Membros Maryana Teles Postado Janeiro 9, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 9, 2017 CAP.14: O Valle Sagrado de los Incas 13/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de Some Nights] ( ) Acordamos bem cedo e tomamos o nosso café da manhã no hostel, bem rápido, já que a van estava marcada para nos pegar às 8:00. O desayuno foi o mesmo de sempre: pão duro (aquele que sua vó tem guardado da semana passada aí você chega na casa dela de surpresa e ela te oferece isso enquanto coloca um bolinho fresquinho pra assar – beijooo vó!), manteiga ou geleia, chá e café! Quem quisesse dar um upgrade podia pagar extra e ter ovo, presunto, queijo, saladas de fruta, etc. Como eu acordava um pouco mais cedo pra falar com o boyfriend, percebi que a noite anterior tinha me rendido muitos amigos aleatórios. Entrei no banheiro e três pessoas vieram falar comigo e me dar beijinho no rosto. Depois mais algumas pessoas pelo hall me cumprimentaram e quando percebi já podia até me candidatar a vereadora de Cusco porque o que tinha de gente acenando pra mim e rindo... Sérioooo! Ôooo bebidinha do capeta que eu tomei! Ou talvez seja pelo fato de eu ser BEM fraca pra bebida mesmo! Ahhhhhhh! Sem contar nos 3 “amigos” novos que eu ganhei no whatsapp e os 5 “amigos” novos que eu ganhei no meu Facebook! Hahahahahahaa Meu namorado que estava na Inglaterra que curtiu pra caraca essa noite, né?! Beijoooo boyfriend! Enfim! Café da manhã tomado, ficamos esperando a van no hall do hostel até que um cara veio na nossa direção e perguntou se éramos a Maryana e a Elisa e a gente disse que sim, mas que faltavam dois amigos que estavam no Wild Rover e o cara disse que eles já estavam na van. Fomos seguindo o moço e chegamos na Plaza e ficamos esperando a van por lá! Eis que vemos o Vagner e a Patrícia acenando de dentro do micro-ônibus e aí deu um alívio maior e ficamos tranquilas. Sentamos e a guia já começou a falar e explicar mais ou menos o passeio. Mais uma vez não demos sorte e pegamos uma guia chata pra caraca, apesar de explicar bem as coisas. O problema é que ela era chata mesmo, ficava chamando a gente de família pra cá, família pra lá! E a interação dela com a gente era tão monótona que mais fazia a gente dormir do que prestar atenção. Enfim! Mais um dia de cultura vindo pela frente! Nossa primeira parada seria na cidade de Pisaq, mas antes disso paramos numa pequena feirinha de artesanato onde eu fiz a festa e comprei o presente da maioria dos meus amigos e familiares (surra de chaveiro e moedeira pra geral – gastei com tudo isso 37,00 soles) e eu e Elisa dividimos uma água por 1,75 soles pra cada porque a nossa tava acabando e nem nos ligamos. Ficamos 20 minutos nessa feirinha! Seguimos viagem e nesse momento um rapaz entrou no ônibus junto com a gente e foi vendendo uma bebida (tipo um licor) típica da região que é ótima pra digestão. O toque especial era que o licor vinha numa garrafa linda toda trabalhada no artesanato e achei que seria um ótimo presente pro namorado, já que ele adora experimentar bebidas de outros países (ele amouuuu). Eu paguei 18,00 soles porque fiquei chorando desconto, mas acho que o valor original era 20,00 ou 22,00 soles. Fizemos uma parada super rápida em um mirante pra admirar o vale que deu origem ao nome da região e depois fizemos outra parada numa joalheria (parte pega-turista). Nós quatro saímos andando e ficamos esperando do lado de fora a galera comprar as coisas na joalheira. Foram uns 15/20 minutinhos nessa parada meio inútil, mas serviu pra gente se divertir um pouco com um bebê lhama que achamos no colo de uma senhora. Depois de todas essas paradas, finalmente chegamos à cidade de Pisaq e a guia nos explicou sobre a compra dos boletos turísticos e paramos em frente à bilheteria pra quem tivesse que comprar (algumas pessoas já fecham o tour com os bilhetes inclusos, mas não era nosso caso). Como nós quatro tínhamos a carteirinha de estudante, pedimos uma meia do boleto turístico parcial que é válido só por dois dias consecutivos, mas como eu acho que não existe meia no boleto parcial, eles nos deram o boleto geral que é válido pro 10 dias pelo preço do parcial. #confuso Enfim, só sei que pagamos 70,00 soles, mas acabamos ganhando o boleto turístico geral. Não sei se foi sorte, mas quem tiver carteirinha de estudante, acho que vale tentar. Já a Patrícia, que tinha carteirinha de estudante, mas era maior de 25 anos acabou não tendo desconto de estudante e pegou o boleto turístico parcial mesmo. Ahhh! Detalhe: Aqui aceitaram a carteirinha de estudante normal também, sem ser ISIC (mais uma vez: não sei se foi sorte, mas vale tentar). A guia pediu pra todos entrarem no micro-ônibus novamente e seguimos viagem até a primeira parada de fato do passeio: As ruínas de Pisaq! Nessa parte do passeio a guia pediu pra gente sentar numa área de frente pras ruínas e ficou nos explicando toda história daquele lugar e tal e depois nos deu cerca de 30 minutos pra gente explorar livremente. Essa parada foi de 1 hora mais ou menos. Seguimos viagem para o povoado de Urubanda, onde teríamos o nosso almoço. A gente foi dividido em dois grupos e cada grupo comeria num restaurante diferente. Eu não sei o motivo, talvez quem tivesse com almoço incluso no pacote ficasse num restaurante e quem fosse pagar na hora ficasse em outro. Sei lá! Tô aqui especulando mesmo! Pagamos 25,00 soles pelo Buffet (comida liberada + sobremesa) e mais 2,50 soles na água. Depois de comer e quase explodir, seguimos viagem para Ollantaytambo (eu e Elisa dividimos mais uma água 1,00 nuevo sol pra cada) e aqui a guia foi subindo com a gente e parando em lugares “estratégicos” pra ir nos explicando as histórias de todas aquela região, desde os mitos até as ‘verdades’. Foi nos mostrando as curiosidades nas montanhas e as formas que cada rocha tinha e o que aquilo significava pra aquele povo e tal, bem interessante, mas confesso que a voz dela já tava me irritando e que aquele lance de ficar chamando a gente de família me fazia ter vontade e voar no pescoço dela, fora a lerdeza na hora de falar que me fazia querer dormir. Tirando TODA nossa implicância com a guia (não era só eu não, Elisa, Vagner e Pate também queriam sacudir a guia pra ver se ela ficava mais espertinha rs), as histórias que ela contou eram bem interessantes e algumas até surpreendente. Depois ela nos deu 30 minutos livres pra explorar o local e voltamos pro micro-ônibus. Essa parada foi de mais ou menos 1h30min. Ahhh! Ela ainda disse que quem fosse continuar a viagem para Chinchero deveria retornar ao ônibus na hora marcada (EM PONTO). E quem fosse ficar em Ollantaytambo para embarcar no trem rumo à Águas Calientes deveria ficar atento ao seu horário de embarque e se dirigir à estação depois de conhecer as ruínas. Seguimos para Chinchero, já anoitecendo. Nossaaaa! Eu curti demais essa parada. Pensa em surra de cultura na tua cara ali ao vivo. Foi muitooo legal! A atração era conhecer a forma de confecção dos artesanatos naturais que as mulheres quéchuas desenvolviam através de milhares de anos de geração em geração. Uma mulher (tipo palestrante) que era muito simpática nos explicou todo processo