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Feriado de Tiradentes, e meu plano, é realizar a viagem já planejada para páscoa, ir ao Salto do Yacumã, em Derrubadas, viagem frustrada pelo mal tempo, e não é que a previsão novamente não era boa. O jeito foi redefinir o roteiro, o plano original era sair de Santa Maria, rumo a Vitor Graeff, Ametista do Sul, Iraí, Frederico Westphalen e Derrubadas, para isso precisaria de dois dias de tempo bom. Mas como o tempo estava feio, o jeito foi encurtar o trajeto para ir e voltar no mesmo dia. E saímos na sexta-feira 22/04/2016, com aquele tempo fechado, mas sem chuva, por ter duvidas se iria chover ou não, acabamos saindo de casa quase as 10 hrs da manhã, chegamos a 1ª parada, Cruz Alta, em torno do meio dia. Deu para minha mulher olhar as lojas do centro, que já estavam fechando para o almoço. Demos uma caminhada pelo comércio, que até é bem interessante, a cidade é maior que eu imaginava, deve ter uns 50.000 hab, muitas lojas, e um calçadão bem amplo (me lembrou Pelotas), e almoçamos no Divino Sabor, lugar bom, simples e barato, Buffet por kG, honesto. Ainda dei uma volta no Memorial Nsa de Fátima, um dos atrativos da cidade, uma imensa torre com a imagem de Nossa Senhora, e um amplo espaço para eventos. Local para turismo religioso, como não era esse o foco não ficamos muito, o que mais me impressionou na cidade mesmo, foi uma estatua de um gaúcho, segurando uma cabeça de touro pelos chifres, bem na entrada da cidade, homenageando os primeiros tropeiros e carreteiros que chegaram à região. Segue o baile, tempo instável e pegamos alguns trechos de forte chuva, mas logo passava, chegamos a Ibirubá, e como minha mulher estava dormindo, me atrevi a entrar na cidade, cidadezinha confusa, com ruas de paralelepípedo bem ruins, deu para tirar uma foto do monumento do Imigrante, bem legal até, e sair da cidade. Mais a frente Selbach, um dos pontos previstos para parada, por ter lido algo sobre o “Mini Mundo Encantado”, não consegui achar nada que explicasse o lugar, mas pelo nome, eu não podia deixar de conhecer. O pórtico de Selbach é bem legal, estilo alemão, mas não da para tirar fotos por ficar em frente a uma rótula bem movimentada. Entramos na cidade, pergunta daqui e dali, chegamos ao tal Mini mundo encantando, a fachada é muito massa, uma casa estilo alemão várias estatuas, um moinho, uma menina vestida de tirolesa (ou algo assim) mas bati palma, assoviei e nada. O portão estava cadeado. Que Frustração! Achei que devia ser um local mantido pela prefeitura e deviam estar de feriado, mais umas voltas pela cidade, e encontramos o Museu e Biblioteca Municipal, outra construção esse estilo Enxaimel, bem bacana, que para nossa surpresa estava aberta. Chegamos no museu, duas funcionárias da prefeitura nos atenderam, perguntamos como era para visitar o museu, uma disse que já abriria, foi lá pegou uma chave, e foi subindo as escadas do velho casarão, mas velho mesmo, não antigo e bem conservado, “velho”. Abriu a porta, e nos mostrou duas peças, uma menor, cheia de roupas, jornais, e fotos não muito bem conservados e outra peça maior, cheia de utensílios antigos, cheios de pó, e com aspecto não muito convidativo. Um clima de casa mal assombrada, um clima pesado, sei lá. Olha que tento ser muito otimista, mas infelizmente não deu. Um dos museus mais precários e bizarros que já fomos. Poh! Prefeitura de Selbach, ter um museu, não é juntar monte de coisa velha em uma casa caindo aos pedaços. Desculpe o desabafo, mas ta feia a coisa. Perguntei as atendentes que foram bem solicitas, sobre o Mini Mundo, e me disseram que é um museu particular e o proprietário mora em uma casa ao lado, e se eu voltasse lá, e batesse palmas ele abriria. Como sou brasileiro, e não desisto nunca, voltei. Bati palma, bati pé, fui na casa do home, bati na porta, gritei, me esfalfei, e bulhufas. Que triste que fiquei. Pois o lugar parece interessantíssimo. Triste e cabisbaixo, o jeito foi seguir viagem, já achando que o passeio estava sendo uma decepção. E chegamos a Vitor Graeff, e para piorar começa a chover novamente, mas dali 5 min passa a chuva e abre um belo sol. E chegamos a dita praça, mais linda do Estado. Cara e que emoção! O lugar é INCRIVEL! Incrível tipo Disneylândia (pra mim que nunca fui a Disney né). Não da pra acreditar, que numa cidadezinha minúscula, no interior do interior do Rio Grande do Sul, fizeram algo assim. O lugar é uma enorme praça, repleta, mas cheia mesmo, de estatuas feitas com um tipo de arbusto. Como se o Edward Mãos de Tesoura, tivesse passado por ali. Me senti como uma criança, minha vontade era de sair correndo por aquele lugar, mas acho que ficaria chato um cara de 37 anos, e barba na cara fazer isso, mesmo que não tivesse ninguém olhando, quer dizer tinha minha mulher, que também acho que não gostaria que eu fizesse isso. E até ela que não gosta de viajar, e vai praticamente amarrada nas minhas indiadas, curtiu o lugar. LINDO! LINDO! LINDO! Tipo mal comparando, em Três Coroas, o lugar é belíssimo, mas não consegui me emocionar, achei legal, e talz, as fotos ficaram lindas, mas só isso. Mas nessa praça, me senti criança de novo, quase que vivendo um sonho, e a cada escultura de elefante, anjo, dinossauro, meu olhar se encantava mais e mais. Realmente Vitor Graeff vale muuuito a pena conhecer. Pena que a casinha de artesanato estava fechada. Depois foi retornar com alma recarregada. O GPS ainda se perdeu, e nos fez andar 50 km atoa, pois, queríamos chegar ainda em Não Me Toque (sim Não Me Toque é nome de cidade), pois era cedo, mas não deu, graças ao GPS. Paramos para tomar um café no Recanto do Mel, que fica na rodovia, em Selbach, outro baita lugar, todo em estilo Enxaimel. Não é atoa que é um dos pontos turísticos da Rota Terras Encartadas, achei estranho um restaurante ser ponto turístico, mas vale à pena. Comemos um picadão de queijo de colônia na chapa, bife xadrez, ovo de codorna, e outros quitutes, porção farta por incríveis R$ 17,00, me senti até mal por pagar só isso. Do passeio deu pra ver que como a maioria das ditas Rotas Turísticas do Rio Grande do Sul, ainda falta muita coisa para receber turistas, ainda esta muito mais na idéia do que na prática, mas para quem gosta de se aventurar pelas esburacadas estradas gaúchas, e conhecer lugares pitorescos, ta feito o convite, pois tem coisas maravilhosas e a Praça de Vitor Graeff com certeza é uma delas.

