Colaboradores Vagner Machado Postado Janeiro 31, 2017 Colaboradores Postado Janeiro 31, 2017 Está de sacanagem comigo kkkkkkkkkkkkkkkk, água gelada da bixiga, olha o bolo da Pate, *-* 1 Citar
Membros marcioomoraiss Postado Fevereiro 1, 2017 Membros Postado Fevereiro 1, 2017 Está de sacanagem comigo kkkkkkkkkkkkkkkk, água gelada da bixiga, olha o bolo da Pate, *-* [attachment=0]IMG_6947.jpg[/attachment] kkkkkkkkkkkkkkkk Já ia cobrar essa foto, falar e não mostrar é sacanagem com nós, leitores/espectadores...kkk A gente se diverte com esse relato. Citar
Membros Adrianasdn Postado Fevereiro 3, 2017 Membros Postado Fevereiro 3, 2017 Mary, tudo bem? Em agosto vou fazer este mochilão e farei o seu roteiro praticamente, rs. Queria saber sobre a sua planilha que você disse no começo do relato que ia disponibilizar. Onde encontro? Bjos Oi Aline, Também vou em agosto e vou fazer exatamente esse roteiro! Ta indo em grupo? Sozinha? Me chama no zap 31 987631456 [FACE THROWING A KISS] Citar
Membros Maryana Teles Postado Fevereiro 3, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 3, 2017 Está de sacanagem comigo kkkkkkkkkkkkkkkk, água gelada da bixiga, olha o bolo da Pate, *-* [attachment=0]IMG_6947.jpg[/attachment] Melhor bolo da vida! hahahahaha Citar
Membros Maryana Teles Postado Fevereiro 3, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 3, 2017 CAP.20: Chegada à caótica La Paz 19/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de Love my life] ( ) Esse capítulo não terá muitas fotos porque é um capítulo de transição pra mostrar como foi nosso percurso de Copacabana à La Paz. Vale a pena ler pra entender a questão de horários e valores. Ahhh! Tem uma breve explicação sobre os passeios que fizemos. Eu acordei 5:45 pra ver como estava o tempo e pra minha tristeza ainda estava chovendo, então, não acordei ninguém. Reprogramei meu despertador para às 8:00, fui ao banheiro e voltei a dormir. Elisa chegou a acordar quando voltei pra cama e acabou indo ao banheiro também, deu uma passadinha pra ser se tinha algum sinal de sol nascendo, mas assim como eu, só viu bem de longe em meio aos chuviscos uma bolinha laranja clarinha no horizonte. Quando deu 8:00 acordamos e começamos a arrumar as coisas pra fazer o check-out e ir tomar café da manhã no mesmo restaurante que fizemos a surpresa da Pate (não tinha desayuno incluso na nossa diária). Chegamos no restaurante e fizemos a mesma negociação que fizemos no restaurante de Copacabana: trocamos o suco pelo ovo mexido. Pagamos 20,00 bolivianos, mas nem deu pra degustar muito bem porque já eram 9:30 e ainda tínhamos que percorrer uns 30 minutos de descida escorregadia (já que estava chovendo e o caminho era de pedra com barro) até chegar no porto. Fomos descendo mais lento do que tínhamos planejado, porque estávamos com medo de escorregar e meter a cabeça nas pedras, então o percurso que duraria 30 minutos, acabou se transformando em 45 minutos. Chegamos ao porto e já conseguíamos ver uma bagunça na casinha onde se comprava os tickets do barco. Faltavam 15 minutos pro barco sair e conseguimos comprar nossos bilhetes por 25,00 bolivianos (preço padrão). Como estávamos meio atrasados, já nos dirigimos ao barco pra pegar nossos lugares, eis que tivemos uma surpresa: o barco estava lotado e teríamos que ir em pé durante 1h30 min. Mas, o problema nem era de fato ir em pé. O nosso maior problema era o barco afundar já que estava superlotado. Tinham umas 10 pessoas em pé mais as pessoas que já estavam sentadas. Era muita gente e eu já tava vendo a hora que seríamos 4 brasileiros à deriva no Lago Titicaca, sendo que Vagner não sabe nadar. Hahahahaha Eu sei que geral começou a reclamar com a mulher que vendeu os tickets e ela e o piloto do barco arrumaram outro barco pra gente. Sentamos no novo barco e aí rolou um alívio, mas depois veio uma nova surpresa: em vez de sairmos 10:30, sairíamos às 11:00 e chegaríamos em Copacabana às 12:30 (se tudo desse certo). O problema é que percebemos que estávamos num barco fretado pra um grupo de turista, coitados, que iam fazer outro passeio antes de irem para Copacabana. Aí a gente tava feliz e contente que o barco saiu às 11:00 em ponto quando depois de uns 30 minutos o piloto pergunta pro grupo se eles queriam descer no lugar programado anteriormente, antes de outros turistas invadirem o barco deles (no caso, nós e mais uma porrada de gringo). O grupo disse que “sim” com a cabeça e fizemos uma parada de 10 minutos num lugar, que eu não faço ideia de onde era. Sendo que por causa da chuva, ainda conseguimos ir mais lento que a ida. A volta foi torturante e enjoativa. Tomei logo um Diamox pra não vomitar na galera. Eu sei que depois de anos dentro do barco chegamos em Copacabana às 12:45 já correndo pra pegar nossos mochilões na agência. Chegamos lá, pegamos os mochilões e tiramos algumas coisas da mochila de ataque e passamos pro mochilão. Eu comprei outro papel higiênico por 3,00 bolivianos (acho que o hambúrguer não caiu muito bem no meu estômago na noite passada) e fomos andando direto pro terminal de ônibus, que fica mais acima na mesma rua da agência e do hostel numa “praça”. Chegando lá, tinha uma porrada de ônibus e começamos a tentar achar o nosso (Diana Tour), eu e Elisa compramos umas empanadas pra viagem (7,00 bolivianos cada), já que não tínhamos almoçado e chegaríamos em La Paz só por volta das 18:00. Eu ainda fui ao banheiro mais uma vez e paguei 1,00 boliviano porque usei meu papel higiênico, se não seriam 2,00 bolivianos. Acho que já mencionei que os ônibus na Bolívia não têm banheiro, então, mesmo que sua viagem seja longa, você vai ter que ir prendendo o xixi ou o número 2. Por isso, eu tentava ir ao banheiro toda vez que tinha oportunidade. Encontramos o Emiliano e a Marina de novo (Ah! Esqueci de dizer que eles estavam no tour guiado da Isla del Sol com a gente, mas voltaram no mesmo dia), entramos e o ônibus saiu no horário programado de 13:30. Fomos ouvindo música novamente, até que um moço nos avisou que em um dado momento da viagem teria uma parada onde todos deveriam descer do ônibus e atravessar o lago de barco, pois o ônibus