Colaboradores michradu Postado Abril 12, 2016 Colaboradores Postado Abril 12, 2016 (editado) PLANEJAMENTO DA VIAGEM Eu me cadastrei neste site para buscar informações para armar a minha primeira viagem para o Brasil e me ajudou bastante, pois peguei um monte de dicas e informação que fizeram a viagem dos meus sonhos se tornar realidade. Logo voltei mais uma vez e em março de 2015 surgiu uma nova oportunidade de visitar o Brasil e desta vez não tinha limite de tempo (mas sim de dinheiro). Em março comecei um mochilão pela América Latina visitando países como Chile, Argentina, Uruguai, Bolívia e de novo o Brasil. Mas desta vez queria ficar mais tempo no Brasil, tentando visitar o mais que pudesse nos três meses iniciais que tinha planejado ficar no país. ROTA Durante meu planejamento pensei em duas maneiras de entrar no Brasil: uma entrando pelo Uruguai e a outra entrando pela Bolívia. Durante o mochilão acabei definindo que a entrada ao país seria pela fronteira boliviana. Definido isso, comecei armar a rota e vi que para conhecer o mais que puder no país o melhor seria ir até Porto Alegre e daí começar subir pelo litoral sul e o interior dos estados do sudeste (SP, MG, RJ) e depois subir pelo nordeste até chegar em Manaus, de onde iria para o Peru. Mas com a desvalorização do real o câmbio pra mim ficou muito vantajoso, e resolvi ficar mais tempo no país, estendendo a minha estadia por cinco meses. O roteiro final foi: Corumbá – Pantanal Sul – Bonito – Campo Grande – Foz do Iguaçu – Puerto Iguazú (Argentina) – Foz – Porto Alegre – Gramado/Canela/Cambará do Sul – Florianópolis – Bombinhas – Curitiba – Morretes/Antonina – Paranaguá – Curitiba – São Paulo – Ribeirão Preto – Uberlândia – Brasília – Belo Horizonte – Ouro Preto – Mariana – Juiz de Fora – Muriaé – São João Del Rei – Tiradentes – Ibitipoca – Juiz de Fora – Teresópolis – Petrópolis – Rio de Janeiro – Paraty – Rio de Janeiro 1 – Cabo Frio/Arraial do Cabo – São Paulo 2 - Rio de Janeiro 3 – Búzios – Vitória/Vila Velha – Porto Seguro/Arraial d’ajuda/Trancoso – Salvador – Maceió – Maragogi – Porto de Galinhas – Recife – João Pessoa – Fortaleza – Jericoacoara – Belém – Santarém/Alter do Chão – Manaus. 1,2,3: Voltei para estas cidades para poder visitar amigos mexicanos que estavam no Brasil ou brasileiros que estavam de férias e não pude ver na primeira visita. MÉDIOS DE TRANSPORTE Quase todos os trechos interestaduais os fiz de ônibus, exceto os trechos Foz do Iguaçu – Porto Alegre e Santarém – Manaus que fiz de avião pela Azul e o trecho Belém – Santarém que fiz de barco. DOCUMENTAÇÃO E SAÚDE (para estrangeiros) Como mexicano, só precisei apresentar o passaporte. Nenhum documento adicional foi pedido pelos funcionários da PF em Corumbá, só me perguntaram o que ia fazer no Brasil e onde ia ficar. Normalmente eles dão um prazo de 90 dias, que podem ser prorrogados por mais 90 dias. Prorrogação do prazo para ficar no Brasil: o mais fácil é sair do país por alguma cidade limítrofe e entrar de novo ao país, mas no meu caso eu estava no Rio quando ia vencer o prazo e resolvi fazer o procedimento na cidade mesmo. Neste caso, é preciso ir á subdelegacia da Policia Federal mais próxima e apresentar os seguintes documentos: • Formulário de Prorrogação de Prazo de Estada devidamente preenchido (http://www.pf.gov.br/servicos/estrangeiro/prorrogacao-de-prazo-de-estada-de-turista-e-viajante-a-negocios-temporario-ii-1/FORMULARIO__DE_PRORROGACAO_DE_PRAZO_DE_TURISTA-corrigido-1.docx) Documento de viagem válido: Passaporte, Cédula de Identidade (para cidadãos do MERCOSUL e Estados Associados); • Cartão de Entrada e Saída, recebido e preenchido na chegada ao país; • Outros documentos e comprovantes que o agente de imigração entender necessários (comprovante de local de hospedagem, comprovação de meios de subsistência no prazo em que pretende ficar no país, passagem de volta, etc.) • Pagamento da taxa correspondente (recolher a taxa correspondente em qualquer instituição bancária, casas lotéricas, agências dos Correios e correspondentes bancários), por meio de GRU (Guia de Recolhimento da União), obtida no site http://www.pf.gov.br/servicos/gru/imigracao-estrangeiros. Obedecendo-se às seguintes regras: Código 140090 Taxa PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE ESTADA - R$ 110,44 (Na GRU, o campo "Unidade Arrecadadora" deverá ser preenchido com o nome da unidade do DPF mais próxima de onde se encontra o estrangeiro e onde, por consequência, será pedida a prorrogação). Vacinas: eu viajei com Certidão de Vacinação Febre Amarela e, mesmo que não precisei apresentar, é importante obtê-lo para a prevenção desta doença, principalmente para quem viaja à Amazônia e o Pantanal e para não serem barrados de países que puderem pedir o documento. MOEDA E ORÇAMENTO Meu orçamento original planejado para o Brasil era de mais ou menos R$ 4.000 mensais (considerando que nas minhas viagens anteriores vi que o país