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Jalapão em 5-6 dias, sem guia e de Duster - Check List de dicas uteis


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  • Membros

Caros Mochileiros,

 

Graça a esse fórum, fiz uma viagem inesquecível no Jalapão, talvez a melhor viagem desses 4 anos que eu passei no Brasil. Pelo fato de ter preguiça de escrever em português (que não a minha linguá materna) e já que tem muitos relatos super bem feitos sobre esse tema no site (recomendo os relatos de Ramon D'Amico, ao Hélio Prates e ao Luis Arau), quis dar uma contribuição diferente aos futuros mochileiros do Jalapão através um check-list de dicas uteis. Pensei que poderia ser interessante já que eu senti dificuldade para reunir todas as informações desse fórum de maneira sintética.

 

1/ Sem ou com Guia?

Tem que ser sem! Mais liberdade, mais em conta e mais aventura. Com um pouco de planejamento, é possível chegar aos pontos de interesse sozinho.

 

2/ Sem ou com 4x4?

- Um 4x4 oferece mais conforto mais sai mais caro: entre 500 e 600 BRL/diária vs entre 300 e 400 BRL/diária para um SUV nas agencias de Palmas.

- De Duster conseguimos fazer a volta do parque sem dificuldades. Os maiores riscos são os buracos na estrada de terra (por isso aconselho alugar um modelo tipo SUV, mais alto do que um carro normal) e as pancadas de areia.

- Se você não for de 4x4, NÃO entra no parque das Dunas (são somente 6 km de trilha que da para fazer andando ou pedindo carona, já que tudo vai para la no final da tarde), NEM na cachoeira do Lajeado (são somente 3 km de trilha que da para fazer andando), pois la é realmente pura areia fofa. Todos os outros pontos de interesse citados neste check-list são accessíveis de SUV não traçado.

 

3/ Dicas praticas para andar de carro NÃO traçado no parque

- Prestar muita atenção, mudar de motorista com frequência, andar com velocidade reduzida, limitar a distancia percorrida por dia... essa estrada é muito cansativa e é perigosa.

- Andar de marcha baixa nas pancadas de areia

- Secar os pneus ao entrar no parque

- Levar alguns galões de gasolina. Tem posto de gasolina em Novo Acordo, São Felix, Mateiros e Ponte Alta, mas é bom ter essa segurança caso errar o caminho.

- Ao sair do parque, aumentar de novo a pressão nos pneus, mas cuidado em não colocar muita pressão de volta, pois se uma pedra começou a furar a borracha dentro do parque, com a pressão e o calor no asfalte, tem o risco dessa pedra realmente furar completamente o pneu (aconteceu comigo ao voltar para o aeroporto)

 

4/ Pelo norte ou pelo Sul? Dicas de rota optimizada em 5-6 dias com Palmas como ponto de partida

 

- Aconselho fazer a volta do parque pelo norte pelas seguintes razões:

A/ A estrada de terra esta em melhor estado entre Novo Acordo e São Felix e vai piorando até Mateiros e piorando ainda até Ponte Alta. Assim você vai se acostumando com a estrada aos poucos e chegar com mais experiencia na parte punk do parque

B/ Nesse sentido os pontos de interesse vão aparecendo na ordem crescente de beleza

C/ Segundo um guia da região tem mais descida nas partes difíceis da estrada nesse sentido

 

- Aconselho variar as opções de hospedagem, considerar as opções de camping e nunca dormir no mesmo lugar. Assim, tem mais aventura, mas alem disso você reduz o tempo na estrada e consegui fazer toda a volta do parque andando entre 100 e 150 km/dia, o que já é muito nessas condições.

 

- Dia 0: Preparação/compras em Palmas

- Dia 1: Palmas - São Felix (~200km)

- Dia 2: São Felix - Mumbuca (~100km)

- Dia 3: Mumbuca - Mateiros (~100km)

- Dia 4: Mateiros - Cachoeira da Velha (~100km)

- Dia 5: Cachoeira da Velha - Ponte Alta (~100km)

- Dia 6: Ponte Alta - Porto Nacional ou Palmas (~200km)

 

5/ Como se orientar?