seria atravessado numa balsa e não era permitido ter ninguém dentro durante essa travessia. Quase 1 hora depois, o moço avisou que era hora de descer e que quem quisesse podia deixar os pertences, porque não mexeriam em nada. Nós levamos nossas mochilas de ataque conosco, mas, obviamente, tivemos que deixar os mochilões no bagageiro do ônibus. Entramos numa fila e pagamos 2,00 bolivianos pelo ticket do barco e depois de uns 10 minutos esperando, atravessamos o Estreito de Tiquina, o trecho mais estreito do Lago Titicaca. Chegamos do outro lado e conseguíamos ver nosso ônibus vindo, sozinho, de balsa. Eu aproveitei pra fazer mais um xixizinho (a maníaca do xixi rs) e paguei 1,00 boliviano. O ônibus tinha chegado na outra margem do lago, mas ainda demorou uns 15 minutos pra sair da balsa e vir até o nosso encontro, então eu aproveitei pra comprar um alfajor delicioso por 3,00 bolivianos. O ônibus nos encontrou na Plaza San Pablo de Tiquina e todos entraram pra seguirmos viagem, agora sem paradas rumo à La Paz! Chegamos lá por volta das 18:00 depois de ter pego um trânsito bizarro nas ruas estreitas da cidade. O ônibus nos deixou um pouco antes da Plaza San Francisco (acho que por que pedimos rs... não lembro direito), na rua Ságarnaga - rua das agências de turismo e restaurantes. Nossa ideia era ficarmos hospedados no Wild Rover pro Vagner e a Pate ganharem a blusa, mas depois que vimos no mapa a localização do Wild Rover não parecia muito interessante pra gente, porque quase todos os passeios acabavam na Plaza San Francisco, então gastaríamos todos os dias dinheiro pra voltar de táxi pro hostel. Como a gente já tava perto das agências de turismo, antes de resolvermos a questão do hostel decidimos pesquisar os valores do passeio de Downhill que faríamos no dia seguinte e os valores do Chacaltaya + Valle de la Luna que faríamos no dia seguinte ao Downhill. Como muita gente indicou a empresa Xtreme Downhill (em relatos e durante a própria viagem) como uma excelente empresa, achamos que valia a pena gastar um pouquinho mais num passeio tão perigoso (não é uma boa ideia economizar quando falamos das nossas vidas, né?). Estávamos em frente a Xtreme Downhill e fomos cativados pela simpatia da atendente que se chamava Luz. Ela explicou tudo com muita calma e acabamos fechando lá mesmo, apesar do preço estar muito acima do que tínhamos pensado. Conseguimos um desconto de 30,00 bolivianos e pagamos um total de 450,00 bolivianos pelo passeio que incluía: transporte, café da manhã, dois guias, equipamentos, bicicleta de dupla suspensão, almoço buffet num sítio com piscina e camisa. Ah! No dia do passeio, ainda são cobrados mais 50,00 bolivianos de taxa (sei lá pra que, mas geral paga). Dica: É muito importante que vocês peguem uma bicicleta boa, principalmente pra quem é iniciante no esporte. A bicicleta de apenas uma suspensão vai ser bem mais barata, mas não compensa o perigo e o desconforto de ficar sacolejando ao longo de quase 63 km. Pegue uma bicicleta de dupla suspensão que vai te dar mais segurança na hora de pilotar e muito mais conforto pros seus punhos e pra sua bundinha rs. A gente tava sem dinheiro suficiente, então decidimos trocar dinheiro na própria agência que fez uma cotação boa de 6,95 bolivianos por dólar. Trocamos 100,00 dólares o que nos deu uma bolada de 695,00 bolivianos. Acertamos tudo com a Luz, que horas nos pegariam no hostel (ficamos de mandar um whatsapp pra ela confirmando em que hostel ficaríamos), nossos tamanhos de equipamento e blusas e seguimos para fechar o passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna em outra agência. Talvez esse tenha sido nosso erro. Talvez se fechássemos tudo na mesma agência conseguiríamos um desconto melhor, mas a Xtreme Downhill só faz o passeio do Downhill e não tínhamos outras referências de empresas sérias. Entramos e saímos de várias agências até que decidimos fechar na Bolívia Ingel o passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna por 78,00 bolivianos (sem almoço incluso) + 30,00 bolivianos de taxa no local, sendo que as outras estavam nos cobrando 90,00 bolivianos + a taxa. Lá, a senhora nos indicou um hostel que ficava na rua de cima, bem movimentada e cheia de comércios e restaurantes. O nome do hostel era Muzungu (Calle Illampu esquina Santa Cruz A 441, La Paz). Acertamos tudo com a mulher sobre o passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna e fomos lá no Muzungu ver se tinha vaga pra gente. Fechamos um quarto pra nós quatro por 55,00 bolivianos cada com café da manhã incluído. Eu e Elisa ficaríamos uma noite a mais que o Vagner e a Pate, então, mudamos pra um quarto de 20 pessoas na última noite onde pagamos 35,00 bolivianos cada (sem café da manhã) e negociamos com o dono de pagar só 45,00 bolivianos na primeira noite, já que não tomaríamos café da manhã no hostel (porque teríamos no passeio de Downhill). Tudo certo, subimos pro quarto pra deixar nossos mochilões e ir jantar logo em seguida. Fomos num restaurante de massas chamado Mozzarela, logo na esquina da outra rua. E adivinha quem a gente encontrou por lá? Emiliano e Marina! Juntamos as mesas e a galera dividiu duas pizzas e eu pedi um macarrão Alfredo e um suco de laranja e paguei 45,00 bolivianos. Voltamos para o hostel e apesar da gente estar bem localizado e o hostel ser de boa, as pessoas que frequentavam o hostel tornaram nossa estadia de 5 dias lá insuportável. Era um hostel de Israelenses, ou seja, 90% das pessoas eram jovens porra loucas que faziam tudo que bem entendiam, desde gritarem no corredor às 4:00 da madrugada até largarem absorventes usados no chuveiro. Eu acredito que nem todos os israelenses sejam assim, mas os que estavam hospedados lá naquela semana tocavam o terror legal. A gente se irritou muito, mas não podíamos falar nada por ser minoria e eles andarem em bando. Enfim, só recomendo esse hostel se você estiver com um grupo fechado e quiser testar o limite da sua paciência, caso não, é melhor procurar outro hostel. Dica esperta: Depois soubemos de uma empresa séria e comprometida que também fazia o passeio do Downhill e Chacaltaya + Valle de la