desde a extração, limpeza até o tingimento natural das lãs de alpacas, vicuñas, etc. Caraaaa muito irado! A mulher mostrou pra gente como produziam o sabão natural que era usado pra lavar as lãs, depois nos mostrou como as cores eram formadas, exemplo: o verde vem das folhas, o vermelho vem do sangue de um parasita específico (não vou lembrar o nome). Depois mostrou que essas mesmas cores podem variar dependendo da combinação que elas façam. Caraaaaa o auge da apresentação foi quando ela matou o parasita na nossa frente e disse que o vermelho era uma cor muito utilizada blá blá blá e depois, PASMEM, ela passou o dedo na boca e disse que também utilizavam esse sangue como batom natural. CARALH***!!! Ela passou o sangue do parasita na boca! Hahahahaha E disse que muitas indústrias de estética utilizam essa matéria prima nos seus produtos! Ficamos chocadíssimos e com um certo nojinho também rs! Ahhh! Ela ainda fez questão de enfatizar que o batom natural era de 24 horas. Hahahahah MORRI! Foi muito irada a apresentação! Teve até um chá no meio pra nos esquentar, porque tava começando a fazer um friozinho do mal. Aí a moça ainda nos mostrou como elas teciam e depois falou um pouco da realidade dura de quem vive só de artesanato, porque é ofensivo a gente ficar pedindo desconto em coisas que elas demoram, às vezes, um ano pra tecer. Que os turistas não valorizavam os artesanatos da forma correta e tal. Nós quatro nos sentimos até mal, porque pedimos desconto em artesanato a viagem inteira. Hahahahaha Ahhh! Pra quem vai pra Bolívia, lá é ofensivo pedir desconto em comida rs. Ah! Não sei se comentei: Vagner é a pessoa mais engraçada pedindo desconto. Diz ele que é uma tática, mas eu acho que é uma piada de tão engraçado que é! Imagine que um artesanato é 50,00 soles. Uma pessoa normal negociando diria o quê? Faz por 35,00/40,00 soles, né? Vagner negociando é assim: Faz por 10,00 soles? Caraaaa mas ele manda na lata. A pessoa fica até desconsertada de tão discrepante que ele joga o valor. Caraaaa a gente rolava de rir toda vez que ele tentava negociar. A moça disse também que o artesanato de Chinchero é exclusivamente de Chinchero, que elas tem uma técnica específica que elas conseguem reconhecer em qualquer lugar do mundo que aquele artesanato é oriundo de Chinchero. Caraaaa que surra de cultura maravilhosaaa! Depois disso, ela nos dá uns 10 minutos pra visitar a feirinha e deixa claro que se a gente comprar qualquer coisa lá estará ajudando a comunidade e tal. Aí fomos nós quatro perguntar os preços! JESUSSSS! Quase caímos pra trás! Era tudo muito lindo e muito bem trabalhado, mas também tudo muito caro e como a gente não podia pedir desconto e também não tinha dinheiro, ficamos esperando a galera no micro-ônibus mesmo. Seguimos viagem de volta para Cusco e chegamos por volta das 19:00 por lá. Assim que descemos do micro-ônibus, fomos direto para a agência de turismo que fechamos a van de Machu Picchu (Expediciones WaynaPicchu) pra acertar os últimos detalhes: horário da van no dia seguinte pra Águas Calientes, horário de retorno no dia 16/4, ônibus pra Puno e guia em Machu Picchu, que iria nos encontrar no nosso hostel em Águas Calientes no dia anterior à subida a Machu Picchu (14/4) pra nos passar todas as orientações. Tudo certinho! Resolvemos trocar mais 10,00 dólares (just in case), porque em Águas Calientes provavelmente seria mais caro e não queríamos correr o risco de ficar sem dinheiro. A um câmbio de 3,27 trocamos 10,00 dólares e pegamos 32,70 soles. Ahhh! Eu aproveitei pra comprar logo meus postais de coleção (4,00 soles tudo). Seguimos para o hostel do Arthur e do Vitor que iriam embora de Cusco naquela noite e seria nosso último encontro na viagem. No caminho vi uma moedeira linda que era a cara da minha vó e comprei por 5,00 soles rs. Decidimos comer numa hamburgueria artesanal pra fazer a despedida com chave de ouro. Apesar de não ser muito barato, o hambúrguer tava delicioso e o ambiente era muito legal. Comemos com calma e eu paguei 16,50 soles no hambúrguer tradicional (eu não queria inventar muita coisa nova na noite anterior à ida a Machu Picchu, porque o Rodrigo comeu um negócio um dia antes de ir para Águas Calientes e passou mal o caminho todo e quando eu li o relato dele, decidi que não inventaria nada de diferente um dia antes de Águas Calientes na minha viagem rs). Nos despedimos dos meninos com uma dor no coração e seguimos andando pra achar um mercadinho pra comprar nossos “mantimentos” para Machu Picchu. Eu e Elisa dividimos e compramos biscoitos e águas pra gente levar numa bolsinha à parte das nossas mochilas de ataque. Gastamos 6,00 soles cada em tudo. Decidimos comprar ainda uma cartela de soroche pills pra dividir entre nós quatro (5,00 soles pra cada) e essa divisão rendeu dois comprimidos pra cada! Soroche Pills será seu melhor amigo nessa viagem. Previne o enjoo causado pela altitude e desconfio que dá uma sonolência, então é perfeito pra você não ver os penhasco que você vai se enfiar com sua van no caminho até Águas Calientes. Depois de tudo certo e comprado pro dia seguinte, decidimos arrumar os mochilões e já deixar as mochilas de ataque também organizadas, já que a van estava marcada para nos buscar às 7:20 da manhã no nosso hostel. Chegou a hora de descansar porque o dia seguinte nos reservava 7 horas dentro de uma van em curvas intermináveis. SALDO DO DIA: - 1,75 soles – Água - 37,00 soles – Lembrancinhas da feirinha - 18,00 soles – Bebida de lembrança pro namorado - 70,00 soles – Boleto Turístico Parcial/Geral Cusco - 25,00 soles – Almoço Buffet - 2,50 soles – Água - 1,00 nuevo sol – Água - 4,00 soles – Postais - 5,00 soles – Moedeira da vovó - 16,50 soles – Hambúrguer - 6,00 soles – Compras no mercado - 5,00 soles – Soroche Pills. * Trocamos mais 10,00 dólares = 32,70 soles (cotação de 3,27 soles por dólar) TOTAL: 191,75 soles PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.15) O caminho da morte até Águas Calientes Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também e dá uma passadinha no meu blog (http://www.vidamochileira.com.br), tem um montão de coisas legais por lá e muito mais vindo aí! 1 Citar
Membros Magnommf Postado Janeiro 9, 2017 Membros Postado Janeiro 9, 2017 Quando tu vai acabar os capítulos? estou muito ansioso pra ler tudo! Montei um roteiro para viajar para Bolívia, Chile e Peru e é 95% parecido com o seu hahahaha a data prevista pra viajar é dia 10 de abril. Seu relato já está me ajudando muito, mas ainda tenho algumas dúvidas pontuadas, será que posso te add no facebook e fazer algumas perguntas? hahahaha Valeu, seu relato tá sensacional! Citar
Colaboradores Vagner Machado Postado Janeiro 13, 2017 Colaboradores Postado Janeiro 13, 2017 Cara que guia mais chata, serio mesmo kkkkkkkkk, pensa em uma pessoa que tinha conhecimento porém, nos tratava como se fôssemos do primário kkkkkkkkkkkk Citar
