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Primeiramente gostaria de agradecer a todos que compartilham suas experiências aqui no Mochileiros e desde meu ingresso em 2009 nesta comunidade, esta será a minha primeira grande contribuição.

 

O sonho de conhecer a Patagônia começou com o desejo de conhecer o "fim do mundo". É assim que se intitula a cidade de Ushuaia que é famosa por ser a cidade mais austral do mundo. A natureza ali se preserva em estado quase que bruto. A lindas fotos que via, os animais, o ambiente austero e o frio eram ingredientes a mais, principalemte por que era o contraposto do que eu estava acostumado a viver.

 

Durante a elaboração do roteiro fui descobrindo cada vez mais o restante de Patagônia, que para o brasileiros não é muito conhecido, mas que é no mínimo tão impressionando quanto o "fim do mundo". O roteiro que começou apenas com Ushuaia e a Terra do Fogo, foi ganhando mais escalas e depois de alguns meses, e de ler muitos relatos, concluí da seguinte forma:

 

Rio                                20/11/2015
Ushuaia                            20/11/2015
Punta Arenas                       23/11/2015
Puerto Natales                     24/11/2015
Torres del Paine (R. Grey)         24/11/2015
Torres del Paine (R. Torre Norte)  25/11/2015
Puerto Natales                     26/11/2015
El Calafate                        27/11/2015
El Chalten                         29/11/2015
Los Antiguos                       03/12/2015
*Comodoro Rivadavia                06/12/2015
Puerto Madryn                      06/12/2015
Mendoza                            08/12/2015
Rio                                12/12/2015 

* somente baldeação

 

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Primeiro Dia - 20/11 (Ushuaia)

 

Saímos as 23pm do dia 19 de Novembro em direção ao Galeão e pegamos o vôo da Aerolineas que saiu um pouco atrasado as 3am (programado para 2:40). Fizemos escala em Buenos Aires, pegamos as bagagens, fizemos aduana, mudamos de terminal e partimos para Ushuaia as 9AM, numa aeronave de grande porte.

 

Vôo tranquilo que chegou às 12:30 no Aeroporto Internacional de Ushuaia. Conseguimos fácil um táxi na porta, enquanto embarcávamos no taxi um espanhol se apresentou perguntando se não queríamos dividir o taxi até o centro. Topamos e numa breve conversa ele contou que já estava há 8 meses na América do Sul passeando e que já tinha passado pelo Brasil (rio, sp e foz).

 

Chegamos no hotel Mustapic e Sr. Frederico nos recebeu muito bem. Ficamos num quarto com vista para a montanha. O Sr Frederico nos deu várias orientações e um mapa da cidade. Nos indicou alguns restaurantes para almoçar, inclusive o Marco Polo, que fica na Av San Martín (a principal da cidade). Fomos no Marco Polo e pedimos o menu do dia que pela hora só havia sobrado a opção vegetariana. Estava muito boa, com direito a sobremesa, eu peguei um Flan e Alessandra comeu um mousse caseiro que tinha gosto de biscoito. Valor foi de 120 pesos por pessoa.

 

Saímos para dar uma volta pela Av. San Martin e procurar algum lugar pra trocar dinheiro. Achamos uma loja de bichos de pelúcia que fazia câmbio ( dolar: 14, real 3,6) e também o hotel Atlântico (dolar: 14, real 3,5). Trocamos um pequeno montante na loja das pelúcias.

 

Fomos no posto de informações turísticas que fica próximo ao Porto. Pedimos orientações de como comprar passagens para Punta Arenas e de como visitar o parque nacional Tierra del Fuego. O custo do ônibus/van para o parque é de 300 pesos ida e volta. A atendente nos sugeriu alugar um carro na Budget por 700 pesos a diária com seguro. Dali, fomos tentar comprar as passagens de ônibus para Punta Arenas e o passeio de barco no canal do beagle.

 

Tivemos que ir a três lojas para conseguir comprar as passagens. Na Bus Sur não tinha mais disponibilidade para segunda-feira, mas achamos na Buses Pacheco saindo as 7h. Depois fomos nas tendas do porto e fechamos o passeio pelo beagle com a Yate Tango. 850 + 20 de taxa por pessoa.

 

Há diversas opções de passeio e somente uma empresa opera a descida na pinguinera. Optamos pelo passeio tradicional que passa pelo farol, ilha dos pássaros, ilha dos leões marinhos e um mini trekking na Ilha Bridges.

 

Jantamos no Fonda Bistrô, na Av. San Martin (mais pro início dela), um lugar simples, onde me pareceu ser frequentado pelos locais. Preço 70 pesos o talharim à bolonhesa e 80 raviólis com fileto. Copa de vinho 35 cada (obs.: refrigerante custa 30).

 

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Segundo dia - 21/11 (Ushuaia)

 

Tomamos café da manhã no hotel, com medialunas doce, cereais e café com leite. Este dia estava ensolarado mas com nuvens. O passeio de barco pelo Beagle estava marcado para começar às 10:30. Deveríamos chegar com 15 mim de antecedência e chegamos na hora marcada, fomos recebidos pelo Rafael que foi o mesmo que nos vendeu o passeio no dia anterior. Pagamos a taxa portuária e embarcamos. No barco estava sendo guiado pelo sr. Martin e um guia turístico. Outros passageiros eram um local, uma americana e um casal francês.

 

O barco saiu e todos ficaram reunidos na popa ouvindo algumas orientações. Em seguida fomos para a proa onde comemos pão de queijo, alfajor e tomamos mate enquanto nagegávemos até a primeira parada.

 

A primeira ilha foi a dos leões marinhos. Ficamos por cerca de 10 min estacionados bem peritinho e seguimos. Deu para ver bem de perto e em detalhes os leões gritando e interagindo.

 

A segunda ilha foi a ilha dos pássaros que fica próxima do farol. Em seguida passamos pelo farol que é chamado equivocadamente de farol do fim do mundo (quando o verdadeiro está a 1 dia de navegação, na Ilha dos Estados).

 

Já no caminho de volta, avistamos alguns pinguins nadando. Na terceira ilha, que se chama Bridges, paramos para um mini trekking e conhecemos a vegetação de montanha, que excepcionalmente estava presente ali ao nível do mar.

 

De tarde, passamos no hotel, saímos e comemos 2 panchos com uma empanada e um H2O num restaurante fastfood na Av. San Martin (35 pesos cada pancho, 20 a empanada e 20 o H2O). Pegamos um táxi na própria Av. San Martin e seguimos para o Cerro Martial. (A corrida custou 112 pesos).

 

O táxi nos deixou na base do cerro onde há algumas casas de chá e de cara para uma grande subida de pedrinhas que parecia um pouco com uma larga estrada de rípio morro a cima. Começamos a subir por volta das 16h. Em pouco tempo alguns acumulados de neve começaram a surgir e alguns córregos de água também. O teleférico estava fora de operação e sem data para voltar. Logo chegamos no local onde aonde o teleférico leva as pessoas. Nesse momento começamos a andar a maior parte do tempo sobre neve. Pela trilha que as pessoas fazem é fácil seguir, mas se sair um pouco da trilha a neve já fica fofa e mais difícil de caminhar, mas nada muito complicado.

 

Chegamos num ponto em que tem uma placa com a foto do cerro com o nome da cada morro. Neste local você subir na montanha ao lado ou continuar em frente pelo vale. A princípio nós tentamos subir a montanha, mas desistimos, apesar de não parecer muito difícil. Então continuamos em frente pelo vale e cada vez com mais neve. Vimos dois skiadores descerem a montanha bem lá de cima. Eram os únicos.

 

Em certo ponto decidimos parar e marcar o final da jornada com um boneco de neve que demos o criativo nome de Martial. Na descida enchemos a garrafa de água num córrego pelo caminho. A água estava muito boa!

Nesta noite jantamos no Villagios que possui na frente um aquário cheio de Centollas. Escolhemos uma Centolla e pagamos pelo preço de 2kg. (400 pesos/kg). Acompanhando de batatas ao creme gratinada. Foi uma janta cara, mas valeu a experiência. O restaurante é recomendável.

 

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Terceiro dia - 22/11 (Ushuaia)

 

Acordamos às 8:30, tomamos café as 9:30. As 10h fomos no La Anônima da Av. San Martin e compramos pão, queijo, tangerina, achocolatado e água. Seguimos para o ponto de vans regulares para o Parque Nacional Tierro del Fuego. Pegamos a van das 11 para regressar às 18h. (300 pesos ida e volta pp)

 

A van nos deixou na Baia Ensenada por volta das 11:30. Tentamos entrar no correio do fim do mundo, mas estava lotado de coreanos e do lado de fora ventava muito forte. Não quisemos esperar e começamos a caminhada pela trilha costeira as 11:45. Durante a trilha ventava e parava de ventar, paisagens magníficas a cada parada. Me chamou a atenção uma praia com um gramado cheio de margaridas e com areia formada de pedras verdes. Algumas zonas de com lama no trajeto dificultavam um pouco o caminho. Por vezes nos perdemos quando a trilha não ficava muito bem marcada, mas sempre nos achávamos de novo. As 16h concluímos esta trilha.

 

Durante o percurso paramos muitas vezes para fotografar e apenas duas vezes para lanchar. Levamos água por que não sabíamos se a água do parque era boa, li na entrada um aviso para não tomar água de arroyos.

Ao final da costaneira, andamos por mais um km na RN3 até o início do Paseo de la Isla. Até então não tínhamos ouvido falar sobre esta trilha, mas foi um grata surpresa. Fomos surpreendidos com lindas paisagens que beirava um lago de águas claras com cavalos e patos selvagens. Esta trilha levou cerca de 30min até cruzar com a RN3 novamente seguindo em direção a enseada Lapataia.

Andamos por cerca de 1km nesta estrada (RN3), passando a esquerda da laguna Verde, que pudemos ver do alto (ela não parecia verde) até chegar a entrada da trilha do mirador Lapataia. Seguimos por mais 20min até chegar o mirador por uma trilha super bem marcada. A vista do mirador é bonita, mas era um pouco mais do mesmo. Descemos e em 15 min chegando a enseada Lapataia. As 17:40 chegamos no ponto de vans e ficamos esperando o retorno comendo o queijo e o presunto que havíamos trazido. Pontualmente às 18h chegou a van e nos levou pra cidade em 30min. Fomos direto para o hotel tomar banho e sair para jantar e comprar souvenirs, apesar de exaustos.

