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Olá Pessoal,

 

Demorei um pouco para vir aqui deixar o relato de minha primeira viagem a Europa, mas não poderia deixar de fazê-la, já que aqui colhi muitas informações que ajudaram bastante para que essa viagem fosse inesquecível.

 

Bom, saímos eu e minha esposa do RJ (Galeão) no dia 06/03/16-Domingo pela Iberia. Check-in super tranquilo e sem fila. O Vôo saiu no horário (19:50hs) e eu estava na expectativa de qual seria a aeronave. Infelizmente (ou felizmente) a aeronave utilizada foi o modelo antigo, sem entretenimento individual. Tripulação supersimpática que realizou o serviço de bordo (de boa qualidade) poucas horas após a decolagem. Nosso assento foi logo na primeira fila do meio com muito espaço para as pernas (A configuração era 2 x 4 x 2) e não viajou ninguém ao nosso lado, ou seja, ficamos com 4 assentos onde minha esposa conseguiu até deitar. O fato de não ter multimídia individual ajudou para que após o serviço de bordo conseguíssemos tirar um bom cochilo sem distrações.

 

O Vôo foi tranquilo e chegamos a Madri por volta das 9:40hs. Estava preocupado com a imigração, pelo fato do aeroporto ser muuuuito grande e de só termos 2 horas até o próximo vôo para Paris. Li muitos relatos de pessoas que perderam sua conexão neste meio tempo. Na imigração não havia filas, a agente nem olhou em nossas caras e nem perguntou nada, carimbou nossos passaportes, deu boa viagem. O aeroporto de Barajas é muito grande, mas é muito bem sinalizado... Fomos direto para o portão de embarque. Deu tempo de comermos alguma coisa e ainda ficamos mais de 1 hora esperando nosso vôo para Paris que saiu pontualmente as 11:55hs.

 

Já neste trecho de vôo, o serviço de bordo foi pago. Por volta das 13:40hs o piloto anunciou que o pouso estava autorizado. Quando o avião pousou caiu a ficha, estamos na FRANÇA! E como dizem que a arte está nos olhos de quem vê, para tornar ainda mais mágico o momento, ao olharmos para janela do avião, começou a cair aquela neve fina, em pleno março, como se fosse uma forma de nos dar as boas-vindas.

 

Nossa mala demorou um pouco para aparecer, e com ela apareceu o primeiro inconveniente da viagem: uma das malas estava sem uma roda. Mas não seria isto que iria estragar a viagem, então seguimos firmes equilibrando uma mala com apenas 3 rodinhas.

 

Para sair do aeroporto, colocamos nossas roupas térmicas e casacos (no plural mesmo pois estava muuuuito frio) e fomos pegar o metrô. Alugamos um apartamento bem perto da Torre Eiffel, então pegamos o trem e fizemos a transferência para o REC C. Foi muito fácil chegar ao nosso destino (Estação Pont de l`Alma) e a viagem foi tranquila (menos de 1 hora). Caminhamos alguns metros e chegamos ao apartamento. A pessoa que nos alugou falava espanhol e entendia um pouco de português. Nos deu todas as orientações e finalmente estávamos instalados no coração de PARIS. O Estúdio era pequeno e bem confortável. Era no sexto andar e tinha elevador. Atendeu bem as nossas necessidades.

 

Bom, ficamos em Paris do dia 07 ao dia 12 e fizemos tudo que tínhamos planejado. A cidade é muito limpa, bonita e charmosa. Merece toda fama que tem. Fizemos todos os “programas de turista” e gostamos de tudo... Babamos todos os dias pela Torre Eiffel (Passávamos nela todos os dias de manhã e a noite). É impressionante como ela é grande. De todo canto da cidade é possível ver pelo menos a “pontinha” da torre de tão imponente que ela é. É surreal caminhar pela Champs-Élysées, sua beleza é encantadora seja de dia ou de noite e ainda tem o Arco do Triunfo como a “cereja do bolo”. Os museus são fantásticos (Destaque para o Museu do Louvre e Rodin). O bairro de Montmartre com certeza é um dos mais charmosos da cidade! O palácio de Versailles e seus jardins fazem valer cada minuto de deslocamento gasto até eles... As igrejas são lindas e seus parques/praças muito bem cuidados.

