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Antes de começar o relato, quero fazer um comentário sobre a empresa que voei, a Avianca. Eu havia recebido um voucher de U$250 por um vôo anterior, e resolvi usar comprando uma passagem de U$450 pro Equador. Fiz o contato por telefone, falei as datas, os trechos, o código que me deram do voucher e pronto. Sem enrolação, sem taxas.

Maas, como tudo que vem fácil, vai fácil, eu cometi a façanha de perder o vôo de ida. A lerda aqui confundiu a data do vôo na madrugada e acordou desesperada tipo "ca****! Eu devia estar chegando em Quito hoje!!" Aí liguei pro atendimento, paguei a taxa prevista de remarcação de U$125, e me ajudaram a achar um vôo sem valor extra, pra dali 2 dias. Só que o vôo era tipo as 6 da manhã, o que significava ter que dormir no aeroporto de Guarulhos, já que não sou de SP.

Aí lá fui eu à meia noite pro aeroporto, pronta pra dormir no corredor abraçada à minha mochila. Mas só com uma pergunta, eis que o mocinho do check-in adianta meu vôo pra daqui a pouco às 2 da manhã.

Moral da história: o santo protetor dos mochileiros estava do meu lado, por mais desligada que eu seja. Ou, assim eu pensava, no início dessa viagem...

 

Roteiro:

Quito (Otavalo)

Latacunga (Quilotoa)

Baños

Montañita

Guayaquil

 

PS. o Equador usa dólares americanos, então todos os valores mencionados aqui estão nessa moeda.

 

QUITO

Chegando em Quito, fiz o procedimento sugerido aqui pela galera do mochileiros para sair do aeroporto: atravessar a rua, pegar um bus verde por $2 que para no terminal Rio Coca. De lá, mudar de terminal e pegar um bus vermelho chamado Ecovia que tem faixa própria e só anda sentido norte-sul, custa $0.25. O aeroporto é muito longe do centro (tipo 1 hora), mas não tem erro pra chegar fazendo esse esquema. O táxi custaria aprox. $25.

Eu fiquei no bairro Mariscal em Quito e gostei bastante. É o point das baladas, e também é cheio de lojas, restaurantes, cafés. Dá pra ir andando até o centro histórico ou pode-se pegar o Ecovia ali na avenida, que passa a toda hora pelos mesmos $.025.

Fiquei hospedada no Blue House Hostel, que é bem localizado, tem café da manhã, tem estrutura boa. Paguei $11 no quarto com 6 camas.

Tive ótimas experiências com o povo ecuatoriano. Fui tratada bem em todas as cidades, me pareceu um povo humilde e gentil que conversa fácil. Quito tem uma mistura muito interessante de tradições indígenas fortes com aspectos caóticos de cidade grande.

Nos primeiros dias em Quito, aproveitei para passear pela cidade. Fui ao Centro histórico simpático, visitei igrejas, experimentei as comidas diferentes (Média de $2,50 a 3,50 um prato com entrada, prato principal, suco e sobremesa).

Fui aos parques de La Carolina (área verde em bairro chique da cidade) e Ichimbia (parque em região alta que tem uma vista legal do centro).

Infelizmente, o passeio que eu mais queria fazer era impossível. O vulcão Cotopaxi estava fechado para subidas já há alguns meses desde a ultima erupção, e só existiam passeios de bike até certo ponto, que não valiam a pena.

Como tinha um dia livre, acabei fechando uma excursão com a agência do hostel (Gulliver expedition, que já foi recomendada aqui no fórum) para a feira de Otavalo, famosa como a "maior feira indígena da américa" que tinha no sábado o dia principal de movimento. O tour saiu cedinho e passamos primeiro em um dos pontos de Mitad del Mundo (não os famosos), onde tivemos algumas explicações científicas. Ficamos por umas 3 horas na feira, que é interessante para comprinhas, pra ver o movimento do povo, pra experimentar as comidas exóticas... comprei quinoa e ainda peguei receitas com a senhora vendedora, um amigo comeu o porquinho da índia (cuy) e disse que tem gosto de frango, haha. Os preços dos artesanatos são bons e como sempre, vale a regra de pechinchar e não ser muito obviamente gringo.

Depois da feira passamos em um lago na cratera de um vulcão (Cuicocha, bem bonito) e tivemos um almoço incluso na cidadezinha de Cotacachi, famosa pelos artigos de couro.