Membros Maryana Teles Postado Janeiro 13, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 13, 2017 Quando tu vai acabar os capítulos? estou muito ansioso pra ler tudo!Montei um roteiro para viajar para Bolívia, Chile e Peru e é 95% parecido com o seu hahahaha a data prevista pra viajar é dia 10 de abril. Seu relato já está me ajudando muito, mas ainda tenho algumas dúvidas pontuadas, será que posso te add no facebook e fazer algumas perguntas? hahahaha Valeu, seu relato tá sensacional! Oi Magno! Você já foi no meu blog? Na aba ROTEIROS disponibilizei uma planilha sensacional com tudo muito explicadinho. É só ir lá e baixar! Claro que pode me add no face! Pretendo postar tudo até o final de Janeiro! Se Deus quiser! Citar
Membros Maryana Teles Postado Janeiro 13, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 13, 2017 Cara que guia mais chata, serio mesmo kkkkkkkkk, pensa em uma pessoa que tinha conhecimento porém, nos tratava como se fôssemos do primário kkkkkkkkkkkk Que saudades de vocês caraaaa! Citar
Membros Maryana Teles Postado Janeiro 13, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 13, 2017 CAP.15: Trilha da hidrelétrica até Águas Calientes 14/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de Counting Stars] ( ) Acordamos cedão pra tomar café porque a van iria nos pegar 7:20 em frente ao hostel. Como o café da manhã no Wild Rover começava às 7:30 ou 8:00 (não lembro agora), eu e Elisa fizemos uns pães com geleia pro Vagner e pra Pate que nos encontraram lá no Pariwuana. Eu e Elisa fomos fazer o check-out na recepção e pedimos pra moça guardar nossos mochilões na sala de bagagem, já que só levaríamos as mochilas de ataque para Águas Calientes. A moça disse que sim, colocou uma tag com nossos nomes e nos deu um recibinho que deveríamos mostrar pra retirar os mochilões. Eu e Elisa pagamos 70,00 soles das duas diárias e 22,00 soles das nossas bebidas do bar na noite da loucura total, lembram? Eles anotam nossos nomes e colocam na conta em vez da gente ter que pagar na hora. Nós quatro resolvemos tomar um chá de folha de coca pra já ir preparando o corpo pra altitude e pras infinitas voltas que já sabíamos que a van daria até chegar na hidrelétrica. Não sei se mencionei antes, mas o chá de folha de coca é ótimo pra várias dores e mal estar que você possa sentir ou também funciona muito bem como preventivo disso tudo! Enfim, estávamos prontinhos esperando a van, até que deu 7:20, 7:30, 7:40, 7:45.... Nós estávamos bem preocupados com o horário e começamos a pensar que poderíamos ter sido enganados. Mandei um whatsapp pro Samuel perguntando onde estava nossa van e ele disse que ia ligar pro rapaz que deveria pegar a gente. Samuel respondeu dizendo que o moço já tava chegando e quando foi 7:50 o cara chega gritando a gente. Seguimos o cara até a Plaza e ficamos esperando muitooo tempo até a van chegar. Eu já queria socar a cara daquele maluco que ficava repetindo: só mais 10 minutinhos, mais 10 agora, tá quase chegando... Que ódioooo! Não chegava nunca! Aí eu falei pra ele ser sincero e me dizer exatamente em quanto tempo a caceta da van ia chegar e que queria ver ele ligando, porque ele fingia que tava falando com alguém no telefone, mas tava po**a nenhuma! Aí nisso parou uma van por volta das 8:30 e entramos. Dica: Tente não sentar nos assentos do meio, porque como são curvas infinitas, você fica parecendo gado de um lado pro outro. Demos uma cochilada até a primeira parada prevista para às 10:00 numa lanchonete de beira de estrada para quem quisesse tomar café da manhã. Como a gente já tinha comido uns pães borrachudos no hostel, estávamos sem fome. Aproveitamos aquela parada para ir ao banheiro (última parada para banheiros antes do almoço, que estava previsto para 13:30) e comprar umas bananas pra viagem. Voltamos pra van e seguimos nosso rumo. Depois de longas horas que pareciam intermináveis com curvas chatinhas durante todo trajeto, chegamos ao nosso restaurante em Santa Teresa. Era Buffet (comida liberada), mas sem muitas opções legais e também, ninguém tava querendo arriscar e comer muito porque estávamos guardando nossa saúde para Machu Picchu. Nada poderia dar errado antes da gente chegar lá. Então, nada de comida temperada, molhos estranhos ou qualquer coisa que pudesse nos deixar indispostos. Pagamos 10,00 soles e depois fomos na mercearia do lado comprar um sorvetinho de sobremesa (pagamos 2,10 soles). Todos aproveitaram para ir ao banheiro de novo e seguimos viagem! Tínhamos mais 1h30min de curvas e mais curvas, mas agora com uma estrada bizarramente ruim, de pedra e super estreita (antes era asfaltado). Genteeee! Sem sacanagem! Eu me forçava a dormir ou manter meus olhos fechados pra não ver os penhascos que a gente tava passando com a roda quase saindo da estrada. Tivemos várias vezes sustinhos da galera gritar porque a gente achava que ou ia cair ou ia bater! Se você quer ir a Machu Picchu com MUITA EMOÇÃO, vá de van e faça a trilha da hidrelétrica! Aí teve até uma hora que um carro veio e a van foi e os dois quase bateram, porque ninguém quis ceder a vez e aí ficamos presos porque ninguém dava ré. PQP! Até que a nossa van deu uma rezinha e o carro passou. Eu juro que deve ter sido Deus que segurou a roda daquele carro, porque tinha tudo pra ter caído daquele penhasco bizarro. Enfim, depois de 3456 curvas, finalmente chegamos à hidrelétrica às 15:00 e o Elvis, um cara que parecia ser o despachante das vans, veio dar as indicações sobre a volta, que deveríamos estar pontualmente às 14:30 no dia 16/4 naquele mesmo lugar e procurar por ele. Elvis frisou 1000 vezes que deveríamos estar pontualmente lá no dia da volta, porque tinha gente que ia pra Puno no ônibus das 22:00 e não podia perder (era o nosso caso) e disse também que quem não tivesse lá na hora ele não ia esperar (olhaaa o terror psicológico que o cara fez), mas pra gente tava ótimo porque precisávamos mesmo chegar a tempo em Cusco pra pegar o bus pra Puno. Ah! Ele também disse, que quem fosse pegar o trem pra Águas Calientes era pra acompanhar ele e também falou lá os valores do trem pra estrangeiros e nacionais, que eu juro que colocaria aqui pra vocês se eu não tivesse tão ansiosa na hora e tivesse cagado baldes pro que ele tava falou após: “estejam aqui às 14:30 no dia 16/4”. Depois dessa frase eu não ouvi mais nada, eu só queria colocar a mochila nas costas e começar a trilha. #foimalae Enfim, recado dado, passamos protetor solar e partimos andando rumo a Águas Calientes. Começamos num ritmo bom, mas depois decidimos ir com mais calma porque, afinal, éramos três sedentárias e um ciclista, então não dava pra sair correndo que nem a galera que tava na nossa frente. Como eu li em muitos relatos, de fato muita gente faz essa trilha andando, então, não tem perigo nenhum de ir sozinho(a) ou achar que vai se perder porque não tem erro! É SÓ SEGUIR O TRILHO DO TREM! Andamos uns 20 minutos e quando nos demos conta, nós éramos os primeiros fazendo a trilha, todo mundo que tava na nossa frente tinha sumido. Aí pensamos: caracaaa! Essa galera é muito rápida! E continuamos andando. Até que depois de mais uns 10 minutos andando a gente se depara com um paredão de rocha e o trilho do trem tinha acabado. Hahahahahahahahaa Fudeuuuuuu! Como segue o trilho do trem sem trilho? Quando a gente olha pra trás, tem uns 5 ou 6 mochileiros vindo na nossa direção aí a gente perguntou: Vocês sabem se é por esse caminho mesmo? Aí