de embarque e quem encontramos lá?! Os três brasileiros que vimos “discutindo” por causa do mochilão que ficou em São Paulo. Eu que sou sem vergonha nenhuma no quesito fazer novos amigos já fui chegando: Powww cara! Foi você que perdeu o mochilão? E o Victor disse que sim, que eles tinham dito que iam mandar direto, mas acabou perdido por São Paulo, porque no final ele tinha que ter despachado de novo por lá. Aí Victor perguntou qual era nosso roteiro e dissemos que seriam 23 dias começando pelo Uyuni, Atacama e depois seguindo pelo Peru até voltar por La Paz e tal. Aí comentei que tinha baseado meu roteiro pelo roteiro do Rodrigo do Mochileiros.com e o Victor disse que ele também baseou o dele pelo do Rodrigo e aí eis que Vagner e Patrícia se apresentam e falam: nós também nos baseamos pelo roteiro do Rodrigo e inclusive imprimimos uma planilha que uma menina compartilhou que tem o roteiro todo certinho exatamente do jeito que vamos fazer o nosso aí imprimir a planilha e estamos no baseando pelo roteiro dela. Aíííí dei um mega sorriso e perguntei: a menina se chamava Maryana Teles? Patrícia disse que achava que sim. Aí eu disse: Ahhh! Então vocês vão passar a viagem toda com a gente, porque a planilha é minha! Hahahahaha Caraaaa foi muito engraçado e muito maneiro ver que de fato podemos ajudar pessoas compartilhando nossas dúvidas e nossas experiências! A Patrícia ficou meio sem graça, coitada, e o Vagner rindooo que só ele! No final, a viagem não foi só minha e da Elisa, porque realmente viramos um grupo super unido até o último dia do mochilão! E até hoje conversamos, zuamos e já temos promessas de mais viagens juntos! Pegamos uma vanzinha até o teco-teco (sim! Aquilo não era um avião, era um teco-teco bem tenso) e quando percebemos tinha mais brasileiros que bolivianos no avião. Aí a bagunça virou geral! Todo mundo falando o roteiro que ia fazer e tal e quando demos conta TODOS ESTAVAM SE BASEANDO PELO RELATO DO RODRIGO! Caraaaa! O cara virou o MITO dos mochilões! E aí, pro meu stress piorar em relação à bendita passagem de Uyuni um grupo de 6 brasileiros comentou que já tinham comprado a passagem do Uyuni pelo site e que por isso tavam tranquilos! O QUEEEEEE???? COMO ASSIMMM????? DAVA PRA COMPRAR ESSA MERDA PELO SITE????? Quase tive um infarto por causa disso! Eu procurei pra caraca e não achei nada pra comprar pela internet, até achei uns sites, mas eram tão feios que fiquei com medo de ser furada e no final, não era que o site feio era verdadeiro?! Então, comprem as passagens de vocês pra esse ônibus específico com antecedência pra evitar stress como o meu! Tomamos o Diamox antes do voo por causa dos enjoos da altitude (e acho que fez muito bem). Foram os 30 minutos mais tensos da viagem! Caraaaa o teco-teco balançava muitoooo, subia e descia como se tivesse avisando que ia cair. Começou a me dar medinho e claustrofobia, me deu dor de cabeça, enjoo pra caraca e uma leve vontade de vomitar, mas respirei fundo e me mantive na pose de que tava super curtindo a paisagem! Rsrsrsrsrs Chegamos vivos em Sucre e eu já tava o pó (não tava cansada pela viagem em si, mas com muita dor de cabeça e ansiedade mil por causa do bus do Uyuni... sério devo ter algum problema bizarro e preciso me tratar no médio de verdade). Fomos pegar os mochilões e depois um táxi! Rachamos o táxi por 5 (Elisa, eu, Victor, Vagner e Patrícia) e deu 5,00 bolivianos pra cada. Na verdade, não era um táxi, era mais um “Uber Z” (inventei