- A TO-030 liga as cidades do roteio e passa por perto dos principais pontos de interesse. As vezes, tem placa, mas nem sempre. Por isso, é importante se planejar, anotar as distancias até as bifurcações no mapa, perguntar aos locais e ler os relatos de viagem.

- Rede 3G e 4G se encontra em muito poucos lugares do parque, esqueça os aplicativos do seu smartfone

- Privilegiar mapa física (2 mapas esquemáticas em anexo)

- A melhor opção é baixar o mapa satelita da região no modo off-line do Google Maps e salvar as coordenas das cidades e dos pontos de interesse nos favoritos antes de iniciar a viagem. Assim mesmo sem sinal, você terá uma visão bem detalhada da geografia do lugar, e poderá até medir as distancias sobrando.

- E bom levar um aparelho com detecção de coordenadas GPS que não passa pela rede 3G ou 4G e uma bussola.

 

6/ Pontos de interesse

 

- Dia 0: Preparação/compras em Palmas

- Dia 1: Palmas - São Felix

Cachoeira na entrada de Taquaruçu na estrada - Placa + Pagante

Cachoeira na saída de Taquaruçu indo para Santa Tereza (Cachoeira dos Macacos) - Placa + Pagante

Morro do Gorgulho - Visível da TO-030

Serra da Catedral - Visível da TO-030

Fervedouro do Alecrim - Placa na segunda parte da cidade de São Felix (S10º18,432’ e W46º66,703’) + Pagante

 

- Dia 2: São Felix - Mumbuca

Fervedouro São Felix (o mais bonito que visitamos) - Placa na saída da cidade sentido mateiros + Pagante

Cachoeira da Formiga - Na esquerda sentido Mateiros (S10º15,743’ e W46º29,882’) + Pagante

Comunidade Mumbuca, Centro de Artesanato do Caipim dourado - Voltando para estrada principal, a direita sentido Mateiros (S10º20,695’ e W46º34,335’)

Dentro da comunidade perguntar o caminho até o encontro das Águas e o fervedouro Mumbuca (o mais poderoso) + Pagante

 

- Dia 3: Mumbuca - Mateiros

Fervedouro do Ceiça - Saindo e Mumbuca e 1,2km antes de chegar na estrada principal (S10º37,247’ e W46º52,472’) - Placa + Pagante

Descançar em Mateiros e se preparar para o pôr do sol nas Dunas - é bom chegar lá umas 16 horas e andar no parque

Parque das Dunas - 6km da estrada principal ( S10º36,162’ e W46º39,642’) - placa na estrada Mateiros São Felix + contribuição livre - Não entrar sem 4x4

 

- Dia 4: Mateiros - Cachoeira da Velha

Trilha do Mirante da Serra - Visível a direita na estrada Mateiro São Felix - Placa + Livre - 400m de desnivelamento até o cume do planalto + 3km acima da chapada até o mirante

Cachoeira e prainha da Velha - placa a direita na estrada Mateiro São Felix (S10º15,654’ e W46º53,077’) - a prainha e a cachoeira são acessíveis de carro mas existe também uma trilha bonita de 2 km que liga os dois nas margens do rio novo

 

- Dia 5: Cachoeira da Velha - Ponte Alta

Pousada abandonada do Pablo Escobar - no caminho saindo da cachoeira da velha e voltando para a TO-030

Cachoeira do Lajeado - Difícil de acesso e de achar - 3km da estrada Mateiros São Felix na esquerda (S10º65,370’ e W47º28,435’) - Não entrar sem 4x4 - Olhando a cachoeira por cima existe uma trilha escorregadinha na esquerda para descer até o poço embaixo

Cânion Do Sussuapara - na estrada Mateiros São Felix na esquerda (S10º65,227’ e W47º44,576’)

 

- Dia 6: Ponte Alta - Porto Nacional ou Palmas

Indo para o sul de Ponte Alta, direção Pindorama você pode acessar se tiver tempo a Pedra Furada (Vale a pena, gostei muito - S10º87,697’ e W47º38,593’), a Cachoeira do Soninho (Não fui - 70km de Ponte Alta) e a Cachoeira da Fumaça (Não fui - 70km de Ponte Alta)

Senão, pode seguir para o norte para voltar para Palmas. Uma boa opção para dar uma variada na estrada, é passar por Porto Nacional a cidade histórica do Tocantins, muito mais humana do que Palmas, as margens do rio Tocantins são bem animadas a noite.