 

Caminhamos muito, andamos de trem e metro. Durante nossa estadia fez muito frio na cidade e chegamos a pegar temperaturas abaixo de zero. Foram 5 dias vivendo como verdadeiros parisienses, se surpreendendo a cada esquina. Em momento algum nos sentimos inseguros. A força nacional estava presente na rua e nas estações de metrô. Para as atrações, compramos o Museu Pass na FNAC que nos dava direito a entrar em quase tudo que tínhamos planejado (Exceto Torre Eiffel e Monteparnasse). A sensação que tenho é que se dedicarmos 30 dias de férias para Paris e seus arredores, seremos surpreendidos positivamente a cada dia, sem se cansar da cidade.

 

Chegou dia 12 e a hora de nos despedirmos de Paris, que nos deixou com um gosto de quero mais na boca. Saímos bem cedo e pegamos o trem para Orly. Fizemos um outro trajeto (Parte de trem e parte de ônibus) que foi bem tranquilo também. Nosso vôo de embarque para Veneza era as 6:50 da manhã. Chegamos no aeroporto dentro 1 hora antes do vôo, fizemos o Chack-in na Transavia sem problemas, sem fila e o vôo saiu no horário. O serviço de bordo do Vôo também era pago, mas como tínhamos tomado café no aeroporto, aproveitamos para dormir um pouco. A vista que se tem no trajeto é um espetáculo. As montanhas cobertas de neve são um show a parte. Após 1 hora e 40 minutos estávamos descendo no aeroporto de Veneza para a realização de mais uma etapa de nosso sonho.

 

Me enrolei na hora de comprar a passagem de ônibus e fomos para Veneza Mestre (Depois vi que poderia ter comprado direto para a estação Santa Lucia). Lá comprei o passe de 48hs e fomos para Veneza. Ficamos hospedados próximo à praça San Marco (Hotel Trovatore, que é muito bom por sinal e possui um ótimo custo/benefício). Demoramos em torno de 1:30hs no trajeto aeroporto x hotel pois o Vaporetto que pegamos era bem lento. Fizemos o Check-in antecipado no Hotel e fomos caminhar pela cidade. Posso dizer que Veneza é uma das cidades mais interessantes que conheci. Com toda sua peculiaridade, é uma cidade feita para caminhar sem pressa por seus becos e pontes. Confesso que fui meio apreensivo com tantas coisas ruins que li pela internet, mas hoje posso dizer que tudo depende da experiência vivida de cada um. Não consegui ver os pontos negativos que li pela internet. Exploramos bastante a cidade a pé tanto de dia como de noite. Como tínhamos comprado o passe de 48hs do Vaporetto, abusamos de andar nele também para fazer valer o valor pago. Com isto deu para explorar toda cidade e ainda fazer uma visita rápida a Murano quando nossos pés já estavam cansados de andar em um fim de tarde. Para completar, fomos agraciados com o início da acqua alta quando voltávamos para o Hotel por volta uma da manhã. É incrível ver a água brotando no meio da praça San Marco. Veneza é uma cidade única, repleta de prédios e paisagens interessantes. Tenho certeza que nossa experiência foi mais rica por não termos ficado hospedados em Mestre. Sem dúvidas isto fez toda diferença em nossa estadia.

 

Ficamos em Veneza dia 12, 13 e partimos dia 14 pela manhã. Saímos cedo do Hotel (por volta das 7hs) e voltamos para o aeroporto para pegar o carro que tínhamos alugado na Sicily By Car. Como o aeroporto de Veneza está em obras, tivemos que ir andando do aeroporto até o estacionamento onde é retirado o veículo. É uma caminhada considerável, principalmente quando você está com uma mala “perneta”. Chegamos lá a retirada do carro foi tranquila e começava minha experiência em dirigir pelas estradas italianas.