O tour custou $45 e, apesar de ter sido um passeio interessante com uma turma divertida, não valeu a pena pelo preço. Durou o dia todo e o guia era legal, contando várias histórias e informações do Equador.

 

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No meu último dia em Quito eu queria subir no vulcão Pichincha de qualquer jeito, e mesmo com o dia nublado, lá fomos eu e uma gringa na empreitada.

Pegamos um taxi ($5) até o TeleferiQo, e chegando cedinho, não tinha nenhuma fila. Entrada de $8,50, e depois de subir o teleférico até os mais de 4 mil metros de altura, já da chegada não dava pra ver nada da cidade do alto por causa da névoa :(

Seguimos a trilha e fomos subindo o vulcão, praticamente andando no meio da névoa grossa sem ver muito a frente. Quando subíamos mais rápido um trecho grande, dava um pouco de taquicardia e uma pressão na cabeça, mas nada que uma pausa pra respirar não resolvesse. (coincidiu que nós duas somos praticantes de esportes pesados, então temos um bom condicionamento).

Subimos por aprox. 1h30min e resolvemos voltar, já tinha sido o suficiente e não dava pra ver nada mesmo. A volta foi rápida e tranquila. Gostei muito do passeio, foi lindo ver as montanhas no meio daquela névoa meio fantasmagórica.

Saindo do teleférico, pegamos um bus gratuito para descer o parque, e logo atravessando a avenida já pegamos um bus com direção a Mitad del Mundo ($0,40).

O parque da Mitad del Mundo é bem longe da cidade fica em um lugar bonitinho mas bem turístico, realmente só para tirar a foto clássica em cima da linha do Equador mesmo. (A tempestade ameaçava e acabamos não indo no outro ponto da Mitad del Mundo que dizem ser o verdadeiro.)

Na volta, aproveitei para passar no Mercado de Artesanias do bairro Mariscal. Tem praticamente as mesmas coisinhas da feira de Otavalo, com preços iguais.

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LATACUNGA - QUILOTOA

Resolvi dormir na cidade de Latacunga para fazer o passeio na Laguna Quilotoa logo pela manhã. Para ir, peguei aquele mesmo bus Ecovia q passa na esquina do hostel, (só q na parada seguinte) até o terminal Quitumbe. ($0,25). Depois de quase uma hora, chegando no terminal (que é surpreendentemente moderno e organizado), os buses para Latacunga saiam a cada meia hora, a $2,40. São aprox. 1h40min de bus tocando músicas latinas muito altas (até "Mi niña veneno" tocou!), sem chance de um cochilo.

Cheguei em Latacunga umas nove da noite e peguei um tàxi até o hostel Tiana, por $1.

O hostel já foi bastante recomendado aqui no fórum, e é uma boa pedida por $10,50 o quarto compartilhado com café da manha. Não tem muita vibe mochileira, mas a estrutura é boa e o café é bonzinho. Eles também oferecem serviços de tour e lavanderia.

Para pegar o bus para Quilotoa, tem bus direto saindo do terminal rodoviário de Latacunga (na mesma avenida onde o bus de Quito parou, dá pra ir a pé de boa) às 9h30min por $2,50 deixando na entrada Laguna ($2 pra entrar). Durou pouco mais de duas horas de pura tortura musical, com o som tocando músicas típicas num volume absurdamente alto. Mas o caminho é bonito, e dá até pra ver o Cotopaxi se o dia estiver mais claro.

 

O passeio ao Quilotoa foi certamente um ponto alto da viagem e o lugar mais lindo que vi no Equador.

A lagoa na cratera de um vulcão, a 3.800 de altitude tem água azulzinha e 1.7 km de trilha pra chegar até embaixo. Fiz o passeio todo sozinha, curtindo o silêncio e o frio. Na ida, uns 40 min e tudo bem; na volta, a altitude e a subida puxada deram taquicardia, dorzinha de cabeça, vontade de subir engatinhando e me lembrou a frase do crossfit que treino: "se eu desmaiar, anota meu tempo!" :)

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Assim que terminei a caminhada, fui ver como voltar e me disseram que eu devia pegar uma camioneta até Zumbahua para pegar o bus na estrada, por $5. Já sabia que era algo assim, então topei. O trecho foi bem rápido, e chegando lá, o bus para Latacunga já estava parado. Mais $2 pra voltar.

Voltei pro Hostel, peguei a mochila (*obs. Eles guardam mochila de quem não está hospedado lá por $2) e já voltei pro terminal rodoviário para seguir caminho rumo a Baños.