 

7/Opções para dormir

- Dia 0: Palmas - Varias opções mas é caro e não tem graça

- Dia 1: São Felix - 2 pousadas simples ou camping selvagem na praia do Alecrim com estrutura minima

- Dia 2: Mumbuca - Pousada Tonha super simples mais super acolhedora na comunidade na casa da filha da Dona Miuda que popularizou o artesanato do caipim dourado no Brasil

- Dia 3: Mateiros - Varias pousadas e 1 camping com estrutura

- Dia 4: Cachoeira da Velha - camping selvagem na prainha da velha com estrutura minima

- Dia 5: Ponte Alta (~100km) - recomendo a pousada Planalto da Dona Lazara, uma pioneira do turismo no Jalapão

 

8/ O que pode ser útil de levar?

- "kit écologico": saco de lixo para não sujar o parque

- "Kit camping": barraca, colchão inflável, saco de dormir leve para temperaturas altas, lanternas

- "Kit sobrevivência obrigatório": protetor solar, repelente, chapel, faca

- "Kit independência": bastante água e comida que se conserva para poder adaptar a sua viagem e improvisar quando aparece uma prainha de rio lindíssima que combinaria muito bem com um pique-nique ou quando surgi uma chuva que vai dificultar a sua viagem até a próxima etapa

- Dinheiro, pois não achei banco entre Novo Acordo e Ponte Alta do Tocantins, ou seja não tem banco dentro do parque do Jalapão. Gasolina pode ser paga com cartão. Mas visitas e a maioria dos restaurantes/pousadas so aceitam dinheiro.

- Uma maquina de tirar foto a prova da água é recomendada para tentar gravar o que é um fervedouro

- Uma mascara para mergulhar

 

Para quem quer estudar mais a fundo a geografia do parque recomendo a leitura do plano de manejo do parque do estadual do Jalapão em anexo. Ele é um pouco desatualizado (2003), mais super bem documentado e detalhado.

 

Aproveitem e não esquecem que o Jalapão é Bruto!

Bon voyage,

Ladislas

PLANO_DE_MANEJO_DO_PARQUE_ESTADUAL_DO_JALAPAO.pdf

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  • Amei! 1
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  • 4 semanas depois...
  • Membros

Fiz um roteiro similar a esse, porém saindo da Chapada dos Veadeiros.

Eu até sugiro que vc contrate um guia local para se caso não se sinta seguro ir em determinados locais. Mas de agência esquece..vão te furar os olhos!!

Entretanto com um pouco de vontade é possível fazer todos os atrativos sem guia.

De fato um 4x4 é o ideal !

AS DICAS DO POST são bem úteis!

Ah..se vc tem alguma frescura..não vá ao JALAPÃO!

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  • 4 meses depois...
  • Membros
Caros Mochileiros,

 

Graça a esse fórum, fiz uma viagem inesquecível no Jalapão, talvez a melhor viagem desses 4 anos que eu passei no Brasil. Pelo fato de ter preguiça de escrever em português (que não a minha linguá materna) e já que tem muitos relatos super bem feitos sobre esse tema no site (recomendo os relatos de Ramon D'Amico, ao Hélio Prates e ao Luis Arau), quis dar uma contribuição diferente aos futuros mochileiros do Jalapão através um check-list de dicas uteis. Pensei que poderia ser interessante já que eu senti dificuldade para reunir todas as informações desse fórum de maneira sintética.

 

1/ Sem ou com Guia?

Tem que ser sem! Mais liberdade, mais em conta e mais aventura. Com um pouco de planejamento, é possível chegar aos pontos de interesse sozinho.

 

2/ Sem ou com 4x4?

- Um 4x4 oferece mais conforto mais sai mais caro: entre 500 e 600 BRL/diária vs entre 300 e 400 BRL/diária para um SUV nas agencias de Palmas.

- De Duster conseguimos fazer a volta do parque sem dificuldades. Os maiores riscos são os buracos na estrada de terra (por isso aconselho alugar um modelo tipo SUV, mais alto do que um carro normal) e as pancadas de areia.