não era barato pra mim), mas com a desvalorização do real o país ficou mais em conta pra mim e pude diminuir meu orçamento, gastando máximo R$ 3.000 mensais. Quando cheguei ao Brasil em julho/2015 a cotação era de R$ 3,15 por dólar, e na minha saída do país em dezembro era de R$3,95 por dólar. O ideal pra mim era levar dólares e trocar por reais (conheço casas de câmbio com cotação muito boa que não cobram nem taxas nem IOF), mas meus dólares acabaram na Argentina e tive que fazer saques nos caixas eletrônicos, o que compensou bastante, pois podia fazer saques de até R$ 1.000 pagando uma taxa de R$ 12 por saque (considerando que o meu cartão é estrangeiro). Quase a metade dos pagamentos os fiz em dinheiro e a outra metade com cartão, já que uma vantagem do país é que muitos negócios pequenos, lanchonetes e camelôs permitem pagamento com cartão de débito. Em breve continuarei o relato incluindo fotos. Editado Abril 18, 2016 por Visitante Citar
Colaboradores michradu Postado Abril 12, 2016 Autor Colaboradores Postado Abril 12, 2016 (editado) Corumbá (19/Jul) Como vinha da Bolívia, o mais fácil para entrar ao Brasil era ir até Puerto Quijarro e aí cruzar a divisa. Como o ônibus chegou muito cedo, tive que esperar quase hora e meia até os escritórios de migração abrirem. O processo na migração boliviana foi rápido, mas do lado brasileiro tivemos que aguardar quase duas horas, pois estavam dando preferência total aos brasileiros; e o pior de tudo foi que um dos funcionários mal-encarado falou para nós: “Vocês só estão enchendo o saco”, achando que ninguém ia entender. Eu fiquei bravo e tinha vontade de mandar ele pra aquele lugar bem distante e mítico , mas tive que aguentar para não ser barrado. Quando foi a minha vez quem me atendeu foi um funcionário bem simpático que me perguntou se eu gostava muito do Brasil, pois tinha vários carimbos, pergunto quanto tempo ia ficar e lhe disse que duas semanas, que sairia por Iguaçu e logo voltaria, mas ele me perguntou “Não acha melhor ficar os 90 dias?” e carimbou meu passaporte. O que me surpreendeu muito foi o descontrole que tem nessa divisa, por qualquer um pode passar sem carimbar nada . Logo disso fui pegar o ônibus para o centro de Corumbá, que fez menos de trinta minutos de trajeto. Mas em Corumbá começou meu pesadelo, pois eu lembrava que tinha visto uma pousada para ficar aí uma noite, mas não lembrava qual era o nome dela nem o endereço, o pior foi que como era domingo o escritório de turismo estava fechado e não consegui mapa e quando perguntava para alguém de alguma hospedagem econômica ninguém sabia me dizer e acabei me perdendo , andei quase hora e meia por Corumbá com a mochila com um calor muito sufocante. Foi graças a um soldado que consegui voltar aonde desci do ônibus e achei uma pousada bem deprimente (R$35), mas decidi ficar, pois já estava cansado de tanto andar. Paguei um quarto coletivo onde um velho bêbado estava tentando dormir, logo vi a cozinha e estava suja, pior que quando eu deixo de lavar as louças por uma semana y os banheiros literalmente eram uma mer... Logo fui almoçar a única lanchonete que vi aberta e paguei R$ 10 por um PF, como estava faminto devorei o prato e quando estava voltando para a pousada vi um hotel bem simples chamado Vitória, mas parecia ser bom. Perguntei o valor da diária e era só R$ 5 mais caro do que a pousada. Sem duvidar voltei à pousada e disse que mudei de planos e que não ia ficar mais. Eles foram boa gente e me devolveram o valor da diária. Fui para o hotel e paguei a diária, descobrindo que talvez não fosse um hotel “decente”. O quarto era muito espaçoso, mas o leito era bem pequeno e não cabia nele; o que surpreendeu no quarto é que no centro havia uma base de pedra e em cima um colchão circular bem estranho. Aí minha mente poluída começou trabalhar e conclui que era um hotel de reputação duvidosa . Mas sem dúvida era bem melhor do que aquela pousada nojenta. Tomei banho e consertei o WiFi que não estava funcionando. Mesmo que esse colchão era muito estranho, era muito confortável e consegui descansar muito bem. À noite fui jantar a uma lanchonete bem perto do hotel chamada Skinao, onde comi um hambúrguer muito boa. Chegou a hora de dormir e comecei escutar barulho dos outros quartos, aí vi que as minhas suspeitas eram certas e fui dormir deprimido, pois eu estava sozinho no meu quarto . Pescando piranhas no Pantanal Sul. Rio Sucuri, Bonito (Ox peixes sumiram nessa foto) Puerto Canoas e Garganta do Diabo. Cânion Itambézinho, Cambará do Sul. Praia da Sepultura, Bombinhas Parque Tanguá, Curitiba Editado Abril 28, 2016 por Visitante 1 Citar
Colaboradores michradu Postado Abril 12, 2016 Autor Colaboradores Postado Abril 12, 2016 Em breve. Citar
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Colaboradores michradu Postado Abril 12, 2016 Autor Colaboradores Postado Abril 12, 2016 Em breve. Citar
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