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Já que me baseie em muitos relatos aqui pra montar o meu roteiro de viagem, pago a dívida descrevendo o que vivi em 21 dias! Vou postar um guia do que fiz e depois posto fotos!

 

Saí de Goiânia/Go rumo a Montevideo, no Uruguai e de lá voltaria para o Brasil por Santiago, no Chile, passando pela Argentina. As cidades e os prazos dentro desses três países não estavam totalmente fixos, então fui mudando o trajeto com o tempo...

 

As passagens: Goiânia – Montevideo 9 mil milhas pela Latam e Santiago – Goiânia por 10 mil milhas, também pela Latam. Pra quem mora em uma cidade com um aeroporto pequeno como Goiânia as milhas são vantajosas! Se tivesse que desembolsar em dinheiro teria que incluir o trecho Goiânia – São Paulo ou Goiânia – Brasília, tanto na ida quanto na volta, o que não ficaria tão vantajoso ::hein:

 

Dia 07 de Maio - Guarulhos

 

Chegada ao Aeroporto de Guarulhos às 21:40. O voô só vai sair na madrugada do dia 08, então dormi no aeroporto mesmo. Achei que a reforma dos terminais ficou super legal!

 

Dia 08 de Maio - Montevideo

 

Cheguei ao Aeroporto de Carrasco e já senti a diferença de temperatura... Chegar em um domingo não foi um problema muito grande, próximo a saída tem casa de câmbio. Cotação: 7,20 pesos por cada real.

 

Pra sair do aeroporto tomei o ônibus que passa dentro do estacionamento. 53 pesos e deixa no centro da cidade, inclusive passando próximo ao Terminal Tres Cruces.

 

Me hospedei no Casa Parque Hostel (350 pesos por dia). Gostei da localização (próximo ao Parque Rodó), da estrutura e por não ser um hostel muito grande. O único problema foi não poder usar o fogão da cozinha comunitária.

 

Cheguei e tinha um evento de música ao ar livre no Parque. Muito boa onda os uruguaios, sempre receptivos! Ambiente bem legal no parque, com várias barraquinhas, artistas de rua, etc. Primeira imagem da “legalização” da maconha: vários fumavam sem nenhum olhar reprovador, moralista, ou sem grandes preocupações com a polícia. Achei bem legal!

 

A noite, próximo ao hostel, alguns uruguaios tocando tambores na rua, dançando, bebendo vinho e cerveja, num domingo normal. Me maravilhou bastante Montevideo pela maneira que os uruguaios parecem levar a vida: bem tranquilo, leve, sem pressa, curtindo momentos como esses...

 

Dia 09 de Maio - Montevideo

 

Acordei para passear na Rambla (calçadão em torno do Rio da Prata). Não estava muito frio e o sol saiu, então decidi ir até o Mercado del Puerto andando. São quase 4 km, mas vale a pena ver a mudança das paisagens da cidade, ir parando e tal.

 

Almocei no Porto, mas não sei se indico. É bem “pega turista”, a comida não é tão boa e a quantidade também não. Dispensável!

 

Depois fui até a Plaza Indepencia (onde tem o mausoleu do Artigas) e na Plaza Constituicion.

 

Fiz câmbio na 18 de julio: 8,50 pesos.

Achei um hotel que vi sendo indicado aqui no Mochileiros.com que talvez valha a pena: Mar del Plata, na 18 de Julio, com baño privado, localização muito boa, por 300 pesos!

 

Continuei andando até o Terminal Tres Cruces para comprar a passagem para Colonia del Sacramento. Fiquei com medo de não ter passagem na hora, mas são várias companhias e é bem provável que tivesse! O Terminal é grande e funciona abaixo de um shopping, então é bem tranquilo de ficar lá esperando a hora do ônibus, e tal.

 

Voltei ao hostel, ficamos por lá bebendo e conversando :P

 

Dia 10 de Maio - Montevideo

 

O sol demorou sair! Fui ao Parque Rodó pra ficar lendo, andando pela manhã. Tinha visto que ia ter Orquestra Filarmonica no Teatro Solis e me preparei pra ficar na rua depois do almoço até a noite.

Fui almoçar próximo a Plaza Independencia: 130 pesos o prato, e mais 10% de desconto depois das 13:30! Recomendo, comida muito gostosa – esqueci de anotar o nome.

 

Achei comida no Uruguai – especialmente se for comer na rua - muito caro! Se não tomar cuidado uma grande parte do dinheiro vai só pra isso...

 

Depois sentei em uma livraria nas imediações, do lado da Puerta da Ciudadela. Café e Brownie deliciosos, e nem tão caros assim, comparando com o Brasil.

 

Fiquei vagando pelo centro, vendo músicos de ruas e tal, até as 20 horas, quando abriram o Teatro. Muito lindo! Uma estrutura antiguíssima com um palco e som super modernos. Muito boa a apresentação da orquestra também!

 

Fiquei meio inseguro quanto a voltar, mas na saída do Teatro já peguei um ônibus que me deixou bem próximo do hostel. Jantei em uma sanduicheria próximo ao Parque Rodó que se chama Thelma, sanduíche simplesmente maravilhoso.

 

Depois, voltando pra casa, conheço um casal (americano e uruguaia) que simplesmente me chamam pra sair. Acabamos bebendo alguns fernet com coca no Bar Rodó, em frente ao Parque!

 

Dia 11 de Maio - Montevideo/Colônia

 

Peguei o bus para Colonia 12:30, muito bom, inclusive com wi-fi! Paguei 325 pesos na passagem.

 

Menos de 2 horas depois, já estava na rodoviária de Colonia. A rodoviária fica do lado do porto, onde se toma o buquebus para Buenos Aires. Pra quem quer passar só um dia em Colônia – apesar de eu achar pouco – é possível!