- Se você não for de 4x4, NÃO entra no parque das Dunas (são somente 6 km de trilha que da para fazer andando ou pedindo carona, já que tudo vai para la no final da tarde), NEM na cachoeira do Lajeado (são somente 3 km de trilha que da para fazer andando), pois la é realmente pura areia fofa. Todos os outros pontos de interesse citados neste check-list são accessíveis de SUV não traçado.

 

3/ Dicas praticas para andar de carro NÃO traçado no parque

- Prestar muita atenção, mudar de motorista com frequência, andar com velocidade reduzida, limitar a distancia percorrida por dia... essa estrada é muito cansativa e é perigosa.

- Andar de marcha baixa nas pancadas de areia

- Secar os pneus ao entrar no parque

- Levar alguns galões de gasolina. Tem posto de gasolina em Novo Acordo, São Felix, Mateiros e Ponte Alta, mas é bom ter essa segurança caso errar o caminho.

- Ao sair do parque, aumentar de novo a pressão nos pneus, mas cuidado em não colocar muita pressão de volta, pois se uma pedra começou a furar a borracha dentro do parque, com a pressão e o calor no asfalte, tem o risco dessa pedra realmente furar completamente o pneu (aconteceu comigo ao voltar para o aeroporto)

 

4/ Pelo norte ou pelo Sul? Dicas de rota optimizada em 5-6 dias com Palmas como ponto de partida

 

- Aconselho fazer a volta do parque pelo norte pelas seguintes razões:

A/ A estrada de terra esta em melhor estado entre Novo Acordo e São Felix e vai piorando até Mateiros e piorando ainda até Ponte Alta. Assim você vai se acostumando com a estrada aos poucos e chegar com mais experiencia na parte punk do parque

B/ Nesse sentido os pontos de interesse vão aparecendo na ordem crescente de beleza

C/ Segundo um guia da região tem mais descida nas partes difíceis da estrada nesse sentido

 

- Aconselho variar as opções de hospedagem, considerar as opções de camping e nunca dormir no mesmo lugar. Assim, tem mais aventura, mas alem disso você reduz o tempo na estrada e consegui fazer toda a volta do parque andando entre 100 e 150 km/dia, o que já é muito nessas condições.

 

- Dia 0: Preparação/compras em Palmas

- Dia 1: Palmas - São Felix (~200km)

- Dia 2: São Felix - Mumbuca (~100km)

- Dia 3: Mumbuca - Mateiros (~100km)

- Dia 4: Mateiros - Cachoeira da Velha (~100km)

- Dia 5: Cachoeira da Velha - Ponte Alta (~100km)

- Dia 6: Ponte Alta - Porto Nacional ou Palmas (~200km)

 

5/ Como se orientar?

- A TO-030 liga as cidades do roteio e passa por perto dos principais pontos de interesse. As vezes, tem placa, mas nem sempre. Por isso, é importante se planejar, anotar as distancias até as bifurcações no mapa, perguntar aos locais e ler os relatos de viagem.

- Rede 3G e 4G se encontra em muito poucos lugares do parque, esqueça os aplicativos do seu smartfone

- Privilegiar mapa física (2 mapas esquemáticas em anexo)

- A melhor opção é baixar o mapa satelita da região no modo off-line do Google Maps e salvar as coordenas das cidades e dos pontos de interesse nos favoritos antes de iniciar a viagem. Assim mesmo sem sinal, você terá uma visão bem detalhada da geografia do lugar, e poderá até medir as distancias sobrando.

- E bom levar um aparelho com detecção de coordenadas GPS que não passa pela rede 3G ou 4G e uma bussola.