isso, tá?) ano 1990 a la Bolívia, porque era um carro muito velho sem nenhum indicativo de táxi, mas que fazia transfer até a rodoviária. Como, obviamente, não cabem 5 no táxi eu fui no colo da Elisa e foi a pior coisa que eu fiz. Caraaaa fiquei mega enjoada querendo vomitar, fora que minha dor de cabeça só aumentava e acho que a altitude me deu o bote pela primeira e única vez na viagem. Enfim, chegamos na rodoviária depois de um trânsito caótico, que nos fez pensar que estávamos na Índia porque não tem sinal de trânsito e geral sai enfiando o carro onde quer, quase atropelando as pessoas e batendo nos outros carros. Fomos quase que correndo para a 6 de Octubre que fica no final do corredor dentro do galpão (bem no final mesmo). Tem tipo o galpão principal onde tem a escada que você desce pros terminais de ônibus e um corredor do lado grande (meio que atrás dessa escada), é no final desse corredor. Caraaa! Eu sou péssima pra dar direções. #foimal Chegamos lá e pedimos 4 passagens pra Uyuni pra aquele dia mesmo, já que o Victor ficaria mais uns dias em Sucre esperando o mochilão dele. Aí, a princípio o cara disse que tinha, já estávamos pegando o dinheiro, todos felizes e contentes, quando fomos só confirmar se era leito. PUTZZZZZ! O cara vira e diz: Ah! Pra hoje? Não tem mais não! WTF!!!!! Rolou uma lágrima do meu olho aí eu comecei: moço olha direito isso! Tem sim! Pelo amor de Deus só 4 cadeirinhas caraaa! A gente vai em pé se deixar... Por favor, moço! O cara todo mal humorado cagou na minha cabeça legal e disse: Tem não! Vê ali na outra! TEM OUTRAAAA????? A gente tava achando que só tinha a 6 de Octubre por isso o desespero. Aí fomos na Imperador, mas os horários eram horríveis acho que era um às 7:00 da manhã e outro às 12:30 da tarde, então perderíamos um dia anyway. Já estávamos ficando desesperados e minha cabeça quase explodindo e eu comecei a pensar NÃO É POSSÍVEL SÓ TER UMA COMPANHIA, DEUSSSSSS! Aí o cara da Imperador disse: vê lá na 11 de Julho! TEM OUTRAAAA????? Corremos pra 11 de Julho (já estávamos prontos pra correr o calendário inteiro se fosse preciso, mas a parada era pegar o ônibus naquele dia!) e perguntamos se tinha passagem pra Uyuni pra aquele dia e a mulher disse: tem sim! CARACAAAAA pensa no Brasil ganhando o hexa! Era a gente comemorandooooo! Pulamos, abracei a Elisa, Vagner sorriu, Patrícia suspirou de alívio e quase demos um abraço coletivo na moça!!! Ahhh! E ela fez questão de enfatizar que tinha banheiro dentro do bus! Aí minha felicidade ficou completa! Hahahahaha Isso porque descobrimos mais tarde que o banheiro do ônibus da 6 de Ouctubre - que fazíamos tanta questão de pegar - era no meio do mato e as pessoas, de fato, precisavam sair do ônibus e fazer suas necessidades do lado de fora com um puta frio. Pagamos 70,00 bolivianos num semi-leito sem nem cogitar! O bus sairia às 20:00, então, ainda tínhamos tempo (era por volta de 17:40) de comer algo no centro e o Vagner e a Patrícia ainda precisavam trocar dinheiro. Então, rachamos o “Uber Z” por cinco que deu 4,00 bolivianos pra cada e descemos na Plaza de Armas de Sucre (15min da rodoviária até o centro). A Plaza de Armas é bem bonita, mas nem conseguimos curtir muito por lá. Tiramos umas fotos e fomos direto trocar o dinheiro do Vagner e da Patrícia e eles pegaram uma cotação bem boa de 6,91. Do câmbio já partimos pra comer alguma coisa bem rápido, porque a moça disse que tínhamos que estar no terminal com 30 min de