 

Acredito que seja bom pelo menos dormir um dia em Colônia. É bastante coisa pra ver, e simplesmente ficar a toa naquela cidade já é maravilhoso! Fiquei no Celestino Hostel, pagando 325 pesos, e vale a pena: cozinha liberada, hostel legal, boa cama, banheiros limpos e água quente, staff maravilhoso!

 

Um arrependimento em Colônia: não ter trocado reais por pesos em Montevideo. O câmbio de 8,5 foi pra 8,1!

 

O pôr do sol em Colônia deve ser um dos mais lindos que já vi. Vale muito a pena.

 

A noite fui em um restaurante que se chama SOS Gardel. 390 pesos por parillada a vontade, salada, batata frita e uma bebida. A gente acaba pedindo mais algumas bebidas, mas acabou valendo a pena!

 

Dia 12 de Maio - Colônia/Buenos Aires

 

Tava gostando muito de Colonia, então decidi comprar a passagem para Buenos Aires apenas 17 horas. Não sei se foi necessário e até me arrependi um pouco: Cheguei em Buenos Aires de noite/hora do rush, isso complica um pouco pra quem não conhece a cidade, onde pegar ônibus e tudo relacionado a isso. Fora que é bem mais inseguro ficar andando de mochilão por aí de noite do que de dia em uma cidade tão grande...

 

Penso que comprando uma passagem no fim da manhã ou no começo da tarde para Buenos Aires já é bom o bastante! Comprei na hora, pela Colônia Express, por 620 pesos. Mas não faz tanta diferença quanto a mais ou menos confortável, porque as companhias parecem operar a viagem juntas...

A viagem dura um pouco mais de uma hora e vale a pena pra ver a beleza do rio, a sensação de cruzá-lo e tudo mais!

 

Pensei em ficar hospedado no Hostel 0 km (indicação de alguns relatos aqui), mas não reservei (meu cartão de crédito não tava funcionando no hostelworld...) Cheguei lá e não tinha mais vagas, então fui até o Lima Hostel (Lima, esquina com Rivadavia, perto da 9 de julio e tudo mais). Paguei 165 pesos por cada noite, mas não valeu tanto a pena assim...

 

A localização do hostel é perfeita: dois quarteirões do obelisco, uma vizinhança que não é muito perigosa, com supermercado, bares, lanchonetes próximo, metrô, ônibus, etc. Mas é meio mal cuidado por dentro, apesar da estrutura ser bem bonita (basicamente um prédio inteiro, uns 20 quartos e tal). O que estraga: eles tinham a mania de não ligar quase nunca o aquecimento, mesmo estando uns 5 graus lá fora - e eu pedia todos os dias, mas eles insistiam em desligar -, os banheiros estavam passando por reforma - do tipo “reforma sem prazo pra terminar” - e só dois estavam funcionando pra tomar banho com água quente (pra uns 30, 40 hóspedes). O staff é super mal humorado, chato mesmo – parece que eles tão fazendo um favor em te atender. Tem muita gente, inclusive, que eu acho que nem tava lá viajando, mas parecia mesmo é que tava numa pensão, num condomínio (??), com um monte de gente que realmente morava lá, uns velhos estranhos e tal.

Não é um “party hostel” como é clássico de Bs. As., definitivamente. Mas dá pra quebrar um galho...

 

Tava super cansado dessa peregrinação pra achar o hostel, então apaguei rapidinho.

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Dia 13 de Maio – Buenos Aires

 

Acordei precisando trocar dinheiro. Já tinha trocado um pouco no terminal de Colônia, mas a cotação – óbvio – não é muito boa (3,40). Tinha visto por aqui o lance do TDBR Transfer mas não me atentei que deveria marcar com eles, na página do facebook, o horário da troca de dinheiro. Acabei trocando 100 reais na Florida mesmo (lotada de brasileiros, apesar da crise econômica) por $3,80 pra poder me virar de manhã. A tarde fui lá e troquei com eles: fiquei um pouco com medo, tem uma coisa meio James Bond ::sos:: (portas, trancas, câmeras ahahaha) mas é super seguro, confiável e o melhor câmbio: 4 por 1.

 

A tarde fui nos clássicos de Buenos Aires: Plaza de Mayo, Catedral, Obelisco. A noite um francês que era um dos moradores (?) do hostel me chamou pra ir numa classe de tango. Acredito que as melhores coisas dessa viagem foram acontecendo assim: lugares que não são nada turísticos, convites feitos por pessoas aleatórios que se transformaram em momentos marcantes! A aula era no pátio de uma igreja, só eu (e ele) não eramos argentinos, pessoal ficou bem a vontade, foi super legal! Não sei como é o acesso, mas é na Manzana de las Luces! ::love::

 

Andei por Buenos Aires a noite, mas tudo me pareceu muito “turístico” por lá. Talvez seja porque não gosto de encontrar brasileiros nas minhas viagens...

 

Dia 14 de Maio - Tigre

 

Acordei animado para ir pra Tigre, ver se saio um pouco desse “pega turista” de Bs.As., cheio de lugares já manjados, bares caros, brasileiros barulhentos hahaha ::hahaha::

 

Pra ir até Tigre, fui até o Terminal Retiro (de metrô é bem tranquilo ir), no Terminal de Trens Mitre. Paga-se 15 pesos (com o cartão SUB mesmo, que se usa no metrô), e se pega um trem “suburbano” até Tigre, praticamente uma cidade dentro de Bs.As. A paisagem até lá é bem legal.