 

6/ Pontos de interesse

 

- Dia 0: Preparação/compras em Palmas

- Dia 1: Palmas - São Felix

Cachoeira na entrada de Taquaruçu na estrada - Placa + Pagante

Cachoeira na saída de Taquaruçu indo para Santa Tereza (Cachoeira dos Macacos) - Placa + Pagante

Morro do Gorgulho - Visível da TO-030

Serra da Catedral - Visível da TO-030

Fervedouro do Alecrim - Placa na segunda parte da cidade de São Felix (S10º18,432’ e W46º66,703’) + Pagante

 

- Dia 2: São Felix - Mumbuca

Fervedouro São Felix (o mais bonito que visitamos) - Placa na saída da cidade sentido mateiros + Pagante

Cachoeira da Formiga - Na esquerda sentido Mateiros (S10º15,743’ e W46º29,882’) + Pagante

Comunidade Mumbuca, Centro de Artesanato do Caipim dourado - Voltando para estrada principal, a direita sentido Mateiros (S10º20,695’ e W46º34,335’)

Dentro da comunidade perguntar o caminho até o encontro das Águas e o fervedouro Mumbuca (o mais poderoso) + Pagante

 

- Dia 3: Mumbuca - Mateiros

Fervedouro do Ceiça - Saindo e Mumbuca e 1,2km antes de chegar na estrada principal (S10º37,247’ e W46º52,472’) - Placa + Pagante

Descançar em Mateiros e se preparar para o pôr do sol nas Dunas - é bom chegar lá umas 16 horas e andar no parque

Parque das Dunas - 6km da estrada principal ( S10º36,162’ e W46º39,642’) - placa na estrada Mateiros São Felix + contribuição livre - Não entrar sem 4x4

 

- Dia 4: Mateiros - Cachoeira da Velha

Trilha do Mirante da Serra - Visível a direita na estrada Mateiro São Felix - Placa + Livre - 400m de desnivelamento até o cume do planalto + 3km acima da chapada até o mirante

Cachoeira e prainha da Velha - placa a direita na estrada Mateiro São Felix (S10º15,654’ e W46º53,077’) - a prainha e a cachoeira são acessíveis de carro mas existe também uma trilha bonita de 2 km que liga os dois nas margens do rio novo

 

- Dia 5: Cachoeira da Velha - Ponte Alta

Pousada abandonada do Pablo Escobar - no caminho saindo da cachoeira da velha e voltando para a TO-030

Cachoeira do Lajeado - Difícil de acesso e de achar - 3km da estrada Mateiros São Felix na esquerda (S10º65,370’ e W47º28,435’) - Não entrar sem 4x4 - Olhando a cachoeira por cima existe uma trilha escorregadinha na esquerda para descer até o poço embaixo

Cânion Do Sussuapara - na estrada Mateiros São Felix na esquerda (S10º65,227’ e W47º44,576’)

 

- Dia 6: Ponte Alta - Porto Nacional ou Palmas

Indo para o sul de Ponte Alta, direção Pindorama você pode acessar se tiver tempo a Pedra Furada (Vale a pena, gostei muito - S10º87,697’ e W47º38,593’), a Cachoeira do Soninho (Não fui - 70km de Ponte Alta) e a Cachoeira da Fumaça (Não fui - 70km de Ponte Alta)

Senão, pode seguir para o norte para voltar para Palmas. Uma boa opção para dar uma variada na estrada, é passar por Porto Nacional a cidade histórica do Tocantins, muito mais humana do que Palmas, as margens do rio Tocantins são bem animadas a noite.

 

7/Opções para dormir

- Dia 0: Palmas - Varias opções mas é caro e não tem graça

- Dia 1: São Felix - 2 pousadas simples ou camping selvagem na praia do Alecrim com estrutura minima

- Dia 2: Mumbuca - Pousada Tonha super simples mais super acolhedora na comunidade na casa da filha da Dona Miuda que popularizou o artesanato do caipim dourado no Brasil

- Dia 3: Mateiros - Varias pousadas e 1 camping com estrutura

- Dia 4: Cachoeira da Velha - camping selvagem na prainha da velha com estrutura minima

- Dia 5: Ponte Alta (~100km) - recomendo a pousada Planalto da Dona Lazara, uma pioneira do turismo no Jalapão

 

8/ O que pode ser útil de levar?

- "kit écologico": saco de lixo para não sujar o parque

- "Kit camping": barraca, colchão inflável, saco de dormir leve para temperaturas altas, lanternas

- "Kit sobrevivência obrigatório": protetor solar, repelente, chapel, faca

- "Kit independência": bastante água e comida que se conserva para poder adaptar a sua viagem e improvisar quando aparece uma prainha de rio lindíssima que combinaria muito bem com um pique-nique ou quando surgi uma chuva que vai dificultar a sua viagem até a próxima etapa

- Dinheiro, pois não achei banco entre Novo Acordo e Ponte Alta do Tocantins, ou seja não tem banco dentro do parque do Jalapão. Gasolina pode ser paga com cartão. Mas visitas e a maioria dos restaurantes/pousadas so aceitam dinheiro.