 

Aqui foi a parte mais difícil na hora de fazer o roteiro. Tínhamos 6 dias disponíveis para escolher entre fazer base em duas cidades e conhecer no detalhe as mesmas (provavelmente seria Milão e Florença) ou poderíamos fazer um roteiro onde poderíamos ir nas cidades que considerávamos necessárias (para conhecer pelo menos os pontos turísticos que nos interessava) além de já conhecer cidades que poderiam ser usadas de base em nossa próxima viagem (queremos visitar a Itália e Sul da França no verão). Contrariando a tudo e a todos os nossos conhecidos, ficamos com a segunda opção e não nos arrependemos. Esta foi a parte mais “crazy” da viagem pelo fato de querermos fazer um roteiro maior do que a quantidade de dias disponíveis. Mas apertando dali e apertando daqui, deu tudo certo. Foram quase 1.500km rodados em 6 dias. Apesar de corrido, foi uma experiência marcante e rica em conteúdo. Vivemos momentos que dificilmente seriam vividos se estivéssemos fazendo deslocamento de trem e ainda deu para realizar mais um sonho nosso, que vou contar na sequência....

 

Voltando ao roteiro, nosso próximo destino foi Verona. Fomos direto para o Ibis Verona para deixar nossas malas. A viagem foi tranquila e bem rápida (uma hora e meia mais ou menos). Fizemos Check-in (O Hotel em si não tem novidades, é padrão Ibis que conhecemos. Limpo, quarto espaçoso e uma boa cama para descansar), deixamos nossas malas e partimos para o centro de Verona. Deixamos o carro em um estacionamento ao lado do Rio Ádige (ao lado do Cemitero Monumentale) e dali caminhamos até a Arena de Verona. Almoçamos em frente a Arena e dali fomos caminhar pela cidade. Andamos até o fim do dia. Como todo turista que vai a Verona, não deixamos de tirar foto com a Julieta. Verona é uma cidade muito bonita, onde o tempo parece não passar quando você está caminhando por ela. Vale a visita se você estiver pelas redondezas, é uma cidade muito charmosa. A noite voltamos para o Hotel, já muuuuito cansados para poder recarregar um pouco a bateria e seguir com nosso Roteiro.

 

No dia 15/03 saímos de manhã do Hotel (7hs mais ou menos) e fomos em direção ao Lago di Garda. Queríamos conhecer a região e com certeza, as cidades ao redor do lago merecem alguns dias para serem exploradas. São várias pequenas cidades muito bonitas ao redor do lago. Paramos em algumas e ficamos encantados. O Lago em si é lindo, com paisagens paradisíacas e água cristalina. Imagino que no Verão aquelas cidades fiquem bombando. Não ficamos muito tempo por ali e partimos para Milão. Deixamos o carro em um edifício garagem e fomos de metrô para o centro. Como ainda tínhamos muita estrada pela frente, ficamos apenas no centro de Milão. Almoçamos por ali mesmo (Como não poderia ser diferente, comemos um Bife a Milanesa). A Duomo é imponente, linda por dentro e por fora. Fomos na Capela San Bernardino alle Ossa e ficamos encantados. A Galeria Vittorio Emanuele II esbanja glamour. Passeamos pela cidade, mas esta não empolgou tanto. É uma cidade bonita, organizada, mas meio séria, meio com cara de trabalho (acredito que pelo seu tamanho, agitação e importância financeira). Como nossa estadia era na cidade de Sanremo, que ficava a mais ou menos 270km dali, não nos prendemos muito e partimos por volta das 17hs. Depois de 3 horas de viagem de carro, chegamos a Sanremo. Escolhemos nos hospedar em Sanremo por que não conseguimos tirar do roteiro um local que tínhamos muita vontade de conhecer: Mônaco. Ficamos hospedados no Nyala Suite Hotel Sanremo, um bom Hotel com quartos e instalações adequadas e um preço justo. Deixamos as malas no Hotel e fomos para o centro da cidade jantar. A cidade é muito bonita e agradável, tem uma marina bacana, cassino e vários barzinhos. Suas ruas são bem estreitas. Apesar de ter feito a cidade apenas de ponto para dormir, com certeza merece ser explorada com calma.