 

Saímos do hotel por volta das 20:30 e reparamos que na rua estava praticamente tudo fechado, somente alguns restaurantes abertos. Estava acontecendo a contagem dos votos para eleger o novo presidente. Em um ponto havia uma concentração dos apoiadores de Scioli (apoiado pela atual presente Kishiner) fazendo uma batucada e pouco quarteirões adiante um grupo de apoiadores do candidato Macri já cantavam vitória mesmo com cerca de 50% das urnas apuradas apenas.

 

Entramos no bar e restaurante Banana's que fica na San Martin, pedimos 2 cervejas Beagle (Rubia e Roja), uma pizzoleta de palmito e outra de queijo rockefort. Estavam ambas muito boas. A cerveja eu preferi a Roja. No noticiário constava a vitória do candidato Macri ao sair nos deparamos com um buzinasso pelas ruas comemorando a vitória.

Tentamos achar alguma loja para comprar souvenirs mas já estavam todas fechadas, as 22:30 o céu ainda estava azulado com um tom bem bonito.

 

Arrumamos as malas, configuramos os despertadores para as 5 da manhã.

 

Nota sobre o Hotel Mustapic: Simples, mas tudo limpo. Boa calefação, água quente estável, silencioso na maior parte do tempo. O café da manhã tinha pão de forma, torradeira, media luna, requeijão, dulce de leche, geleia, café, leite, cereais. O único ponto negativo foi o fato de que todos os dias a partir das 6:30 se fazia muito barulho no andar de cima onde serviam o café.

 

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Quarto dia - 23/11 (Ushuaia -> Punta Arenas)

 

Acordamos na hora (já com céu claro), banho quente, enchemos a garrafa no bebedouro, pegamos as malas, e fizemos checkout as 6:15. Chegamos no terminal de ônibus ao lado do posto YPF que fica na Av Maipu. O ônibus da Pacheco partiu lotado na hora certa (as 7h).

 

Em três horas chegamos na aduana Argentina (Paso San Sebastian), descemos do ônibus carimbamos a saída no passaporte, voltamos pro ônibus depois de 15min. O ônibus rodou mais uns 30min em estrada de rípio até chegar à aduana Chilena. O processo foi mais demorado devido à inspeção das bagagens, inclusive com cão farejador. Nesta aduana havia uma lanchonete e compramos 2 panchos e dois cafés com leite por 120 pesos (tudo).

 

Depois da aduana Chilena, seguimos no ônibus até chegar ao estreito de Magalhães. Fizemos a travessia na balsa que foi tranquila e rápida. Creio que todo o procedimento não levou mais de 40min. Dentro da balsa há uma lanchonete onde compramos mais 1 pancho por 35 pesos. (Nessa região do Chile o peso argentino ainda é aceito). Ficamos um pouco dentro da cabine abrigados do vento enquanto comíamos o pancho, em seguida subimos para a parte externa e tivemos a sorte de ver algumas toninhas nadando, inclusive uma chegou a acompanhar a balsa.

O número de ovelhas nas estepes, que eram muitas durante todo o trajeto, começou a declinar quanto mais próximos ao destino chegávamos. A viagem continuou sem imprevistos até chegarmos à Punta Arenas por volta das 16h.

 

Descemos na porta da loja Pacheco (aparentemente não há uma rodoviária na cidade), verificamos nesta loja que tinham passagens para Puerto Natales somente as 11hrs. Seguimos um pouco mais adiante na mesma avenida e encontramos a loja da Bus Sur que possui mais horários. Compramos as passagens para o dia seguinte às 7hrs por 6000 pesos chilenos cada. Ainda na mesma avenida, achamos duas casas de câmbio. A melhor estava com a seguinte cotação: Real 180, Dólar 700. (No Google a cotação era: BRL to CLP 191, USD to CLP 714).

 

Fomos em direção ao hostal Ovejero e no caminho nos deparamos com um cemitério que nos chamou a atenção por suas grandes árvores redondas e podadas. Entramos e nos pareceu muito bonito. Ficamos apenas alguns poucos minutos por que estávamos com as mochilas grandes.

 

O hostal fica num bairro aparentemente residencial e o quarto era bem confortável com calefação inclusive no banheiro que era bem grande e tinha água quente estável. O café da manhã nos seria servido especialmente as 6 da manhã (fora do horário padrão que era a partir das 7).

 

Não tínhamos trocado dinheiro ainda, fomos atrás de outras casas de câmbio e no caminho paramos para comer uma empanada de forno na rua 21 de Mayo próximo à Praça M. Gamero.

 

Não encontramos outras casas e voltamos na que já tínhamos visto a cotação (na mesma rua onde o ônibus chegou mais cedo). Trocamos o dinheiro e fomos até o supermercado Unimarc fazer as compras para o W. Comprarmos cereais, frutas, chocolate, água, vinho, pão, queijo, presunto e achocolatado. Como não tínhamos sacolas e os supermercados daqui não dão, pegamos uma caixa de papelão para levar as compras até o hostel.

 

Chegamos no hostel deixamos as coisas bem espalhadas e saímos para jantar no La Luna, com a expectativa de tomar boas cervejas especiais. Fomos a pé e chegamos em cerca de vinte minutos as 22h. Já estava quase escuro e as ruas bem vazias. O La Luna estava cheio e os restaurantes do entorno também. Tomamos 4 cervejas da região além de pedir uma porção de Calamares a la Romana e outra de Camarones al Pil Pil. As cervejas eram razoáveis, um pouco aquém do que eu esperava e a comida estava boa (a conta deu uns 15000 pesos chilenos). Pegamos um táxi na porta e chegamos em 5min no hostal (1300 pesos). Arrumamos as mochilas e fomos dormir.

 

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Quinto Dia - 24/11 (Punta Arenas -> Puerto Natales -> Torres del Paine/Refúgio Grey)

 

Acordamos cedo, nos arrumamos, tomamos o café da manhã que tinha salada de frutas em calda, cereais, pão de forma, queijo, presunto, café, leite e suco. Saímos às 06:25 e chegamos na Bus Sur as 06:45.

 

A viagem até Puerto Natales foi tranquila, sobre um bom asfalto, levando cerca de 3 horas até o destino. O ônibus da Bus Sur era novo e confortável. Chegamos ao terminal rodoviário de Pto. Natales. Lá havia vários guichês para comprar passagens, tanto para o Parque Nacional Torres Del Paine quanto para outras cidades. Compramos ida e volta para o TDP saindo às 14:30 e com retorno em aberto na empresa Maria José (15000 ida e volta por pessoa). No guichê ao lado compramos passagens para El Calafate para o dia 27 (15000 cada), na empresa Cootra.

 

Saímos da rodoviária e andamos cerca de 10min até o Hostal Kaluve Patagônia para deixar as mochilas grandes. O custo do locker é de 2 dólares por dia. Pegamos dicas de onde comer e trocar dinheiro com a senhora que nos recebeu. Saímos em direção à casa de câmbio e pelo caminho fomos observando as lojas, restaurantes e as referências ao Milodón nas placas com o nome das ruas. A cotação estava 705 para cada dólar e 170 para cada real. Fomos almoçar no Restaurante Raízes de Chiloé, onde tomamos uma cazuela e comemos uma salada. Tudo muito bem servido, por que seria a última grande refeição antes do Parque.

 

Demos mais uma volta e fomos para a rodoviária esperar a hora de saída do ônibus. O céu gotejava às vezes (não dava nem pra chamar de chuvisco). A rodoviária possui uma banheiro bem decente e grátis. O ônibus da Maria José, que era um pouco empoeirado, saiu no horário.

 

No caminho até o Parque Nacional Torres del Paine paramos uma vez passados cerca de 45min após a partida numa lanchonete na estrada. A parada foi um pouco desnecessária por que não fazia muito, estávamos na rodoviária. A estrada até esse ponto é bem pavimenta e deserta, cruzamos com tão poucos veículos que o motorista cumprimentava a todos. O ônibus voltou para a estrada, ainda pavimentada por mais uns 20min até que chegou na estrada de rípio e começamos a ver muitos Guanacos próximo a estrada. Em mais 40min o ônibus chegou a portaria da Laguna Amarga onde descemos, pagamos as entradas (18000 pesos), assinamos um termo de responsabilidade e conduta, assistimos a um vídeo sobre o mesmo assunto.

 

Eles são muito enfático em relação a evitar incêndios. Fumar é proibido nas trilhas. Acender fogo somente nas cozinhas dos acampamentos e refúgios. Levar todo o seu lixo consigo de volta a Puerto Natales.

 

De volta ao ônibus, fomos até a segunda parada dentro do parque, o Pudeto. Os ônibus chegam sincronizados com o horário do Catamarã, então descemos do ônibus e fomos direto para a fila do catamarã, mas tinha um banheiro no caminho e demos uma paradinha. Ao lado do banheiro tinha uma cafeteria, mas passamos reto. Ao chegar na fila fomos supreendidos pelos fortes ventos patagônicos. Ao atravessar a ponte que vai a embarcação, tomamos uma rajada de vento lateral que deslocou a todos que estavam na fila, nos obrigando a segurar no corrimão. Os ventos eram tão fortes que suspendiam a água do lago Pehoé e fazia um chuviscado. No entanto, esse vento todo vinha em rajadas e não era assim o todo o tempo.

 

Já dentro do barco você se acomodada e depois que ele parte, você pode ir ao guichê pagar a passagem (ida: 15000, ida-volta: 24000). O lago Pehoé é incrivelmente azul, lembra um oceano. A ida até Paine Grande é lindíssima com vistas dos Cuernos de um lado e o longo azul do lago do outro.

 

O barco chegou ao Paine Grande as 18:30, ao desembarcar você apresenta o ticket pago e sai. Na entrada do parque você recebe um folheto com os horários de fechamento das trilhas, mas essa informação nos surpreendeu, por que não sabíamos que as trilhas fechavam, e como tínhamos uma reserva no Refúgio Grey, não teríamos outra saída a não ser chegar até lá. Porém a trilha para o Refúgio Grey fecahria as 18:30 o que nos deixou apreensivos.

