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Eucalipto não recupera biodiversidade amazônica


LEO_THC

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  • Membros de Honra
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:arrow: FONTE: Terra

www.terra.com.br

 

[align=Justify]O programa “1 Bilhão de Árvores para a Amazônia” foi lançado, no dia 30 de maio de 2008, em Belém, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela governadora Ana Júlia Carepa. Foi considerado o maior e mais ambicioso programa de reflorestamento e recomposição florestal do planeta, com a meta de atingir uma área de aproximadamente 20 milhões de hectares já alterados com o plantio de 100 mil hectares de espécies nativas por ano até 2013. A propaganda foi boa e deve ter sido cara.

 

A Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA) oficializou seu compromisso de participar do programa de restauração florestal “1 Bilhão de Árvores para a Amazônia”, assinando o protocolo de intenções com o governo do Pará para a criação de uma Rede Estadual de Colheita de Sementes e Laboratórios Integrados.

 

Além da Embrapa, a parceria para a criação da Rede Estadual de Colheita de Sementes e Laboratórios Integrados envolveria a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Museu Paraense Emílio Goeldi, Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social (Idesp), Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex).

 

De uma forma geral, a participação da Embrapa na parceria interinstitucional deveria estimular o desenvolvimento e a transferência de tecnologias em sementes e mudas florestais para incentivar o reflorestamento de áreas degradadas da Amazônia.

 

Mas o governo do Pará - Terra de Direitos, de Governo Popular cuja grande obre é cuidar das pessoas - resolveu mudar as diretrizes de seu programa e passou a contabilizar espécies como eucalipto para alcançar a meta de um bilhão de árvores plantadas. “O Pará lidera os índices de desmatamento na região e 65% do reflorestamento deverão ser feitos com eucalipto”. Em maio do ano passado, o governo paraense havia previsto somente o plantio de espécies nativas. A escolha do eucalipto, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, decorreria de seu menor tempo de maturação (seis anos) e da produtividade da espécie.

 

O governo do Pará diz já ter autorizado o plantio de 222 milhões de árvores, quase um quarto da meta. Na conta, é claro, como não poderia deixar de ser, entram os projetos de empresas como a Vale do Rio Doce, que pretende “diminuir ainda mais o seu footprint” e arrendar propriedades para plantar eucalipto, quando os beneficiários diretos do programa deveriam ser os próprios produtores rurais, as cooperativas e associações que comprovadamente utilizassem as tecnologias recomendadas pelas instituições de pesquisa e universidades parceiras no protocolo.

 

É lógico que qualquer árvore plantada em área desmatada cumpre a função de proteger o solo e, de acordo com os próprios especialistas da Embrapa, o uso de espécies nativas seria prejudicado pela falta de sementes que não estão disponíveis no mercado, e eles próprios perguntam onde e como se conseguiria 1 bilhão de sementes viáveis para plantar as espécies nativas. E eu respondo sugerindo que perguntem para quem anunciou o programa, ou a Ana Júlia e o Lula, que devem ter a resposta para a completa falta de estrutura das instituições de ensino e pesquisa no atendimento dessa demanda, e com certeza a resposta seria a de que a culpa é dos outros governos, como sempre.

 

Além de não reconstruir a biodiversidade amazônica, espécies como eucalipto, tendem a gerar concentração de terras, aumentando a disputa e a violência fundiária e para alguns prejudicam o solo.

 

Se o foco é mesmo o reflorestamento, o eucalipto está longe de ser o ideal, principalmente por não reproduzir a biodiversidade amazônica, quando possuímos muitas espécies de grande valor e de rápido crescimento como o Paricá, Marupá, Virola e Ucuúba entre tantas outras, e até mesmo as exóticas, como a Acacia mangium, por exemplo, que seria melhor que o eucalipto, no atendimento das urgentes necessidades energéticas de grandes conglomerados econômicos.

 

Mais uma vez, os verdadeiros valores amazônicos são relegados ao desprestígio, ao abandono, ao esquecimento e ao ralo; e a escolha do eucalipto, enfim, representa admitir o fiasco, o fracasso e a completa falência institucional de tudo o que já foi discutido e planejado em tantas reuniões sobre o tema às expensas do erário, e depois de terem anunciado na mídia televisiva até mesmo a absurda utilização de técnicas de alpinismo para a coleta de sementes (isso é risível…). Pior mesmo será se, em futuro não muito distante, isto tudo vier a ser transformado em mais um megaescândalo, nos mesmos moldes daquele recente e famoso dos kits escolares…

 

♦ Nelson Tembra é agrônomo e consultor ambiental[/align]

  • Membros de Honra
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Puta que pariu!!!!!! Nao eh possivel q ainda hoje tenha idiotas q considerem plantar eucalipto como parte de algum programa de reflorestamento. Q parte da palavra REFLORESTAMENTO esses caras nao entenderam?????? O eucalipto eh uma especie exotica q foi trazido da australia, e alem de tudo uma plantacao de eucalipto acaba com a agua do solo. Reflorestamento significa reestabelecer a floresta local, ponto final.

  • Admin
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É vero!