 

Chegando lá já se vê que a atmosfera muda. Era sábado e tinha várias famílias indo pra lá curtir, descansar :) Saindo da estação de trem e andando pela beira do rio Tigre se chega a um enorme mercado de artesanatos, comida, food trucks, e mais (Mercado de Frutos), vale a visita! Comprei uma garrafa de Fernet artesanal deliciosa por 60 pesos ::otemo::

 

Em Tigre também o parque de diversões Parque de La Costa, que é tipo um “Hopi Hari” de lá hehehe Vale a visita também, a entrada não é cara (60 pesos) e já dá acesso a vários brinquedos, principalmente os mais fraquinhos, mas a roda gigante é um passeio bom pra ver Tigre por cima! Se pode comprar atrações mais caras separadas, e vale a pena ir em uma das montanhas russas (50 pesos). Eu achei que vale mais a pena que pagar o preço por todas as atrações (260 pesos). ::otemo::

 

Na volta para Buenos Aires peguei o famoso Tren de la Costa. Ele beira o Rio Luján por alguns quilômetros e a paisagem é bem bonita, mas não é algo de deixar o queixo caído não hahaha

Mas já que custa apenas 5 pesos a mais que o trem normal, vale a pena ir ou voltar por ele – principalmente no fim da tarde como eu fiz.

 

Voltando a Retiro já me procurei sobre o que seria meu próximo destino: Córdoba. É sempre bom comprar a passagem de trem dentro da Argentina adiantado. Eles agora que estão retomando a malha ferroviária, e são poucos assentos. Enquanto o ônibus para Córdoba custava 700 pesos – e 8 horas de viagem -, o trem custa apenas 300 pesos – e 16 horas de viagem! Como eu não tava com pressa, prefiro muito mais o trem!

 

Cheguei no hostel, comi e fui dormir para ir na balada depois. Fiquei sabendo que ia ter uma festa de brasileiros no Maluco Beleza, uma balada brasileira (Sarmiento, 1728). Bem legal a boate, foi muito boa a festa – universitários brasileiros em Buenos Aires, imagina... -, até agora não sei como voltei pro hostel kkkkkk ::mmm:

 

15 de Maio – Buenos Aires

 

Acordei com uma ressaca monstruosa e já pra rua! Não sou do tipo que gosta de viajar pra ficar em hostel. Fico na rua nem que seja pra escrever, ler, conversar com estranhos hahaha

 

Era dia de conhecer Puerto Madero e San Telmo. Já fui a Buenos Aires em outra oportunidade, e já tinha ido a Boca/Caminito, então nem quis ir lá – muito longe, muito turístico, muito caro $$$$. ::putz::

Mas não tinha ido a Puerto Madero e achei bem bonito – comi num restaurante nem tão caro assim e muito gostoso! Gostei também da “Ponte da Mulher”.

 

San Telmo já era um desejo antigo. Fiquei horas no mercado, me perdi – adoro – pelas ruas, dei sorte que era domingo e tinha feira de artesanatos próximo ao mercado, vários artistas de rua, bem legal!

 

Dia de ficar quietinho no hostel me reidratando, nada de sair bebendo por aí kkkkkk

 

16 de Maio – Buenos Aires

 

Acordei pra tomar café e fazer o check-out e pareceu que só quando eu fui embora o staff do hostel me tratou bem kkkkk

 

Já tinha comprado a passagem para Córdoba e o trem só partia 21 horas. Planejei ficar o dia todo em Palermo/Recoleta. Achei o bairro bonito, mas não tem uma “pegada autêntica” como San Telmo tem. As vezes tem cara de qualquer cidade grande de qualquer lugar do mundo: shopping, prédios espelhados, gente passeando com yorkshire. Talvez eu tenha visitado ruas erradas... ::bruuu::

 

Pensei em entrar no zoológico, mas quando me deparo com a entrada de 190 pesos, desanimo... Já não sou muito fã de zoológico (reparou que não fui no de Luján né ? Acho lamentável que zoológicos, especialmente particulares, existam...) ::toma::

 

Fui no Jardin Japonés e aconselho: guardem esse dinheiro pra outra coisa, bebam esse dinheiro, gastem no cassino, sei lá. Meu rolê mochileiro não tem NADA a ver com aquele lugar e acredito que o de vocês também. É bonito, bem cuidado ? É. Mas não vale 70 pesos, definitivamente... É lugar pra brasileiro ficar tirando foto pra mostrar pros parentes que tá em Bs.As.... ::quilpish::

 

Depois de lá, almocei em uma cadeia de sanduicheria bem boa em um shopping: Barbacoa. Recomendo! Um dos melhores sanduíches da viagem - e olha que eu comi quase um por dia... ::otemo::

 

Ao lado fico o MALBA. Era um sonho de criança ver o Abaporu, ainda bem que agora é um sonho realizado! Custa 90 pesos (e vale bem infinitamente mais que o Jardin Japonés)

 

Sigo andando, e já tá quase no fim da tarde. Nunca tive curiosidade de ir ao Cemitério da Recoleta também, então fui direto a Faculdade de Direito e a Flor, em frente. Achei muito legal passar por lá no fim de tarde. O céu estava lindo, aquele parque é maravilhoso, simplesmente sentar ali durante alguns minutos foi mágico! ::love::::love::

 

Segui até o hostel, peguei minha mochila e parti para Retiro. Como não peguei o metrô no horário de pico (peguei umas 19:30), cheguei rapidinho a Retiro. Embarcar no trem rumo a Córdoba!

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Dia 17 de Maio – Córdoba

 

O trem é bem legal. Cadeiras confortáveis e espaçosas (maiores do que aquelas tradicionais de ônibus), aquecimento funcionando muito bem – 2 graus do lado de fora e 20 graus do lado de dentro —, vagão refeição, até biblioteca tem ::otemo::

Pessoal dentro do trem animado, inclusive as crianças – infelizmente. Choro de madrugada, criança correndo em corredor, devo estar ficando velho! ::lol4::

 

A viagem é longa, mas também foi feita com uma velocidade bem baixa... Acredito que com o tempo, com a reestruturação da ferrovia, pode até ser mais rápida do que a viagem de ônibus.