- Uma maquina de tirar foto a prova da água é recomendada para tentar gravar o que é um fervedouro

- Uma mascara para mergulhar

 

Para quem quer estudar mais a fundo a geografia do parque recomendo a leitura do plano de manejo do parque do estadual do Jalapão em anexo. Ele é um pouco desatualizado (2003), mais super bem documentado e detalhado.

 

Aproveitem e não esquecem que o Jalapão é Bruto!

Bon voyage,

Ladislas

 

Olá Ladis,

 

Vc acha necessário fazer reserva nas pousadas indo em novembro (baixa temporada)? Vc tem os contatos?

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  • 2 semanas depois...
  • Membros

Fui em setembro o guia da nossa viagem disse que estavam cansados de ajudar o pessoal dessas Duster atolados, segundo ele alguém publicou relatos em um site e encheu de gente fazendo isso. Eles só levam a pessoa até um ponto de apoio muitos abandonam o carro na beira da estrada. Fomos em uma frontier com um guia que faz a região há anos e ele não vai só, por que mesmo com a experiência e veículo traçado ainda atola.

 

Não há placas de indicação ou qualquer pessoa no caminho para que pergunte nada, as distâncias são imensas, vimos vários caminhões atolados. Fomos durante o rally dos sertões e observamos ao menos 02 carros quebrados que tiveram que ser abandonados. Cada um tem sua história: a minha é jamais vá sem guia, inclusive em Palmas eles estão cobrando mais caro por aluguel de Duster por que já sabem que estão fazendo isso. Ao longo de 04 dias no Jalapão não vi nenhum carro que não fosse caminhonete traçada. Lembrete não há qualquer estrutura se você tiver problema ficará só no meio do mato e sem ajuda, não há fluxo de carro não passam cartão e o celular não funciona.

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  • Colaboradores

Acho que o pessoal pinta o Jalapão de uma forma bem mais sombria do que o que ele realmente é...

fui de moto e sozinho em julho de 2015. Era alta temporada, então sempre passava por algum veículo na estrada. Claro que não era toda hora, mas sempre tinha alguém andando por lá.

 

A velocidade de deslocamento é baixa, fazer o roteiro de um dia é demorado e cansativo, mas é possível conhecer o Jalapão sem rodar mais de 100km por dia. Quem vai com guia geralmente dorme em pousadas, por isso rodam mais de 200km em um dia, aí passam mais tempo no veículo que curtindo os locais.

 

A sinalização é deficiente, mas é difícil se perder por lá. A estrada é uma só, bem larga. A única bifurcação é a que leva a Cachoeira da Velha, mas o local é bem sinalizado. Tem sinalização no Cânion Sussuapara e pras Dunas também, só a entrada pra Cachoeira do Lajeado e a trilha que sobe a Serra do Espírito Santo é que pode passar batido.

 

Grande parte do Jalapão pode ser transposta até por um veículo 4x2, desde que o motorista tenha noção. Não sou eu que to inventando isso, o camarada que cuida da Cachoeira da Velha tem (ou tinha) somente um Uno, que ele utiliza pra comprar mantimentos e levar a família pra Ponte Alta. Único ponto que eu diria ser impossível passar sem tração 4x4 reduzida são os 5km de areia até as Dunas. Aí sim, até caminhonete traçada atola.

 

Há algumas casas pelo caminho sim, tem um pequeno povoado (ou algo do tipo) entre a Cachoeira da Velha e as Dunas. Celular também funciona nos arredores de Ponte Alta e próximo a cachoeira da Velha, além de Mateiros e outras cidades da região.

 

O fato é, Jalapão não é mamão com açúcar, mas também não é esse mundo selvagem que alguns dizem. Quem está inseguro que contrate um guia, mas é plenamente possível fazer sem.

  • Obrigad@! 1
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  • 4 semanas depois...
  • 1 mês depois...

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