antecedência. Sentamos em um restaurante pequenininho e todos pediram uma lasanha, como a adrenalina tava a mil eu tava meio sem fome e a Elisa também, decidimos rachar uma lasanha só pras duas (19,50 bolivianos pra cada uma) e comprar uma água pra cada (7,00 bolivianos). Já eram 18:20 e nada da lasanha, já estávamos nervosos com o horário eis que a lasanha chega às 18:40 e nós devoramos tudinho em 10 minutos. Tudo pago e chegou a hora de nos despedirmos do nosso parceiro Victor que ficaria em Sucre mais uns dias esperando o mochilão dele chegar de São Paulo. Começou a chuviscar e aí começou a correria. Já eram 19:00 e fomos em busca de um táxi e nada de conseguirmos, a chuva aumentando e a gente catando um táxi. Até que um “Uber Z” com um passageiro parou, coitado, e saímos entrando com tudo, fazendo bagunça, gritando... o menino que já estava lindo e belo no táxi só arregalou o olho e não disse nada! Detalhe que éramos quatro, ou seja, o carro ficou com 5 passageiros. Patrícia sentou no colo do Vagner e o menino holandês foi todo espremido no cantinho dele. Aí pra socializar, puxei um assunto e descobrimos que ele já estava há 3 meses viajando pela América do Sul! Acho que como tava difícil a demanda de táxi o cara se sentiu no direito de cobrar mais caro e pagamos 7,50 bolivianos cada (não tem taxímetro). Chegamos na rodoviária por volta das 19:25 e fomos direto pro portão de embarque. Arrumamos os mochilões com tudo que precisávamos pegar, tipo aquele travesseirinho (isso é muitoooo importante e vai fazer suas viagens mais confortáveis) e casacos. Fomos pagar nossa taxa de embarque (tudo tem taxa de embarque – fiquem ligados!) que era 2,50 bolivianos cada. Como a Patrícia tava devendo um dinheiro pra gente por causa do táxi que ela não tinha trocado, eu disse que ela podia pagar minha taxa e da Elisa que ficava tudo certo. Aí que veio a parte mais engraçada do dia! Patrícia deu 20,00 bolivianos e precisava receber 10,00 de troco. A mulher deu 2 moedas e ficou esperando o próximo da fila. Aí, como até então, só tínhamos visto moeda de 2,00, nem nos ligamos de conferir o valor e começamos a falar que tava errado o troco e a mulher dizendo que tava certo. Pensa em quatro pessoas fazendo mímica pelo vidro e falando baleiês pra tentar explicar que o troco tava errado, até que a mulher pacientemente olhando pra gente e pensando que nós éramos 4 retardados disse: são duas moedas de 5,00. Próximo! Caraaaaa! Que vergonha! Pegamos as moedas e saímos de fininho. Ficamos 50 minutos esperando o ônibus sem saber qual era e onde pararia. O ônibus tava atrasado e ninguém sabia dizer onde ele ia parar pra pegar a gente, tivemos que ficar perguntando de 5 em 5 minutos pra galera do terminal que não tava muito feliz de nos responder de novo. Eis que um cara disse que era no terminal 5 e o ônibus era de cor laranja. Ficamos esperando em frente ao terminal e nada! Eu já tava pensando que tínhamos levado um calote. Rs Até que vi dois meninos que também estavam no voo de Sucre e que eram brasileiros, chamamos eles pra roda e perguntamos se estavam esperando o mesmo bus que a gente e eles disseram que sim. Prontoooo! Formou o time da viagem! 