 

O terminal de trem de Córdoba parece mais um museu do que algo funcionando! Ela está do lado da estação de ônibus, que tem uma estrutura legal, apesar de bastante cheio (e perigoso por isso).

 

Fui direto ao hostel Turning Point. Muito bom hostel, estrutura, camas, banheiros, recomendo! Staff super atencioso, ficamos jogando baralho boa parte da noite. Paguei 160 pesos!

 

Córdoba é bastante diferente de Bs.As. em algumas coisas. Me pareceu uma cidade mais bem cuidada, paisagismo bem feito, cidade universitária, cheia de atividades culturais, deu vontade de ficar mais tempo lá! Pena que fiquei apenas um dia!

 

 

Dia 18 de Maio – Córdoba

 

Já acordei, fiz check-out e guardei minhas coisas no hostel (Obrigado Juliana e Sara! ::love:: )

 

Fui fazer o walking tour e super-recomendo: um jeito barato de conhecer a cidade, inclusive a cultura, a história!

 

Comprei uns donuts no Mercado Central – muito bonito! E fui pra rodoviária. Passagem pra Mendoza por 600 pesos. Comparado com a passagem de trem (1.200 km por 300 pesos), esses cerca de 600 km saiu bem caro...

 

Uma dica pra economizar: sempre escolher viagens noturnas em trajetos que não sejam “principais” ou “turísticos”. Se você não faz tanta questão de ver a paisagem, pelo menos economize em hostel!

 

 

Dia 19 de Maio – Mendoza

 

 

Cheguei em Mendoza precisando fazer câmbio e levo um susto: 3,30 o real :(

Acabei gastando em Córdoba mais do que “deveria” e tinha que ficar com dinheiro no bolso em Mendoza. Novamente, não erre onde errei: troque tudo (ou a maior parte) em Buenos Aires – de preferência TDBR. Essas perdas de dinheiro que parecem inofensivas podem fazer muita diferença no restante da viagem: passeios, hospedagens melhores, baladas, cervejinhas.

 

Fiquei no Hostel Campo Base em Mendoza. Localização excelente, estrutura um pouco destruída, mas ainda boa. Só peca um pouco com a limpeza, mas a gente releva... O valor foi bem de boa: duas noites por 300 pesos!

 

Comprei o passeio da Alta Montaña para o outro dia. No próprio hostel eles vendem por 520 pesos, mas é muito provável que tenha mais barato pela cidade, em outras agências. Comprei no hostel pra garantir, já que só teria o dia 20 pro passeio.

 

A noite em Mendoza basicamente acontece – ou começa hehehe – na Aristides Villeneuve, uma rua com vários bares e restaurantes, sempre lotada. Quase todo lugar (até no Subway) tem promoção de dobradinha até as 20 ou 21 horas, então se atente pros horários.

 

Tomei algumas numa cervejaria que se chama Antares – e que está em várias cidades argentinas. Cerveja Pizárron, muito gostosa e não tão cara, se comparado com o Brasil!

 

Dia 20 de Maio – Mendoza

 

Acordei 6 horas da manhã para o passeio Alta Montanha, ainda tava escuro.

Mendoza tava MUITO frio, com neblina, até ameaça de neve na estrada! ::Cold::

 

O passeio vai até o lago da hidrelétrica. Não tinha muito sol, então a vista não ficou tão bonita, mas mesmo assim: lindíssimo. Segundo o guia, se tivesse com sol daria pra ver o vulcão.

Seguimos na estrada rumo ao Chile. Paramos em uma estação de ski que ainda tava sendo montada, ainda sem neve. Tinha teleférico por 180 pesos, mas não animamos de subir...

Mais pra frente chegamos a Puente del Inca. Muito legal! Formação rochosa que realmente parece uma ponte, inclusive com um hotel desativado que deveria ser um ótimo lugar pra se hospedar!

A viagem segue até o Aconcágua. Se paga 20 pesos pra entrar em uma trilha – bem tranquila, maior parte calçada – que vai dar num mirador, com um lago muito bonito e aquela clássica plaquinha :D O sol tinha saído um pouco, então ficou mais legal, deu pra ver um pouco da subida que os andinistas fazem!

Muito mágico estar ali tão próximo das montanhas, ver a neve derretendo no lago, os bichos, até o ar muda – talvez era efeito da altitude hahaha

Só tem que tomar cuidado quem nunca esteve em altitude alta ou que tenha problemas de saúde. Subir de 700 – 800 m para quase 3.000 m em pouco tempo pode deixar alguns mal...

Por fim paramos para almoçar quase na fronteira com o Chile. Vários restaurantes daqueles que o guia ganha uma porcentagem por ter te levado lá, sabe ? 180 pesos a refeição, fora as bebidas caríssimas, uma facada! Ainda bem que levei um lanchinho na mochila pra aguentar até a volta...

 

Resumindo o Alta Montanha: o passeio é muito lindo, vale muito a pena. A estrada é sensacional, acho que o ponto alto do passeio é ver as montanhas de pertinho... Porém, se tiver sem grana e for para o Chile depois de Mendoza, não estressa: o ônibus passa basicamente pela mesma estrada, lógico que sem parar e sem o guia – muito bom, aliás – para explicar um pouco mais das montanhas e da história do lugar...

Acredito que se estiver em um grupo grande, talvez até valha mais a pena alugar um carro e percorrer esses 70-80 km sozinhos, sem pagar o tour, só parando nos lugares. Lógico que tem que ser alguém experiente como motorista, já que a estrada é sinuosa, há vento, chuva, talvez neve. Mas é bem sinalizada!

Talvez futuramente a extensão da malha ferroviária vá até o Chile, o que facilitaria demais pra gente: era só parar nas estações pelo caminho e ir retomando o trem pra seguir em frente...