 

Ao sair do barco, tentamos identificar o mais rápido possível onde seria o início da trilha e com sorte acertamos. Na saída do Paine Grande há um posto da guarda florestal onde pedimos orientação ao guarda. Já era 18:37. Ele disse que não poderíamos passar por que a trilha era muito perigosa, iria escurecer as 21h e já estava fechada. Argumentamos que não tínhamos onde ficar e que essa era a única possibilidade, ele perguntou se tínhamos lanternas de cabeça eu disse que tínhamos apenas lanternas no celular. Ainda contrariado ele nos pediu para anotar nossos nomes e passaportes numa folha e mandou seguir de pressa. Parti dizendo que não pararia para tirar fotos hoje.

 

Oficialmente a trilha tem 11km, leva 3,5h e é de dificuldade média, mas nós a completamos em 3h e 20m mesmo parando algumas vezes para fotografar. Há um mirante no meio do caminho que dá vista longa ao Glaciar Grey que estava bem exuberante. No momento que chegamos a este mirante era por volta das 20h e ainda estava claro, mas não muito e por isso não conseguimos perceber que dali o refúgio já era visível. Seguimos, até que por volta das 21:40 tivemos que acender a lanterna do celular, não por que estava escuro, mas por que as pedras e os galhos já não estavam tão evidentes.

 

As 21:50 finalmente chegamos. O recepcionista disse que estava nos esperando e perguntou apenas se chegamos com o catamarã das 18:30 e não disse mais nada (subentendi que não era tão estranho assim chegar com o Catamarã das 18:30, apesar do horário de fechamento da trilha). Fomos levados até o quarto, que tinham 3 beliches. Apenas uma cama estava ocupada por um senhor, que aparentava ter mais de 60 anos, com um saco de dormir por sobre a cama. Enquanto a Alessandra foi tomar banho eu arrumei as camas e fui procurar um lugar onde poderíamos comer. As luzes da recepção e da sala de estar já tinham sido apagadas.

 

Após o banho, sentamos do lado de fora e comemos a nossa janta, que era um sanduíche de queijo com presunto e um achocolatado. Escovamos os dentes e dormimos tranqüilamente até as 7:30. No dia seguinte, o objetivo seria ir até o mirante do Refúgio chegar a tempo do catamarã das 18:30 (voltando para o Pudeto).

 

Obs sobre o planejamento da trilha: A princípio especulamos a possibilidade de sair do refúgio Grey bem cedo e ir direto para o Torre Norte sem escalas, mas no dia percebemos que se tentássemos fazer isso teríamos que sair muito cedo e correndo o risco de pegar o último trecho da trilha fechada e teríamos pouco tempo para curtir.

 

Nota sofre o Refúgio Grey: quartos grandes, cama grande e macia, tudo bem limpo, água bem quente. Muito barulho das pessoas saindo após as 6:30 da manhã.

 

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Sexto Dia - 25/11 (Refúgio Grey->Refúgio Torre Norte)

 

Saímos do refúgio por volta das 8:30 da manhã, chegamos no mirante do refúgio para o Glaciar Grey em 30min e ficamos um bom tempo fotografando e admirando aquele incrível maciço de gelo. As rochas e flores eram um espetáculo à parte durante todo o trajeto. Ainda no mirante, achamos uma região abrigada do vento, com vista para a geleira e sentamos para tomar o café da manhã. Comemos um mix de cereais, clementinas (tipo tangerina) e pão com presunto e queijo. Começamos o regresso por volta das 10h e fomos sem pressa até o Paine Grande.

 

Ao chegar no Paine Grande, sentamos no banco do refúgio para almoçar. Existem vários bancos espalhados no entorno dos refúgios e dos campings. Comemos atum em lata e pão com presunto e queijo. Usamos os banheiros do camping e fomos sentar à beira do lago Pehoé. Era por volta das 15:30 quando abrimos a garrafa de vinho que havíamos comprado no mercado de Punta Arenas, e começamos tomar apreciando a vista do lago e se abrigando do vento atrás de um arbusto da árvore de fogo repleto de flores.

 

Naquele ponto, ao lado do embarque do catamarã, é por onde começa a trilha para a sede administrativa, e bem próximo ao início há um mirante para o lago. As 16:30 eu deixei as mochilas com a Alessandra, que preferiu ficar apreciando a vista de onde estávamos, e fui em direção ao mirante do lago. Subi e desci duas pequenas montanhas rochosas e parei em um local onde um pequeno lago se conectava ao Pehoé e que haviam vários patos. Sentei à sombra de uma grande rocha que estava na beira do lago e fiquei por alguns minutos observando as aves.

Ao me levantar para voltar, uma surpresa, uma lebre estava bem ao meu lado e se assustou partindo em disparada, sumindo de vista! Voltei em 20min a passos largos.

 

A fila para o catamarã começou a ficar muito grande e então nos levantamos da beira do lago e fomos para lá. No fim das contas, apesar de parecer que não caberia todo mundo no barco, coube.

 

Chegamos do outro lado e pegamos o ônibus indo no sentido Pto. Natales. Descemos na portaria Laguna Amarga e pegamos o ônibus para o Las Torres. Descemos na porta do refúgio Torre Central e andamos até o Torre Norte. Chegando por volta das 20:30.

 

O Refúgio Torre Norte é pequeno, tinha uma máquina de água gelada e quente que estava quebrada. O quarto era pequeno, com 3 beliches. Haviam dois americanos lá quando chegamos. O banheiro era bom e tinha água forte e bem quente.

 

A moça da recepção trouxe uma garrafa térmica com água quente, aproveitamos para fazer os cup noodles para a janta e comemos com um sanduíche de... presunto com queijo. Tomamos o que restou da garrafa de vinho. Fomo dormir por volta das 22:30, os americanos perguntaram que horas iríamos acordar e conversamos um pouco o que cada um planejava fazer no dia seguinte. Nós íamos subir até o mirador da base das torres, eles iam também e em seguida iam até os Cuernos e por isso acordariam muito cedo.

 

Nota sobre o ônibus regular Pto. Natales - TDP: compramos com a empresa Maria José e pudemos andar o trecho de retorno Pudeto - Lg. Amarga sem ter que pagar a mais por isso. Não é muito confortável, mas é suficientemente bom.

 

Nota sobre o refúgio Torre Central: este refúgio é bem grande e é onde está a infra estrutura. O Torre Norte parece mais um puxadinho deste.

 

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Sétimo Dia - 26/11 (Refúgio Torre Norte->Pto. Natales)

 

Acordamos às 7:30, nos arrumamos, arrumamos as mochilas, começamos a trilha para o Mirador Las Torres por volta das 8:30, saímos sem água do refúgio e apesar cruzarmos alguns rios, não pegamos água por que estava muito próximo aos refúgios e acompanhamentos. Começamos a subir com algum receio de demorar para encontrar um fonte de água mais segura. Já estávamos com sede e há um pouco mais de 30min de subida começamos a ouvir barulho d'água no mato e assim que a água ficou visível paramos para abastecer a garrafa. Nesse ponto vale ressaltar que a regra que eu estava seguindo (de que a cada no máximo 20min você encontra uma fonte de água) não falhou. Subimos por mais 30min e paramos em baixo de uma árvore para tomar café da manhã. Comemos cereais, abacate e um pouco de chocolate. Seguimos em frente e percebemos que esse dia seria duro. O desnível até o primeiro acampamento (Chileno) é elevado e não esperávamos que sentiríamos tanto. Alguns grupos nos passaram, geralmente eram grupos de europeus com pessoas de todas as idades usando bastões de ski para se apoiar.

Chegamos ao acampamento chileno por volta das 10:30. Paramos pra descansar um pouco e comer mais um chocolatinho.

 

Seguindo adiante, uma senhora que já devia ter passado dos 70 nos chamou a atenção. Usando seus bastões de ski, ela seguia vigorosamente em frente e por algumas vezes ela nos passou. Chegamos no acampamento da base do mirador por volta do meio dia sentamos para decidir se continuaríamos ou não, pois o trecho até o topo tem um desnível de 300 metros, andando a maior parte do tempo sobre rochas e o tempo estava fechado. Tínhamos que estar de volta às 19h para tomar o ônibus de volta. A velhinha passou.

 

Comemos mais alguma coisa, bebemos bastante água e fomos. Logo de início você percebe que tem que manter um ritmo contido, apesar da ansiedade para chegar ao topo. Em certo momento, esbarramos com dita velhinha sentada ao lado de uma queda d'Água fazendo um lanche e coincidentemente paramos ao lado para aguardar um grupo que vinha no sentido oposto a atravessar uma passagem estreita. Esse grupo acabou demorando e nós ficamos muito tempo parados. A senhora interrompeu o seu lanche para nos dar um sermão em sua própria língua (suponho holandês) de que nós tínhamos que ter prosseguido pelo canto ao invés de ficarmos esperando (interpretação dos gestos), só nos restou sorrir e seguir.

 

O caminhar sobre as pedras é fascinante, mais incrível ainda é ver a lagoa verde soberana na base das torres. Mesmo encoberta pela nuvens valeu muito a pena. Chegamos no topo por volta das 13:40, levando aproximadamente 1:30 para cumprir com esse último segmento, o que supera bem o tempo estimado de 1h.

 

Descemos sem imprevistos. Em frente ao Hotel Las Torres (5 estrelas) tem um quiosque. Compramos uma Sprite (custou cerca 14 reais) e chegamos no ponto as 18:15, sentamos no gramado e fizemos a última refeição no parque. Biscoito creme cracker com atum e polenguinho. O ônibus chegou às 19:30 (custa 2800 pesos), nos deixou na portaria e pegamos o regular de volta a cidade.

 

Chegando a cidade, já passava das 22h e estávamos com fome e fazia muito frio. Não queríamos perder tempo procurando onde comer. Na saída da rodoviária tinha uma vendinha (que se dizia depósito de bebidas) com muitas opções de lanche para preparar. Compramos pão, presunto e achocolatado e fomos para o Hostal Kaluve Patagônia. Fomos bem recebidos novamente e pegamos as mochilas que estavam guardadas lá. Super banho, Lanchamos, arrumamos as malas e cama.

