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O trem levou cerca de quatro horas desde Frankfurt a Munique, a capital da Baviera. A cidade mais importante do sul da Alemanha, é também a terra da Oktoberfest, da BMW, da Siemens e do melhor futebol alemão (embora, cheio de estrangeiros) na atualidade, representado pelo Bayern.

 

Lá estava eu, desembarcando e, mais uma vez, a caminho do albergue. Aliás, aqui cabe uma reflexão. Quando se viaja bastante, involuntariamente e invariavelmente, também caímos numa rotina. Rotina essa bem melhor do que a que estamos acostumados, com nossos trabalhos convencionais, claro, mas não deixa de ser uma rotina.

 

Dessa vez não me perdi, o albergue Euro Youth Hostel fica a poucos metros da estação. Além de uma localização bacana, o local é bastante agitado, com gente do mundo todo e possui um bar superbadalado. Fiquei em quarto que acomodava 22 pessoas, mas há quartos menores.

 

Caminhar até o centro é rápido, cerca de 15 minutos, e bastante agradável. As vias Neuhauser e Kaufinger formam um extenso calçadão, repleto de lojas e restaurantes, que liga a Karlsplatz (que possui uma bela fonte) a Marienplatz – que é o coração da cidade. Pra ser mais preciso, é na Marienplatz, que fica a neogótica Neues Rathaus (nova Prefeitura) com seu inconfundível Glockenspiel, onde bonecos encenam partes da história da cidade – e a multidão fica embaixo assistindo.

 

A poucos metros dali, do ano 1158, fica a Peterskirche. É uma igreja bem bonita e interessante mas o que realmente chama a atenção é a vista deslumbrante proporcionada por sua torre de 306 degraus. Portanto, se as escadas não tirarem o seu fôlego, a paisagem certamente o fará! De uma igreja para outra, conheci a Frauenkirche – a Catedral da Munique. Comprida e com duas torres de cúpulas verdes, é cartão-postal da cidade.

 

Segui para o Residenz Museum, um belíssimo palácio com 100 salas surpreendentemente decoradas. No antiquário cheguei após o expediente mas, com muita gentileza, deixaram-me entrar.

 

Enfim, chegara um dos momentos mais esperados da minha visita a Munique: conhecer a Hofbräuhaus – famosa por ser uma cervejaria animada, no melhor estilo Oktoberfest. Logo ao entrar, estranhei a calmaria, o silêncio. Mesas pequenas, como em um restaurante tradicional. Recebi o cardápio e fiz o pedido (uma salsicha em formato de pão de forma com salada de batatas), comi, paguei a conta e, meio desapontado, fui embora. Poucos passos depois ouço uma música típica alemã saindo por uma porta, me aproximo e, na mesma hora, entendi o mal-entendido! O local que eu acabara de visitar era, realmente, um restaurante tradicional, comum. Esse local que encontrara agora era o que estava procurando. Tratei de arrumar logo um local pra sentar e pedir um chope – que vem numa generosa caneca de um litro. Nas grandes mesas compartilhadas, sentam-se pessoas desconhecidas, que conversam e fazem novas amizades. Na mesa que me sentei havia uma família (pai, mãe e filha pequena) e dois senhores, nativos de Munique. Enquanto a conversa nas mesas seguem regadas à cerveja, a banda se encarrega do repertório que deixa todos animados. Música boa, conversa fiada e cerveja – ótima combinação.

 

Na manhã seguinte, curado, visitei o BMW Welt, um edifício futurista, assimétrico e fantástico. São carros e motos pra ninguém botar defeito, uma verdadeira provocação aos olhos (e um atendado aos bolsos). Tive também a oportunidade de conhecer de perto, pela primeira vez, um carro da Formula 1 – era a Sauber do alemão Nick Heidfeld.

 

Segui para o Olympiapark, um parque superagradável, construído para as Olimpíadas de 1972. Aliás, estes jogos são tristemente lembrados pelo trágico assassinato de 11 atletas israelenses por terroristas palestinos. Mas deixemos as lembranças ruins de lado. Cercado pelo verde do parque, o Olympiastadion, com capacidade para quase 70 mil pessoas, foi palco não só dos jogos olímpicos, como também da Copa do Mundo de 1974 – quando os donos da casa sagraram-se bicampeões mundiais de futebol.