Luna por um preço super barato. O nome da agência é Arco Travel (Calle Sagarnaga Y Murillo, nº 213 segundo andar) e ela fica dentro de uma galeria (acho que o nome da galeria é “Doryan” que tem crepes maravilhosos no primeiro andar. Os valores normais aplicados por eles são: 350,00 bolivianos pra bicicleta dupla suspensão (+ 50,00 bolivianos de taxa no local) e 90,00 bolivianos pro passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna (+ 30,00 bolivianos de taxa no local). Sendo que conhecemos dois brasileiros que fecharam lá e choraram muito um desconto que conseguiram fechar o pacote todo (com todas as taxas incluídas) por 420,00 bolivianos! Quase chorei quando ouvi isso! Enfim, fomos dormir porque no dia seguinte marcamos da van ir nos buscar no hostel às 7:00 pra seguirmos pro café da manhã e depois Downhill. Vou comentar rapidinho sobre o que esperar dos dois passeios: Downhill pela Estrada da Morte O Downhill é considerado um dos passeios mais perigosos e de maior adrenalina em La Paz. Não tem como ir à La Paz e não fazer o Downhill pela Carretera de la Muerte. O passeio é sensacional e consiste em ir de van até um certo ponto da estrada, tomar café da manhã por lá, pegar as bikes, vestir os equipamentos, ouvir as instruções dos guias, treinar numa área aberta pra ver a altura do banco e os freios (muito importante rs) e iniciar a descida. Os 25 km iniciais são no asfalto (parte fria pra caraca onde você vai ter a sensação de que seus dedos congelaram) e depois os 38 km restantes você faz na estrada da morte propriamente dita, com pedras soltas, barro, cachoeira, rios... É muito irado! Esse é um daqueles passeios que você TEM QUE fazer quando visita um lugar, se não vai se arrepender pelo resto da vida! Tá na chuva é pra se molhar!!!! Chacaltaya + Valle de la Luna É um passeio bem comum pra quem visita La Paz. Consiste em: na parte da manhã, conhecer a montanha Chacaltaya era a estação de esqui mais alta do mundo, 5.421m de altitude, hoje desativada pela escassez de neve (aquecimento global mudando a por*a toda). Na parte da tarde, você volta pra La Paz e segue pro outro lado da cidade, numa região chamada Valle de la Luna, onde vai ver uma formação geológica muito interessante (parece um formigueiro gigante) formada pela erosão ao longo dos anos através da chuva, vento, sol e rio. Voltamos do passeio por volta das 16:00. Esse passeio é sempre fechado em conjunto, mesmo que você só queira fazer o Chacaltaya, por exemplo. No entanto, é possível pedir pra descer na cidade quando estiver voltando da montanha, sem a necessidade de ir conhecer o Valle de la Luna. Mas, eu acho que vale muito a pena visitar, porque tem uma formação geológica bastante interessante. Preparem-se pro próximo capítulo porque vai ser MUITO FODA!!! SALDO DO DIA: - 20,00 bolivianos – Café da manhã - 25,00 bolivianos – Barco de volta para Copacabana - 3,00 bolivianos – Papel Higiênico - 1,00 boliviano – Banheiro - 7,00 bolivianos – Empanada - 2,00 bolivianos – Barco para atravessar o Estreito de Tiquina - 1,00 boliviano – Banheiro - 3,00 bolivianos – Alfajor - 450,00 bolivianos – Passeio de Downhill pela Xtreme Downhill - 78,00 bolivianos – Passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna - 45,00 bolivianos – Jantar * Trocamos 100,00 dólares = 695,00 bolivianos (cotação de 6,95 bolivianos por dólar) TOTAL: 635,00 bolivianos PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.21) O desafiante Downhill pela Estrada de la Muerte Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também! Em março vou para a Tailândia e vou compartilhar tudinho pelo IG e relatar todas essa experiência pelo blog! 1 Citar
Membros Maryana Teles Postado Fevereiro 7, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 7, 2017 CAP.21: Vale a pena fazer o Downhill na Death Road em La Paz 20/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de We are Young] ( ) Chegou o dia do passeio mais esperado de La Paz. Eu tava tão ansiosa que me deu uma dor de barriga bizarra e acordei já indo direto pro banheiro. Como eu acordava antes que todo mundo pra falar com o boyfriend, não atrasei ninguém, mas o Mark não teve muito tempo pra falar comigo direito. Depois de já ter passado o susto (leia-se: a caganeira), acordei o resto da galera às 6:15 pra nos arrumarmos e esperarmos a van nos pegar no hostel (entre 6:45 e 7:00). Enquanto todos esperavam na recepção e tentavam se conectar na internet sem sucesso eu tava correndo de um lado pro outro que nem uma barata tonta pra tentar conseguir um bom remédio pra dor de barriga. Eu iria fazer o downhill nem que eu tivesse que descer os 63 km cagando nas calças. Falei com o moço da recepção e ele disse que o melhor remédio que eu poderia tomar era o chá de folha de coca. Corri no quarto, peguei minha garrafinha de água, esvaziei e corri no último andar onde serviam o café da manhã (não estavam servindo ainda) e pedi pra moça me arrumar água quente, ela foi muito gentil e me deu um pouco de água e eu peguei as folhas de coca que tínhamos comprado lá no tour do Uyuni, lembram? Aquele pacotinho que compramos no início da viagem e que quase fudeu a gente na fronteira do Chile... Enfiei quase meio saco dentro da garrafa e o moço falou pra eu sacudir e esperar uns 5 minutos e beber o quanto eu conseguisse. Caraaaa a parada era nojenta, mas fui bebendo de olho fechado e rezando pra dar tudo certo. O nosso guia chegou e nos levou até à van onde pudemos conhecer nossos companheiros de aventura. Vocês acreditam que tinha até um cachorrinho dentro da van?! Paramos em mais um ou dois hostels pra pegar mais gente e depois seguimos pra uma espécie de supermercado onde um dos guias desceu e comprou várias balas pra dar pra gente. Depois ele explicou rapidamente como seria a descida e pediu pra gente preencher um termo de autorização e consciência dos riscos do passeio. Ah! Ele ainda cobrou a taxa de 50,00 bolivianos de todo mundo. Seguimos direto por uns 30/45 minutos até o ponto onde tomaríamos café da manhã (incluso no pacote), colocaríamos os equipamentos e testaríamos as bikes. Lá tava bem frio mesmo. Sério! Congelante! Os guias montaram