 

Acordamos no dia 16/03 e o dia amanheceu chovendo. Aquela chuva bem fininha e muito frio. Mesmo assim não desanimamos e fomos para Mônaco que ficava a mais ou menos 40 km de onde estávamos. Demoramos um pouco para chegar pois resolvemos não ir pela pista expressa, fomos pelo litoral e passamos por muitas pequenas cidades, uma mais bonita que a outra. Na fronteira da Itália com a França fomos parados pelo oficial francês que simplesmente olhou para nossa cara e mandou seguir, sem olhar nenhuma documentação. Chegamos em Mônaco e para a nossa tristeza, choveu o dia todo! Deixamos o carro em um estacionamento e fomos andar pela cidade, mas com chuva, frio e vento estava impossível caminhar. Ainda sim ficamos caminhando por algumas horas, almoçamos e voltamos para pegar o carro pois o frio já estava beirando o insuportável. Demos algumas voltas de carro e nos impressionamos com seus belos e famosos túneis. Mônaco em si é um espetáculo, vale muito a pena dedicar um ou dois dias para explorar a localidade. Tenho certeza que se pelo menos não estivesse chovendo, teríamos aproveitado muito a região. É tudo muito limpo e organizado. Para todos os lados que olhávamos tínhamos a visão de algo bonito. É tão bonito que mesmo com o tempo muito fechado e chovendo, as fotos ficam bonitas. Voltamos para o Hotel, descansamos para no dia seguinte seguirmos para o próximo destino: Cinque Terre.

 

Saímos dia 17 bem cedo do Hotel, tinha parado de chover. Durante o caminho para a pista expressa, o sol estava nascendo. Um espetáculo ver aquele solzão nascendo ali, nem parecia que havia chovido o dia todo no dia anterior. Seguimos o planejado e fomos em direção a Monterosso Al Mare que ficava a uns 240km dali. Levamos quase 3 horas para chegar no destino. Deixamos o carro em um estacionamento perto da estação do trem e partimos para conhecer as “Cinque Terres”. Pessoal, que dia de passeio agradável. Estava um dia belíssimo de sol e clima agradável (uns 15 graus). Pela primeira vez na viagem conseguimos caminhar sem estar cheios de casacos. Compramos o Cinque Terre Card para podermos ir e vir de trem sem limites e visitamos todas as “terres”. Como estávamos em Monterosso Al Mare, pegamos o trem direto para Riomaggiore e fomos voltando (Manarola, Corniglia, Vernazza e Monterosso). Não fizemos nenhum trecho entre as cidades a pé (a Via dell'Amore estava fechada). Ficamos apaixonados pelo dia de passeio. Todas as 5 cidades são muito bonitas e cada uma com sua particularidade. É impressionante a sensação de que o mundo lá fora não existe quando estávamos caminhando por ali. Muita tranquilidade, muita gente passeando. Este é mais um lugar que nos deixou um gostinho de quero mais para uma próxima viagem. Por volta das 17 horas estávamos nos despedindo de Monterosso. Dalí iríamos para Pistóia onde ficava nosso Hotel para no dia seguinte irmos conhecer a Torre de Pisa. Eis que resolvemos ir direto para Pisa, conhecer a Torre para poder ficar o com o dia seguinte livre. Seguimos então para Pisa (110Km de distancia) e chegamos lá quase escurecendo. Deixamos o carro em um estacionamento ao lado da Torre e ficamos meio assustados com a redondeza. Foi a única cidade que passamos que não nos sentimos muito seguros. Tinha muito ambulante no caminho, muita gente nos abordando e pedindo algo. Enfim, como ali só queríamos conhecer a Torre de Pisa, a melhor coisa que fizemos foi ter antecipado a visita. Ao redor da Torre tinha bastante policiamento e muita gente. A Torre e a Catedral são lindas. Eu não imaginava que a torre era tão Torta... Com mais um ponto cumprido de nosso roteiro, depois de algumas horas partimos em direção a Pistóia que seria nossa base por dois dias. Ficamos hospedados no Antico Convento Park Hotel. É um Hotel bem bacana onde no passado funcionava um convento. Acredito que só vale a pena ficar neste Hotel se estiver de carro, pois ele fica bem no alto de uma montanha e o caminho é bem deserto. A vista que se tem lá em cima da cidade é muito bonita. O Check-in foi tranquilo e o Hotel possui um ótimo custo benefício e um café da manhã decente.

