Membros de Honra LiCo Postado Dezembro 30, 2009 Membros de Honra Postado Dezembro 30, 2009 Como sou alérgico a picada de abelhas, marimbondos e seus parentes, resolvi colocar esse texto interessante do Trilhas e Aventuras. Espero que possa te ajudar! Ataque de Abelhas!!! Apis mellifera. Esse é o nome científico da abelha, dado por Linnaeus. Mas, dentro do próprio nome encontramos o termo fera, o que condiz com o seu comportamento feroz... Normalmente as abelhas são operárias laboriosas, que polinizam flores e produzem cêra e mel, vivendo em uma colméia. Mas algumas raças de abelhas são emocionalmente instáveis, e se irritam com qualquer coisa diferente... Algumas características e dicas que se deve saber sobre esses insetos: As abelhas são úteis ao homem a milhares de anos, e resultam de uma seleção entre várias raças. A abelha mais comum no Brasil é resultado da mistura de uma variedade nativa com a famosa abelha africana... Sim, ela mesma! Ou seja, sua produtividade de mel é alta, porém ela tem o pavio curto... As abelhas são particularmente perigosas quando estão em enxame, para formar uma nova colônia. Os ânimos estão exaltados pelas disputas entre as possíveis rainhas, e elas atacam simplesmente devido ao clima reinante no enxame... E quanto maior o enxame, mais suscetíveis a iniciar um ataque elas estarão... Por outro lado, uma abelha solitária que, por exemplo, entre em sua barraca, está somente procurando néctar, e só picará se for ameaçada... Mesmo quando já estabelecidas em uma colméia, algumas variedades de abelha se irritam facilmente com movimentos próximos à colônia. Evite passar a menos de dez metros de uma colméia, especialmente se esta estiver alvoroçada. Ao notar um enxame enfurecido, não grite, pois as abelhas são atraídas por sons agudos. Evite também gestos bruscos, que podem ser interpretados como uma ameaça. As abelhas, assim como os borrachudos, são atraídas pelas cores escuras. Evite, portanto, usar roupas pretas, vermelhas ou de cores escuras. As abelhas são atraídas por um hormônio excretado no local da picada. Ou seja, ao se tomar uma picada, as outras abelhas do enxame são atraídas para o mesmo local com uma única ordem: PICAR. Ao ser picado, afaste-se imediatamente do local... Ao ser atacado mantenha a calma... Parece besteira, mas as abelhas são atraídas pelo descontrole, provavelmente o hormônio adrenalina... E pessoas que conseguem se manter calmas tomam um número menor de picadas... Além do mais, o desespero pode levar a vítima a se machucar seriamente em um galho, ou cair num precipício... Mesmo sem ser picado, mantenha a calma. Nós, do Trilhas e Aventuras, nunca sofremos um ataque, talvez por respeitar o inimigo, porém sem entrar em pânico ao observar colméias e enxames. Claro que isso poderá mudar a cada trilha que fazemos, devido ao temperamento desses bichinhos. No caso de ataque, corra para o mato. Saia da trilha e entre na vegetação densa. Não mantenha uma direção definida, correndo em zigue-zague (abelhas são péssimas em curvas fechadas), e raspando deliberadamente nas folhas e galhos para que estes tirem as abelhas de seu alvo (você) e também para que o sumo das folhas mascare os hormônios liberados pelas abelhas agressoras em sua pele. Com sorte e alguma disposição você conseguirá despistar as agressoras, ainda que se arranhando um pouco no mato... Em campo aberto corra, mas também em zigue-zague. Procure por obstáculos e corra na direção deles (mas não em linha reta!). Certamente você levará algumas picadas, mas escapará do grosso do ataque... A velha estratégia de mergulhar na água pode funcionar, desde que você seja um bom mergulhador e consiga sair da área crítica por baixo da água. Desnecessário dizer que é melhor tomar umas picadas a se afogar, ou pior, mergulhar num local que não permita a fuga, e cada vez que se respirar tomar mais picadas no rosto, e depois se afogar... Uma outra opção é, independente de se estar em campo aberto ou não, se cobrir com algo espesso, como um saco de dormir, cobertor, etc. Lembre-se: A picada da abelha perfura tecidos finos, e como elas são pequenas poderão penetrar por frestas. No caso de conseguir algo adequado para se cobrir, tenha paciência para aguardar a dispersão do enxame, o que pode levar um certo tempo. Não confie muito em se abrigar em barracas, a não ser que dentro da barraca você possua um saco de dormir. Pois, se elas descobrirem um meio de entrar, você ficará em maus lençóis! Mesmo que sua decisão seja correr, diminua sua área exposta colocando sua jaqueta, ou o que tiver à mão. Desde que realmente esteja à mão, pois rapidez é fundamental numa situação destas. Proteja os olhos: uma picada de abelha no globo ocular quase certamente levará à cegueira do olho atacado. Na impossibilidade de correr (em uma montanha, por exemplo) tente curvar-se sobre si mesmo, e proteja os olhos com as mãos. E, resista bravamente. (ai!) O ataque de um grande enxame pode ser mortal. A maioria das pessoas resiste em média a mais de 50 picadas, mas há casos de mortes com apenas 3 picadas. Por outro lado, há quem resista a 400 picadas. Como você não conhece o seu limite (e eu nem tenho curiosidade de conhecer o meu), tente evitar ao máximo levar novas picadas. Além do mais, um grande enxame pode facilmente ultrapassar a casa do milhar. As reações ao veneno são ligadas à sensibilidade prévia da vítima aos componentes deste, e proporcionais ao número