uma mesa com uns pães duros, manteiga, café e chá de folha de coca. Eu, obviamente, fui atacando o chá de folha de coca, mas Vagner vez o favor de derrubar no chão o recipiente que eles colocaram as folhas de coca (foi sem querer). Passamos por uma vergonha alheia básica, depois o Vagner meio que catou algumas folhas do chão, colocou de volta no potinho e colocou na mesa, como se nada tivesse acontecido. Todo mundo pulando, dando peteleco um no outro, correndo pra tentar espantar o frio, mas tava bem difícil. Tinha um guia que ficava tirando várias fotos nossas ao longo do passeio e aí ele organizou geral perto da mesa de desayuno e todos fingiram estarem super bem, sem qualquer tipo de problemas climáticos. Enquanto isso, o outro guia tava organizando os equipamentos (capacetes, luvas, joelheiras, cotoveleiras, jaquetas e calças) no chão em ordem de tamanho (do menor pro maior). Eu dei uma fugidinha e fui fazer xixi atrás da pedra e pedi pras meninas vigiarem pra não ir ninguém lá. Eis que um menino brota no chão e me vê naquela posição linda de cócoras, com um vento frio batendo na minha bunda e segurando um papel higiênico na mão. O garoto ficou tão sem graça quanto eu e acho que nem fiz o xixi todo de tanta vergonha. Trinquei o xixi lá dentro mesmo, me sequei e fiz uma cara de “agora você pode ir!”. Enfim, o guia posicionou cada um em frente ao que deveria ser seu equipamento e pediu pra todos vestirem. A gente tava todo agasalhado e ainda tava morrendo de frio, colocamos a jaqueta e a calça da empresa por cima das nossas roupas e ainda continuamos congelados. Quando vesti minha calça, parecia que tinham me dado uma calça de anão (nada contra anões, mas ficou mega pescando em mim e fora que tava dividindo e apertando minha bimbinha). Pedi pra trocar e me deram uma calça de homem que ficou parecendo que eu tinha um saco enorme, mas era melhor folgadinha do que fazendo pata de camelo, né? Todos equipados, chegou a hora de testarmos as bicicletas e recebermos as orientações. Como 90% do nosso grupo falava inglês e o Vagner e a Pate só entendiam espanhol, os guias fizeram dois grupos: um com todas as pessoas da van e outro só com os quatro brasileiros. O guia deu todas as explicações do tipo: cada um vai no seu tempo, não precisa acompanhar a velocidade do coleguinha, mantenha uma distância segura da pessoa da frente, ande com um metro de distância do penhasco (acho que isso nem precisava avisar, mas ok rs), nunca andar no meio, sempre à direita na parte do asfalto e à esquerda na parte de terra, se precisar frear, nunca aperte os dois freios de uma vez com força porque você pode derrapar, aperte suavemente o de trás e vá moderando com o dá frente, terá sempre um guia na frente e um atrás do grupo, a van sempre segue o grupo atrás, etc. Antes de partirmos, eu pedi pro guia me ajudar a prender a minha gopobre no guidon (não sei se é assim que escreve) da bicicleta pra ir filmando tudo. Algumas pessoas colocaram a gopro nos capacetes com suporte próprio e outras tinham aqueles coletes que dá pra prender a gopro. Eu queria prender a minha no guidon mesmo, porque seria mais fácil controlar quando filmar e quando tirar foto. Tudo pronto e lá fomos nós (um grupo de umas 12 pessoas) descer uma das estradas mais perigosas do mundo de bicicleta. Os primeiros 25 km foram no asfalto e tava muito frio. Se não me engano, pegamos 8°C. Nossos dedos pareciam ter congelado e chegava até a escorrer uma corisa involuntária do nariz (eca). Fizemos umas 3 ou 4 paradas para os guias irem checando como estávamos indo, se estava tudo bem e tal. Eu estava indo bem, até que começou a chuviscar e meus cílios congelaram de leve. Nesse momento, eu já não sentia mais os dedos das mãos e os dos pés eu jurava que já tinha perdido. Aí que começou a fuder o baile de vez: crise de claustrofobia misturada com caganeira! PQP! Me deu vontade de tirar aquela roupa toda, mesmo com todo frio. Aquele capacete já tava me irritando e a dor de barriga começava a dar sinais de que tava ficando mais forte. Decidi que não daria mais pra descer, pelo menos não aquela parte naquela hora, então, eu pedi pro guia se poderia ir um pouco na van pra tentar melhorar. Não que eu fosse cagar num saco e jogar pela janela, mas minha ideia era tomar mais do chá de folha de coca, tirar o capacete, aquecer minha mão e respirar fundo. A maioria das vezes que tenho claustrofobia eu consigo reverter me acalmando e respirando fundo (tirar o capacete ajudou muito também). A dor de barriga eu consegui controlar respirando bem fundo e rezando pra não pagar aquele mico ali, afinal, seriam 3 camadas de calça que teriam que ser jogadas fora, né? O problema foi que os 8 minutos que fiquei dentro da van, eram os 8 minutos finais na parte de asfalto e acabei não voltando pra andar lá. Todos entraram na van também, os guias colocaram as bicicletas de volta no teto da van e seguimos mais um pedaço do asfalto de van até chegar no início da estrada de terra. Eu já tava me sentindo bem melhor e pronta pra voltar pra adrenalina. Quando descemos da van, a temperatura tinha subido bastante e a gente até tirou um dos casacos. O nosso guia relembrou todas as orientações e pediu pra termos mais cautela nessa parte porque qualquer derrapada poderia ser fatal. Além disso, ele lembrou que nessa parte era preciso andar na esquerda com cuidado pra não dar de frente com os carros que vinham na outra direção e pediu que toda vez que fôssemos fazer uma ultrapassagem avisar/gritar por qual lado estávamos indo, pra evitar acidentes. Ah! Muito importante. Ele pediu pra gente ter muito cuidado com os freios, porque se apertássemos com força poderíamos derrapar muito feio ou até capotar. Pediu pra gente ficar de olho nas pedras soltas e que teriam partes que era melhor nem usar o freio. Todos prontos, começamos a descer e eu já vi que ficaria pra trás! Apesar de ser a mais empolgada pro passeio, eu tive problemas de entender a mecânica do donwhill no início e acabava não deixando fluir. Ficava freando e colocando o pé no chão toda hora. Deis umas boas derrapadas que conseguia ver meu coração saindo pela boca e voltando. Todo