Primero, bus a Ambato ($1,15 45 min - sai a cada 20 min, o último as 7 da noite), depois, mais um bus até Baños (existem várias empresas com vários horários) - $1,85 1h15 min. PS. O terminal de Ambato é organizadinho, tem banheiro e WiFi!

 

BAÑOS

Em Baños fiquei no hostel Erupción, e gostei bastante: bem localizado (perto do terminal, da rua das baladas e várias agências de tours). Paguei $9 num quarto feminino pra 4. Não tinha desayuno incluso, mas o hostel tem um restaurante junto da recepção que serve várias comidas boas a bons preços e também café a $2,75 o mais barato, que já era bom.

Os quartos não eram lá grandes coisa, mas o hostel tem aquela vibe mochileira legal, aquele clima que é fácil fazer amigos.

Na esquina do Hostel encontrei a agência Geotours, e por sorte eles aceitavam pagamento em PayPal, ótimo pra quem tem uns créditos em dólar.

Fechei com eles o rafting por $25, e foi outro pontos alto da viagem! Fomos até um rio (pela mesma rota das cachoeiras), recebemos algumas instruções de segurança em terra, nossos equipamentos e já fomos pra água. Eu nunca tinha feito, não achei tão difícil, mas foi super divertido. E equipe era muito boa, tinha uns kayakers de segurança e para tirar nossas fotos. Tivemos incluso um almoço bem fraquinho. Os guias do tour eram muito gente boa, e na volta viemos praticando o costume de carnaval do Equador de atirar balões de água em pessoas aleatórias pela rua, haha foi massa.

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A tarde, me juntei a um povo que conheci no rafting e resolvemos alugar bikes pra ir até a casa del Arbol para conhecer o famoso balanço do fim do mundo onde tiram as fotos clássicas.

Pagamos $5 na bike e $10 no táxi para nos levar até lá em cima (sem condições de subir de bike ou a pé, são 10 km de subida bem íngreme).

Na casa del arbol tivemos um dia lindo com uma vista incrível, tiramos fotos e ficamos um tempinho por lá. Descemos um pouco e encontramos outro balanço (ou “columpio”) chamado vuelo del condor e resolvemos entrar. Pagamos $5 nesse balanço que é bem mais alto, com uma estrutura melhor de segurança e foi realmente emocionante. A plataforma cai embaixo dos pés e você fica lá pendurada na beira de um penhasco...

Descemos todo o trajeto de bike parando em alguns pontos com miradores e foi realmente muito gostoso.

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Dica de comida: na rua das baladas tem um quiosque que vende fatias de pizza deliciosas por $1,25, chama Del Cappo. Pros chocólatras, existe a cafeteria Aromé, com cafés e chocolates quentes, bolos, panquecas, chocolates... Tudo delícia pra aquela larica pós-atividades físicas.

 

No dia seguinte, alugamos a uma bike de novo, pegamos um mapinha e seguimos para a ruta de las cascadas, um trajeto de 20 km de bike margeando a rodovia com várias paisagens bonitas e cachoeiras, chegando até a principal, o paillon del diablo ($2 pra entrar). Fizemos o trajeto todo tranquilamente (não tem subidas), parando pra curtir a paisagem, tirar fotos, comer alguma coisa. Na volta, pegamos uma camionete por $5 que nos deixou na cidade.

Gostaria de ter ficado mais tempo em Baños. A cidade é muito agradável e tem várias atividades legais pra fazer.

Mas como já tinha reservado o hostel, tive que seguir viagem. De Baños pra Montañita, existem duas opções: ou ir até Guayaquil (6h + 3h) ou até Santa Elena (9h + 45min). Pra ambas existem vários buses saindo em vários horários. Eu escolhi um bus que saia as 22h pra Sta Elena, por $14. O bus era razoavelmente confortável (sem música!) e seguro (sem muitas paradas). Chegamos lá e o bus pra Montañita já estava saindo (tem de meia em meia hora), por mais $1,80.

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... E como mochilao sem perrengue não vale, lá vai:

depois de comprar a passagem pra chegar até Montañita, voltei pro hostel e fiquei por lá de bobeira, na internet, falando com o povo etc. E meu estômago começou a ficar levemente ruim.

E claro que esse “levemente” logo me deixou contorcendo de ânsia e pouco depois abraçando a privada, fazendo aqueles sons altos de UUAARRGHH bem no banheiro do restaurante do hostel, porque eu já tinha feito check-out e não tinha mais quarto.

