Membros de Honra LEO_THC Postado Novembro 16, 2009 Membros de Honra Postado Novembro 16, 2009 FONTE: A Tarde http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1281470 Interdição do Poço Encantado faz Chapada perder 10 mil turistas [align=Justify]Entre abril e setembro, o Poço recebe os raios do sol por uma fenda natural que ilumina toda a gruta Tentando agilizar a reabertura da gruta do Poço Encantado, uma das mais famosas atrações da Chapada Diamantina, no município de Itaetê, e que foi interditada há dois anos, os prefeitos das cidades que fazem parte da Chapada Diamantina estão fazendo um apelo às autoridades para que a situação seja resolvida. A reabertura é uma expectativa de moradores e políticos da região, que aguardam uma posição do Ibama para que o local volte a ser visitado. Com a interdição, que ocorreu em 6 de novembro de 2007, mais de 10 mil turistas deixaram de visitar o local nestes últimos anos, trazendo prejuízos para a região. A interdição gerou uma campanha encabeçada pela União dos Municípios da Chapada Diamantina (UMCD), que afirma que vários transtornos vêm sendo contabilizados na região, principalmente na rede hoteleira, que perdeu muitos investimentos devido à queda no fluxo de turistas e com isto ficaram inadimplentes com financiamentos que realizaram para ampliação do negócio. “Houve um aumento na taxa de desemprego na região, pois restaurantes, hotéis e agências perderam dinheiro com a queda no turismo e por isto tiveram que demitir. O Poço Encantado é um dos pontos turísticos mais importantes da região, e o seu fechamento afastou o turista ou fez com que ele permaneça por menos tempo na região”, frisou o presidente da UMCD e prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso. Apelo - Cardoso informou que a UMCD requereu junto ao Ministério Público Federal (MPF), em Jequié, a reabertura para visitação. Para isso seria necessário firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os municípios e os diversos órgãos do governo federal, mas este acordo depende de um relatório da vistoria feita pelo Centro Nacional de Estudo, Pesquisa e Manejo de Cavernas (Cecav) ligado ao Instituto Chico Mendes, que até o momento não foi enviado para a Procuradoria. “Faço um apelo ao órgão competente para que agilize a documentação solicitada pelo MPF, só assim a situação do Poço Encantado poderá ser resolvida o mais rápido possível, uma vez que o fluxo de turistas na região depende da reabertura do local”, frisou. O prefeito disse que as cidades de Lençóis, Andaraí, Mucugê, Itaitê, Ibicoara, Palmeiras e Rio de Contas são atingidas diretamente pelo fechamento da gruta, mas outras também sentem a queda, uma vez que os turistas permanecem menos tempo na região. “Estamos nos aproximando do final do ano, onde o fluxo de turistas é grande, então temos que ter uma posição sobre a reabertura ou será mais uma temporada de prejuízos”, afirma. Escada - A gruta foi interditada porque o guardião Miguel Jesus da Mota construiu uma escada de alvenaria no interior da caverna, alegando que turistas estavam sofrendo acidentes por falta de segurança nos trechos mais íngremes. Além da interdição, o Ibama aplicou uma multa de R$ 50 mil contra Miguel. Na época da interdição, o guardião afirmou que não teria condições de pagar a multa e, segundo o Ibama, o processo tramita à revelia, uma vez que Miguel Jesus não apresentou defesa. Mas, se depender dos órgãos envolvidos na questão, o desembargo da gruta ainda vai demorar. De acordo com o chefe do Cecav, Jocy Brandão, há duas semanas foi encaminhado para o Ibama e MPF de Jequié o relatório da vistoria, onde os técnicos recomendam o desembargo do local e fazem algumas ressalvas como a manutenção da escada, que causou a interdição, uma vez que para eles a demolição causaria um impacto ambiental bem maior. “O certo é que a escada não fosse construída, mas como já foi feita, a sua retirada seria bem mais prejudicial. Agora só nos resta aguardar a decisão do Ibama sobre o desembargo”, frisou Brandão. Mas o superintendente do Ibama na Bahia, Célio Pinto, garante que o documento ainda não chegou ao órgão e que este só poderá dar um parecer sobre o problema, após a apreciação do relatório pela Procuradoria do Ibama. “Não temos como dizer se vai ser reaberto ou não sem que os procuradores avaliem o laudo da vistoria”, destaca. Ele alerta que mesmo que o local seja reaberto é necessário que se faça o Plano de Manejo, que é um documento técnico que faz um diagnóstico da caverna em seu aspecto físico, biológico e socioeconômico, dizendo se é possível ter visitação no local ou não, levando-se em conta os riscos possíveis, principalmente o que se refere a saúde dos visitantes.[/align]
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