mundo tava lá na frente, inclusive a Pate e a Elisa que eram as que estavam com mais medo. As duas deram um show de bravura e foram sentando o pau na velocidade e eu lá, quase que descendo da bicicleta pra ir empurrando. O meu problema foi que em vez de deixar a velocidade me guiar, eu ficava apertando o freio direto e a roda quase nem girava direito e quando girava pegava de tal forma numas pedras que eu derrapava. Mas, eu não me forcei em nenhum momento a correr como as outras pessoas, fui no meu tempo. Tinha sempre um guia atrás de mim me ajudando e tal. Fizemos algumas paradas pra descanso, fotos e beber água. Conforme a gente ia andando eu ia ganhando mais confiança e pegando o jeito e o macete de fazer o downhill. Fizemos uma parada pro lanche (incluso no pacote) que tinha banana, pão com queijo, chips, coca-cola, água e chocolate. Nessa parada já estávamos suando e tiramos mais uma camada de blusa. Continuamos descendo e conseguíamos avistar uma cachoeira no meio da estrada. Nos organizamos em fila indiana atrás de um grupo de outra empresa. Cada um tirou uma foto individual segurando a bicicleta embaixo da cachoeira e depois esperava o resto do grupo do outro lado pra uma foto coletiva. Tiramos várias fotos e partimos pra continuar o trajeto. A essa altura eu já estava soltinha na pista, literalmente, já tinha entendido o macete de fazer downhill e aí é que ninguém me segurava mais. Eu desci direto sem usar o freio nenhuma vez, usando só a força do braço pra controlar o guidon e a posição do corpo pra controlar a bicicleta. Então, quando tinha muitas pedras, eu levantava a bunda e ia curvando meu corpo, segurando firme o guidon, sem apertar o freio. Quando eu via uma curva, abria levemente pra esquerda, dava uma apertada suave no freio antes da curva só pra diminuir a velocidade e continuava seguindo freneticamente com muito vento no meu rosto. MACETE: Tente não usar os freios com frequência. Parece loucura, mas são os freios que na maioria das vezes provocam os acidentes nesse tipo de passeio, porque se você frear bruscamente pode capotar e se ficar freando toda hora você vai quase que o caminho todo derrapando e isso também é perigoso. Deixe a velocidade te levar (parece maluquice, mas não é) e controle a bicicleta com os braços firmes e o corpo na curvatura certa. Não se preocupe, você vai pegar o jeito em algum momento do passeio. Eu mesma peguei o macete só no final (deviam faltar uns 20km pra acabar), mas aproveitei cada segundo da adrenalina. Sério! Eu tava me sentindo profissional. Tava super confiante e foi a partir do momento que eu ganhei confiança e me senti capaz de controlar a bicicleta em alta velocidade que de fato eu comecei a curtir o passeio e achar a parada realmente muito foda! Óbvio, que de vez em quando rolava umas derrapadinhas, mas nada demais. Passamos por dois rios e eu curtia o passeio cada vez mais, até que teve uma parte que não era mais descida (90% do passeio é descida) e sim plana com uma leve subida (quase que imperceptível). Putz! Aí cansou a gente demais! O sol e o calor já tavam fritando a gente dentro daquela jaqueta (optamos por não tirar, porque aquela era nossa “proteção” caso a gente derrapasse) e ainda tivemos que fazer um esforço inesperado aí deu uma quebradinha na firma, mas logo passou essa parte chata e voltamos a descer loucamente. Depois que passamos um dos rios, a gente tava descendo uma parte cheia de pedras que trepidava muito e minha gopobre acabou caindo sem eu nem perceber. Até que depois de uns 2 minutos sem ela no guidon, um menino me gritou e me devolveu. Maior sorte porque se ninguém tivesse visto ia ficar lá pra outra pessoa de presente, porque duvido que o guia voltaria comigo pra procurar uma parada que a gente não fazia ideia da onde tinha caído. De vez em quando, rolava uns sustos com pessoas que nos ultrapassavam sem avisar da onde vinham e a gente quase se batia. Teve até uma vez que um menino zigoto foi me ultrapassar e disse direita (o que significava que ele estava indo pra minha direita), aí eu comecei a jogar minha bike pra esquerda pra deixar ele passar pela direita como ele mesmo tinha gritado e o zigoto me brota na esquerda! Que ódio! Eu gritei “esquerda, seu doente! Próxima vez fala direito.” A gente quase teve um acidente mega feio o que resultaria em uma possível morte, já que estávamos do lado de um precipício. Vagner teve um imprevisto! O pneu dele furou e um dos guias trocou de bicicleta com ele pra ele não perder muito tempo esperando o guia consertar o pneu. O guia consertou o pneu, desceu normalmente e encontrou com a gente na metade do caminho. Depois de mais algumas paradas, seguimos mais alguns minutos até um barzinho onde foi nossa última parada. Tiramos os equipamentos e ficamos esperando os guias limparem as bikes pra colocarem em cima da van. Lá nesse barzinho a galera bebeu umas cervejas e a gente aproveitou pra relaxar um pouco, porque a bunda doía demais. Foram quase 4 horas de descida radical e emocionante. Eis que começamos a ser atacados por mosquitos e ficamos cheios de mordidas bizarras. Elisa ficou com o tornozelo parecendo um campo minado de tantas bolinhas vermelhas inflamadas. Aí, um guia sentou com a gente e começou a nos contar várias histórias sobre a estrada da morte (quantas pessoas tinha morrido por lá, quais foram os acidente mais bizarros, porquê tinha esse nome...). Ah! Ele fez questão de nos contar que 2 israelenses tinham morrido nesse passeio duas semanas antes do nosso passeio. #medo Quando ele acabou de contar todas as histórias, ele falou que quem quisesse contribuir com uma gorjetinha pra equipe podia ficar a vontade. Demos 5,00 bolivianos cada e entramos na van. Seguimos todos para os sítio com piscina onde seria servido nosso almoço buffet (incluso no pacote). O tempo já tinha virado de novo e não tava tanto calor assim pra ficar pulando em piscina, então, decidimos ir tomar banho logo e ir almoçar direto. Tomamos um banho delícia bem frio e fomos logo comer. A comida tava bem gostosinha, mas acabou rápido. Ficamos lá no sítio mais ou menos 1h30 minutos (eu acho) e fomos pra van pra voltar pra