 

Mais Histórias e fotos: http://rotasetrips.blogspot.com.br/ e http://cenasperdidas.blogspot.com.br/

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Feriado de Tiradentes, e meu plano, é realizar a viagem já planejada para páscoa, ir ao Salto do Yacumã, em Derrubadas, viagem frustrada pelo mal tempo, e não é que a previsão novamente não era boa. O jeito foi redefinir o roteiro, o plano original era sair de Santa Maria, rumo a Vitor Graeff, Ametista do Sul, Iraí, Frederico Westphalen e Derrubadas, para isso precisaria de dois dias de tempo bom. Mas como o tempo estava feio, o jeito foi encurtar o trajeto para ir e voltar no mesmo dia. E saímos na sexta-feira 22/04/2016, com aquele tempo fechado, mas sem chuva, por ter duvidas se iria chover ou não, acabamos saindo de casa quase as 10 hrs da manhã, chegamos a 1ª parada, Cruz Alta, em torno do meio dia. Deu para minha mulher olhar as lojas do centro, que já estavam fechando para o almoço. Demos uma caminhada pelo comércio, que até é bem interessante, a cidade é maior que eu imaginava, deve ter uns 50.000 hab, muitas lojas, e um calçadão bem amplo (me lembrou Pelotas), e almoçamos no Divino Sabor, lugar bom, simples e barato, Buffet por kG, honesto. Ainda dei uma volta no Memorial Nsa de Fátima, um dos atrativos da cidade, uma imensa torre com a imagem de Nossa Senhora, e um amplo espaço para eventos. Local para turismo religioso, como não era esse o foco não ficamos muito, o que mais me impressionou na cidade mesmo, foi uma estatua de um gaúcho, segurando uma cabeça de touro pelos chifres, bem na entrada da cidade, homenageando os primeiros tropeiros e carreteiros que chegaram à região. Segue o baile, tempo instável e pegamos alguns trechos de forte chuva, mas logo passava, chegamos a Ibirubá, e como minha mulher estava dormindo, me atrevi a entrar na cidade, cidadezinha confusa, com ruas de paralelepípedo bem ruins, deu para tirar uma foto do monumento do Imigrante, bem legal até, e sair da cidade. Mais a frente Selbach, um dos pontos previstos para parada, por ter lido algo sobre o “Mini Mundo Encantado”, não consegui achar nada que explicasse o lugar, mas pelo nome, eu não podia deixar de conhecer. O pórtico de Selbach é bem legal, estilo alemão, mas não da para tirar fotos por ficar em frente a uma rótula bem movimentada. Entramos na cidade, pergunta daqui e dali, chegamos ao tal Mini mundo encantando, a fachada é muito massa, uma casa estilo alemão várias estatuas, um moinho, uma menina vestida de tirolesa (ou algo assim) mas bati palma, assoviei e nada. O portão estava cadeado. Que Frustração! Achei que devia ser um local mantido pela prefeitura e deviam estar de feriado, mais umas voltas pela cidade, e encontramos o Museu e Biblioteca Municipal, outra construção esse estilo Enxaimel, bem bacana, que para nossa surpresa estava aberta. Chegamos no museu, duas funcionárias da prefeitura nos atenderam, perguntamos como era para visitar o museu, uma disse que já abriria, foi lá pegou uma chave, e foi subindo as escadas do velho casarão, mas velho mesmo, não antigo e bem conservado, “velho”. Abriu a porta, e nos mostrou duas peças, uma menor, cheia de roupas, jornais, e fotos não muito bem conservados e outra peça maior, cheia de utensílios antigos, cheios de pó, e com aspecto não muito convidativo. Um clima de casa mal assombrada, um