de picadas. Umas poucas picadas podem desencadear uma reação alérgica onde a vítima poderá sofrer bronco-espasmo, edema da glote e choque anafilático. Traduzindo: A reação alérgica impedirá a vítima de respirar e esta entrará em estado de choque. Neste caso a presença de um anti-histamínico no estojo de primeiros socorros é fundamental (ex: Polaramine ®), e em último caso poderá se fazer uma traqueostomia (Cuidado!!! Este procedimento somente poderá ser feito por quem realmente saiba como fazer.) No caso de muitas picadas, o procedimento é basicamente o mesmo: ministra-se um anti-histamínico à vítima, e esta deve ser removida imediatamente a um hospital para que os procedimentos adequados possam ser tomados. O veneno contém inúmeros elementos, dentre eles anti-coagulantes, elementos que causam insuficiência renal e respiratória e hipertensão arterial. Não é brincadeira! O perigo é potencialmente maior que uma picada de escorpião! Se isso serve de consolo: A abelha ao picar perde seu ferrão, a bolsa de veneno e, juntamente com isso, órgãos vitais de seu abdomen. Pouco tempo após a picada, ela morre... Por essa razão leve em seu kit uma pinça para extrair a bolsa de veneno, pois esta poderá inocular mais veneno se for pressionada. A técnica para retirar corretamente o ferrão é, com a pinça, puxar pela base, no local mais próximo à sua pele, sem pressionar a bolsa ou as vísceras. O mesmo não vale para vespas e marimbondos. Após picar eles estão prontos e dispostos para picar novamente. [creditos]http://www.trilhaseaventuras.com.br[/creditos] Citar
Membros de Honra xaliba Postado Dezembro 30, 2009 Membros de Honra Postado Dezembro 30, 2009 boa broder, essa das curvas eu nao sabia!! Citar
Colaboradores GioSar Postado Março 26, 2010 Colaboradores Postado Março 26, 2010 Olá. Estou de volta depois de um longo periodo e não poderia deixar de fazer uma coreção, se me permite, LiCo. Sobre as abelhas brasileiras, como sou apicultor posso ajudar por estudar este bichinho, elas não são do cruzamento de africanas com nativas. Elas são o cruzamento de raça africana com europeia trazidas pelos colonizadores europeus. As nossas abelhas nativas, coitadas, não picam ninguem, elas são conhecidas como abelhas sem ferrão, essas sim são nativas. Uns exemplos de abelhas nativas (que tambem crio em meu meliconário) JATAÍ, MANDAÇAIA, MIRIM, ETC. (Obs.: só a titulo de esclarecimento, sei que copiaste o texto de outra reportagem) e o que interessa neste site e ajudar a esclarecer. Logo logo conto uma trip minha em familia aqui. Abraço a todos. Citar
Colaboradores GioSar Postado Março 26, 2010 Colaboradores Postado Março 26, 2010 A tempo. Delicien-se Citar
Membros marcioebc Postado Maio 6, 2010 Membros Postado Maio 6, 2010 Giosar, Muito bacana o que você faz. Admiro muito sua profissao. Uma vez, umas abelhas Jataí começaram a fazer uma colméia na gaveta do armário na cozinha da minha casa. Como bem sabe, elas são inofensivas. Então, segundo meu pai, nós teríamos mel pra sempre. kkkkkkkkkkkkkkkkkk Daí o véio deixou as bichinhas lá por quase 3 anos e nada. Só faziam cera. Acho que o ambiente não ajudou muito também. Mas o pessoal lá de casa curtia passar pela cozinha e ver as abelhinhas voando. Meu pai até levava as visitas lá para ver a obra dele. O lugar virou ponto turístico. kkkkkkkkkkkkkkkk Por fim, ele tentou fazer uma transferência para uma caixa de madeira, pois tinha a intenção de colocá-las em um lugar mais sossegado e elas foram embora. rsrsrsrsrsrs Nunca mais as vimos. Mas deixaram boas lembranças. Citar
Membros Marco Calavera Postado Novembro 4, 2010 Membros Postado Novembro 4, 2010 Criar abelhas na gaveta da cozinha é de mais! hehehe Meu vizinho é um velhinho apicultor e ele sempre passa horas me contando sobre o trabalho dele. Pelo que ele me contou, as abelhas só mudam de colméia na época certa, que se nota pelo seu alvoroço. Nesse caso, você disponibiliza uma caixa nova e espera elas se instalarem ou rouba a caixa delas e põe outra no lugar. É curioso ele contando que percebe, pelo comportamento das abelhas, quando elas estão pré-dispostas ou não a atacar. As dicas sobre abelhas muito boas, essas eu não conhecia. Antigamente, se recomendava aplicar amônia nas picadas. Era realmente muito eficiente, mas acho que não se encontra mais para comprar nas farmácias. Tinha uma história de que urinar em cima da picada também funcionava, por causa das substâncias a base de nitrogênio presentes na urina. Eu cheguei a testar, quando moleque, e funcionou. Só não sei se foi efeito placebo. Citar
Membros de Honra Leticia Quaresma Postado Novembro 18, 2010 Membros de Honra Postado Novembro 18, 2010 Lico, Muito bom o texto com boas dicas. Só vou fazer uma observação sobre a retirada dos ferrões. Como disse elas devem ser retiradas sem estourar a bolsa de veneno que fica na ponta do ferrão. Caso ela estoure mais veneno irá para a vítima. Por isso o ideal é nao retira-la com pinça, pois o risco de estourar é grande. No hospital , nas diversas vezes que atendi vítimas de picadas retirávamos os ferrões com lamina de bisturi passando as mesmas suavemente pela pele (raspando o local onde esta o ferrao e assim empurrando o mesmo para fora). Acredito que em trilhas a maioria leva canivete, entao ele pode ser usado substituindo a lamina de bisturi. Caso só tenha a pinça a mao, use-a com muito cuidado. Até Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.