La Paz. Tiramos uma foto com a blusa que ganhamos de presente no passeio e nos acomodamos pra seguir nosso rumo. A viagem de volta foi bem demorada, porque pegaríamos a estrada nova pra La Paz e não a mesma estrada que viemos (antiga). Saímos por volta das 15:30/16:00 e demorou quase uma vida, mas chegamos por volta das 19:15 em frente à Xtreme Downhill pra pegar nossos DVD’s com as fotos e vídeos do passeio. Ficamos esperando uns 15 minutos até gravarem todos os DVD’s. Enquanto isso, tentávamos acessar o wi-fi da agência que no dia anterior pegou super bem. A moça disse que um cabo tinha sido cortado e que La Paz inteira tava sem internet. Óbvio que achamos que fosse mentira, mas tudo bem. Pegamos nossos DVD’s e fomos direto na agência do passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna pra marcarmos o horário exato que a van buscaria a gente no hostel, mas pra nossa surpresa a agência estava fechada. Fomos pro nosso hostel e tentamos ligar pro telefone que ela havia nos passado e falamos com a filha da moça que disse que iria confirmar com a mãe e nos dar um retorno. Enquanto isso, tentávamos acessar a internet no hall do hostel e nada. O moço que estava na recepção comentou a mesma coisa que a moça da agência do downhill. Já estávamos nos conformando de que ficaríamos aquela noite sem wi-fi, mas o problema era que precisávamos avisar nossas famílias que estava tudo bem, já que não seria muito legal fazer uma descida de bicicleta em uma das estradas mais perigosas do mundo e não dar notícias depois, né? Decidimos ir ao mercado Lanza pra comprar biscoitos pro dia seguinte, já que o passeio do Chacaltaya + Valle de la Luna não tem paradas pra almoço e nem para lanches. Eu e Elisa compramos alguns biscoitos e deu 6,00 bolivianos pra cada e eu comprei um sabonete pra mim e paguei 7,00 bolivianos. Voltamos das compras e fomos direto pra um restaurante em frente ao nosso hostel pra jantar. Pedimos nosso prato favorito da viagem: pollo a la plancha e pagamos 42,00 bolivianos cada. Já no hostel, eu e Elisa dividimos uma água por 6,00 bolivianos cada. Passamos na recepção pra ver se já tínhamos notícias do horário que a van nos buscaria no dia seguinte e o moço da recepção disse que eles passariam por lá às 8:20. Sem internet, só nos restava tomar um banho quente, arrumar nossas coisas pro dia seguinte e dormir. Eis que como um aviso dos céus, nós começamos a ouvir os barulhinhos das mensagens chegando no whatsapp e corremos pra ver se a internet tinha voltado. Acreditam que às 23:30 a internet voltou e conseguimos avisar às nossas famílias que tinha dado tudo certo no downhill? Depois do dever cumprido e de uma conferida em todas as redes sociais fomos, de fato, dormir. Obs: Algumas pessoas me perguntam se é perigoso fazer o downhill pra alguém que não tem experiência. Eu vou te falar que acho perigoso mesmo pra quem tem experiência, o que não significa que você não possa fazer. Como no meu caso, cada um faz no ritmo que se sente confiante. Ninguém vai ficar te apressando ou te forçando a nada. A experiência é incrível. Não tem como ir à La Paz e não fazer o passeio de downhill. Vá com cautela e com muito cuidado que tudo dará super certo e você se sentirá um vencedor (a) no final. Sério! Não deixe de fazer. Eu tive muito medo no começo, fui freando o caminho inteiro e depois de alguns km percorridos acabei me rendendo a adrenalina de descer sem freio, mas isso vem da confiança de cada um. Não deixe de fazer o passeio de downhill porque depois vai se arrepender. Esse foi, sem dúvida, um dos melhores passeios dos 23 dias de mochilão. SALDO DO DIA: - 50,00 bolivianos – Taxa local do Downhill - 5,00 bolivianos – Gorjeta para os guias do Downhill - 7,00 bolivianos – Sabonete - 6,00 bolivianos – Biscoitos - 42,00 bolivianos – Jantar - 6,00 bolivianos - Água TOTAL: 116,00 bolivianos PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.22) Chacaltaya – vencendo a altitude + Valle de la Luna – formado por sol, água e ar Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também e dá uma passadinha no meu blog (http://www.vidamochileira.com.br), tem um montão de coisas legais por lá e muito mais vindo aí! 1 Citar
Membros Adrianasdn Postado Fevereiro 7, 2017 Membros Postado Fevereiro 7, 2017 Caraaa que loucuraaaa! Esse é um dos relatos que mais esperava.... Tinha dúvida se dava pra subir na van caso eu venha a arregar na descida.... Então tem ne...kkkkk Muito louco!! Vou dar umas treinadas de bike por aqui. kkkk Valeu Mary....show esse relato! Citar
Membros Maryana Teles Postado Fevereiro 8, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 8, 2017 Caraaa que loucuraaaa!Esse é um dos relatos que mais esperava.... Tinha dúvida se dava pra subir na van caso eu venha a arregar na descida.... Então tem ne...kkkkk Muito louco!! Vou dar umas treinadas de bike por aqui. kkkk Valeu Mary....show esse relato! Oi Adriana! Tem sim! A van sempre segue o grupo e qualquer coisa você pode pedir pra descer de van. No meu grup mesmo teve um menino que tinha bebido todas no dia anterior e acabou se sentindo mal durante a descida e no final ele fez o passeio todo de van. Mas sério! Faça esse passeio! Citar
Membros Maryana Teles Postado Fevereiro 8, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 8, 2017 CAP.22: Chacaltaya + Valle de la Luna em La Paz 21/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de I bet my life] ( ) Acordamos por volta das 7:00, nos arrumamos e fomos tomar café da manhã no hostel mesmo, porque estava incluso na nossa diária. O desayuno forrou muito bem nosso estômago: banana, yogurte com aveia, pão, manteiga, geleia, café e suco de laranja. A vista do café da manhã foi para a imensidão de casas de La Paz (que mais parece a Rocinha organizada, de forma que era bem bonito ver tudo lá do último andar do prédio) e para umas montanhas que tinham o pico todo coberto de neve. Acabamos de tomar o café da manhã e fomos logo pro hall esperar o guia nos buscar às 8:20. No horário marcado uma moça entrou na recepção e gritou: Elsa, Mayara, Patrícia e Vagner. Assumimos que éramos nós por causa dos nomes da Patrícia e do