 

Nota sobre o Hostal Kaluve: Localização excelente a 10min da rodoviária a pé. Boa calefação, banheiro excelente. O chão do quarto de tablado é ruidoso. Café da manhã ótimo, com ovos mexidos, geleia, pão, queijo e presunto, café solúvel, leite, cereais e iogurte.

 

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Oitavo Dia - 27/11 (Puerto Natales -> El Calafate)

 

Acordamos tomamos um bom café no Kaluve e chegamos na rodoviária as 8:15. O ônibus da Cootra já estava lá embarcando os passageiros. À partida estava marcada para El Calafate as 8:30 e saiu na hora.

 

No caminho tivemos que fazer duas imigrações. Ambas foram demoradas (cerca de 30min cada). No mais, tudo bem. Chegamos por volta 14h no terminal rodoviário, onde, no balcão da Chalten Travel, compramos as passagens para El Chalten dia 29 às 13h (tinham saídas diárias em 3 horários diferentes) e Los Antiguos para o dia 3 de dezembro (tinham saídas diárias as 20h). Pedimos informação de onde trocar dinheiro e nos indicaram o balcão da Andesmar. Eles praticavam dólar a 13 e real a 3. Não trocamos.

 

Ainda na rodoviária, fomos no balcão de informações turísticas para saber sobre as atrações. Pegamos o endereço da Hielo y Aventura, também informação de como chegar na laguna Nimez e no bar de gelo. Existem diversas outras atrações, mas focamos nessas. Saímos da rodoviária e fomos direto para o El Puente Aparts. A recepção do El Puente não é muito óbvia e ficamos rodando um pouco na porta da residência até que a Paola nos recebeu e nos levou ao flat.

 

Largamos as coisas no quarto, tiramos as botas do pé e calçamos algo mais confortável e colocamos roupas mais leves por que o tempo estava bem agradável. Saímos para bater perna da Av. San Martin e para cumprir com alguns objetivos: procurar onde cambiar dinheiro com uma cotação pelo menos igual à de Ushuaia, achar uma lavanderia, agendar o mini trekking e comer.

 

O centrinho de Calafate é muito bonito e tem várias construções em madeira. Também há muitos cachorros simpáticos na rua. Uns são enormes.

 

Achamos a lavanderia na rua Ctd. Tomas Esporas e gastamos 130 pesos para lavar 3kg de roupas. Deixamos lá por volta das 16h e fomos buscar as 19:30.

 

Entramos em várias lojas perguntando se trocavam dólares, mas a maioria que trocava estava por 13 o dólar e a maioria não aceitava real ou fazia uma cotação horrível. Conseguimos achar um mercadinho, tipo um depósito de bebidas que fazia o dólar 14, mas não trocava real.

 

Com dinheiro trocado, fomos na Hielo e Aventura reservar o mini-trekking. Demos sorte e tinha para o dia seguinte (1200 + 300 de transfer + 200 para entrar no parque). O transfer nos buscaria as 10h no hotel e retornaria as 18h, ou seja, era um passeio de dia inteiro, com isso não seria possível visitar o a Glaciarium (onde tem o bar de gelo).

 

Estávamos com bastante fome. Já era por volta das 17h, os restaurantes estavam abrindo para a janta. Encontramos um restaurante na Av. San Martin chamado San Pedro que estava com um cordeiro anunciado na porta. Entramos e pedimos este cordeiro que é preparado com cogumelos e servido com batatas rústicas (89 pesos) pedimos um vinho Malbec da casa (119 pesos a garrafa). Estava absurdamente muito bom, recomendado.

 

Voltamos ao hotel para descansar um pouco e saímos mais tarde, por volta das 22h, para ver se o mercado ainda estava aberto. O La Anonima já tinha fechado e tivemos que comprar o lanche para levar no passeio do dia seguinte numa dessas lojinhas que ficam abertas 24h e cobram mais caro. Na volta paramos para tomar um sorvete de Calafate, que estava muito saboroso.

 

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Nono Dia 28/11 (El Calafate/Mini Trekking)

 

Acordamos, preparamos e tomamos o café e fomos para porta esperar o transfer para o passeio ao Glaciar Perito Moreno. Ele chegou bem na hora. No caminho a Alessandra lembrou que esqueceu as luvas e os óculos escuros, itens imprescindíveis para andar no gelo. Ela falou com o motorista e por sorte ele ainda teria que passar na porta da nossa hospedagem novamente (vimos depois que eles oferecem luvas pra quem esqueceu. No caso de óculos escuros teria que comprar numa das lojinhas).

 

Chegando no parque, o ônibus estaciona e entra um representante para cobrar os ingressos (Mercosul paga 200). Depois o ônibus continua e se você estiver no lado esquerdo do ônibus, deu sorte. As primeiras vistas do Glaciar Perito Moreno são bem impressionantes. Ao chegar o guia dá algumas orientações e você tem cerca de 2 horas para almoçar e andar pelas trilhas na frente do Glaciar.

 

No ponto de parada do ônibus há banheiro, restaurante e loja de souvenirs. Os preços do restaurante não é muito diferente do que é praticado na cidade (que já são caros).

 

Existem algumas trilhas a escolher, nós fizemos apenas a central que é curta e paramos em frente à zona de desprendimento para ficar ouvindo e vendo os pedaços do glaciar quebrando e caindo na água fazendo o característico barulho de trovão. A todo momento caem os pedaços, mas pedaços grandes são raros. Os maiores as pessoas chegam a aplaudir.

 

As 14:30 voltamos para o ônibus que nos levaria a embarcação que navega pelo Brazo Rico do lago Argentino. A negação dura cerca de 25 min e dá vista para a face sul do glaciar. Nós fomos na parte externa para curtir melhor a vista e apreciar o vento gelado na cara.

 

Desembarcamos e o grupo foi dividido em grupos menores e por língua (o meu tinha 17 pessoas). O grupo fez uma trilha curta no mato, paramos na beira do lago e nos posicionamos para ouvir o guia falar sobre a formação dos glaciares. Nesse momento, um imenso bloco se desprendeu e caiu causando um estrondo e uma pequena onda que se propagou até a margem. O guia então prosseguiu com a explicação que basicamente me recordo é que todos os glaciares daquele região são formados num mesmo local chamado de Zona de Gelo Continental pela neve comprimida por centenas de anos oriunda das precipitações do ventos que vem do Pacífico. No caso do Perito Moreno, o gelo que está ali derretendo naquele momento, congelou há 300 anos atrás, aproximadamente.

 

Após a explicação do guia, fomos até uns refúgios onde se põe os grampões no sapato para pisar no gelo. Começamos a caminhada no gelo andando sempre em fila indiana. As acumulações de água são bebíveis porém não hidrata já que não possui sais minerais. O caminho é muito tranquilo e o percurso é curto e tem duração aproximada de 1 hora e 20 minutos que passam muito rápido. Se para várias vezes para tomar fotos.

 

Antes de sair do gelo, nos serviram uma surpresa: wisky com gelo do glaciar e alfajor.

 

Apesar de caminhando sobre o gelo, a temperatura não estava tão baixa. Bem menos frio que Ushuaia!

 

Saindo do gelo, retiramos os grampos das botas, devolvemos e seguimos até o barco que nos levou de volta ao ônibus. O ônibus por sua vez, nos leva de volta ao hotel com a possibilidade de descer no centro se preferir.

 

Chegando no hotel, tomamos banho, saímos pra comprar a janta no La Anonima (aproveitando que no apartamento tinha cozinha). Jantamos e saímos para dar uma volta na rua e tomar umas fotos da cidade à noite (que não ficaram boas por usamos a GoPro sem apoio).

 

Nota Sobre o El Puente Aparts: Confortável, com calefação, água quente estável, banheiro moderno, cozinha com utensílios, jardim com frutíferas, itens para você mesmo preparar o café da manhã.

 

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Décimo Dia 29/11 (El Calafate -> El Chalten)

 

Acordamos, terminamos de arrumar as malas, fizemos o checkout. O ônibus para El Chaltén estava marcado para as 13h, então deixamos as mochilas guardadas na recepção do El Puente e fomos conhecer a Laguna Nimez. Para chegar lá, basta seguir as placas que estão na av. principal.

 

Numa caminhada de vinte minutos chegamos à Laguna Nimez, pagamos as entradas, ouvimos as explicações de como percorrer a trilha do parque e sobre as aves que ali habitam. O preço para estrangeiro é 100 (Mercosul não tem desconto), mas por ser domingo custou apenas 50 cada.

 

Percorremos a pequena trilha em cerca de 1:30. Com sorte as aves se aproximam de você. Tem um mirante para o lago Argentino que é muito bonito. Ventou demais durante todo o tempo, era um daqueles ventos que você tem que fazer força pra ficar parado.

 

Saímos da laguna e voltamos ao El Puente para pegar as mochilas. Fomos para a rodoviária e embarcamos rumo a El Chaltén num ônibus super confortável da Chaltén Travel.

 

Chagando lá, logo na porta da cidade o ônibus para no centro de recepção de turistas e recebemos instruções de como se comportar, uma breve explicação de cada trilha, um mapa com a dificuldade e o tempo de cada trilha e também que devemos avisa-los caso avistemos um puma ou um huemul (uma espécie de veado que está em risco de extinção). Além disso, deu a previsão do tempo e sugeriu que no dia seguinte(segunda-feira) fôssemos a Laguna Torre ou outra trilha pouco exposta ao vento por que seria um dia de muito vento e na quarta poderia ir a Laguna de Los Tres ou Loma do Pliegue Tumbado por que o tempo estaria bom. Terminado às explicações, todos voltam ao ônibus e em mais 4 ou 5min já estamos na rodoviária.

 

Da rodoviária para o hotel El Alamo, não levou mais de 15min. Ele fica ao lado de uma das entradas para a trilha da laguna torre. Chegamos deixamos as mochilas e saímos para procurar onde trocar dólares e procurar um lugar para comer.

 

Os restaurantes aqui tem uma aparência bem gourmet e poucos colocam o cardápio na porta. Não achamos nenhum bom lugar para trocar dinheiro e fomos comer num restaurante com a aparência mais simples no caminho para a rodoviária. Comi um ternero(contra filé à milanesa) com purê e ovo. A Alessandra comeu uma suprema de pollo(frango à milanesa) com purê, cada um tomou um refrigerante e a conta deu 240. Estava bom.

