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Parque Nacional de Brasília completa 48 anos


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http://www.abn.com.br/editorias1.php?id=55094

 

[align=Justify]Ao completar 48 anos, Parque Nacional de Brasília lança portal na internet

BRASÍLIA [ ABN NEWS ] - O Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral, completou 48 anos neste domingo (29), mas as comemorações foram antecipadas e realizadas na sexta-feira (27), com o lançamento do site da unidade, antecedido de um data show de apresentação da página para funcionários e convidados.

 

Ainda na sexta, houve reunião para encaminhamento da criação do Núcleo de Gestão Integrada das Unidades de Conservação Federais no DF, mediante portaria assinada pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, com a presença de chefes das UCs e diretoria do ICMBio. Ao final, foi oferecido um coquetel em comemoração ao aniversário, para funcionários, terceirizados e convidados.

 

Criado em 1962 por decreto federal, o parque chega aos 48 anos com muito o que comemorar. A sua área recém-ampliada para 41 mil hectares está bem preservada, embora existam perdas, como, por exemplo, no caso da diversidade genética. Como ainda não tem zona de amortecimento delimitada (os estudos serão feitos juntamente com o plano de manejo da APA do Planalto Central), o Parque Nacional de Brasília sofre pressão urbana por todos os lados. De Sul e Sudeste a Noroeste, a cidade foi se expandindo para cima do parque e, hoje, os funcionários do Instituto Chico Mendes, que administra a unidade, têm que lidar com os problemas que são decorrentes dessa pressão.

 

A chefe do parque, Maria Helena Reinhardt, cita alguns desses prolemas: a invasão de espécies exóticas de animais, como cães e gatos, que atacam a fauna nativa – cobras, lagartos, quatis, cotias e outros; a invasão de espécies vegetais, como os capins gordura e braquária; o atropelamento de fauna nas rodovias circunvizinhas; o isolamento da unidade por conta do crescimento urbano, o que dificulta o fluxo e a conexão de fauna; e as queimadas. “Felizmente este ano só teve um pequeno incêndio causado por raio”, diz ela.

 

Para o sul não tem mais como fazer um corredor ecológico com o Jardim Botânico, ou a Reserva do IBGE e a APA Cabeça de Veado, por exemplo”, afirma Maria Helena, lamentando que isso poderá gerar um empobrecimento genético da unidade, com a redução gradativa da diversidade de espécies por causa desse isolamento.

 

FAUNA – Por enquanto, é possível avistar algumas espécies da fauna nativa, principalmente na trilha mais extensa do parque, a de Cristal Água, que tem 5 mil metros. Maria Helena conta que já observou tamanduá bandeira, veado catingueiro, anta, quati, cotia, queixada e tatu.

 

Em compensação, o PNB ganhou mais áreas para o norte. Dos 30 mil hectares iniciais, o parque conta, desde 2006, com mais 12 mil hectares em uma área acidentada, onde ocorrem matas de encosta, matas de galeria e cerrado rupestre.

 

Em seu interior, que o público freqüentador das piscinas da Água Mineral nada conhece, o Parque Nacional de Brasília tem predominância de campos de cerrado e matas de galeria, que abrigam alguns dos cursos d’água que contribuem para o abastecimento da barragem de Santa Maria e do sistema de captação do Torto.

 

Esses dois sistemas, administrados pela Caesb, são responsáveis por 25% do abastecimento de água da população de Brasília, beneficiando as populações das Asas Sul e Norte, Lago Norte, Cruzeiro e Setor de Oficinas.

 

O Parque Nacional de Brasília exerce um importante papel de regulador do clima do Distrito Federal, juntamente com outras unidades, e é responsável por significativa reserva de carbono e seqüestro de CO2 local.

 

É a principal área de lazer da população do Distrito Federal, com suas duas piscinas naturais, que só fecham por quatro dias durante o ano: no Natal, no Ano Novo, no dia de Finados (2 de novembro) e na Sexta-Feira da Semana Santa.

 

Pelas piscinas do parque passam diariamente entre 2 e 3 mil pessoas. “A manutenção da área de visitação consome uma energia muito grande”, revela Maria Helena, ao lembrar que o parque tem de manter bilheterias, recepcionistas de piscinas, salva vidas, posto médico e serviço de limpeza e manutenção.

 

Durante a semana, de segunda a quarta, apenas uma piscina fica em funcionamento com capacidade máxima para duas mil pessoas. De quinta a domingo, voltam a funcionar as duas com público de 3 mil pessoas cada.

 

TRILHAS – Desde o sábado (21), as trilhas da Capivara e de Cristal Água estão reabertas ao público. As trilhas foram fechadas temporariamente em setembro, por medida de segurança, diante da ocorrência de quatro assaltos e uma tentativa de assalto, principalmente na trilha da Capivara.

 

Agora, os visitantes podem contar com a proteção de três policiais da Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), que passarão a prestar apoio durante todo o horário de visitação, das 6h às 16h, fazendo o monitoramento em motocicletas das trilhas da Capivara e Cristal Água, além das piscinas e dos estacionamentos.

 

A estrutura do Parque é formada por um Núcleo Administrativo, um Núcleo de Defesa com 19 fiscais, um Núcleo de Pesquisa e Manejo que cuida de projetos (atualmente, mais de 30 estão sendo executados, entre eles o de controle de espécies exóticas), um Núcleo de Uso Público (o das piscinas) e o Núcleo de Educação Ambiental, que faz um importante trabalho com escolas, instituições, formação em educação ambiental e cuida do projeto Quintais Ecológicos, no Lago Oeste.[/align]

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