Vagner, porque se fôssemos só eu e Elisa a gente nunca ia desconfiar (mentira! Ia sim, porque nego sempre me chama de Mayara e eu meio que já respondo! Isso quando não me chamam de Marajana ou Marayana rs). Entramos na van, entregamos nossos bilhetes do passeio pra mulher e estávamos nos acomodando nas nossas poltronas crente crente que já estávamos partindo pro passeio, quando a mulher mandou a gente descer, porque na verdade nossa van era outra! Hahahahaha Ela disse que aquela van só levava até a metade do caminho, porque iríamos de micro-ônibus pro passeio. Descemos e fomos seguindo ela por umas ruelas até encontrarmos nosso micro-ônibus e quem de fato seria nosso guia. De cara já vimos que o Emiliano e a Marina estavam no mesmo passeio que a gente e depois conhecemos outro casal brasileiro super aventureiro: o André e a Cris. Tinha mais um monte de brasileiros no micro-ônibus! Mó galera mesmo! Digamos que 90% das pessoas eram brasileiras. Foi a mó festa, todo mundo contando histórias, trocando dicas e tal até que o nosso guia resolveu abrir a boca. PQP! Ele tinha morrido e ninguém tinha avisado. Até meu avô de 85 anos conseguia ser mais animado que aquele guia (beijo vô!). O guia era muito esquisito (muito mesmo), tinha uma cara de cu e parecia que tava fazendo aquilo obrigado. Ele explicou mais ou menos como seria o passeio, deu algumas informações dos lugares que estávamos indo visitar e sentou. Ele sentou pra cochilar! Ódioooo! Geral ficou meio desanimado, porque é muito importante pegar um guia bom pro passeio valer a pena, mas já não tava sendo nosso caso há alguns dias. Na verdade, paramos de pegar guias bons no Chile! Hahahahahaha Ah! Antes do cochilar ele nos cobrou a taxa local de 30,00 bolivianos do passeio. Enfim, o guia foi dormir e nós continuamos conversando até que fizemos uma parada pra fotos. Lugar lindo com várias montanhas ao fundo todas com o pico coberto de neve. Lá aproveitamos pra registrar a cabeçada brasileira numa selfie show de bola usando meu pau de selfie! Vou te falar que esse pau de selfie é escroto, mas ajudou pra caraca na viagem! É bom levar um! Entramos no micro-ônibus de novo e o guia disse que em alguns instantes estaríamos no Chacaltaya (acho que levou mais ou menos 1h30 minutos do ponto de parada pra foto até lá), fizemos um caminho do mal em zigue-zague que eu tava vendo a hora da roda escapar daquele precipício e a gente encerrar nosso mochilão, mortos, ali mesmo. Sério! O caminho tinha exatamente o espaço pra caber o micro-ônibus nem um pentelho a mais e nem um pentelho a menos. Qualquer movimento em falso poderia ser fatal. Depois dos momentos de tensão, nego até parou de conversar nessa hora porque acho que tava geral rezando rs, chegamos ao “pé” do Chacaltaya (vocês também acham que esse nome é de algum fantasma fugido daquele filme “Os 13 Fantasmas”... Eu falo Chacaltaya em voz alta e tenho medo até de evocar algum espírito... Só eu tenho essa sensação? Rs) e lá tinha uma casinha onde rolou de ir ao banheiro de graça (\o/). O guia disse que quem quisesse poderia deixar as coisas no micro-ônibus que ninguém mexia (nós já tínhamos lido relatos de que havia furtos em alguns passeios em La Paz, então, nós levamos nossas mochilas de ataque conosco). Começamos a subir num ritmo bem bom até que esse ritmo chegou a zero depois de 5 minutos subindo numa altitude super elevada (nem tava tãoooo frio, tava bem mais quente que o dia do downhill, se serve de comparação). Cara! Eram 10 passos pra cada 1 minuto de descanso. Tava foda. Faltou ar. O coração acelerou legal. Você ia olhando pra trás e vendo um monte de gente sentada descansando, alguns até desistiram no meio (Pate e Vagner não foram até o topo), mas eu e Elisa seguíamos firmes, fortes e lentas. Depois de uns 30/40 minutos, conseguimos chegar ao topo! Caraaaa eu me senti o Roque Balboa com aquela musiquinha de fundo. Só não dei aqueles pulinhos vitoriosos, porque né? Não dava! Hahahaha Chegamos lá no topo, tiramos meia dúzia de fotos e o guia manda a seguinte frase: “É hora de descer!” Oiiiii? Tá me zuando né? Levei quase 1 hora pra subir esta merd* e não tem nem 10 minutos que tô aqui em cima e tu quer me mandar descer? Valeu!!!! Senta lá Cláudia! Eu, Elisa e mais umas 6 pessoas ignoraram o guia e continuamos tirando foto e apreciando a beleza daquele lugar que era surreal de lindo. Aí o guia mala ficou chamando e disse que ia nos contar algumas curiosidades sobre aquele lugar. Ele falou por uns 5 minutos coisas que você, com certeza, pode ler no Wikipedia e mandou a gente descer. Eu tava com um ódio no meu coração que eu vou te contar uma coisa... Nunca mais queria ver a cara desse guia de novo. Descemos com muito cuidado pra não escorregar e fazer strike em geral e, finalmente, chegamos em “terra firme”. Todos entraram no micro-ônibus e voltamos em direção à La Paz, mas com sentido ao Valle de la Luna. Algumas pessoas pediram pra descer no meio do caminho porque não iriram para o Valle de la Luna (eu super acho que vale a pena ir). Chegamos lá, o guia mandou geral descer e nessa hora tava começando a chuviscar, mas nada demais. A gente nem tinha entrado direito no sítio arqueológico e o guia já falou que deveríamos ser rápidos e começou a andar na nossa frente meio que correndo. Olhamos uns pros outros e concordamos de cagar baldes na cabeça dele e curtir a beleza daquele lugar sozinhos, mesmo que não tivéssemos nenhuma explicação sobre o local. Quando o guia se deu conta tava andando completamente sozinho e todo mundo espalhado tirando foto e se divertindo até que ele pediu pra gente chegar perto que ele queria explicar como foi a formação daquele lugar. Ele repetiu, pelo menos, umas 6 vezes que o Valle de la Luna foi formado pela erosão do vento, água e sol e blá blá blá... Zzzzzzz. Joguem no Wikipedia que vai ser melhor. Geral olhou pra cara dele com cara de “cala boca” e continuamos seguindo nosso tour por conta própria. Foi mil vezes mais divertido. Fizemos várias fotos legais, zuamos muito. Aí cada hora a gente revezava um sendo o guia e essa pessoa ia repetindo sobre o processo de erosão do vento, água e sol. The zueira