 

Saímos a procurar um mercado para comprar o lanche para a trilha do dia seguinte (Laguna Torre) encontramos um a 2 quadras da rodoviária ao norte, chamado Supermercado Chaltén. Por ser meio escondido achamos que seria mais barato dos que ficam na av. principal, mas posteriormente, verificamos que não era. O supermercado que fica numa casa verde bem no meio da cidade ao lado de uma cervejaria é bem mais barato. Compramos pão, 100gr de presunto 100gr de queijo, danete de doce de leite, madalenas (bolinhos com recheio), 1L de achocolatado e maçãs.

 

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Décimo Primeiro Dia 30/11 (El Chaltén / Laguna Torre e Chorrillo del Salto)

 

Tomamos café no hotel, que tinha torradas com geleia de calafate (que pareceria framboesa), milho em flocos, leite, café, banana, bolo e ovo mexido. Saímos às 9:45 e começamos a subir a trilha. O início era bem ao lado do hotel. Ao todo, a trilha para a Laguna Torre tem 9km e considere mais uns 500mts até o início de fato dela.

 

Os 2 primeiros km são puxados e concentra a maior parte do desnível. Depois disso você percorre a maior parte sobre um planalto. No final sobe mais um pouco e você chega. O Cerro Torre com a Laguna Torre lembram um pouco as Torres del Paine. Lá em cima existe a possibilidade de ir até o mirador Maestri para ter vista do glaciar Grande. Tentamos ir, mas a subida nas pedras pareceu um pouco perigosa e desistimos. Poucas pessoas foram. Estava ventando absurdamente e esse trajeto é totalmente exposto ao vento.

 

Regressamos e ainda com tempo de sobra fomos até o Chorrillo del Salto que é uma trilha que inicia no final da cidade e tem apenas 3km de extensão sem desnível. Também dá para ir de carro ou bicicleta. No caminho paramos no mercado de paredes verdes para comprar um vinho. Fomos a pé e chegamos em menos de 1h. A cachoeira é bela e vale muito a pena. Sentamos numa pedra onde podíamos ver a queda para lanchar e tomarmos o vinho. (Desta vez, o vinho não agradou: Dialecto Malbec 2013).

 

Todas as trilhas nesse época do ano estavam muito floridas, perfuradas e bem movimentadas.

 

A noite só deu tempo para comprar os lanches para a trilha do dia seguinte.

 

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Décimo Segundo Dia 01/12 (El Chaltén / Laguna de los Tres)

 

Dia de ir a mais famosa das trilhas de Chaltén, a Laguna de Los Tres. O início desta trilha que tem 10,2Km de extensão é no final da cidade. Logo ao lado do pórtico de entrada da trilha já tem uma torneira de água potável para encher suas garrafas, pois pelo que notei, no início desta trilha não tem muitas opções de abastecimento.

 

A 700m do ínicio, tem o mirador do Rio de las Vueltas. Assim como no dia anterior os 2 primeiros kms possuem bastante elevação. Depois do terceiro km, você terá muitas opções de mirante para o Fitz Roy. Aos 3,5Km há uma bifurcação que dá a opção de ir com visão para o Fitz Roy ou ir pela Laguna Capri. Optamos pelo primeiro.

 

A previsão do tempo que nos foi passado no centro de informações na entrada da cidade foi precisa. Nesse dia o céu estava totalmente azul, o vento e a temperatura estavam agradáveis.

 

Até chegar ao final do km 8 você tem muitos pontos de vista do Cerro Fitz Roy, atravessa riachos de águas cristalinas, bosques floridos e se você fosse só até ali, na minha opinião, já teria valido a pena.

 

Faltando um pouco mais de 1km para o fim, existe um banheiro e um abrigo onde você pode descansar e uma placa avisando que dali em diante exige preparo físico.

 

Paramos, fomos ao banheiro, descansamos e seguimos. Levamos bem mais que uma hora para conseguir vencer esse último km que era praticamente vertical. Quando você finalmente chega, logo de cara, você é brindado com umas das vistas mais espetaculares da Patagônia: A Laguna de Los Tres com o retumbante Cerro Fitz Roy e seu parceiro inseparável Poincenot ao fundo.

 

A lagoa com cor azul profundo, parcialmente congelada, margeada por rochas de diferentes formações geológicas cobertas por neve e com os cerros ao fundo formam uma combinação que nenhuma fotografia é capaz de reproduzir fielmente.

 

Achamos uma rocha em formato de poltrona e ficamos lá apreciando e comendo nosso almoço. Fomos em seguida explorar a laguna. Eu acessei uma das laterais através de uma caminho de neve e na volta dei de cara com um zorro colorado (raposa) que não quis saber de mim e continuo seu rumo em direção aos turistas.

 

De volta a margem principal, encontrei uma fonte de água surgente no chão. Peguei pedaços de gelo na água. Muitas fotos e em seguida começamos o regresso.

 

No caminho de volta passamos pela Laguna Capri. Passar por ela é a melhor opção no retorno já que você tem duas opções na bifurcação do caminho. Nossos pés estavam meio calejados já. Tiramos as botas e andamos na água gelada da laguna para aliviar um pouco o stress. Lanchamos enquanto os pés secavam para vestir as botas de novo.

 

No final da descida, prestando mais atenção na flora, identificamos 5 espécies de orquídeas diferentes.

Nesta noite a janta foi especial para celebrar o grande dia e recompor a energia gasta, fomos comer um típico cordeiro patagônico no restaurante Patagônia Rebelde, chamado por lá de cordeiro assado (200 pesos um prato). Estava muito bom.

 

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Décimo Terceiro Dia 02/12 (El Chaltén / Miradores -> Los Antiguos)

 

Neste dia fizemos apenas atividades leves para compensar o dia anterior, tomamos café e fomos direto aos miradores que ficam na entrada da cidade. O mirador das águias e dos condores.

 

Para chegar até lá, são cerca de 20min desde o centro da cidade, passando a entrada da cidade e da rodoviária.

 

O primeiro mirador é Los Condores, durante a subida há algumas explicações sobre a vida dessas aves carniceiras e tivemos a sorte de ver dois durante a subida, porque depois que chegamos lá em cima não vimos mais nada. Os condores são realmente imponentes, mesmo de longe. Além dos condores, tem-se a vista panorâmica da cidade. Levou não mais de 45min até lá em cima, caminhando com bastante calma para evitar o calor.

 

Continuamos o caminho em direção ao mirador de Las Águilas, que leva uns 30min mais e passa por um lago bem escondido onde tem patos e uma árvore deitada que dá pra sentar e descansar.

 

Chegamos ao mirador de Las Águilas, sentamos para lanchar e ficamos esperando alguma águia passar. De lá se tem um bela vista para o lago Viedma. Não vimos nenhuma águia e nos fomos. Voltamos para o hotel nos arrumamos para partir mais uma vez.

 

Los Antiguos seria nossa próxima cidade, mas antes, fomos almoçar/jantar no restaurante Patagonicus que fica no caminho para a rodoviária. Eu pedi uma pizza e a Alessandra um sorrentino (tipo de massa) que estavam ambos excelentes. Pagamos com cartão de crédito por que a grana ficou curta e porque não conseguimos trocar os reais que levamos.

 

Dali fomos para a rodoviária esperar o ônibus da Chalten Travel que sairia as 20h (no final das contas o ônibus que veio era da AlwaysGlaciars).

 

No caminho o ônibus parou para entrar dois passageiros que vinham no sentido contrário (no sentido Chalten) e vimos o grupo de Israelenses que havíamos visto também em Ushuaia.

 

Nota: é interessante observar que as pessoas que víamos em uma cidade iam se repetindo nas outras, já havíamos visto o grupo de holandeses no Torres del Paine que também estavam no Chanten, o gordo barbudo também e por aí vai.

 

Nota sobre o hotel Los Alamos: bem localizado, no meio da avenida principal, fácil de chegar e sair para as trilhas, o apartamento era bem simples com estilo rústico, café da manhã simples, mas gostoso com pão, manteiga, geleia, uma fruta, café, leite, ovos mexidos e flocos de milho. Todas as tomadas do quarto precisavam de adaptador. Fazia barulhos dos hóspedes saindo de manhã por volta das 7h. Tem uma área comum agradável no segundo piso com vista para a rua.

 

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Décimo Quarto Dia 03/12 (Los Antiguos)

 

Chegamos às 6:45 na rodoviária que estava vazia, éramos o único ônibus chegando àquela hora. Demos uma volta e vimos quais empresas faziam a viagem a Comodoro e por acaso encontramos uma loja da agência da The Way Travel, na qual havíamos contratado o passeio as Capelas de Mármore e a Cova de Las Manos, mas essa loja aparentemente não funcionava mais, porém ao lado havia um Kiosco fechado (por causa da hora) com um cartaz deles (voltaríamos aí posteriormente).

 

A Susana da hospedagem chegou em 5min depois com um remis conforme combinamos e nos levou até lá. Muito simpática nos mostrou o apartamento e nos deixou a vontade. Fomos completar o sono que não tinha sido muito bom no ônibus durante a noite.

 

Descansados, fomos andando até o centro para fazer um reconhecimento. Tiramos algumas fotos na pracinha da cidade e andamos até a rodoviária para tentar contactar a The Way Travel. O Kiosco que possui um cartaz da agência desta vez estava aberto e perguntamos à funcionária como poríamos encontra-los. Ela ligou para o Daniel da agência (com quem tínhamos feito contato por email) e ele chegou em poucos minutos. Combinamos como seria a segunda metade do pagamento e o horário de saída no dia seguinte. Ele nos deu uma carona até o centro.

Chegando no centro, tentamos sacar dinheiro no caixa automático do banco Santa Cruz sem sucesso, tínhamos poucos dólares e muitos reais, porém aqui ninguém aceita real. Fomos almoçar no Viva El Vento que é o restaurante mais turístico da cidade (talvez o único). O prato do dia era um enrolado de carne com guarnição a escolha. Estava muito bom e aceitam cartão de crédito.