eles disseram rindo meio que sem graça: A gente tava seguindo vocês! Hahahahahahaha Eis que brota do chão um cara do meio de uma trilha que era meio íngreme ao lado desse paredão. Perguntamos se o caminho de Águas Calientes era aquele e ele disse que sim! Subimos meio que escorregando nessa trilha bem íngreme, porque o chão era de terra seca, então o tênis não tava criando atrito. Passamos debaixo de uns troncos caídos, pulamos outros e eu só pensava: Caraaa a gente com certeza fez alguma coisa errada. Ninguém nunca relatou isso. Todo mundo diz que a trilha da hidrelétrica é plana e super tranquila e a gente lá se agarrando em galho, escorregando, dando mão pro coleguinha pra puxar ele.... Mó sufoco desnecessário! Depois descobrimos que no meio desse caminho de trilhos que a gente seguiu, bem antes da gente chegar nesse paredão sem saída, tinha uma placa indicando pra subir, porque lá em cima tinha o trilho verdadeiro do trem. Como a gente tava andando distraído, não vimos essa placa, passamos direto e seguimos o trilho antigo que fica na parte de baixo, no mesmo nível do local que descemos da van, mas na verdade você precisa ir tipo pra um nível acima através de uma trilha marcada (tipo degraus naturais) pra poder seguir de fato o caminho dos trilhos ativos. Enfim! Fiquem atentos hein! Seguimos os trilhos do trem super de boa. Paisagens maravilhosas, natureza sensacional e um ar super puro e fresquinho batendo nos nossos cabelos e na careca do Vagner rs. Há um bom espaço nas laterais e você consegue escutar o trem de longe dando sinal, então é só chegar pro lado e esperar ele passar (só passou um trem durante todo o tempo que estivemos caminhando)! A média de duração da trilha é de 2 horas (pessoal com condicionamento físico tinindo) até 4 horas (pra galera que anda mais devagar). A gente fez a trilha de quase 13 km em 2h30min porque paramos várias vezes pra tirar foto, descansar, curtir o visual e no finalzinho acabamos apertando o passo porque começou a anoitecer e ficar bem escuro e até um pouco perigoso (principalmente quando passamos dentro do túnel e não conseguíamos enxergar um palmo na nossa frente – usamos só a lanterninha do celular rs). A trilha é linda demais! Maravilhosa! Tem uma ponte enorme de aço bem bonita que fica sobre um rio bem largo que já é parada certa pra todo mochileiro tirar foto rs. Tem também uns riachos e uns paredões maravilhosos. Aiii é tudo muito lindo e vale muito a pena! Eu tinha lido no relato do Rodrigo uma coisa que procurei ficar bem atenta quando fosse minha vez de fazer a trilha e nós quatro já sabíamos que era preciso ter cuidado nessa parte e tal. Rodrigo falando: “No final da trilha, é preciso muita atenção. Isso porque não devemos continuar seguindo pelo trilho do trem, e sim descer por um outro caminho. Se você seguir pelo trilho, irá passar pelo túnel, que é proibido. Se o trem passa ali na hora, não tem “acostamento” pra você se proteger, aí já era. Muito cuidado com isso. Tem um pessoal que avisa, mas nem sempre eles estão ali. Então observem bem o caminho”. Você teve cuidado nessa parte? Nem a gente! Hahahahaha Fomos o caminho inteiro comentando sobre isso e tal, pra termos cuidado blá blá blá e quando a gente percebeu, já estávamos dentro do túnel e pensamos: Putzzzzz! Era pra ter descido, né? Aí já era tarde demais e a gente apertou o passo e nada nos aconteceu, mas de fato é bem perigoso, porque se o trem passasse nós íamos ficar imprensados na parede. Atenção gente! Só sei que depois desse túnel (mais cumprido) que ainda passamos com um pouco de luminosidade da tarde, ainda passamos em outro túnel (um pouco menor) completamente no escuro. Então, pra galera que fica atenta à bifurcação é possível que não entre em nenhum túnel, mas pra quem erra o caminho, acaba passando por dois. E, se não me engano, a entrada oficial de Machu Picchu Pueblo (com o letreiro branco) é no caminho debaixo sem passar pelos túneis. Finalmente chegamos a Águas Calientes! Que cidadezinha charmosa! Genteee é muito fofa e gostosa. Parecia penedo, sabe? Várias ruas, umas de artesanato, outras de restaurantes, outras com a mistura dos dois. Tudo muito organizado e bonitinho! Fomos direto para o Supertramp que é onde nós ficaríamos hospedados. Pra chegar lá você segue a rua da feira de artesanatos até lá em cima (uma rua que fica paralela à rua da bilheteria do ônibus de subida a Machu Picchu), onde você vai ver uma ponte no final, vire à direita e você vai ver o estádio de futebol de grama sintética mais adiante. Siga em frente e, se não me engano, na segunda ou terceira esquerda você vira e é lá! Se você se perder é só perguntar onde é o Supertramp que a maioria conhece. O hostel é bem legal, estilo mochileiro mesmo. Bem cool, com as paredes assinadas por pessoas de todas as partes do mundo (óbvio que deixamos nossas assinaturas lá – procurem nas paredes perto do banheiro do segundo andar. Eu deixei minha marca na moldura do vidro também rs). Tem um bar legal e um restaurante bem maneiro que quando fomos tava fechado e só abria pro café da manhã mesmo. Ah! Apenas um probleminha: Quando chove tem umas goteiras na recepção e perto do banheiro, mas tranquilo, perto de tudo que já tínhamos visto naquela viagem, né? Pagamos 68,00 soles cada em duas diárias num quarto compartilhado de 10 pessoas. O café da manhã era sensacional. Pão estilo croissant com ovo, manteiga, geleia, chá e café e o melhor: o café começava às 4:30 da manhã. Então, é maravilhoso pra quem quer subir bem cedinho Machu Picchu com a barriga cheia, né? A gente decidiu resolver tudinho antes de jantar. Então, como o Samuel tinha dito que o nosso guia ia lá no hostel por volta das 20:00, resolvemos ir logo na bilheteria comprar nossos tickets do micro-ônibus pra subir Machu Picchu. Descemos e fomos pra fila e pagamos 12,00 dólares só na subida de micro-ônibus, porque decidimos voltar andando. É preciso mostrar o passaporte ou documento com foto pra comprar o ticket e quando eu, Pate e Vagner compramos os nossos, Elisa percebeu que ela tava sem documento nenhum, porque tinha deixado tudo no locker do hostel. Então, tivemos que voltar lá pra pegar os documentos e poder comprar o da Elisa. Quando chegamos no hostel, tinham dois cara sentados com cara de guias (guia tem cara de guia? Sei lá! Esses tinham! Hahahah). Aí enquanto a Elisa pegava os documentos dela, eu perguntei se eles eram os guias do grupo Lula que estavam esperando a gente (disse o nome dos quatro) e eles disseram que sim. Pediram desculpas por estarem adiantados em 30 minutos, mas achamos até bom, porque de lá já poderíamos jantar. Então, o cara nos explicou tudo e disse que era pra gente se encontrar na praça às 6:45 porque subiríamos no ônibus das 7:00, mas a gente queria subir cedo e perguntamos se poderíamos encontrá-lo lá do lado de dentro de Machu Picchu perto da bilheteria e ele disse que sim. E nós explicamos que queríamos pegar o primeiro ônibus que era 5:30. Ele disse que tudo bem e que era pra gente esperar lá dentro perto da entrada e procurar a bandeirinha do grupo Lula por volta das 7:30. Tudo resolvido com o guia, descemos pra comprar o ticket do ônibus da Elisa e depois