6 brasileiros: 2 do Rio, 2 de Minas e 2 do Paraná. Seguimos juntos até o segundo dia do Atacama e depois viemos a nos encontrar mais uma vez em Arequipa e a última em Cusco! É muito bom fazer amizades em mochilões, tu sente como se conhecesse a pessoa há anos e, na verdade, não tem nem horas que estão juntos. Mas quando o santo bate, né? Aí um homem do nada brotou do chão e perguntou se estávamos esperando o 11 de Julho, dissemos que sim e ele nos levou até o ônibus que, obviamente, não parou no terminal 5. O Bus tava lá no meio do pátio do terminal. FIQUEM LIGADOS COM ESSES ÔNIBUS DO MAL QUE NÃO PARAM ONDE DEVERIAM! Entramos no ônibus com os mochilões (colocamos eles na parte de cima, porque não queríamos colocar no bagageiro) e tivemos muitas primeiras impressões: 1- Cadê o ar-condicionado? 2- Essas janelas abrem? Deussss tá muito quente aqui dentro! 3- Fazer um xixizinho né? WTF! Importaram o banheiro do carnaval do Rio? Que isso genteeee?! Quem morreu aqui dentro? Tô quase me mijando... Vou aqui mesmo. Olho pro lado fazendo xixi, não é que a janela é tão grande que dava pra galera lá de fora me ver?! Agora que geral já viu meu show, vou lavar a mão. Cadê a água, gente? Partiu pegar o álcool em gel. 4- Cheiro engraçado aqui dentro, né? 5- Que que esse homem tá fazendo? Não acredito que ele vai cuspir esse catarro no chão do ônibus! Putzzzzz cuspiu! Que nojo. 6- CADÊ O ARRRRRR? Enfim, só tinha nós 6 de turistas dentro do ônibus, o resto era tudo boliviano e tava se sentindo em casa. O jeito foi colocar o travesseiro, tirar todos os casacos (tava quente pra caracaaa), colocar meu tapa olho e meu tapa ouvido e respirar fundo pra tentar dormir! As primeiras 2 horas foram bem tensas, tava muito quente sem qualquer resquício de ar circulando lá dentro, começou a me dar claustrofobia e levantei pra perguntar se não tinha ar e o cara riu! Voltei e sentei e falei: Elisa se prepara porque não tem ar mesmo! Não sei se meu portunhol tava tão ruim ou se já era praxe, mas depois que fui lá falar com o cara ele ligou a TV nas alturas e, então, tivemos que tentar dormir sem ar e com a televisão ligada no último volume! Quando pegamos no sono, não é que entra uma galera ambulante dentro do ônibus vendendo umas paradas de comer e beber que fediam muito e aquele cheiro ficou ressoando até a gente chegar no Uyuni?! Enfim, conseguimos voltar a dormir e eis que me bate um friozinho. Não é que tinha ar funcionando o tempo todo e eles que não tinham ligado não sei porquê!!! Sei que o ar veio lá pelas 00:30 e conseguimos dormir “melhor”. A viagem seguiu tranquila até chegarmos às 3:20 da manhã no UYUNI! \o/ OBSERVAÇÃO GERAL: Cuidado com o mal da altitude. Não é brincadeira. Cada pessoa tem uma reação diferente e pode realmente sentir-se muito mal. Vá com calma! Não faça muito esforço e beba muito líquido. É importante manter-se hidratado. SALDO DO DIA: - Bs. 5,00 – Táxi do aeroporto de Sucre até a rodoviária - Bs. 70,00 – Ônibus para o Uyuni (11 de Julho) - Bs. 4,00 – Táxi da rodoviária até a Plaza de Armas - Bs. 19,50 – Lasanha - Bs. 7,00 – Água - Bs. 7,50 – Táxi da Plaza de Armas até a rodoviária - Bs. 2,50 – Taxa de embarque * Trocamos 250,00 dólares = 1.712,50 bolivianos (cotação Bs. 6,85 por dólar) TOTAL: Bs. 115,50 PRÓXIMO CAPÍTULO: (Cap. 3) Vivos em Uyuni – Três dias incríveis 1 Citar
Colaboradores rodrigovix Postado Junho 29, 2016 Colaboradores Postado Junho 29, 2016 Rindo muito com o relato, Mary. A parte do avião pra Sucre foi demais. Bom saber dessas novas empresas que fazem o trajeto pra Uyuni. E que dá pra garantir pela internet, também. Tenho que lembrar de atualizar essa sua info lá no meu relato depois. Continua aê! Citar