 

Longe dali, cortado pelo rio Isar, fica outro parque, o Englischer Garten. A propósito, estamos falando do maior parque urbano do planeta – sim, ele é maior que o Central Park de Nova York – e, talvez, também seja o mais democrático, pois oferece ondas para os surfistas, liberdade para os nudistas, tranquilidade para os leitores, espaço de sobra para cavalos e cachorros e tudo mais que um parque pode proporcionar aos seus usuários. Voltando aos surfistas, eles formam filas e se divertem na onda urbana do Eisbach, um braço artificial do Isar. Ao lado do grande parque fica o Hofgarten, menor e aconchegante, é um ótimo ponto de encontro para amigos e casais que se espalham pelos gramados ao barulho relaxante de suas fontes ou de um saxofone de algum artista de rua.

 

Passei rapidamente pelo Glyptothek que expõe o acervo de arte grega e romana de Ludwig I, mas a próxima atração visitada foi o estádio Allianz Arena, casa de dois times locais (Bayern de Munique e 1860 München), sediou jogos da Copa do Mundo de 2006. Além do tour que se pode fazer para conhecer o interior do estádio, o grande barato é que, ao escurecer, ele se acende e muda de cor durante algumas horas.

 

Voltei ao centro onde, sem querer, tive o prazer de conhecer uma igreja que, na minha modesta opinião, é a mais bela (entretanto, desconhecida) de Munique, a Asamkirche. A igreja, que tem cada centímetro finamente decorada em estilo rococó, era propriedade privada dos irmãos Asam, porém, devido aos protestos da população, teve seu acesso liberado ao público. Graças a isso, hoje podemos admirá-la.

 

No caminho de volta para o albergue fiz um pit stop na Augustiner-Bräu, a mais antiga cervejaria local, entre as que estão em atividade.

 

No dia seguinte, caminhei até estação para pegar o trem rumo a Zurique, na Suíça.

 

Leia o post original com fotos: http://viajanteinveterado.com.br/munique-uma-das-cidades-mais-interessantes-da-europa/

 

Este é o 22º post da série Mochilão na Europa I (28 países)

 

Leia o post anterior: Frankfurt não é só business (Alemanha)

  • 1 mês depois...
  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
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Agradeço por compartilhar as informações de sua viagem conosco! Estou procurando informações sobre viagem para a Alemanha: Berlim e Munique

 

Olá,

Munique e Berlim são duas cidades apaixonantes!! Este post é mais um relato da minha experiência durante meu primeiro mochilão pela Europa mas, em breve, você poderá acompanhar os posts mais recentes do último mochilão que fiz por lá e, inclusive, passei novamente por Munique e Berlim.

  • 11 meses depois...
  • Colaboradores
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Fala, @wwagner!! Cara... que pergunta terrível de responder... kkkkk. Digo isso porque gosto muuuito das duas cidades. Eu morei 6 meses em Berlim, então tem uma questão emocional envolvida. Ambas possuem atrativos suficientes pra te ocupar por vários dias. Meu primeiro conselho seria: visite as duas. Caso não queira ou não tenha tempo, procure descobrir qual cidade possui mais a sua cara - por exemplo: Berlim tem museus importantíssimos, uma vida underground que vc só vê lá, e a história viva de um passado recente bastante turbulento, o icônico muro e etc... Munique é outra atmosfera, é a Bavária, tem as cervejarias, Oktoberfest (que é sensacional), museu da BMW, mas também tem Dachau a 20 km.

Se a dúvida persistir, veja qual se encaixa melhor ao seu roteiro e deixe a outra para uma próxima visita! Geograficamente, Berlin, por estar mais ao norte, combina mais com Holanda e Dinamarca. kkkkkkkkkkk =)

Abraço e depois volta pra contar como foi!!

  • Amei! 1

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