never ends, não é mesmo?! Depois de percorrer todo sítio arqueológico, que não é muito extenso e tem os caminhos bem marcados e sinalizados, chegamos na saída e quando entramos no micro-ônibus, quem tava lá sentadinho fazendo merd* nenhuma? O guia! Vontade de socar a cara dele! Durante a volta até La Paz, fomos nos empanturrando de biscoito porque a fome tava nos matando e, geralmente, esse passeio não tem nenhuma parada para almoço ou lanche. Todos entraram no micro-ônibus e já era hora de voltar pra La Paz. Algumas pessoas pediram pra ficar em frente ao teleférico, outras no meio do caminho e nós seguimos até o final na Plaza San Francisco que era perto do nosso hostel. Chegamos por volta das 16:30 na praça e ainda tínhamos mais uma aventura pra noite daquele dia: ir ver o jogo do São Paulo X The Strongest no estádio de futebol Hernando Siles. Ah! Eu curti o passeio de Chacaltaya + Valle de la Luna, óbvio que eu gostaria de ter tido um guia mais animado e comprometido com o trabalho, mas quem não tem cão caça com gato, né? E mesmo com um guia de merd* conseguimos nos divertir muito no passeio com pessoas maravilhosas como os brasileiros que conhecemos. Antes de voltarmos pro hostel, nós paramos numa galeria onde ficava a Arco Travel pra perguntar quanto era o passeio de Tiwanacu, porque eu e Elisa estávamos pensando em ir no nosso penúltimo dia em La Paz. Aproveitamos pra fazer a despedida do Emiliano e da Marina numa creperia maravilhosa dentro dessa mesma galeria. Todos comeram, mas eu e Elisa tínhamos comido tanto biscoito que acabamos perdendo a fome. Voltamos pro hostel pra nos arrumar e no caminho trocamos mais 50,00 dólares a uma cotação de 6,95 o que nos deu uma bolada de 347,50 bolivianos. O jogo começaria às 21:00, então foi o tempo da gente tomar um banho, se arrumar e ir jantar. Entramos num restaurante cubano sensacional, todo ambientado com coisas de Cuba. Pedimos um hambúrguer gourmet maravilhoso e uma água e pagamos 30,00 bolivianos cada. Já eram 19:45 quando pagamos e fomos em direção à Plaza San Francisco pra tentar pegar um táxi até o estádio (detalhe importante: não tínhamos os ingressos ainda hahahaha). Nenhum táxi parava ou os que paravam não queriam levar a gente lá. Decidimos perguntar se dava pra ir andando e uns meninos disseram que dava uns 15 minutos a pé. Pernas pra que te quero... Fomos andando e perguntando em cada esquina pra não errar o caminho, eis que chegamos na avenida principal do estádio que estava fechada e só era possível acessá-la a pé. No caminho, vários cambistas interceptaram a gente, mas decidimos que iríamos tentar comprar na bilheteria primeiro e se estivesse esgotado por lá, iríamos em algum cambista. A galera nem disfarçava não. Gritavam pra todo mundo ouvir que estavam vendendo os ingressos pro jogo. Os cambistas estavam vendendo a 85,00 bolivianos pra qualquer um dos lados. Chegamos à bilheteria e ainda estavam vendendo ingresso por lá. Escolhemos ficar na torcida do The Strongest e pagamos 80,00 bolivianos e já fomos subindo correndo porque o jogo estava prestes a começar. Eis que nos deparamos com a arquibancada lotada e não tinha espaço pra gente, ficamos indo e vindo de um lado pro outro tentando achar lugar pra nós quatro. Pedimos aos guardas pra nos ajudarem, porque já tava começando o jogo e a gente tava em pé e nego tava xingando a gente. Até que uma rapaziada muito gente fina gritou: Quatro? Olhamos pra eles e eles apontaram pros lugares. Uhulll! Subimos e fomos pedindo licença porque é muito apertado o corredor entre as cadeiras. Agradecemos muito aos caras e já estávamos prontos pra assistir o jogo quando percebemos que todos estavam olhando pra gente. Deu um certo desconforto aí um cara perguntou se a gente torcia pro The Strongest e a gente respondeu: claroooo! Vai The Strongest! Hahahahahaha Pior que estávamos mesmo torcendo pro The Strongest e depois que todos entenderam que éramos da mesma torcida foi irado. A gente tava se sentindo em casa. Eu gritava em espanhol as mesmas coisas que os caras gritavam: Tranquilo! Tarja roja! Carajo! Entre outras expressões normais do futebol... Foi bem engraçado e a experiência foi bem divertida, tirando o fato de que o jogo empatou e o The Strongest foi desclassificado e tava geral puto! Vimos o último lance já perto da escada e assim que vimos que jogo empatou, descemos as escadas correndo e fomos logo tratando de sair da confusão. Demos uma corridinha básica pra ficar mais emocionante, porque a gente não sabia como o povo boliviano lidava com a desclassificação e se fosse como as torcidas organizadas do Rio ia dar merd* e a gente não queria estar lá pra ver. Depois de sair da muvuca, fomos andando pro hostel (a volta sempre é mais rápida que a ida, né?), passamos por vários bêbados na rua e chegamos em “casa” perto da meia-noite. Tomamos um banho quentinho e fomos dormir, porque o dia seguinte seria o último dia de mochilão da Pate e do Vagner e ainda tínhamos muitas coisas pra ver por La Paz, propriamente dita. SALDO DO DIA: - 30,00 bolivianos – Taxa local do Chacaltaya - 30,00 bolivianos – Jantar - 80,00 bolivianos – Ingresso para o jogo do São Paulo X The Strongest * Trocamos 50,00 dólares = 347,50 bolivianos (cotação de 6,95 bolivianos por dólar) TOTAL: 140,00 bolivianos PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.23) City tour guiado cheio de curiosidades pelas ruelas de Laz Paz Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também! Em março vou para a Tailândia e vou compartilhar tudinho pelo IG e relatar todas essa experiência pelo blog! 1 Citar
Membros Ana Carolina Botelho Postado Fevereiro 8, 2017 Membros Postado Fevereiro 8, 2017 Maaaary! Ja te perturbei algumas vezes pelo blog e por e-mail kkkkk e estou eu aqui de novo com uma dúvida meio boba Quando você ia de um país pro outro, quando sobrava moeda local do país anterior, você trocava junto com dólar? Ex: saindo de San Pedro de Atacama, sobrou 10.000 pesos. Você trocava por dólar de novo em San Pedro, ou esperava e trocava direto por Soles em Arequipa? Obrigada pela atenção de sempre! Citar
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