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Repreensão e revolta em escalada proibida em Minas Gerais


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:arrow: FONTE: AltaMontanha.com

http://www.altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=1934

 

A[align=Justify]cachoeira do Tabuleiro é um dos lugares mais bonitos da Serra dos Intendentes, tem uma parede de quartzito de mais de 200 metros de altura com vias de muito compromisso. No dia 12 de outubro de 2009, a dupla de escaladores Gustavo Vianna e Marcus Vinicius escalaram a via Hidronotopo. Tudo seria perfeito se a escalada não fosse coibida no local. Resultado: Foram parar na delegacia.

 

A Cachoeira do Tabuleiro faz parte do recém criado Parque Estadual da Serra do Intendente. Desde a criação desta Unidade de Conservação, a escalada foi "proibida", pois faltava um estudo técnico que pudesse comprovar que a atividade não é impactante ao meio ambiente. No entanto, assim como diversas outras UC´s mineiras, até hoje não há um esforço e investimento por parte do Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgão que administra os Parques Estaduais mineiros, para a elaboração de um plano de manejo.

 

Os escaladores sabiam da proibição, pois haviam tentado autorização, sem sucesso, junto à administração. Mesmo assim insistiram na escalada, que foi realizada em dois dias.

 

A atitude rebelde dos escaladores os levou até a delegacia depois que finalizaram a via, conduzidos por funcionários do Parque e pela Polícia. Eles foram multados e seus equipamentos apreendidos.

 

A atitude dos escaladores gerou discórdia nas listas de discussão na internet, pois há visões contrárias sobre o ato rebelde da dupla. Muitos acreditam que o que fizeram provocará mais endurecimento por parte do IEF sobre as proibições e pode piorar a tentativa de diálogo na liberação de áreas com problemas. Por outro lado, há um grupo que acha que a escalada é um protesto válido, pois há anos Minas Gerais sofre com proibições, como na Lapinha, Gruta do Baú, Tabuleiro e também Gruta do Rei do Mato, em Sete Lagoas.

 

Todos estes locais públicos foram proibidos depois que já eram consolidados como importantes pontos de escalada no Estado. Na Lapinha, em Lagoa Santa, a proibição se arrasta por mais de 7 anos e até hoje o IEF não fez o Plano de Manejo. A Associação Mineira de Escalada está negociando a permissão e pede que até finalizar o processo, os escaladores não freqüentem a área.

 

Apesar da recomendação, muitos escaladores perderam a paciência com o IEF e alguns planejam a realização de um protesto para sensibilizar a opinião pública sobre o problema. De acordo com Gustavo Viana, não existe uma proibição de fato, o que há é uma recomendação para não escalarem nestes locais sem plano de Manejo, no entanto o IEF pune os escaladores como existisse uma lei proibindo a escalada. A apreensão de equipamento, também é um ato ilegal por parte das autoridades.

 

Restrições em todos os lugares.

 

As restrições impostas aos escaladores levaram a criação neste ano da ONG "Access Fund Pan America" durante o Festival de Filmes de Montanha de Squamish no Canadá. O "Pan America" é uma extensão deste ONG que já existe no Canadá e que luta contra a restrição de acesso às montanhas para escaladores. Em locais aonde não se chegou a um consenso através de negociação, o Access Fund comprou as terras onde ficam as montanhas, para transformá-las em parques e manter elas abertas ao montanhismo.

 

Durante a fundação da ONG, a carioca Kika Bradford, que encabeça o Programa Acesso da FEMERJ, esteve lá para debater a situação brasileira, sua colocação gerou muita controvérsia, pois no continente inteiro, a luta é para transformar áreas privadas em públicas para garantir o acesso. Já no Brasil, são as áreas públicas as principais responsáveis pelas proibições.[/align]

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O Brasil é um país de riquezas naturais sem comparações. Visuais incríveis a cada 100 km, se muito. Procurando bem, vc não anda mais de meia hora sem achar um lugar que vale uma foto.

Mas também tem muita gente que explora os recursos sem o devido cuidado. Não vou discutir aqui o motivo que leva à falta de cuidado, se desestímulo pelas autoridades, desconhecimento ou grosseria mesmo.

O mix que sai daí é a necessidade de Áreas de Conservação.

Entra aí outro problema. Sem poder fiscalizar decentemente, o Brasil proíbe. Proíbe venda de armas, acesso a grutas e paredes, velocidades acima de 80 km/h em rodovias de 3 pistas, álcool ao volante, trabalho aos menores de 16 anos, jogo do bixo, etc.

O que se vê?

Tráfico de armas, invasões em parques, acidentes por excesso de velocidade, trabalho escravo, lavagem de dinheiro. ::putz::

Tem algum sentido não poder dormir dentro do PN Serra Geral, quando se quer fazer sua travessia? Pior, tem alguém que vai fiscalizar se vc entrar 400 metros abaixo da guarita, portanto uma arma e caçar lá? Também não!

O que se precisa é uma política séria no sentido de permitir acessos aos parques. Como bem diz o Sergio Beck, um cara que eu admiro cada dia mais, o usuário é o maior fiscal.

A maioria dos escaladores tem consciência ambiental. Não larga lixo pela trilha, auxilia os outros, participa de campanhas de revitalização de caminhos, etc.

O País precisa enganjar o mochileiro, o montanhista/escalador, franquear seu acesso aos parques e tê-los (ter-nos) como colaboradores.

Assim como precisa facilitar o trabalho do aprendiz e ter no empresário um fiscal, facilitar a aquisição de armas e ter no esportista um fiscal, deixar o comerciante vender bebidas e ter um fiscal que avisará o guarda se vir um bêbado dirigindo.

Temos que tentar é melhorar! ::mmm:

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