 

A rua principal (11 de Julio) possui muitas roseiras e algumas árvores de Cerejas que estavam bem carregas de cerejas verdes. A colheita seria em 20 dias. Essa cidade vive principalmente para turismo interno, da produção de cereja e a pesca de truta do Lago Buenos Aires.

 

Fomos no mercado comprar alguma coisa para comer a noite e no dia seguinte. Não tem nenhum mercado grande na cidade, mas existem vários kioscos com preços normais. No caminho de volta, pegamos uma cereja que estava meio madura num dos vários pés de cereja espelhados na cidade. Nesta noite não saímos. Preparamos umas torradas no forno e uns ovos cozidos e tomamos um danete de dulce de leche.

 

sem foto este dia :-|

 

 

Décimo Quinto Dia 04/12 (Los Antiguos/Capelas de Mármore)

 

Acordamos às 6:30 para nos arrumar para o dia que prometia ser cansativo por conta da longa distância a percorrer até o Chile. A previsão era levar 4:30 para chegar e o mesmo para voltar, mais 1:30 de passeio em barco até as Capelas de Mármore. Levamos alguns snacks na mochila apenas, por que no passeio estaria incluído alguns lanches. As 7:40 a van da The Way Travel chegou e já estávamos prontos e aguardando na cozinha do apartamento que dava visão para a rua.

 

Embarcamos e em menos de 10 min já estávamos na aduana da Argentina, levamos cerca de 10min e seguimos mais uns 5min até a aduana Chilena onde levamos mais uns 10min. Seguimos, e em poucos minutos já estávamos passando por Chile Chico que tem um mirante que não paramos nesse momento. Logo que passamos por Chile Chico já começou a estrada de rípio e seguiu assim até Puerto Rio Tranquilo.

 

Poucos kms, passado Chile Chico, já vem a primeiras imagens panorâmicas de do lago General Carrera que surpreendem a cada curva e segue durante toda o caminho.

 

Após passar por Puerto Guadal, começa a carretera Austral e com ela um esplendor de cores e aromas das flores da estação (que dura até janeiro), que quando combinados com os pequenos rios de águas azuis e leitosas que alimentam o lago, formam um combinado indescritível até mesmo por fotografias. É nessa paisagem paradisíaca que depois de algumas horas se chega a Pto. Tranquilo, de onde partem a maioria das excursões as capelas (em Pto. Guadal também há saídas, porém poucas e com percurso em água maior).

 

Existem diversas agências que realizam o passeio, chegando a Pto. Tranquilo se pode contratar diretamente. O preço na que fomos (Expedicion Sur) era de aproximadamente 1000 pesos argentinos. Mas havíamos contratado com a The Way Travel e pagamos 1800 por que havia o traslado incluído.

 

O dia estava com muito sol e um pouco quente, mas quando lancha partiu, ela foi bem rápida e o vento era forte e frio, então foi bom ter um quebra vento a mão. Levou cerca de 10min até chegar as primeiras cavernas, a lancha entrou bastante a ponto de podermos tocar as paredes. As cavernas e a catedral se encontram na costa do lago e a capela é uma ilhota que o barco rodeia. O barco é pequeno para que possa navegar em águas rasas e entrar nas cavernas e vai no máximo 8 passageiros.

 

Haviam duas pessoas visitando de kaiaque, logo conclui que existe essa possibilidade também que parece muito interessante. Mas não sei de onde eles poderiam ter partido porque da estrada até à margem em que estão as cavernas há um desnível muito acentuado. E de onde partem os barcos seriam um longo caminho.

 

Essas formações geológicas são impressionantes e muito bonitas. Foram formadas pelas ondas do lago durante milhões de anos.

 

Voltamos a carretera austral, parando em mais alguns pontos para tomar fotos e chegamos na pousada por volta das 21:30 da noite. A Susana nos abordou na entrada para nos apresentar ao novo hóspede, o Carlos que numa curta conversa conosco, contou que havia sido barrado para entrar no Chile por que era libanês, e também que não sabia que as capelas eram no Chile e não na Argentina. Nos despedimos e subimos para preparar alguma coisa e dormir cedo por que no dia seguinte seria a visita a Cueva de las Manos.

 

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Décimo Sexto Dia 05/12 (Los Antiguos/Cueva de las Manos)

 

Acordando às 8:30. A van chegou às 9:35. Combinamos com Daniel, de dar uma passada na rodoviária para comprar as passagens para Comodoro Rivadavia. A Sportman opera dois horários por dia para Comodoro Rivadavia, as 14h e as 2h. O custo da passagem foi de 450 pesos cada. Compramos para as 2 da manhã.

 

O caminho até a sítio arqueológico pela Rota 40, passa pela cidade de Perito Moreno e leva cerca de 2h. A primeira parada foi em Los Antiguos mesmo, no Mirador do Valle que fica bem no centro da cidade. A segunda parada foi logo na saída da cidade onde tem o mirante do Lago Buenos Aires (no lado Chileno se chama Gal. Carrera). Essas paradas foram bem rápidas, o suficiente para tirar algumas fotos. Quase chegando a Perito Moreno tem um super mercado La Anonima grande, onde paramos mais uma vez, só que agora para fazer umas “comprinhas”.

 

Passado Perito Moreno, a rota 40 que é muito bem asfaltada neste trecho, ficou um pouco mais selvagem. A todo momento víamos Guanacos, famílias de Choiques, Peludos (uma espécie de tatu) e um surpreendente inseto chamado Langostin (parece uma mistura de sapo com grilo). Ao se aproximar da região do Bajo Caracoles aparece uma série de cânions, onde fizemos uma parada para fotografar.

 

Chegamos no centro de visitantes do sítio arqueológico Cueva de Las Manos, pagamos a entrada de 120 pesos, e ficamos aguardando a próxima visitação começar. Todas as visitas são guiadas e acontecem de hora em hora. Enquanto se espera, há um pequeno museu que pode ser visto.

As cuevas ficam numa das “paredes” do cânion, por onde passa o Rio Pinturas, o percurso nada mais é do que uma trilha de 1km, bem fácil de percorrer, com desenhos pintados com “spray” de tinta pelo povo Tehuelche que habitou essa região há aproximadamente 10mil anos atrás. Esta datação foi obtida pelo teste de Carbono 14 feita nos objetos encontrados nas covas. As informações dada pelo guia são muito valiosas, haja vista que as pinturas são muito simples.

O cenário vermelho do cânion contrasta com verde das margens do Rio Pinturas deixando o passeio mais apreciável ainda.

 

Na volta, passamos por dentro do um dos cânions, onde havia acumulação de sal no chão, mais uma vez um contraste bem interessante do vermelho alaranjado das paredes com chão branco de sal que secou há pouco. Descemos da van e andamos um pouco sobre o sal. Em um dado momento o vento estava tão forte que fez meu boné sair rolando pelo chão e me fui correndo atrás dele, confiando naquele chão quase seco. Não foi impune, após capturar meu boné, na volta, o chão cedeu e meu pé entrou com gosto numa bela poça de lama. De longe o pessoal da agência só ria. Fiquei com o tênis sujo de recordação pelo resto da viagem.

Chegando a Los Antigos, visitamos mais um mirante, o Mirador do Rio Jenimeni. De lá tínhamos vista da cidade de Chile Chico, de Los Antigos, e da fronteira. Fim do passeio.

 

Agora era voltar para a hospedagem, arrumar as malas, se despedir da Susana e se preparar psicologicamente para a viagem do dia seguinte que seria bem exaustiva.

 

Saímos às 22h do Lo de Susana, deixamos as chaves dependuradas num local que ela nos havia orientado, e fomos andando até o restaurante Viva El Viento para jantar e fazer uma hora, pois o nosso ônibus sairia as 2:30 da manhã. Jantamos uma truta da região acompanhado de batatas e um vinho. Saímos a meia noite e fomos andando até a rodoviária e chegamos em 15min.

 

Nota sobre o AirBnB Lo de Susana: o apartamento que ficamos fica no segundo andar da casa dela tem tem algumas facilidades, como filtro para pegar água, forno elétrico, fogão, aquecedor, utensílios de cozinha. As camas, roupas de cama e toalhas tem a aparência um pouco gasta. A localização é um pouco distante do centro, mas se resolve tudo a pé ou pegando um remis a 25 pesos. O banheiro empoça água no chão estava com cheiro forte no ralo. A Susana é uma pessoa bem social e nos recebeu muito bem. Ótimo custo beneficio (30 usd por noite).

 

Nota sobre a The Way Travel: Como não havia muita informação sobre eles na internet, estávamos com um “pé atrás”. Mas correu tudo bem, na verdade melhor que o combinado. O pessoal da agência, especialmente o Sr. Daniel, nos atendeu com muita presteza. Os passeios foram surpreendentes. "Link p/ Facebook deles.":https://www.facebook.com/daniel.varretto.5

 

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Décimo Sétimo Dia 06/12 (Los Antiguos -> Puerto Madryn)

 

O ônibus da Sportmam partiu da rodoviária atrasado as 2:50 com apenas uns 12 passageiros. Sentamos no banco da frente no andar de cima e a viagem foi tranquila. Algumas paradas para pegar mais passageiros pelo caminho e o ônibus ficou relativamente cheio quando chegou a Comodoro Rivadavia por volta das 9:30 da manhã.

 

Ao chegar no terminal buscamos quais empresas faziam o trajeto até Puerto Madryn e a mais interessante foi a Don Otto que teria a próxima saída as 10:45 (430 pesos). Como já estávamos um pouco desgastados da viagem anterior a segunda parte da viagem foi um pouco exaustiva, sem falar que tivemos que fazer uma mudança de ônibus em Rawson e além disso o ônibus que pegamos teve que parar na garagem para manutenção (uns 20min).

 

Comodoro é uma cidade que gira em torno do petróleo, no caminho até lá vimos muitos poços de produção. As cidades por que passamos como Rawson, Trelew e outras são sujas e feias mudando um pouco a nossa percepção da Patagônia (pelo menos dessa região mais litorânea de Santa Cruz e Chubut). Estávamos dormindo quando passamos por Caleta Olívia que dizem ser bonita. As rodovias são cheias de lixo o muitos sacos agarrados as plantas, até a entrada de Madryn é assim.