jantar. Compramos (não tinha nem fila dessa vez) e fomos dar uma caminhada pela cidade (que é bem pequenininha) pra procurar algum restaurante legal pra comer e depois ir descansar pro tão esperado dia seguinte. Encontramos um restaurante bem legal que oferecia um menu completo por 18,00 soles (já com os 20% de gorjeta. Pasmem! Não são 10% e sim 20%... vai entender rs). O menu completo vinha com a entrada (várias opções de sopas ou caldos), prato principal (várias opções, dentre elas carne de alpaca – maravilhosa por sinal), sobremesa e suco. Tava tudo maravilhoso e muito gostoso, mas o auge da noite foi quando nossas sopas chegaram e Vagner queria pedir mais pão pro garçom e levantou a mão pra chamar a atenção do garçom. Eis que ele volta com a mão e bate de tal forma na colher da sopa que a tigela dele virou INTEIRA na única calça que ele levou pra Águas Calientes (que a propósito era preta) e a colher deu um duplo twist carpado pro alto e veio caindo derramando sopa pra tudo quanto é lado, inclusive no óculo dele. Caraaaa! Pensa no dia mais engraçado da sua vida, agora multiplica por 1000 e assim acabava nossa noite. hahahahahahaha A gente rolando de tanto rir! Coitado do Vagner cara! E a Pate (mulher do Vagner) só olhava pra ele com uma cara de: Como eu fui arrumar uma pessoa tão estabanada assim? A gente rindo pra caraca! Patrícia não conseguia nem brigar com Vagner porque também tava se mijando de tanto rir só de olhar pra ele com sopa da cabeça aos pés. A galera das outras mesas tava rindo pra caraca também e como era sopa pra tudo quanto é lado, tivemos que mudar de mesa. Coitado do Vagner! Ficou sem a entrada! Hahahahahahahaha Depois que a gente comeu tudo (ou quase tudo, né Vagner?), pagamos e fomos logo pro hostel tomar banho e organizar a mochila de ataque pro dia seguinte. Como o hostel tinha locker, decidimos deixar tudo dentro do locker e subir a Machu Picchu só com o essencial nas mochilas (água, comida, capa de chuva, protetor solar, câmera e óculo de sol). Tudo organizado e ansiedade a mil, eis que começa a cair o mundo de tanta chuva! Caraaaa pensa em quatro pessoas tristes e desoladas. Eu dormi rezando pra chuva passar logo, mas era tanta água vinda do céu, que nem sei se São Pedro conseguia ouvir minhas preces. Sério! TAVA CHOVENDO MUITOOOOOO! Tudo que a gente podia fazer era dormir, torcer, rezar e fazer simpatia pro dia seguinte amanhecer sem neblina e com um sol maravilhoso. Enfim, boa noite gente! SALDO DO DIA: - 70,00 soles – 2 Diárias no Pariwuana Hotel - 22,00 soles – Bebidas da noite mais louca em Cusco - 10,00 soles – Almoço - 2,50 soles – Sorvete - 68,00 soles - 2 Diárias no Supertramp Hostel - 18,00 soles – Jantar - 12,00 dólares – Ônibus para subir a Machu Picchu TOTAL: 190,50 soles + 12,00 dólares PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.16) O sonho de conhecer Machu Picchu (sem nuvens) Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também! Em março vou para a Tailândia e vou compartilhar tudinho pelo IG e relatar todas essa experiência pelo blog! 1 Citar
Membros Maryana Teles Postado Janeiro 15, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 15, 2017 CAP.16: O sonho de conhecer Machu Picchu (sem nuvens) 15/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de Don't Stop Me Now] ( ) Acordamos bem cedo (3:45 da madrugada), porque iríamos tomar café da manhã no hostel e depois pegar o primeiro ônibus pra subir a Machu Picchu (5:30). Quando abrimos os olhos e tomamos consciência do que estava acontecendo, percebemos que continuava chovendo muito, até mais do que na hora que fomos dormir. Foi perturbador saber que talvez não conseguíssemos ver Machu Picchu naquele dia, por causa da neblina densa que estava rodeando as montanhas e por causa da chuva que não parava de jeito nenhum. Em nenhum momento a gente deu pra trás ou pensou em esperar a chuva passar pra subir. Chegamos até ali e iríamos até o final! Nos arrumamos e fomos tomar o café da manhã que começava às 4:30. Comemos bem (sem miséria), uns 3 ou 4 pães cada e já tinha gente tomando café também, todo mundo com as capas de chuva prontas rs. Sabe aquela coisa que dizem sobre pensamento positivo e tal? Então, não teve um só minuto que a gente não estivesse enviando uma vibe boa pra São Pedro dar uma colher de chá e mandar um solzinho. Assim que terminamos o desayuno conseguimos ouvir que a chuva tinha diminuído bastante e então fomos pegar as mochilas pra ir pro terminal de ônibus, que fica bem em frente à bilheteria. Quando saímos, já não estava mais chovendo e dava pra ver todos os mochileiros saindo dos hostels ao mesmo tempo. Tava um pouquinho frio, mas nada demais (eu tava só com uma blusa de flanela, por exemplo). Ficamos na fila pra pegar o ônibus e, se não me engano, saem ônibus de 30 em 30 minutos. Não sei se esse intervalo muda dependendo da temporada, mas tenho quase certeza que eles saem de 30 em 30 minutos sempre (por precaução, se informe quando comprar o ticket do ônibus no dia anterior). A trilha de subida a Machu Picchu é simples, mas cansativa de fazer porque é só subida em zigue-zague. O caminho até lá é bem sinalizado, mas acho que compensou muito a gente subir de ônibus e descer andando, porque poupamos nossos corpos na ida, já que já teríamos que subir bastante lá dentro do Parque de Machu Picchu e a descida foi super tranquila, já que pra descer todo santo ajuda, apesar de que pegamos muita chuva no meio do caminho. Pegamos o ônibus e depois de 30 minutos estávamos lá em cima de frente pra um dos lugares mais lindos e misteriosos do mundo. Uma fila enorme já se formava na entrada e pra não perdermos tempo a gente já foi entrando na fila também. Depois de uns 8 minutos entramos no Parque de Machu Picchu (eles só pediram o ingresso e um documento com foto. Não pediram pra mostrar cartão de crédito, apesar do aviso impresso no boleto de quem compra pelo site). Perguntei ao “segurança” se tinha banheiros lá dentro e ele disse que não. Quem quiser ir ao banheiro, tem que sair do Parque de Machu Picchu e pagar 1 nuevo sol pra usar o banheiro lá em baixo, perto da onde o ônibus te deixa. Mas, o senhor explicou que cada pessoa pode sair e entrar até 3 vezes durante a sua visita ao Parque. Então, já faz um xixizinho antes de entrar pra economizar tempo e pernas, porque você descer tudo e subir tudo de novo só pra ir ao banheiro é fod*! Eu segurei meu xixi por 9 horas! Tá que quase tive uma infecção urinária de tanto prender, mas correu tudo bem rs! A Pate comentou que existia um carimbo de Machu Picchu que os viajantes podiam carimbar no passaporte ao lado do carimbo de entrada e futuro carimbo de saída do Peru. Esse carimbo de Machu Picchu é de graça e você mesmo carimba onde quiser! Caraaaa falou a palavra grátis eu to querendo (meu namorado que não leia isso, porque ele diz que pareço uma maluca quando vejo alguém dando alguma coisa. No outro dia fiz ele atravessar meio shopping só porque tavam dando um bombom da Lindt de graça rs #soudessas). Depois que entramos no Parque, logo após apresentarmos o ingresso, fomos até a “recepção” perguntar sobre o carimbo pra um moço e o “segurança” disse que o carimbo só