 

Dia 18/03: Nosso roteiro deste dia seria Pisa e San Gimignano. Como já havíamos “matado” Pisa, resolvemos cortar San Gimignano e ir a Abetone tocar pela primeira vez na neve. Partimos para mais 50km de viagem que foi feito em quase uma hora e meia. O caminho até Abetone é um espetáculo em si. Você vai subindo a montanha e vendo paisagens de tirar o fôlego. A emoção ia aumentando na medida em que íamos nos aproximando do destino, pois aos poucos o caminho estava ficando com mais neve. Chegamos em Abetone, paramos o carro no estacionamento e eu não estava acreditando que, em pleno meado de março, havia tanta neve ainda. Foi uma surpresa, pois não estávamos esperando aquilo. A cidade é linda. As casinhas repletas de neve em seus telhados, as árvores todas branquinhas, os moradores abrindo caminho com pá para poder entrar em suas casas, as goteiras congeladas... aquilo tudo é surreal, ainda mais para nós que somos do RJ e vivemos em Recife... Pegamos o teleférico e subimos ao Monte Gomito, a vista que se tem lá do topo é de tirar o fôlego. Acabamos ficando o dia todo em Abetone. Que dia agradável nós tivemos. Voltamos a ser criança, brincando na neve... Sem dúvida um dos momentos mais marcantes da viagem.

 

Dia 19/03, fizemos check-out cedo e partimos para Florença. Foi bem rápido a viagem (menos de 1 hora). Entregamos o carro próximo da Estação Santa Maria Novella, deixamos as nossas malas no locker da estação e fomos caminhar pela cidade. Aproveitamos bastante a cidade e nos perdemos por suas ruas. Achei a Duomo um pouco mau tratada e a Galeria Uffizzi estava muito cheia. A Ponte Vecchio e suas lojas de joalherias são de deixar preocupado qualquer marido que tenha uma esposa com cartão de crédito liberado para compras no exterior. Florença é uma cidade que respira arte e história. Suas ruas e praças demonstram isto, sem falar nos Museus. Se é isto que você procura, aqui é o lugar. Voltamos para a estação de trem por volta das 18hs. Pegamos nossas malas e fomos pegar nosso trem com destino a Roma que iria sair as 19hs. A viagem demorou em torno de uma hora e meia até a estação Termini. O trem é muito confortável. Chegando na estação, pegamos o metrô para a estação Policlinica, pois nosso Hotel ficava ali perto (Hotel Dock Suites Rome). O Hotel em si é muito bom. Ficamos em um quarto família que é tipo um Flat com 2 quartos, cozinha e um grande banheiro. Tivemos espaço suficiente para espalhar nossa bagunça pelo quarto, já que iríamos ficar ali por 5 noites.

 

20 a 23/03 – Roma e Vaticano: Não tenho palavras para descrever os dias passados em Roma e no Vaticano. Roma é uma cidade com muitos atrativos para os turistas. O complexo Coliseu, Fórum Romano e Palatino são realmente fantásticos. Se você não se der conta, passa o dia todo ali dentro explorando seu território. E o Monumento a Vittorio Emanuele II? Andando pelas ruas de Roma me deparo com um monumento daquele porte, todo de mármore..... O Pantheon, as Piazzas e fontanas são um espetáculo a parte, principalmente a Fontana de Trevi, recém reformada, “novinha”... O Campo de Fiori, Parque Gianicolo e o Castelo Sant`Angelo merecem ser visitados pois são realmente muito bonitos. O Porta Portese é um mercado muito bacana, tem de tudo para vender lá... Um outro mercado que gostei foi o Eataly que fica próximo a estação da Piramide. Este é um Supermercado com vários andares com uma grande variedade de vinhos e produtos típicos italianos.