 

Chegamos na rodoviária de Pto. Madryn as 17:50 e fomos andando até o Hi Patagônia! Numa caminhada de 20min com muito vento e um pancada de chuva rápida. Nós teríamos apenas um dia completo na cidade e não tínhamos nenhum passeio reservado.

 

Ao chegar no Hi Patagônia o Gastán nos recebeu muito bem, falava português (casado com brasileira). Ele tem uma agência de turismo e te oferece os passeios (se você demostrar interesse), como chegamos num domingo, véspera de feriado, já estava tudo fechado e não teríamos muita escolha. Meu principal interesse aí era na colônia de pinguins e na Península Valdes, sendo que eu achava que a colônia era na península (mas é em Punta Tombo).

 

O Gastán nos recomendou Punta Tombo associado a um passeio de barco para ver Toninas. Havia uma outra opção que era ir a península associado ao um passeio de barco para avistar baleias (a temporada já estava no fim e corria um grande risco de não haver baleias). Apesar da recomendação ficamos com a península, sem o passeio de barco (a um custo de 100usd). Seguimos para o quarto e saímos a procurar um caixa automático e jantar.

 

Achamos um ATM na praia da rede Link (o mesmo que já tínhamos visto em Los Antiguos) e não funcionou. Achamos outro do Santander que não funcionou também e finalmente um outro no banco BBVA Frances que funcionou apenas com o Visa emitido pelo BB, mas não com o emitido pelo Itaú. Precisámos de espécie para pagar a entrada da península que custa 260 pesos. Dentro da península existem algumas áreas que cobram valores adicionais como Punta Delgada, mas não iríamos a essas.

 

Após sacar, fomos jantar Pizza no Miguelito que é uma pizzaria bem casual com bons preços e pizza excelente. Pedimos meia romana e meia anchova com um vinho. Voltamos e fomos dormir.

 

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Décimo Oitavo Dia 07/12 (Puerto Madryn/Península Valdes)

 

Tomamos café no Hostal que tinha um mesão compartilhado com torradas, geleias, doce de leite, café, leite, milho em flocos, chocolate em pó, manteiga e creamtease. O passeio estava marcado para as 8 e chegou às 8:15. Era um carro Meriva com um guia/motorista e além de nós, havia um casal da França, Valerie e Patrick (aparentavam estar chegando aos 50 anos). Andando bem rápido na estrada com um bom asfalto chegamos em cerca de 1h a entrada da península onde paramos e pagamos a entrada de dentro do carro e seguimos por mais uns 15 ou 20min até o centro de visitantes onde tem um museu com algumas explicações e um esqueleto de baleia franca austral além de uma pequena torre com mirante. Ganhamos um mapa que dizia em qual parte a península se encontrava cada espécie de animal.

 

O roteiro dentro da península seria Puerto Pirâmides (onde se pode comprar lanches a preços normais), Punta Norte, Caleta Valdes e Punta Cantor.

 

Assim que saímos do centro de visitantes fomos a Pto. Pirâmides. Lá andamos até a praia que tem a areia um pouco escura e cercada de um solo bem argiloso todo incrustado de conchas fossilizadas. Achamos um panaderia que vendia sanduíche com carne para dois a 60 pesos. Voltamos para o carro e seguimos para Punta Norte. No caminho o guia falava sobre as espécies e sempre que avisávamos uma parávamos para ver melhor. Por todo o caminho vimos guanacos, choiques (uma espécie de avestruz), lebres e maras (parece um pouco com lebre e canguru ao mesmo tempo). Também avistamos um amarillo (tipo tatu) e muitas aves.

 

Saindo de Pto. Pirâmides em diante, todo o caminho é de rípio. Chegamos em cerca de 1h a Punta Norte. Lá os guia nos falou que os elefantes marinhos adulto já tinham migrado para a Antártida e que só estavam os nascidos este ano e alguns jovens de 2 anos. Os elefantes machos adultos podem chegar a 4 toneladas enquanto as fêmeas somente a 800kg. A vista é um pouco distante, ainda mais se a maré não está alta. Neste dia a maré estaria alta as 20h e era apenas 11h ainda. Vimos os filhotes de elefantes com alguns lobos avulsos (de acordo com o guia existia a possibilidade de se avistar orcas nesse ponto), mas não vimos. Bem interessante observar o comportamento dos filhotes, a maioria ficava apenas esparramado na areia, mas haviam dois grandinhos ensaiando uma luta e outro que não parava de jogar areia pra cima de suas costas.

 

Seguimos para a Caleta Valdes, na primeira parada era apenas um mirante, na segunda havia uma colônia de pinguins que ficavam muito próximos dos visitantes, tinha um que estava praticamente dentro da área dos turistas e ficamos um bom tempo os observando. A todo tempo passavam albatrozes rasantes buscando ninhos desprotegidos. Os ninhos estavam todos com filhotes, que não conseguimos ver, e os pais ficam de plantão ao lado ou dentro dos ninhos tomando conta e se revezando para ir comer. Neste ponto da Caleta, é por onde entra a água e é por onde entram as orcas quando buscam alimento nessa região. É nessa região em que as orcas sobem na areia da praia para abocanhar um pinguim (de acordo com o guia, das 42 orcas que vivem ali, somente 8 conseguem executar esse movimento, 7 são fêmeas).

 

Última parada, Punta Cantor. Lá há uma pequena trilha que leva a um mirante da Caleta, também é possível avistar alguns animais de longe. A vista é muito bonita, mas não tem muitos animais. Na trilha pudemos ver um lagarto com cores bem vibrantes (azul, verde, amarelo com pouco de vermelho).

 

Regressarmos de lá direto para o hostel, em cerca de 2hrs, chegando por volta das 18hrs. Nos arrumamos e saímos para jantar, eu tinha visto no tripadvisor um restaurante muito bem recomendando chamado Panacea e fomos lá para checar se aceitavam cartão, mas infelizmente não. Voltamos para o centro e fomos atrás de outro restaurante e o que mais nos agradou tinha fila na porta e se chamava El Náutico. Não queríamos ficar na fila, mas não queríamos mais procurar outro. Um pouco contrariados, ficamos na fila que não demorou nem 10min e fizemos uma boa escolha. Os preços era honestos e pedimos uma Paella, e tomamos um vinho turistão, o Postales de Fin Del Mundo rosè. A paella estava absolutamente gostosa, pra mim foi a melhor refeição da viagem. O vinho não era espetacular, mas agradável.

 

 

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Décimo Nono Dia 08/12 (Puerto Madryn -> Mendoza)

 

Tomamos café, arrumamos as malas pela penúltima vez e ficamos esperando o transfer para o aeroporto de Trelew (160 pesos). Enquanto aguardávamos li um livro bem ilustrado sobres os Penguins do mundo.

 

O transfer chegou bem pontual, a viagem até o aeroporto levou cerca de 1h por que paramos em várias hospedagens para pegar outros passageiros.

 

Avião para Buenos Aires saiu até um pouco antes da hora por volta de 14h, com a subida bastante turbulenta e chegamos no Ezeiza as 16h. Tivemos a sorte de escolher o lado direito do avião e tivemos uma linda vista da Península por inteiro!

 

No Ezeiza tivemos que esperar o ônibus da Aerolineas para nos levar até o Aeroparque. O ônibus é da própria Aerolineas e não do Tienda León como eu pensava. Se quiser, o ônibus pode até te deixar no centro.

 

Chegamos no Aeroparque por volta das 19h. Fizemos o despacho das bagagens. Aguardamos um pouco e embarcamos novamente rumo a Mendoza. Chegamos perto da meia noite, tomamos um Remis logo na porta que custou 140 (os Remises possuem uma tabela de preço que é dividida entre diurno e noturno). Também haviam táxis. Chegamos no Ibis e tivemos que trocar de quarto por que estava cheirando a cigarro o que nos deram a priori. Fomos dormir para no dia seguinte sair a conhecer a cidade de Mendoza que é capital da província de mesmo nome.

 

Nota sobre o Hostal Hi Patagônia!: O quarto para 2 com banheiro privado era bem confortável, o banheiro estava com tudo novo sendo que os armários e as portas eram meio velhas, tinha cofre e sabonete Dove no banheiro. Na área comum tem cozinha, serviço de lavanderia, um pátio e muitos livros. O café da manhã é simples, mas é bom. O Gastan, é uma figura e conversa com todos o tempo todo. A princípio me pareceu querer vender os serviços turísticos dele, mas cheguei à conclusão que a escolha é sua e a proposta dele pode vir bem a calhar.

 

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  • 2 semanas depois...
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Olá amigos boa noite.

 

Estou com quase tudo certo para fazer praticamente o mesmo roteiro que vc, agora em agosto com minha namorada.

 

Voce teria alguma planilha de gasto um um valor por cima que vc gastou nesses 22 dias?

 

Tipo, passagem de onibus e hospedagem. Isso me ajudaria a planejar bem, pois minha verba anda pouca hsuahshua

 

grande abraço

 

qq coisa me manda um email luishenrique1234@hotmail.com

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  • 3 semanas depois...
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Vigésimo Dia 09/12 (Mendoza)

 

Tomamos café no hotel que estava razoável e fomos de taxi para o centro da cidade por que o Ibis fica um pouco distante localizado no município ao lado chamado de Guaymalen. O táxi chegou logo e pedimos para nos levar a praça Independência. Em menos de 10min já estávamos próximos ao centro num trânsito bem chato e pedimos para descer antes (custou 55 pesos).

 

A minha expectativa era uma cidade com um ar interiorano, mas na verdade Mendoza é uma cidade grande e cheia dos problemas de cidade grande, como lixo nas ruas, excesso de veículos, cheiro de poluição, pedintes (poucos, mas haviam), praças mal conservadas, prédios velhos e etc.

 

No centro existe um conjunto de praças espalhadas como os pontos pretos na face número 5 de um dado. Nós iríamos percorrer as praças, mas antes precisamos trocar reais em pesos. Lemos que na Av. San Martin haviam lojas especializadas e fomos para lá. Logo nas ruas uma dúzia de pessoas, ou até mais, ficam oferecendo câmbio. Negociamos com um deles que nos levou ao subsolo de uma galeria onde tem várias lojas com letreiros "compro oro". Na que entramos, tinha uma imagem que me lembrou a bandeira do México, mas não lembro o nome. Trocamos a 3,5 e depois de trocado, o cara da loja me ofereceu um cotação de 3,70 se eu quisesse trocar mais.