clima pesado, sei lá. Olha que tento ser muito otimista, mas infelizmente não deu. Um dos museus mais precários e bizarros que já fomos. Poh! Prefeitura de Selbach, ter um museu, não é juntar monte de coisa velha em uma casa caindo aos pedaços. Desculpe o desabafo, mas ta feia a coisa. Perguntei as atendentes que foram bem solicitas, sobre o Mini Mundo, e me disseram que é um museu particular e o proprietário mora em uma casa ao lado, e se eu voltasse lá, e batesse palmas ele abriria. Como sou brasileiro, e não desisto nunca, voltei. Bati palma, bati pé, fui na casa do home, bati na porta, gritei, me esfalfei, e bulhufas. Que triste que fiquei. Pois o lugar parece interessantíssimo. Triste e cabisbaixo, o jeito foi seguir viagem, já achando que o passeio estava sendo uma decepção. E chegamos a Vitor Graeff, e para piorar começa a chover novamente, mas dali 5 min passa a chuva e abre um belo sol. E chegamos a dita praça, mais linda do Estado. Cara e que emoção! O lugar é INCRIVEL! Incrível tipo Disneylândia (pra mim que nunca fui a Disney né). Não da pra acreditar, que numa cidadezinha minúscula, no interior do interior do Rio Grande do Sul, fizeram algo assim. O lugar é uma enorme praça, repleta, mas cheia mesmo, de estatuas feitas com um tipo de arbusto. Como se o Edward Mãos de Tesoura, tivesse passado por ali. Me senti como uma criança, minha vontade era de sair correndo por aquele lugar, mas acho que ficaria chato um cara de 37 anos, e barba na cara fazer isso, mesmo que não tivesse ninguém olhando, quer dizer tinha minha mulher, que também acho que não gostaria que eu fizesse isso. E até ela que não gosta de viajar, e vai praticamente amarrada nas minhas indiadas, curtiu o lugar. LINDO! LINDO! LINDO! Tipo mal comparando, em Três Coroas, o lugar é belíssimo, mas não consegui me emocionar, achei legal, e talz, as fotos ficaram lindas, mas só isso. Mas nessa praça, me senti criança de novo, quase que vivendo um sonho, e a cada escultura de elefante, anjo, dinossauro, meu olhar se encantava mais e mais. Realmente Vitor Graeff vale muuuito a pena conhecer. Pena que a casinha de artesanato estava fechada. Depois foi retornar com alma recarregada. O GPS ainda se perdeu, e nos fez andar 50 km atoa, pois, queríamos chegar ainda em Não Me Toque (sim Não Me Toque é nome de cidade), pois era cedo, mas não deu, graças ao GPS. Paramos para tomar um café no Recanto do Mel, que fica na rodovia, em Selbach, outro baita lugar, todo em estilo Enxaimel. Não é atoa que é um dos pontos turísticos da Rota Terras Encartadas, achei estranho um restaurante ser ponto turístico, mas vale à pena. Comemos um picadão de queijo de colônia na chapa, bife xadrez, ovo de codorna, e outros quitutes, porção farta por incríveis R$ 17,00, me senti até mal por pagar só isso. Do passeio deu pra ver que como a maioria das ditas Rotas Turísticas do Rio Grande do Sul, ainda falta muita coisa para receber turistas, ainda esta muito mais na idéia do que na prática, mas para quem gosta de se aventurar pelas esburacadas estradas gaúchas, e conhecer lugares pitorescos, ta feito o convite, pois tem coisas maravilhosas e a Praça de Vitor Graeff com certeza é uma delas.

 

Mais Histórias e fotos: http://rotasetrips.blogspot.com.br/ e http://cenasperdidas.blogspot.com.br/

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