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Instalação recria o bairro das prostitutas de Amsterdã


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:arrow: FONTE: Uol Viagem

http://viagem.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/11/17/ult3643u505.jhtm

 

Instalação em Londres recria o bairro das prostitutas de Amsterdã

 

[align=Justify]A National Gallery de Londres, um dos maiores acervos públicos mundiais de arte, está expondo uma reconstrução decadente do Distrito das Luzes Vermelhas de Amsterdã, o bairro de sexo pago da capital holandesa, em uma rara investida na arte contemporânea das instalações.

 

Quando os planos de expor "The Hoerengracht", de Ed e Nancy Kienholz, foram anunciados, no ano passado, críticos indagaram se a National Gallery estaria se "prostituindo" para a arte contemporânea, criada pelo menos em parte para chocar.

 

Mas, em coletiva de imprensa na quarta-feira, o curador Colin Wiggins defendeu a decisão de abrigar a instalação, que recria uma rua e prédios sujos onde manequins realistas de mulheres seminuas se expõem em janelas.

 

Wiggins destacou as conexões entre a instalação e pinturas holandesas famosas do século 17 que integram o acervo permanente da galeria.

 

E ele argumentou que o tema sórdido, retratado com realismo, não é tão deslocado na National Gallery quanto alguns visitantes possam imaginar à primeira vista.

 

"Isso é como entrar dentro de uma pintura de Amsterdã feita por um artista holandês do século 17", disse Wiggins.

 

"Temos pinturas que mostram cenas de estupro coletivo, incesto, assassinatos, tortura e mutilações. Mas, porque as pessoas os enquadram em molduras de ouro e os recobrem de verniz, elas são seguras, elas não são ameaçadoras."

 

Os Kienholz começaram a montar "The Hoerengracht" em 1983, dez anos depois de se conhecerem em uma festa em Los Angeles e se casarem. A instalação levou cinco anos para ser feita.

 

Ed Kienholz já era famoso por instalações que provocaram polêmica por tratar de temas que incluíram doenças mentais, aborto e o comércio sexual.

 

A National Gallery colocou a instalação em uma sala escura, iluminada apenas pelo brilho vermelho de abajures e lâmpadas coloridas.

 

O diretor da galeria, Nicholas Penny, disse: "Trata-se de uma exposição extremamente séria e que não glamuriza ou romantiza a prostituição de maneira alguma."

 

A instalação ficará em exposição até 21 de fevereiro de 2010.[/align]

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