 

Já no Vaticano fizemos a visita a Necrópole, onde tivemos a oportunidade ficar a poucos metros do túmulo de São Pedro e fazer uma oração, além de poder ver onde os Papas estão enterrados (Fomos guiados por uma Brasileira). Ao sair da Necrópole, saímos dentro da Basílica de São Pedro que é a Igreja mais imponente de todas que entrei. Conseguimos os convites para a audiência geral, onde ficamos a poucos metros o Papa Francisco. Não tem como não se render ao encanto do Papa. É impressionante o carisma que ele possui. Durante a audiência, um clima sereno, de tranquilidade e paz interior toma conta de toda praça de São Pedro, realmente é impressionante. O Museu do Vaticano foi o museu que mais gostei de toda viagem. A Capela Sistina merece ser admirada com calma. Você tem que parar e admirar cada centímetro. O único problema do Museu do Vaticano e Capela Sistina é que você sai de lá com o pescoço doendo, de tanto olhar para o teto...

 

Em Roma fizemos todo transporte de Metro. Tinha muita polícia na rua e não nos sentimos inseguros na cidade, mesmo depois do atentado da Bélgica que ocorreu durante nossa estadia em Roma.

 

Dia 24/03, chegava a hora de irmos para casa. Nosso vôo era as 7:50hs para Madri e o vôo de Madri sairia as 11:40hs para o Rio de Janeiro. O segundo Vôo foi cancelado e remarcado para dia 25, então ainda tivemos a oportunidade de caminhar pelo centro de Madri no dia 24. Chegamos a Madri e pegamos nossas malas por volta das 11hs. Fizemos reserva no Hotel Nuevo Boston que fica bem próximo ao aeroporto. O Hotel possui transfer para o aeroporto e para o centro. Como eu não havia reservado, pegamos um taxi para o Hotel. O check in foi bem tranquilo e o Hotel possui quartos bem bacanas, com camas grandes e confortáveis. Valeu a penar termos ficado ali. Pegamos um mapa de Madri e conforme orientado no Hotel, pegamos um ônibus e depois o metrô. Em 40 minutos estávamos na Puerta Del Sol. Apesar de termos somente uma tarde, andamos o tanto que aguentamos. Nossas pernas já não acompanhavam nossas vontades. Passamos pela Plaza Maior, Catedral Santa María la Real de la Almudena de Madrid, Palácio Real, Jardines de Sabatini, Plaza de España, Fuente de Cibeles, Puerta de Alcalá, entre outros pontos... tudo a pé. Quando chegamos na Puerta de Alcalá já não aguentávamos mais andar. Ali ficamos aguardando nosso transfer de retorno ao Hotel.

 

Dia 25: Dia de voltar ao Brasil. Chegamos no aeroporto com mais de duas horas de antecedência (O vôo era as 11hs da manhã). Como nosso trecho MadrixRJ havia sido cancelado, o pessoal da Iberia não conseguia visualizar nossa passagem substituta... pura incompetência do time da Iberia. Um jogo de empurra danado... ficamos mais de uma hora esperando eles se resolverem. O problema só foi resolvido 40 minutos antes da decolagem, aí já viu né... naquele aeroporto imenso... corremos muito para não perder o vôo. Chegamos no portão de embarque em cima da hora. Foi tenso mas deu tudo certo. O Vôo foi bem tranquilo, mas pelo fato de ter sido durante o dia, não consegui dormir e juntando com todo o cansaço da viagem, cheguei no RJ moído, muito cansado, mas muito feliz por ter dado tudo certo em nossa viagem.

 

Agora vou fazer algumas colocações baseadas em nossa experiência nesta viagem que para nós, foi uma quebra de paradigma, já que não falamos outra língua a não ser o português:

 

1 – O sistema de transporte nas grandes cidades é bastante eficiente. Para se locomover nos grandes centros a

melhor maneira é realmente o transporte público.