E assim continuou até chegar na rodoviária, onde eu vomitei no chão ao lado do busão e depois no banheiro do bus.

E assim terminou minha passagem pela linda e divertida Baños e parti pra Montañita, destino mais aguardado da viagem.

 

MONTAÑITA

Claro que cheguei em Montañita podre, com sono, com estômago dolorido de tanto vomitar.

O hostel em Montañita, fiz a reserva no Hostelworld pro Chichi Babylone. Deixei pra última hora e bem nos dias de carnaval a maioria já estava lotado ou super caro. No sábado paguei absurdos $22 (nos outros dias, $11). O meu Hostel tinha um clima bem legal, nivel party hard, staff gente fina e estrutura mais ou menos. A localização é ótima, bem do lado do centrinho, perto da praia mas fora da bagunça.

*obs.Outro hostel que é do lado do meu, e parecia ter estrutura boa é o Hostel Moai. Hostels bem no meio da zoeira (imagino que deve ser a sensação de dormir no meio da balada): Halewia e TikiLimbo (apesar do restaurante desse último ser ótimo). Fora períodos de altíssima temporada, não acredito ser preciso reservar, porque a cidade inteira é basicamente composta de Hostel/pousadas e bares/restaurantes.

Meu primeiro dia consistiu em dormir na rede do Hostel e na praia, me alimentar de bananas e água de coco. O clima da cidade é de farra, muitos gringos, consumo forte de drogas (baratas e de boa qualidade, dizem os entendidos). Não estava muito nessa vibe, então acabei ficando de boa e não gostei muito da cidade.

Mas depois que sarei, fui em baladas bailar sons latinos, tomei drinks na calle dos cocteles (média de $3-4, tudo delícia), curti tardes de ressaca na praia, aquele programa básico de leve. No sábado de carnaval a cidade lotou de equatorianos e o esquema ficou tenso. Carros estacionados por todos os lados, praia lotada (e inevitavelmente suja). Os gringos do meu Hostel pagaram balada eletrônica de $40. As baladas variam entre deixar entrada de graça até certa hora, depois cobrar $5-10 conforme vai lotando. A noite, fomos passar no meio da muvuca dos bares na frente da praia e uma amiga teve o celular furtado. Foi a única ocorrência que vi acontecer. O assédio à mulheres sozinhas também é menor que o Brasil. (Lamentavelmente, um mês depois que estive lá teve a ocorrência das duas turistas argentinas que foram encontradas mortas. Talvez não seja tão seguro assim...)

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Dica de comida: fora as barraquinhas que tem em todas as ruas, os crepes do Café Papillon são super caprichados (e um pouco mais caros). Lanches rápidos e baratos existem de todos os tipos (inclusive opções vegetarianas!), mas meu preferido eram umas empanadas de umas minas argentinas, chamava "Caminantes". Tem um quiosque antes da ponte e carrinhos pela praia, a $1.

 

No sábado de carnaval resolvi fugir um pouco da muvuca e ir para o parque nacional Los Frailes em uma cidade do lado, Puerto Lopez. Foi só pegar um bus pra Los Frailes, por $3, passa de meia em meia hora na rodovia (esquina do meu Hostel) e dura 1h30

O bus deixa na estrada na porta do parque.

Para se chegar até a praia, é preciso andar mais 2km por uma estrada de terra, ou pegar uns táxi moto por $1.

O parque tem uma boa estrutura com banheiros e duchas na entrada, controle de segurança e policiais circulando. É bem selvagem e tranquilo, só algumas poucas famílias e grupos de jovens equatorianos. Tem algumas trilhas pra fazer e um mirador.

Não tem nada como uma lanchonete ou restaurante, então é bom levar água e comida para o dia. Fecha as 16h e depois é só esperar o bus de volta na estrada.

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GUAYAQUIL

No meu último dia em Montañita, peguei o busão pra Guayaquil, logo depois do almoço, 3h de viagem, $6. Bus confortável, passando filminho.

Cheguei em Guayaquil debaixo de uma super chuva e não pude fazer nada.

Em Guayaquil, fiquei em dois hostels:

Dreamkapture - estrutura boa, bem localizado (perto de um shopping com comida, bancos, farmácia), perto para ir ao aeroporto e ao terminal de bus[$5 o táxi pra ambos], a dona é uma fofa que me super ajudou em uma emergência. Funciona também como agência de turismo que organiza excursões para Galápagos. Paguei $11 no quarto feminino com café da manhã. (aceita paypal!)