 

O eucalipto é considerado até como praga. Alias, todas as monoculturas ditas de reflorestamento são agressivas ao meio ambiente. É o que chamam de Deserto Verde

  • Membros de Honra
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Lá no Capão, no camping que fico, o dono me disse que antes dele comprar o terreno, era tudo meio brejo, daí ensinaram a ele plantar eucalipto, tanto que lá é cheio, e segundo ele o eucalipto conseguiu secar o solo e hoje é camping o que já foi brejo!

Que idéia de louco desses caras!

  • Membros
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Meus caros, não creio que o plantio de eucalipto na amazônia vá resolver todos os problemas, até discordo de muitos pontos do programa, porém como engenheira florestal com experiência de 5 anos em manejo sustentável de eucalipto(larguei o emprego pois busco outros rumos de carreira), não consigo ver comentários tão ignorantes assim sem dizer nada.

 

O eucaipto é, sim, uma espécie exótica, porém não se encaixa na definição de "invasora", ou seja, não se espalha nem invade outros biomas sem ser plantado (ao contrário do pinus, que está invadindo os campos gerais no Paraná). Resumindo, não é uma praga. Se não fosse a madeira proveniente de florestas plantadas com eucalipto, por exemplo, teríamos que fazer papel e móveis de árvores nativas, e vocês têm que admitir que não haveria matas nativas o suficiente para tal.

 

Qquer monocultura, tal como soja, milho, cana-de açucar, não cumprirão nunca o papel de florestas naturais e sempre causarão impactos no uso do solo, porém, temos que ser racionais e pensar em soluções viáveis aos problemas ambientais, não apenas fazer comentários inúteis e sem fundamento sobre uma espécie que nos é tão útil.

 

**E só para finalizar, se o eucalipto acabasse com o solo e com a água, onde trabalhei planta-se eucalipto na mesma terra há 50 anos....!!!! A produtividade aumenta a cada ciclo, e com um manejo apropriado, a fauna local, nas matas nativas preservadas comprovadamente está aumentando.

 

Informação errada não deve ser disseminada dessa maneira.

  • Admin
Postado
* Diminuição da biodiversidade

 

A introdução do eucalipto impede que a vegetação natural (gramíneas e arbustos) se mantenha. Isso altera a dinâmica da vida dos animais no local. Nos bosques de eucalipto, só proliferam formigas e caturritas (aves predadoras de lavouras que usam as árvores de eucalipto como abrigo, mas não se alimentam delas). No Espírito Santo, onde há grandes plantações florestais de eucalipto, existe uma categoria de trabalhadores cuja profissão é matar formigas.

 

Isso eu vejo todos os dias no Parque do Carmo, aqui na Zona Leste de São Paulo. Nas áreas onde só há eucalipto quase nenhuma outra arvore consegue crescer, tanto que a prefeitura vem derrubando áreas inteiras que só tinham eucalipto para plantar espécies nativas. O que percebo é que os eucaliptos vão avançando aos poucos e tomando tudo. Vou fotografar alguns exemplos disso e colocar a semana que vem aqui. Acho que o que estão querendo fazer no Pará é esculachar o projeto que é muito bom. Inclusive deveriam começar a plantar arvores em tudo que é canto. Na cidade de São Paulo principalmente, pois é um deserto de areia e cimento!

  • Membros de Honra
Postado (editado)
não consigo ver comentários tão ignorantes assim sem dizer nada.

 

não apenas fazer comentários inúteis e sem fundamento sobre uma espécie que nos é tão útil.

 

Informação errada não deve ser disseminada dessa maneira.

 

querida paula, nao ha nenhuma informacao errada aqui. Ninguem falou q eucalipto eh uma especie invasora. A critica eh qto a programas q sao para ser de reflorestamento usarem o plantio de eucalipto. Uma coisa eh uma coisa e outra coisa eh outra coisa. E vc como engenheira florestal deve saber q a diversidade em um eucaliptal eh diversas vezes menor q o mesmo espaco de mata nativa. Eu sou biologo e tenho diversos amigos q trabalham com reflorestamento e conservacao. Isso eh absolutamente basico. Ponto pacifico. Repito, nada aqui eh informacao errada e muito menos sem fundamento.

Editado por Visitante
  • Membros de Honra
Postado

olha so, achei por acaso.

 

sera q os comentarios aqui tb sao inuteis, ignorantes e sem fundamento e as infos sao erradas???????

 

 

  • Membros de Honra
Postado

Então Paula,

 

Não tenho argumentos sólidos para debater contigo ou apresentar tréplicas, ou coisas do tipo pois de fato sou ignorante no assunto. Porém tenho o cuidado de ler e analisar dentro do meu limite leigo e emitir opiniões, tirar conclusões ainda que errôneas, etc. Ainda sim acho que a Sra. agiu de uma forma deselegante e arrogante, desrespeitando pessoas que podem ser tão competentes quanto a senhora ou mais, talvez. Aqui no site a galera passa informações numa boa, sem arrogância, sugiro que maneire no trato e quem sabe a sua sapiência possa ser mais últil ao fórum.

 

att

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