fica disponível a partir das 9:00 da manhã e que era ali mesmo naquela mesinha à esquerda de quem tá entrando em frente à uma janela. Assim que você entrar olhe pra esquerda e verá uma mesa com uma janela. É ali! Decidimos carimbar na volta e ir logo explorar aquele lugar maravilhoso. Como marcamos com o nosso guia só às 7:30, tivemos um tempinho pra ir andando meio que aleatoriamente e conhecendo o local. Ainda chuviscava um pouquinho e tinha muita neblina! Dava pra ver quase nada. Eu tava completamente desolada. De vez em quando, batia um ventinho e a neblina saia e a gente corria pra tirar foto com as ruínas. Subimos mais um pouco, lá perto de uma casinha que é o ponto estratégico pra tirar foto sem uma multidão atrás de você e encontramos um brasileiro que disse que uma moça disse pra ele que ia fazer sol lá pelas 10:00 da manhã. Hahahahaha #aesperançaéaúltimaquemorre Acreditamos nele e ele explicou que por causa da chuva de ontem era normal que tivesse tudo cinzento e com neblina, até porque a altitude faz isso também. Andamos mais um pouco atrás das lhamas que ficam soltas e depois voltamos pra entrada pra esperar nosso guia. Esperamos muitoooo tempo! E depois de uns 30 minutos vimos uma bandeirinha do grupo Lula e assumimos que era nosso grupo. Nos juntamos a eles e mais a frente descobrimos que aquele não era nosso guia, que nosso guia de verdade tava lá embaixo ainda na entrada e que iria subir por outro caminho (existem diversos caminhos que você pode fazer lá dentro. Alguns guias começam de cima pra baixo e outros fazem o inverso). Só sei que esse guia que estávamos disse que não dava mais pra trocar de grupo porque iríamos nos perder. Conclusão, ficamos com aquele grupo chato de 25 pessoas com crianças pequenas correndo pra lá e pra cá. Uma loucura. O nosso guia não era maravilhoso nem muito interativo (não curto guias que vomitam informação, gosto quando interagem e consegue prender sua atenção), mas explicou várias coisas interessantes sobre a história de Machu Picchu: os mitos, ‘as verdades’, as hipóteses, as tradições, o que era cada cômodo, o que era pra ser tudo aquilo e por que não foi, etc. Realmente, ir a Machu Picchu sem guia é perda de tempo e dinheiro, porque é o guia que vai te mostrar aquele lugar de um ângulo diferente e com uma visão histórica. O tour guiado dura de 1h30min a 2 horas e você vai com o guia parando em cada cômodo e locais estratégicos pra ele ir explicando as histórias. Nesse momento, o sol já começava a dar as caras e já dava até pra começar a suar um pouquinho. Assim que nosso tour guiado acabou, corremos pra casinha das fotos estratégicas pra garantir uma foto com as ruínas de Machu Picchu sem nuvens e com sol (rolou até um óculos de sol nas fotos rsrsrsrs). Chegando lá, óbvio que já tava cheio. Aí, como vocês sabem eu tenho toque de organização e tava me irritando todo mundo tirando foto junto e um saindo trepado na foto do outro. Que que eu fiz? Organizei a po**a toda, né? Porque gente, não faz sentido! Todos querem uma foto legal de Machu Picchu, então vale mais a pena esperar o coleguinha tirar a fotinho dele bem tirada e depois você tirar a sua do que um sair na foto do outro né? Então, organizei meio que uma fila e aí como tinham alguns casais e algumas pessoas sozinhas, eu me oferecia pra tirar foto deles, porque tinha um senhor que tava tirando foto de um casal e eu tava vendo pela tela da câmera que o senhor estava cortando apenas a cabeça do cara! Hahahahaha Aí eu perguntei se podia tirar a foto pra eles e eles super me agradeceram. Aí né? Brota a fotógrafa dentro de mim e já mando nego fazer as poses (olhando, agora rindo espontâneo, agora pulando, agora abre o braço, etc). Só sei que nego saiu de lá com um book e super me agradecendo. Aí quando a galera toda tirou, foi nossa vez, né? Tiramos 6758 fotos naquele lugar e eu aproveitei até pra tirar foto com o Mark (boyfriend). Como ele queria muito ter feito essa viagem comigo e não pôde, imprimi uma foto dele, plastifiquei e tirei uma fotinho com ele. Pensa na felicidade da pessoa quando eu mandei a foto. Ele ficou todo bobo, tadinho! Então, tá aí uma ideia pra quem quer surpreender alguém. Ahhh! Fora o vídeo que fiz pros meus avós lá, meu avô quase teve uma parada cardíaca de tão feliz que ficou! Depois das nossas fotos com as ruínas garantidas, fomos caminhar e tiramos outras fotos com outros ângulos também. Decidimos fazer um “piquenique” em Machu Picchu. Forramos a grama com as capas de chuva e curtimos aquele visual incrível das ruínas, pegando um solzinho e comendo uns biscoitos com aquele cheiro delícia de coco de lhama rs! Foi sensacional! O sol tava torrando a gente e tacamos protetor solar na cara e nos braços e continuamos mais um pouco por lá, com aquela paisagem indescritível. Fizemos até um vídeo com as ruínas de Machu Picchu ao fundo dançando Baile de Favela com a versão que inventamos pra nossa viagem (a gente canta essa música até hoje – às vezes brota do chão e eu canto do nada!). Pensa num dia divertido e marcante foi esse: 15/4/2016. Aí, tive a ideia de tirar umas fotos onde eu ficava lá embaixo e a Elisa tirava as fotos lá de cima. Foi muito engraçado, porque a gente pediu, por favor, pras pessoas esperarem 5 segundos pra gente tirar a foto e deu super certo. Tiramos altas fotos e depois a Pate, o Vagner e a Elisa também quiseram essa foto e eu coordenando as outras pessoas pra não passarem, né? Aí quando eu percebi, tinham dois grupos esperando, não porque eram educados, mas sim porque queriam que eu tirasse uma foto igual pra eles. Hahahaah MORRI! Depois disso, resolvemos subir mais um pouco e encontramos várias lhamas passeando e óbvio que corremos pra tirar uma selfie com elas! Depois, um casal nos deu um biscoito pra dar pras lhamas (que acho que é proibido, mas tava geral dando #seguimosofluxo) e elas vieram comer na nossa mão! Hahahahahaha Subimos mais um pouco e chegamos num portão que dava pra uma guarita, lá você dá seu nome e o horário que você entrou e vai conhecer a ponte Inca. São 20 minutos de caminhada plana até chegar numa ponte que era utilizada pelos Incas há dezenas de anos atrás. Você vê a ponte de longe porque a entrada é proibida e a ponte é super perigosa. Ahhh! Pra quem tem vertigem, cuidado, porque tem umas partes do caminho que são um pouco mais estreitas e não tem proteção dos lados. Aí na volta, você coloca o horário que voltou que eu acho que é pra eles terem controle de que todo mundo que foi voltou, né? Ou porque deve ter acontecido algum acidente antes, sei lá! Voltamos e demos mais umas voltas pelas ruínas. Fomos nos mesmos lugares que fomos com o guia, mas parando com calma pra tirar foto, descemos mais um pouco, subimos, entramos nuns caminhos aleatórios, voltamos, descemos, paramos pra admirar a grandiosidade daquele lugar e seguimos pra saída. Já eram quase 15:00 e o tempo tava virando e tava com cara de que ia cair o mundo de novo e a gente também não queria voltar no escuro. Ah! Como eu já tinha falado antes, nós optamos por não subir a Montanha e a Huaynapicchu, porque queríamos curtir a vibe do Parque de Machu Picchu com calma, não queríamos ter hora pra nada e, é