Mogi's - hostel super estiloso, em uma casa enorme e com boa estrutura. Paguei $12 no quarto compartido (camas horríveis) com café da manhã. Igualmente perto para bus ou taxi.

Em Guayquil não fiz muita coisa, porque choveu, era o fim da minha viagem e tive que resolver algumas coisas.

Fui dar uma volta pelo centro, ver o parque das iguanas e o Malecón 2000. Cidade grande normal, vale uma volta pelo calçadão em uma tarde livre.

Guayaquil era o destino final da minha viagem, onde eu deveria pegar o vôo de volta na segunda-feira de carnaval.

Mas como a falta de organização de uma pessoa parece não ter limites...

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O PERRENGUE FINAL

Descobri no dia em que devia pegar meu vôo de volta que perdi o passaporte.

Fui arrumar a mochila e estava tudo lá, o dinheiro, os outros documentos, menos o passaporte.

E aí começou aquele desespero horroroso... tentar falar com consulado, embaixada (tudo fechado, era carnaval lá também!), fui pro aeroporto e chorei pra todos os funcionários me deixarem embarcar com as cópias ou documentos que eu tinha (sem chance, obviamente).

Claro que pra ajudar, descobri que meu cartão de crédito não estava funcionando. Eu tinha usado ele na ida, no aeroporto da Colômbia e estava normal, então nem preocupei mais.

Por motivos pessoais, pela primeira vez em uma viagem eu estava realmente ansiosa pra voltar pra casa. Pense numa pessoa chorando de soluçar no banheiro do aeroporto, sem saber como ir embora, sem ninguém pra pedir ajuda e sem dinheiro...

De volta pro hostel, descobri que a embaixada do Brasil no Equador (onde eu teria que ir pra tentar fazer outro passaporte, mas só na quarta-feira) era em Quito, a 450km de onde eu estava....

A questão do dinheiro eu resolvi temporariamente quando a dona do hostel Dreamkapture (super querida, gracias totales eternas) se ofereceu para que eu transferisse dinheiro da minha conta do paypal para a conta dela, e assim ela tiraria dinheiro do caixa do hostel para me dar (mas não podia ser muito).

Então eu fiquei os dois dias seguintes indo na polícia fazer BO, tentando falar com o banco pra liberar meu cartão, com a empresa aérea, tentando descobrir como seria o esquema no consulado, comprando bilhete pra uma viagem noturna até Quito ($10, umas 8h de bus). E morrendo de medo de ficar no equador pra sempre e tendo dor no estômago de nervoso e comendo banana porque era o que dava com meu dinheiro haha.

 

Eis que, no dia antes de viajar pra Quito, resolvi revirar minha mochila de novo, e lá estava o maldito passaporte escondido em um compartimento secreto no fundo de tudo!!!

E lá fui eu outra vez para o aeroporto implorar para que me colocassem no primeiro vôo disponível... mas claro que, na volta do carnaval, estava tudo lotado. Me conseguiram um vôo pra dali dois dias, que eu ainda tive que pedir pra trocarem aqui no Brasil, porque obviamente, meu cartão não funcionava.

Quando fui finalmente embarcar, as pessoas no aeroporto que me viram desesperada vinham perguntar o que tinha acontecido e eram simpáticas comigo. Foi legal ver que existem pessoas gentis em todo lugar em todos momentos :,)

E por fim, eu voltei pro Brasil, e foi lindo e foi um alívio imenso.

Mas eu confesso que fiquei levemente traumatizada e planejando pegar leve nos próximos tempos, hehe...

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Ecuador foi meu refúgio no ano passado, aonde fiquei 6 meses.

Conhecendo mais que a palma da minha mão, e lendo todo seu bom relato, surgiu uma duvida.Que cooperativa oferece banheiro no ônibus desde Banos?

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Ecuador foi meu refúgio no ano passado, aonde fiquei 6 meses.

Conhecendo mais que a palma da minha mão, e lendo todo seu bom relato, surgiu uma duvida.Que cooperativa oferece banheiro no ônibus desde Banos?

 

Oi... desculpa mas eu não lembro qual empresa de bus eu fiz essa viagem! Mas acredito que todas tenham banheiro... é um trajeto bem longo e todas eram mais ou menos o mesmo preço.

 

MiPocione, minha guru mochileira que se preocupa comigo ferrada no carnaval ::love::

  • 3 semanas depois...

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