 

Voltei pra Mendoza e lembrei: não tinha pesos chilenos, e viajaria no sábado de tarde para o Chile! Pensei que todos os bancos estavam fechados – e que o pessoal do câmbio negro estava descansando hahaha

Nada, no sábado de manhã consegui trocar pesos argentinos por chilenos tranquilamente, o bastante pra chegar em Santiago e ficar sábado e domingo... O banco funciona nos dias de semana até as 20:00! O problema é que o câmbio não foi vantajoso de maneira nenhuma... Outro desperdício que poderia ter sido evitado!

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Dia 21 de Maio – Mendoza/Santiago

 

Meu ônibus saia 10:30, e é bom chegar um pouco mais cedo porque é necessário fazer uns trâmites relacionados a imigração no guichê da empresa.

 

O dia estava com mais frio e neblina que o anterior. Na estrada neve, vento e aqueles desfiladeiros dos Andes!

 

Na fronteira propriamente dita tem a estação Los Libertadores. Atenção para qualquer produto de origem animal e vegetal – inclusive couro, peles, cascos, chifres – que são realmente vistoriados e multados. Vi uma menina do meu ônibus tendo que pagar 2 mil pesos chilenos por uma maçã (e ainda perder a maçã)! Não vacilem!

 

Chegando em Santiago, quase 17 horas peguei um táxi e o motorista, na cara dura tentou aumentar o valor da corrida! Fique atento no Chile, eu senti que eles querem “aproveitar” que você é turista e aumentar os preços... ::toma::

 

Fiquei no Hostel Casa Roja, pagando 10 dólares por dia. Vale a pena porque o hostel é super bem localizado (Na Agustinas, dá pra fazer quase tudo a pé), tem um bar super legal, os quartos são muito bons, banheiros também! Recomendo! Conheci vários brasileiros e americanos e ficamos até altas horas aproveitando os preços baixos do vinho chileno! ::love::::love::::love::

 

Dia 22 de Maio – Santiago

 

Domingão, fui pra “avenida principal” O'Higgins onde estava acontecendo um protesto relacionado a legalização da maconha! Sem confusão, muita gente, todas as idades! Bem legal! Aproveitei para subir no Cerro Santa Lucia, na O'Higgins, que tem uma vista lindíssima. No domingo é legal porque se ê várias famílias fazendo piquenique, descansando e tal ::otemo::

 

Dia 23 de Maio – Santiago

 

Acordei para fazer o walking tour, mas não consegui chegar a tempo! Então decidi fazer o trajeto sozinho. Fui no Mercado de Frutas, mas não achei nada demais... Talvez pra algum gringo aquilo seja “novidade”. ::dãã2::ãã2::'>

Fui fazer câmbio, e na Agustinas mesmo tavam pagando 185 pesos em cada real! Foi a melhor cotação que achei no Chile!

Almocei no mercado de produtos marinhos, que fica bem próximo, mas não é algo que valha muito a pena também: pouca comida e preços um pouco mais caros que comer em lugares similares. Meio “pega turista”... ::putz::

Fui também para a antiga ferroviária, que se transformou num centro cultural! Vale a visita do lado de fora. Não paguei a entrada – me pareceu que tinha pouca coisa pra se ver!

 

Voltei para a O' Higgins, e debaixo do Palacio de la Moneda estava tendo uma exposição sobre o Egito Antigo. Muito boa ::cool:::'>

 

Queria ir no Museo de la Memoria, que conta a história dos presos políticos da ditadura chilena, mas não abrem na segunda ::bruuu:: Fim da tarde fui para o Costanera Center. É o maior prédio da américa latina, e lá em cima tem um mirante de toda Santiago. O valor não é baratinho não (5 mil pesos chilenos), mas vale a pena: a vista é de tirar o fôlego! ::ahhhh::

 

Voltando ao hostel, mais vinho, beerpong no bar do hostel e balada com umas inglesas que tinha acabado de conhecer! Muito engraçado, valeu a pena ::lol4::

 

 

Dia 24 de Maio – Santiago/Valparaíso

 

Acordei e fui fazer o check-in e descobri: pagando a hospedagem em pesos chilenos o valor fica uns 7 mil pesos mais caro... Fui até o câmbio e troquei os pesos que tinha por dólar e fui lá pagar. Ou seja: perdi mais alguns reais com esse câmbio de pesos chilenos para dólares, sendo que poderia ter trocado de reais para dólares direto... ::dãã2::ãã2::'>

 

Isso fez com que me atrasasse para pegar o ônibus para Valpo. Tive que pagar um táxi então (2.200 mil pesos), sendo que próximo ao hostel passa o metrô que para em frente ao terminal (600 pesos). Mais alguns dinheiros pelo ralo...

 

O terminal de ônibus de Santiago fica numa vizinhança meio esquisita, cheia de “casas de dança”, uns bares meio esquisitos... Não sei se aconselho ficar andando por lá a noite. ::sos::

 

A estrada até Valparaíso é boa e vale a pena ficar acordado para ver a paisagem. Fui com a Turbus e paguei 2 mil pesos pela internet. Presencialmente é mais caro, então recomendo olhar no site deles sempre!

 

Em Valparaíso fiquei no Hostel Licanantay, pagando 16 mil por três noites! Ele tem uma localização boa, onde se pode fazer tudo andando também. E também é fácil de chegar a partir da rodoviária: só pegar o microônibus 602 nos fundos da rodoviária de Valparaíso. Custa 320 pesos a passagem.

 

Valparaíso é muuuito diferente de Santiago. Santiago parece uma cidade “certinha”, enquanto Valpo é mais “relax”. Dá pra ver isso nas ruas: Valpo é mais suja, cheia de vira-latas (todos muito tranquilos, fofos), mas também mais vibrante, mais viva! Santiago é meio “executiva”, “time is money” demais pra mim...