claro, achamos que ia ser um esforço desnecessário subir as montanhas sendo 3 sedentárias e um ciclista. Pro tempo que tava, foi até bom não ter pagado, porque não sei se ia dar pra ver muita coisa naquele dia. Uma galera que subiu disse que valeu a pena, já outros disseram que foi um cansaço à toa, que você vê Machu Picchu tão pequeno que é besteira. Enfim, depende de qual é seu objetivo lá. Peguei uma parte do relato do Rodrigo, porque ele subiu o Huaynapicchu e curtiu. Rodrigo falando: “Dica: eu aconselharia optar pelo 2º grupo de subida ao Huaynapicchu, o que sai às 10h. Isso porque GERALMENTE nas primeiras horas da manhã ainda tem muita neblina, então você corre o risco de não ver muita coisa lá de cima. E foi o que aconteceu no nosso caso. O primeiro grupo que subiu reclamou de não ter conseguido ver quase nada. Já quando nós subimos, no segundo grupo, o céu já tinha limpado bastante, e a vista estava ótima. Mas o tempo é imprevisível, ainda mais nessas bandas. Então é apenas uma opinião pessoal, e não uma verdade absoluta.” Mary falando de novo: Caraaaa! É maravilhoso passar horas e horas e horas em Machu Picchu. O tempo voa e você nem percebe. Nós chegamos lá às 6:00 da manhã e só fomos embora às 15:00 da tarde - muito porque o tempo tava mudando e ia cair um temporal, se não a gente ficava mais. Curta aquela vibe maravilhosa, é uma sensação única estar ali, então aproveite cada minuto com gratidão. A dica é levar água e comida na mochila, porque lá fora é tudo bizarramente caro: 20,00 soles um sanduíche e 20,00 soles um copo de refrigerante ou 40,00 dólares o almoço. Já na saída, fomos lá garantir nosso carimbo de Machu Picchu no nosso passaporte! Cara ficou tão lindo! Eu carimbei o meu bem ao lado dos carimbos do Peru, então ficou tudo na mesma página organizadinho! Aproveitei pra fazer xixi antes de descer a trilha e paguei 1,00 nuevo sol. Começamos a descer a trilha e foi bem tranquilo, no meio da descida começou a chover e começou a ficar mais chatinha, porque estávamos encharcados e com frio. Aí ou você desce exatamente o mesmo caminho que o ônibus faz ou corta caminho (bem sinalizado) por dentro da mata que tem umas escadas de pedra. A gente nem tinha visto esse atalho no começo, até que um cachorro começou a seguir a gente que nos mostrou. Hahahahahahaha Chegamos em Águas Calientes lá pelas 16:30 e fomos logo tomar banho e trocar de roupa. Pedimos pra moça do hostel colocar nossos tênis atrás da geladeira pra secar e deixamos as roupas molhadas penduradas na escada do beliche. Saímos pra dar uma volta pela cidade e achamos um restaurante na rua do nosso hostel, mas do outro lado da ponte que servia o menu completo (entrada, prato principal, suco e sobremesa) por 16,50 soles (já com os 20% de gorjeta). Comemos lá mesmo porque estávamos muito cansados e as pernas estavam doloridas e sabíamos que no dia seguinte tínhamos mais 13km de trilha pra voltar pra hidrelétrica. Demos mais umas voltinhas na cidade, tiramos umas fotinhos e voltamos pro hostel pra dormir e nos preparar pro dia seguinte que seria uma aventura com muita emoção (de van) até Cusco e depois rumo a Puno. SALDO DO DIA: - 1,00 nuevo sol – Banheiro em Machu Picchu - 16,50 soles - Jantar TOTAL: 17,50 soles PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.17) Partiu Puno... COM emoção! Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também! Em março vou para a Tailândia e vou compartilhar tudinho pelo IG e relatar todas essa experiência pelo blog! 1 Citar
Membros Maryana Teles Postado Janeiro 19, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 19, 2017 CAP.17: Partiu Puno... COM emoção! 16/04/2016 [Você pode ler esse relato ao som de Hula Hoop] ( ) Este capítulo vai ser bem mais curto que os outros, porque na verdade foi mais um dia de locomoção que de passeios. Acordamos um pouco mais tarde hoje (8:00) \o/ e fomos nos arrumar e tomar café da manhã. Tudo com calma. Organizamos as mochilas de ataque, guardamos as roupas molhadas e pegamos os tênis atrás da geladeira (ainda bem molhados)! Optamos por não usar o tênis na trilha porque poderia fazer bolha nos nossos pés, então fomos de chinelo mesmo. Nossa ideia era sair às 10:30 pra chegar na hidrelétrica lá pelas 13:30, já que nosso passo seria mais lento por causa do chinelo. Passamos no mercado pra comprar água e seguirmos viagem (eu e Elisa dividimos uma água de 2L e saiu 2,50 soles pra cada). A volta foi ainda mais tranquila. O chinelo estava incomodando um pouco e, às vezes, a gente dava umas escorregadas engraçadas, mas foi de boa porque fomos caminhando pelas madeiras do trilho do trem em vez de caminharmos pelas pedras. Fizemos a volta em 2h10min (ainda mais rápido que a ida), porque como não tínhamos mais a ansiedade de chegar logo e porque já sabíamos o trajeto a ser percorrido, acho que foi mais tranquilo. Fomos cantando o caminho todo e quando nos demos conta já estávamos na hidrelétrica. Aqui foi engraçado, porque lembra que a gente seguiu o trilho de trem errado na ida, na volta quando seguimos o trilho certo até o final, conseguimos ver a sinalização e descemos a trilha que era bem mais marcada que a que subimos, mas como tinha chovido, tava escorregando da mesma forma, mas mesmo assim ainda foi bem mais tranquila do que a que subimos. E aí lá embaixo vimos uma plaquinha indicando que era pra ter subido por ali e aí nos demos conta da onde tínhamos errado no dia 14/4. Como chegamos muito cedo, decidimos almoçar logo num restaurante pé sujo ali perto da onde as vans se concentravam. Pagamos 7,00 soles na entrada + prato principal e suco. A comida não tava lá essas maravilhas, mas serviu pra encher o bucho. Ainda eram 13:40 e já tínhamos almoçado e não tínhamos mais nada pra fazer. Então, decidimos ir lá pro local que o Elvis tinha marcado pra esperar lá sentados numas pedras. Começou a chuviscar, mas nada demais. Esperamos lá quase 1 hora e tava tudo uma bagunça. Um monte de van, um monte de gente, ninguém dava informação e tava chegando a hora da gente ir e nada de chamarem a gente e eu não achava o Elvis de jeito nenhum. Então, comecei a perguntar pra um monte de motorista onde tava o Elvis e blá blá blá. Foi quando vi um homem franzino e gritei Elvis! E ele olhou e eu fui logo falando que precisávamos ir logo porque tínhamos um ônibus pra Puno às 22:00. Ele organizou tudo rapidinho e em menos de 15 minutos nossa van já estava cheia e partimos. Saímos por volta das 14:40 e fomos com um motorista diferente do que tínhamos vindo. Esse parecia ainda mais kamikaze do que o outro. Ele ia correndo, fazendo umas curvas bizarras. Eu fechei meus olhinhos, rezei um Pai Nosso, tomei um soroche pills e fui tentando cochilar até a gente, pelo menos, sair da parte de terra e precipício. Até que numa das curvas um caminhão quase bate na gente e eu consegui ver a luz (na verdade era a luz do farol na nossa cara, mas eu já tava achando que era a luz do céu de tão perto que o caminhão ficou da gente). Sério! Foi um milagre, porque do jeito que tava a situação ali, ninguém iria sobreviver se a gente sofresse um acidente com um caminhão. Enfim, depois de alguns sustos chegamos na parada que fizemos o almoço na