Membros Maryana Teles Postado Junho 29, 2016 Autor Membros Postado Junho 29, 2016 Rindo muito com o relato, Mary. A parte do avião pra Sucre foi demais. Bom saber dessas novas empresas que fazem o trajeto pra Uyuni. E que dá pra garantir pela internet, também. Tenho que lembrar de atualizar essa sua info lá no meu relato depois. Continua aê! Valeuuuu Rodrigão! Esse avião foi do mal mesmo! Pqp! Mas deu tudo certo no final! Sempre dá, né? Hahahhahahaha Citar
Membros Dani Muniz Postado Junho 29, 2016 Membros Postado Junho 29, 2016 Mas meninaaaa... ontem mesmo eu já procurei seu blog, pq vi vc falando da planilha num comentário aqui. Vasculhei o site inteiro e nao tinha achado! ahahahaha... Mas agora, com sua explicação detalhada, achei a planilha e já vou fuçar tudo! =D Obrigada! Depois venho com as dúvidas! Bjooos! Tamo juntas, gatã! Adendo: cotação do dolár no BB hj tá 3,33. Vai que... né! Maryanaaaaa!!!! Nem acredito que você foi esse ano! Já revirei o relato do rodrigovix umas 4 vezes! aahahah... Estou indo com meu namorado no início de setembro... pelamor! Como tenho acesso à sua planilha de gastos, roteiros, passeios, dias e afins? N-E-C-E-S-S-I-T-O!!!! Acabei de ler o primeiro capítulo e tô adorando!!!!! Me ajuda, pleeeeaseee!!! Bjos e até o próximo comentário! ^^) Daniiii sua loka! Hahahahhaa que ótimo que curtiu o primeiro capítulo! Amanhã acho que lanço o segundo! Vou liberar a planilha aqui no final do relato, mas se ansiedade for seu segundo nome (como o meu), vc pode ir la no meu blog e entrar na aba roteiros! Lá tem todas as planilhas de todas as minhas viagens! A do mochilão da América Latina tá bem completa! Tá td compiladinho! Vê lá e qualquer coisa me manda um inbox, um whatsapp, um email, um fax! Vamos se ajudando nega! Citar
Membros Dani Muniz Postado Junho 29, 2016 Membros Postado Junho 29, 2016 Ah, sim.... começando: Vi várias vezes vc falando sobre a carteira internacional de estudante. Tem que ser estudante mesmo ou é tipo a nacional, que até em shopping a gente consegue fazer uma? Prepare-se para me ver aqui frequentemente. Vou até colocar uma foto no perfil! kkk Citar
Membros Maryana Teles Postado Junho 29, 2016 Autor Membros Postado Junho 29, 2016 Mas meninaaaa... ontem mesmo eu já procurei seu blog, pq vi vc falando da planilha num comentário aqui. Vasculhei o site inteiro e nao tinha achado! ahahahaha... Mas agora, com sua explicação detalhada, achei a planilha e já vou fuçar tudo! =D Obrigada! Depois venho com as dúvidas! Bjooos! Tamo juntas, gatã! Adendo: cotação do dolár no BB hj tá 3,33. Vai que... né! Maryanaaaaa!!!! Nem acredito que você foi esse ano! Já revirei o relato do rodrigovix umas 4 vezes! aahahah... Estou indo com meu namorado no início de setembro... pelamor! Como tenho acesso à sua planilha de gastos, roteiros, passeios, dias e afins? N-E-C-E-S-S-I-T-O!!!! Acabei de ler o primeiro capítulo e tô adorando!!!!! Me ajuda, pleeeeaseee!!! Bjos e até o próximo comentário! ^^) Daniiii sua loka! Hahahahhaa que ótimo que curtiu o primeiro capítulo! Amanhã acho que lanço o segundo! Vou liberar a planilha aqui no final do relato, mas se ansiedade for seu segundo nome (como o meu), vc pode ir la no meu blog e entrar na aba roteiros! Lá tem todas as planilhas de todas as minhas viagens! A do mochilão da América Latina tá bem completa! Tá td compiladinho! Vê lá e qualquer coisa me manda um inbox, um whatsapp, um email, um fax! Vamos se ajudando nega! Tu achou a planilha nega? Semana que vem já posto o cap. 3!!!!! Citar
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