 

Dia 25 de Maio – Valparaíso

 

Acordei e fui fazer os Walking Tour dos “Wally”. Os guias se vestem como o personagem dos livros infantis que você tem que encontrar! O tour das 10:30, saindo da Plaza Sotomayor, não é grande coisa: passa por uns lugares meio “feios”, mas se não tiver fazendo nada por 3 horas, vale a pena – e é de graça né ?

O melhor tour é das 15:30: vai realmente nos lugares mais “tradicionais” de Valpo, inclusive nos famosos ascensores, dá pra ver melhor os grafites, os tags, o muralismo! E são lindos! Acho que uma das coisas que dá essa atmosfera “tranquilona” de Valpo é a arte urbana sensacional!

 

Perto do Hostel tem vários bares e de noite enche, inclusive de segunda a quinta. Bebemos um pouco no hostel (cerveja Báltica: 2 litros por 1000 pesos! :o) e fomos pra rua! Vários artistas, galera curtindo ::otemo::

 

Dia 26 de Maio – Valparaíso

 

Acordei e animei ir a pé até Viña del Mar. Vi no mapa e parecia longe – e é um pouco – mas valeu a caminhada: ver a diferença entre as duas cidades a pé é muito diferente do que de microbus. Mas pra quem não animar, dá pra ir pra lá por 400 pesos!

 

O bom de ir a pé foi também que passeio por um cais cheio de leões marinhos, de gaivotas, com vários barcos pesqueiros...

Chegando a Viña del Mar, vi que é outra realidade... Valpo parece não ter praias de areia, só de pedra, porto e tal. Em Vinã as praias são bem bonitas, areia clarinha :) Valpo é mais despojado, Viña parece uma cópia de Miami hahahaha

Acredito que ficar hospedado em Viña deve ser mais caro, e não sei se a noite de lá compensa! Pra mim o melhor foi passar só essa tarde em Viña mesmo ::hahaha::

 

Era praticamente minha última noite de viagem e eu queria curtir. Começamos a beber na cozinha do hostel: ingleses, canadenses, americanos, chilenos, franceses, uruguaios, etc. etc. Acabamos em uma balada bem legal, galera toda dançando juntos, parece que nos conhecíamos a anos ahahaha ::lol4::

 

Dia 27 de Maio – Valparaíso/Santiago

 

Acordar, resolver últimas coisas em Valpo e partir para Santiago! O plano era, se sobrasse algum dinheiro, visitar uma vinícola antes de ir para o aeroporto. Pena que não sobrou dinheiro – na verdade até faltou um pouco ahahaha

 

Fiz o planejamento para ir para a vinícola Santa Rita. Umas 4 horas dá pra ir, fazer o passeio e voltar para Santiago numa boa e custa cerca de 15 mil pesos – nem é tão caro assim. Talvez se tivesse me planejado melhor - ou gastado menos dinheiro com coisa inútil...

 

Dei uma última passeada no “Cerros”, comprei alguns artesanatos como “lembrancinha” e 17 horas parti para Santiago. Cheguei lá umas 19 horas e a viagem no fim da tarde é bem bonita! Pena que o site deles não funcionou para a passagem de volta e tive que pagar 3.600 pesos no guichê ::toma::

Fui para o Terminal Alameda, onde existe um transfer para o aeroporto. Por 1.700 pesos se vai até lá em 45 minutos! É a solução mais rápida e barata ::otemo::

 

O último transfer sai do Terminal Alameda 23 horas e o primeiro do dia sai 5 horas. Meu voô era às 7 da manhã, então resolvi não arriscar: dormi no aeroporto mesmo. Mas não foi nada bom: poucas cadeiras (desconfortáveis), quase nenhuma tomada pra carregar o celular e dar uma distraída! ::putz::

 

Mas ainda bem que dormi por lá: na hora do check-in deu problema na minha passagem (comprada quando ainda existia TAM) e o sistema da Latam... Problema resolvido e lá fui eu de volta pra casa ::love::

 

 

Gastos em reais:

 

Passagem de Avião (Milhas que faltavam): $602

Taxas de Embarque: $253,57

Dinheiro em Espécie: $2.810

Cartão de Crédito: $230 reais

 

Total: $3.895,57

 

 

Uma dica quanto a dinheiro: Levem aquele cartão pré-pago (VTM). Apesar de ter que pagar IOF e o valor de saque, é uma segurança enorme (e possibilita que alguém no Brasil deposite dinheiro e te salve de alguma possível enrascada). Em todas as cidades que passei o acesso a caixas automáticos e máquinas de cartão é amplo.

Cartão de crédito também é uma boa opção (reservar hostel, gastos emergenciais), ainda mais que se pode pagar mais barato em alguns lugares (compras em sites, por exemplo, ou desconto no IVA).

Mas nunca confie em um só meio – como eu fiz -, o ideal é dividir os gastos entre essas três ou mais modalidades: se algo der errado você não morrer de fome.

Não fiz seguro viagem, mas me arrependi. Alguns, por cerca de 200 reais, te livram de morrer fora do Brasil e dar trabalho pra trazerem o corpo de volta...

 

É isso, qualquer dúvida me perguntem!

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Olá. Gostei bastante do seu relato, foi bem detalhado. Parabéns!!! Vou agora em julho para Montevidéu, depois Buenos Aires e de lá pegarei um ônibus direto para Santiago. Só fico preocupada com as estradas nas cordilheiras. Você sabe aproximadamente qual é altitude máxima da cordilheira por onde a estrada passa?

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Dia 21 de Maio – Mendoza/Santiago

 

Meu ônibus saia 10:30, e é bom chegar um pouco mais cedo porque é necessário fazer uns trâmites relacionados a imigração no guichê da empresa.

 

O dia estava com mais frio e neblina que o anterior. Na estrada neve, vento e aqueles desfiladeiros dos Andes!