 

2 – O transporte regional também é muito bom, mas se você tem tempo e sabe dirigir, alugue um carro. Estar de carro te dá outra perspectiva da viagem. As estradas são muito boas e bem sinalizadas.... Os pedágios (caso seu percurso passe por algum) são muito bem sinalizados e fáceis de operar (self-service na grande maioria)... De carro você pode parar em cidades que você nem sabia que existia, você tem acesso a um lado do país visitado que nem todos os turistas tem..... O carro que aluguei era a diesel. Tão econômico que dava raiva quando eu lembrava do meu...

 

3 – Se for em época de frio, invista em roupas térmicas e em bons casacos. Cheguei a conclusão que os casacos daqui não são tão eficazes contra o frio. Levei as roupas térmicas daqui (Comprei em promoção) e deixei para comprar casacos lá onde o preço é mais em conta (mesmo com cotação do euro a R$4,25). Estávamos lá no início da primavera e o frio estava grande, imagino no inverno o que deve ser.....

 

4 – O povo francês não é um poço de arrogância conforme dizem pela internet. Sem falar francês e inglês, em todas as situações (restaurantes, atrações, trem, mercado, etc.) , senti que sempre faziam o máximo para ajudar.

 

5 – Polenta com cervo é muito bom.... se vocês forem a Abetone, vale a pena comer.... Combina com o frio da cidade.

 

6 – É perfeitamente possível ir a Cinque Terre de carro. Apesar de nos dizerem ao contrário, foi muito tranquilo chegar a Monterosso de carro e o caminho é um espetáculo a parte! Vejam, estou dizendo para chegar lá e não ficar transitando entre elas de carro, que ai acho melhor usar o trem. Tem um estacionamento grande bem na praia de Monterosso. Deixe o carro lá e seja feliz....

 

7 – Levei apenas mil euros em cash. Habilitei o saque internacional no Banco para alguma emergência e usei somente o cartão de crédito. Em tudo que é lugar aceitava cartão e mesmo com IOF, acabei pagando uma cotação menor do que a que comprei na data da viagem devido a desvalorização do Dolar/Euro dos últimos dias. Dei sorte neste ponto... Paguei menos e ainda me rendeu algumas milhas no cartão.

 

8 – Vá preparado para andar. Pelo medidor do celular, andávamos de 20 a 25km por dia... Devido a isto é importante estar atento ao clima. Acredito que fomos em uma boa época para andar tanto. Se estivesse no verão, creio que não conseguiríamos andar tanto.

 

9 – Ferramenta essencial para nossa viagem foi o Google Maps. Baixamos o mapa das cidades que iríamos visitar em off-line. Nos orientou muito para encontrarmos os caminhos mais curtos e não nos perdermos. Recomendadíssimo.

 

10 – Comprem os ingressos possíveis pela internet. As filas são realmente muito grandes.... e olha que quando fomos era considerado “baixa temporada”.

 

É isso pessoal, agora é começar a preparar a viagem para as férias de 2017.

 

Abraço,

 

Flavio

  • 1 mês depois...
  • Membros
Postado

ótimas dicas. vou fazer Roma e Amsterdã em março/2017 e estou com mtooooo medo do frio. principalmente pq estarei levando os meus pais. seu post ajudou bem. a pesar eu já ter feito várias viagens ainda tenho medo de alugar carro. seu post foi motivador.

 

obrigada por compartilhar.

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ótimas dicas. vou fazer Roma e Amsterdã em março/2017 e estou com mtooooo medo do frio. principalmente pq estarei levando os meus pais. seu post ajudou bem. a pesar eu já ter feito várias viagens ainda tenho medo de alugar carro. seu post foi motivador.

 

obrigada por compartilhar.

 

Eu gostei do clima de março. Quando voltar, com certeza voltarei nesta época. Permite andar bastante, sem aquela sensação de estar evaporando (Aqui no Recife, é impossível andar o que andamos inclusive no inverno).

 

Quanto ao carro, vale muuuuuuuuuuuuuuuito a pena. Não para andar nas grandes cidades (ai é melhor o transporte público), mas para conhecer as cidades menores, não tem coisa melhor.

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