ida do dia 14/4. Mas, dessa vez era uma parada rápida só pra ir ao banheiro e comprar uns snacks e partir. Aproveitamos pra comprar um sorvetinho por 3,00 soles e respirar ar puro, porque tinham umas israelenses chatas pra caralh* atrás da gente que só reclamavam e tinham uma inhaca de cigarro e maconha tudo junto que só Jesus na causa. #eca Sabe aquela criança chata de 5 anos que fica perguntando de 5 em 5 minutos pros pais se já tá chegando, então, tinha uma israelense virada no capeta que perguntava de 10 em 10 minutos se já tava chegando ou se faltava muito, sendo que o motorista tinha acabado de falar que ainda faltavam 4 horas e a fdp continuava perguntando! Chataaaaa pra caralh*! Juntou aquela inchaca, janelas fechadas, curvas infinitas, aquela garota reclamando e perguntando toda hora, um francês que decidiu passar perfume dentro da van e eu comecei a ter crise de claustrofobia e comecei a sentir minha pressão baixando (detalhe: de vez em quando eu tenho umas convulsões, nada demais.... mas não acho que seria um momento agradável de ter uma convulsão no meio do nada). Elisa abriu na hora a janela (nego reclamou que tava frio e a gente cagou baldes) e eu tirei meu casaco, precisava respirar e ficar calma. Fui passando muito mal o resto do caminho todo. Tava muito enjoada e com muita dor de cabeça e a garota lá me irritando. Enfim, depois de quase 6 horas dentro da van nós chegamos na Plaza de Cusco (foi até mais rápido do que estávamos esperando) e já fomos correndo pro hostel pegar os mochilões e tentar comer alguma coisa. O Samuel tinha marcado com a gente às 21:00 em frente ao nosso hostel Pariwuana e já eram 20:30. Pate e Vagner foram correndo até o Wild Rover pegar os mochilões deles e eu e Elisa fomos pegar os nossos. Combinamos de nos encontrar no bar do Pariwuana porque iríamos pedir uns sanduíches pra viagem lá. Pedimos uns hambúrgueres com batata frita que ficaram prontos em 20 minutos, mas já eram 21:10 e o Samuel já tava me ligando. Pedi pra ele esperar mais 5 minutos porque precisava só pagar. Pagamos 14,00 soles cada e saímos correndo cheios de sacolas plásticas, guardanapos voando e se duvidar devo ter esquecido alguma coisa em cima da mesa, porque saímos tão rápido que nem deu tempo de conferir nada. Samuel devia estar se sentindo mal de ter superfaturado nosso passeio em Uros (a gente chegou a pedir pra ele nos devolver parte do dinheiro ou tentar incluir o almoço no valor que tínhamos pago porque sabíamos que ele tinha superfaturado – descobrimos em Águas Calientes e mandamos vários whatsapps pra ele e ele falando que era o preço normal blá blá blá. MENTIROSO!) e em vez de nos levar no carro dele, ele pediu dois táxis pra nos levar lá na rodoviária (sem necessidade, porque poderia ter sido um táxi pra todos, mas ok). Samuel, Pate e Vagner foram em um táxi e eu e Elisa fomos em outro táxi. Chegamos na rodoviária em 25 minutos. Estávamos morrendo de fome e começamos a beliscar as batatas fritas ali no terminal enquanto o Samuel ia pagar as taxas de embarque pra gente (1,30 soles cada). Ele devia estar se sentindo culpado e como não quis devolver o dinheiro tava tentando ser fofo e prestativo com a gente. Pior que funcionou em partes, porque a gente não conseguiu ficar com muito ódio dele. Ele fez tudo direitinho, deixou a gente, praticamente, dentro do ônibus e só faltou colocar a gente pra dormir de tão atencioso que ele tava sendo. Entramos todos felizinhos no ônibus, pegamos as camas de leito na parte debaixo, nos acomodamos e abrimos as marmitas pra dar aquela primeira mordida saborosa nos nossos sanduíches quando uma mulher olhou pra gente e foi lá nos dedurar pro motorista e ele pediu pra gente descer do ônibus e comer lá fora, porque ainda faltavam 10 minutos pra ônibus sair. CHATOSSSSS! A gente olhou torto pra mulher e ela fingiu que nem era com ela. Ficamos lá fora meio que engolindo os sanduíches que eram enormes, aí pareceu que o ônibus ia sair e entalamos os últimos pedaços na goela e entramos. Caraaa nem deu pra sentir direito o sabor do hambúrguer de tão rápido que comemos. Enfim, nos acomodamos, eu coloquei meu tapa olho e meu tapa ouvido e só fui acordar em Puno! A previsão era de 7 horas de estrada até chegarmos na rodoviária de Puno. SALDO DO DIA: - 2,50 soles – Água - 7,00 soles – Almoço - 3,00 soles – Sorvete - 14,00 soles - Hambúrguer TOTAL: 26,50 soles PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.18) Puno e o passeio pelas Islas flutuantes de Uros no Lago Titicaca Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no IG @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também! Em março vou para a Tailândia e vou compartilhar tudinho pelo IG e relatar todas essa experiência pelo blog! Citar
Membros marcioomoraiss Postado Janeiro 19, 2017 Membros Postado Janeiro 19, 2017 Caráaaaai Estou num grupo do whats de mochilao e rolou papo de relatos eu falando do Rodrigo, entre outros, e perguntaram "E o da Maryana?" E eu dizendo que já tinha lido, confundindo com a da Bárbara kkk Como não pude ler e estar acompanhando o teu? Que pecado!!!! Ahhh vou mesmo queimar no mármore kkkkk Mas cá estou, já pra dizer que TÁfodaD+. Já pegando os valores, que estão mais atuais, para deixar o meu roteiro, parte financeira, mais próxima. E mijando de rir, desculpa, pelos perrengues que passaram.... kkkk , mas quem não ri quando uma pessoa cai que jogue a primeira pedra...kkkk Parabéns e não nos deixe no suspense do próximos capítulos. Maio serei eu a passar por essa experiência obs.: Você, quando topava com um Wifi dizia "viça, viçando" mas na real estava querendo dizer "fuçar, fuçando"? certo? heheheh, não querendo corrigir, mas corrigindo, mas pedindo pra deixar como está que é divertido Agora vou viçar pra encontrar a tua planilha http://marcioomoraiss.wixsite.com/simbora Citar
Colaboradores Vagner Machado Postado Janeiro 20, 2017 Colaboradores Postado Janeiro 20, 2017 CaráaaaaiEstou num grupo do whats de mochilao e rolou papo de relatos eu falando do Rodrigo, entre outros, e perguntaram "E o da Maryana?" E eu dizendo que já tinha lido, confundindo com a da Bárbara kkk Como não pude ler e estar acompanhando o teu? Que pecado!!!! Ahhh vou mesmo queimar no mármore kkkkk Mas cá estou, já pra dizer que TÁfodaD+. Já pegando os valores, que estão mais atuais, para deixar o meu roteiro, parte financeira, mais próxima. E mijando de rir, desculpa, pelos perrengues que passaram.... kkkk , mas quem não ri quando uma pessoa cai que jogue a primeira pedra...kkkk Parabéns e não nos deixe no suspense do próximos capítulos. Maio serei eu a passar por essa experiência obs.: Você, quando topava com um Wifi dizia "viça, viçando" mas na real estava querendo dizer "fuçar, fuçando"? certo? heheheh, não querendo corrigir, mas corrigindo, mas pedindo pra deixar como está que é divertido Agora vou viçar pra encontrar a tua planilha http://marcioomoraiss.wixsite.com/simbora Vei, na boa kkkkkkk, a primeira vez que escutei o viça, eu olhei para minha esposa e falei vei que isso kkkkkkkkkkkkkk, as meninas são de mais, nos ensinaram muito, só temos a agradecer por tudo. Citar
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