 

Na fronteira propriamente dita tem a estação Los Libertadores. Atenção para qualquer produto de origem animal e vegetal – inclusive couro, peles, cascos, chifres – que são realmente vistoriados e multados. Vi uma menina do meu ônibus tendo que pagar 2 mil pesos chilenos por uma maçã (e ainda perder a maçã)! Não vacilem!

 

Chegando em Santiago, quase 17 horas peguei um táxi e o motorista, na cara dura tentou aumentar o valor da corrida! Fique atento no Chile, eu senti que eles querem “aproveitar” que você é turista e aumentar os preços... ::toma::

 

Fiquei no Hostel Casa Roja, pagando 10 dólares por dia. Vale a pena porque o hostel é super bem localizado (Na Agustinas, dá pra fazer quase tudo a pé), tem um bar super legal, os quartos são muito bons, banheiros também! Recomendo! Conheci vários brasileiros e americanos e ficamos até altas horas aproveitando os preços baixos do vinho chileno! ::love::::love::::love::

 

Dia 22 de Maio – Santiago

 

Domingão, fui pra “avenida principal” O'Higgins onde estava acontecendo um protesto relacionado a legalização da maconha! Sem confusão, muita gente, todas as idades! Bem legal! Aproveitei para subir no Cerro Santa Lucia, na O'Higgins, que tem uma vista lindíssima. No domingo é legal porque se ê várias famílias fazendo piquenique, descansando e tal ::otemo::

 

Dia 23 de Maio – Santiago

 

Acordei para fazer o walking tour, mas não consegui chegar a tempo! Então decidi fazer o trajeto sozinho. Fui no Mercado de Frutas, mas não achei nada demais... Talvez pra algum gringo aquilo seja “novidade”. ::dãã2::ãã2::'>

Fui fazer câmbio, e na Agustinas mesmo tavam pagando 185 pesos em cada real! Foi a melhor cotação que achei no Chile!

Almocei no mercado de produtos marinhos, que fica bem próximo, mas não é algo que valha muito a pena também: pouca comida e preços um pouco mais caros que comer em lugares similares. Meio “pega turista”... ::putz::

Fui também para a antiga ferroviária, que se transformou num centro cultural! Vale a visita do lado de fora. Não paguei a entrada – me pareceu que tinha pouca coisa pra se ver!

 

Voltei para a O' Higgins, e debaixo do Palacio de la Moneda estava tendo uma exposição sobre o Egito Antigo. Muito boa ::cool:::'>

 

Queria ir no Museo de la Memoria, que conta a história dos presos políticos da ditadura chilena, mas não abrem na segunda ::bruuu:: Fim da tarde fui para o Costanera Center. É o maior prédio da américa latina, e lá em cima tem um mirante de toda Santiago. O valor não é baratinho não (5 mil pesos chilenos), mas vale a pena: a vista é de tirar o fôlego! ::ahhhh::

 

Voltando ao hostel, mais vinho, beerpong no bar do hostel e balada com umas inglesas que tinha acabado de conhecer! Muito engraçado, valeu a pena ::lol4::

 

 

Dia 24 de Maio – Santiago/Valparaíso

 

Acordei e fui fazer o check-in e descobri: pagando a hospedagem em pesos chilenos o valor fica uns 7 mil pesos mais caro... Fui até o câmbio e troquei os pesos que tinha por dólar e fui lá pagar. Ou seja: perdi mais alguns reais com esse câmbio de pesos chilenos para dólares, sendo que poderia ter trocado de reais para dólares direto... ::dãã2::ãã2::'>

 

Isso fez com que me atrasasse para pegar o ônibus para Valpo. Tive que pagar um táxi então (2.200 mil pesos), sendo que próximo ao hostel passa o metrô que para em frente ao terminal (600 pesos). Mais alguns dinheiros pelo ralo...

 

O terminal de ônibus de Santiago fica numa vizinhança meio esquisita, cheia de “casas de dança”, uns bares meio esquisitos... Não sei se aconselho ficar andando por lá a noite. ::sos::

 

A estrada até Valparaíso é boa e vale a pena ficar acordado para ver a paisagem. Fui com a Turbus e paguei 2 mil pesos pela internet. Presencialmente é mais caro, então recomendo olhar no site deles sempre!

 

Em Valparaíso fiquei no Hostel Licanantay, pagando 16 mil por três noites! Ele tem uma localização boa, onde se pode fazer tudo andando também. E também é fácil de chegar a partir da rodoviária: só pegar o microônibus 602 nos fundos da rodoviária de Valparaíso. Custa 320 pesos a passagem.

 

Valparaíso é muuuito diferente de Santiago. Santiago parece uma cidade “certinha”, enquanto Valpo é mais “relax”. Dá pra ver isso nas ruas: Valpo é mais suja, cheia de vira-latas (todos muito tranquilos, fofos), mas também mais vibrante, mais viva! Santiago é meio “executiva”, “time is money” demais pra mim...

 

Dia 25 de Maio – Valparaíso

 

Acordei e fui fazer os Walking Tour dos “Wally”. Os guias se vestem como o personagem dos livros infantis que você tem que encontrar! O tour das 10:30, saindo da Plaza Sotomayor, não é grande coisa: passa por uns lugares meio “feios”, mas se não tiver fazendo nada por 3 horas, vale a pena – e é de graça né ?

O melhor tour é das 15:30: vai realmente nos lugares mais “tradicionais” de Valpo, inclusive nos famosos ascensores, dá pra ver melhor os grafites, os tags, o muralismo! E são lindos! Acho que uma das coisas que dá essa atmosfera “tranquilona” de Valpo é a arte urbana sensacional!

 

Perto do Hostel tem vários bares e de noite enche, inclusive de segunda a quinta. Bebemos um pouco no hostel (cerveja Báltica: 2 litros por 1000 pesos! :o) e fomos pra rua! Vários artistas, galera curtindo ::otemo::

 

Dia 26 de Maio – Valparaíso

 

Acordei e animei ir a pé até Viña del Mar. Vi no mapa e parecia longe – e é um pouco – mas valeu a caminhada: ver a diferença entre as duas cidades a pé é muito diferente do que de microbus. Mas pra quem não animar, dá pra ir pra lá por 400 pesos!

 

O bom de ir a pé foi também que passeio por um cais cheio de leões marinhos, de gaivotas, com vários barcos pesqueiros...

Chegando a Viña del Mar, vi que é outra realidade... Valpo parece não ter praias de areia, só de pedra, porto e tal. Em Vinã as praias são bem bonitas, areia clarinha :) Valpo é mais despojado, Viña parece uma cópia de Miami hahahaha

Acredito que ficar hospedado em Viña deve ser mais caro, e não sei se a noite de lá compensa! Pra mim o melhor foi passar só essa tarde em Viña mesmo ::hahaha::

 

Era praticamente minha última noite de viagem e eu queria curtir. Começamos a beber na cozinha do hostel: ingleses, canadenses, americanos, chilenos, franceses, uruguaios, etc. etc. Acabamos em uma balada bem legal, galera toda dançando juntos, parece que nos conhecíamos a anos ahahaha ::lol4::

 

Dia 27 de Maio – Valparaíso/Santiago

 

Acordar, resolver últimas coisas em Valpo e partir para Santiago! O plano era, se sobrasse algum dinheiro, visitar uma vinícola antes de ir para o aeroporto. Pena que não sobrou dinheiro – na verdade até faltou um pouco ahahaha

 

Fiz o planejamento para ir para a vinícola Santa Rita. Umas 4 horas dá pra ir, fazer o passeio e voltar para Santiago numa boa e custa cerca de 15 mil pesos – nem é tão caro assim. Talvez se tivesse me planejado melhor - ou gastado menos dinheiro com coisa inútil...

 

Dei uma última passeada no “Cerros”, comprei alguns artesanatos como “lembrancinha” e 17 horas parti para Santiago. Cheguei lá umas 19 horas e a viagem no fim da tarde é bem bonita! Pena que o site deles não funcionou para a passagem de volta e tive que pagar 3.600 pesos no guichê ::toma::

Fui para o Terminal Alameda, onde existe um transfer para o aeroporto. Por 1.700 pesos se vai até lá em 45 minutos! É a solução mais rápida e barata ::otemo::

 

O último transfer sai do Terminal Alameda 23 horas e o primeiro do dia sai 5 horas. Meu voô era às 7 da manhã, então resolvi não arriscar: dormi no aeroporto mesmo. Mas não foi nada bom: poucas cadeiras (desconfortáveis), quase nenhuma tomada pra carregar o celular e dar uma distraída! ::putz::

 

Mas ainda bem que dormi por lá: na hora do check-in deu problema na minha passagem (comprada quando ainda existia TAM) e o sistema da Latam... Problema resolvido e lá fui eu de volta pra casa ::love::

 

 

Gastos em reais:

 

Passagem de Avião (Milhas que faltavam): $602

Taxas de Embarque: $253,57

Dinheiro em Espécie: $2.810

Cartão de Crédito: $230 reais

 

Total: $3.895,57

 

 

Uma dica quanto a dinheiro: Levem aquele cartão pré-pago (VTM). Apesar de ter que pagar IOF e o valor de saque, é uma segurança enorme (e possibilita que alguém no Brasil deposite dinheiro e te salve de alguma possível enrascada). Em todas as cidades que passei o acesso a caixas automáticos e máquinas de cartão é amplo.

Cartão de crédito também é uma boa opção (reservar hostel, gastos emergenciais), ainda mais que se pode pagar mais barato em alguns lugares (compras em sites, por exemplo, ou desconto no IVA).

Mas nunca confie em um só meio – como eu fiz -, o ideal é dividir os gastos entre essas três ou mais modalidades: se algo der errado você não morrer de fome.

Não fiz seguro viagem, mas me arrependi. Alguns, por cerca de 200 reais, te livram de morrer fora do Brasil e dar trabalho pra trazerem o corpo de volta...

 

É isso, qualquer dúvida me perguntem!

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Olá. Gostei bastante do seu relato, foi bem detalhado. Parabéns!!! Vou agora em julho para Montevidéu, depois Buenos Aires e de lá pegarei um ônibus direto para Santiago. Só fico preocupada com as estradas nas cordilheiras. Você sabe aproximadamente qual é altitude máxima da cordilheira por onde a estrada passa?

 

Obrigado pelo elogio!

 

Ônibus direto de Buenos Aires para Santiago acredito que deva ser bem cansativo (20 horas mais ou menos). Vale a pena parar em Mendoza!

Não sei exatamente a altitude, mas deve estar em cerca de 3 mil metros. A estrada realmente parece perigosa, até pelo alto fluxo de caminhões, mas a estrada é boa e não ouvi histórias de acidentes. O problema de ir em julho é a neve: fique atento pra ver se eles vão fechar a estrada no dia que você for passar por ela, por risco de nevasca!

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Oi, Nicolas! Parabéns pelo ótimo relato! Só fez falta algumas fotos, pra sanar a minha expectativa Haha

Eu estou pensando em fazer um roteiro similar ao seu, pelos mesmos lugares, só que em outra ordem e outros tempos de estadia. Fora Córdoba, tem algum outro lugar que você ficaria mais tempo, se pudesse? Você se lembra qual foi o valor e a duração da viagem de onibus de Mendonza pra Santiago? E, por último, nesses 20 dias vc gastou um pouco mais de 3000 reais (sem as passagens)... qual foi seu nível de economia? (dá pra gastar menos?)

Obrigada mesmo! Seu relato se destacou bastante, entre tantos iguais sobre "Bolivia-Chile-Peru"!

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