 

Em seguida percorremos as 4 praças pequenas (Espanha, Chile, San Martin e Itália) e a praça grande (Independência). Nada de muito impressionante. Compramos umas cerejas e damascos frescos, que são produzidos na região, para comer mais tarde (o quilo da cereja custava 40 pesos o do damasco não lembro, mas não era muito diferente). Estavam deliciosos!

 

Fomos buscar um lugar para comer e achamos boas opções na rua Sarmiento, uma das que dá na praça Independência. Comemos um bife de chorizo e outro de lomo com uma taça de vinho a um bom preço. Estava tudo bom, mas o chorizo achei entranhado de mais.

 

Fomos rodar mais pela cidade e andamos em direção a Vinoteca sem saber o que era exatamente. Chegamos e havia um prédio histórico com alguns equipamentos antigos do lado de fora que eram usados na produção de vinho (um pequeno museu a céu aberto), com alguns exemplares de vinhas. Entramos e não havia nenhum evento ocorrendo. Haveria uma visita guiada no dia seguinte. Me parece que lá eles oferecem alguns cursos relacionados a vinhos.

 

Esqueci de mencionar que antes da Vinoteca compramos o bilhete de ônibus Redbus que teve o custo de 10 pesos. Colocamos nele 40 pesos de crédito. Cada passagem pode custar 4,00 ou 5,20, dependo para onde vai. Ao subir no ônibus você informa ao motorista e ele ajusta a tarifa.

 

Saímos e seguimos em direção a um grande parque que fica na margem oeste da cidade (Parque General San Martin). Andamos muito passando pelas ruas residenciais da cidade até chegar lá. O parque é realmente grande e pareceu bonito, mas preferimos sentar na grama e descansar da caminhada.

 

Saímos do parque e pegamos um ônibus que passava perto do hotel (pegamos qualquer um que fosse a Guaymalen), o primeiro disse que não passava perto, e nos falou qual passava. Então pegamos o que ele sugeriu. Existe um aplicativo chamado CityMaps2Go (funciona offline) que usamos para nos achar por todas as cidades, inclusive pra descobrir quando descer do ônibus.

 

Chegando no hotel, descansamos um pouco e fomos ao Carrefour ver como estavam os preços dos vinhos e comprar uns snacks. Esse Carrefour fica ao lado do Ibis e tem uma variedade bem grande vinhos com bom preço.

 

De volta ao hotel, jatamos no restaurante do mesmo, pedimos massa é um vinho meia garrafa La Azul Malbec. A massa estava honesta e o vinho estava bom.

 

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Vigésimo Primeiro Dia 10/12 (Mendoza/Lujan de Cuyo)

 

Hoje tínhamos um tour contratado da Cata Turismo ofere um ônibus com roteiros predefinidos e você escolhe um. O roteiro que escolhemos percorreria as bodegas de Lujan de Cuyo. Dentro desse roteiro existem uns pontos fixos por onde o ônibus percorre para pegar as pessoas. O ponto mais próximo ao Ibis era no hotel Intercontinental que fica a cerca de 1,2km. ("Link do Bus Vitivinicola":http://www.busvitivinicola.com/)

 

Tomamos café e saímos às 8:30 para estar na porta do Intercontinental antes das 8:50 (que era a hora marcada). Chegando las as 8:45 e fomos na recepção do hotel para confirmar que era realmente ali que o ônibus pararia. Ele chegou pontualmente e embarcamos.

 

A primeira parada foi na Catena Zapata, uma bodega muito prestigiada, lá fomos recepcionados por um guia da bodega que é muito linda com seu formato de pirâmide. A degustação foi com os vinhos da linha Agélica Zapata que são vinhos de média/alta gama. Estavam todos muito bons. O custo da visita guiada com a degustação foi de 200 pesos por pessoa.

 

Na minha opinião, foi a melhor visita guiada da viagem, por que o grupo estava pequeno, a guia explicava com calma e atenção, fazia perguntas pertinentes e o local é incrivelmente de bom gosto. No final compramos um vinho que não degustamos (Malbec Malbec, um vinho com a mesma uva de dois torroirs deferentes)

 

Fomos para a segunda visita, bodega Vistalba. O local possui aparência mais moderna e sofisticada. O tour guiado é elegante, mas menos explicativo que o anterior. A degustação também com vinhos excelentes, um espumante e um azeite de Arauco (tipo de oliva). Pedimos excepcionalmente para degustar um vinho branco Torrontes (que a princípio não estava incluído na degustação) e nos surpreendeu pelo seu aroma muito distinto e agradável. O que mais me chamou a atenção nesta bodega, é que eles possuem um bar subterrâneo onde um das paredes é um corte vertical do solo da região, expondo assim seu subsolo rochoso. Compramos um branco Torrontes e um Tomero Reserva Malbec, além do azeite que era extremamente encorpado com aroma de grama (ou pasto como argentinos chamam).

A terceira parada seria para almoçar e foi na bodega Tierras Altas. Lá o almoço, que incluía entrada, prato principal, sobremesa, um soft drink e vinho a vontade custava 290 pesos. Como prato principal a Alê pediu costela e eu pedi diafragma de boi, estava excelente!

 

Após o almoço, fomos a bodega Dante Robino para finalizar. Novamente um tour guiado, desta vez bem mais simples e na degustação um Bonarda que agradou a todo mundo. Foi este que compramos.

 

Todos de volta ao ônibus, e galera cochilando profundamente! Chegamos rápido ao intercontinental e fomos de lá a pé ao Ibis.

 

A noite ainda fizemos uma longa consulta de como se chegar ao município de Maipu via ônibus. De onde estávamos teríamos que pegar 2 ônibus para descer na porta do Mr. Hugo (que é famosíssimo nesta região).

 

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Vigésimo Segundo Dia 11/12 (Mendoza/Maipu)

 

O Mr. Hugo abre as 10h, então não saímos muito antes disso. Pegamos o ônibus 162 e depois o 171. Quando se entra no ônibus deve-se dizer ao motorista que está indo para Maipu, antes de passar o cartão, para que ele coloque o preço correto da passagem. Não lembro exatamente o valor, mas era algo em torno de 5,50 pesos.

 

O local não parece muito turístico, mas ao descer do ônibus você já percebe que as pessoas com cara de gringo estão indo em direção ao Mr. Hugo. Na calçada, pouco antes de chegar, dois caras jovens em bicicletas nos abordaram querendo nos desviar do Mr. Hugo para a loja deles(concorrente), mas recusamos.

 

Recebemos as bicicletas, pagamos os 90 pesos por cada uma e ganhamos um mapa com a distância para cada ponto de interesse. As bicicletas que pegamos não pareciam nem um pouco novas, mas estavam funcionando perfeitamente. O cesto é bem útil.

 

Levamos poucas coisas, por que li na internet que esta área poderia ser um pouco insegura (inclusive foi o único dia da viagem que escondi dinheiro na meia para no caso de algum incidente, ter como voltar). A mochila estava praticamente vazia e levamos apenas uma garrafa de 2L de água e a GoPro.

 

Antes de sair pedalando, olhamos bem o mapa e elaboramos o roteiro. A primeira parada seria na Trapiche, a segunda na Entre Olivos, a terceira na Tempos Alba e se desse tempo a quarta na Mevi.

 

Partimos em direção a Trapiche pela Av. Urquiza que possui ciclovia neste trecho, entramos na Julio Argentino Roca que não possui ciclovia mas com pouquíssimo tráfego, em seguida acessamos a Rua Nueva Mayorga que é onde fica a entrada. Chegamos por volta das 11:30, mas não fomos autorizados a entrar por que a próxima visita começaria as 12:00 e devíamos voltar mais próximo deste hora (não perguntei por que, mas pelo visto era por que estavam organizando uma festa na propriedade). Fomos dar uma voltinha pra fazer “uma hora” e paramos debaixo de uma árvore para se abrigar do sol e um carro parou do nosso lado e saltou um velhinho com dois duraznos (como os argentinos chamam pêssego) na mão perguntando de onde éramos, disse que éramos do Brasil e então eles nos ofereceu de graça 4 duraznos e se foi. Comemos dois e guardamos os outros e voltamos pelando bem devagar, mas não adiantou, chegamos cedo novamente e um outro ciclista estava na mesma situação, conversamos um pouco. Ele era de Israel, daí perguntei se ele conhecia o Brasil e ele disse que já tinha ouvido falar do carnaval e foi só. Finalmente entramos.

 

A visita custou 200 pesos, e o guia conta a história do prédio onde está localizada bodega que foi adquirida pela Trapiche na década de 70. Antes ali era uma outra bodega que faliu depois da chegada de outras bebidas na Argentina (como a Coca Cola) e o consequente decréscimo no consumo de vinho. Existe uma ferrovia que corta a propriedade e que quando ela funcionava a produção era escoada em tanques por ali. Essa forma de escoamento dava margem a fraudes, por que no trajeto, era adicionado água ao vinho transportado. Esse problema foi resolvido com a lei da engarrafamento na origem de 1959. Os vinhos apresentados foram de média e alta gama e um espumante, todos bons. Compramos um Iscay (e ganhamos outro sem rótulo).

 

Saímos em direção a Entre Olivas que fica na Av. Urquiza, chegamos lá fizemos uma degustação de pastas de azeitona e azeites. Tudo muito bom, ficamos apenas decepcionados por que é apenas uma loja e a plantação não fica ali. Compramos algumas pastas e 2 azeites.

 

A Tempos Alba fica na Av. Moreno e pra lá não tem ciclovia, então fomos pela calçada que não é pavimentada. Chegando na Av. Moreno, você tem que ir pela rua mesmo. Os veículos nessa região são bem respeitosos e deixam espaço de sobra ao passarem pelos ciclistas. Na Tempus Alba, o tour é auto guiado e te leva ao segundo andar onde há um restaurante. No restaurante você escolhe qual degustação quer fazer e senta numa mesa e a garçonete te serve. Comemos umas empanadas para acompanhar a degustação. Os vinhos eram honestos e as empanadas eram boas. Compramos um vinho Tempranillo.

 

Saímos da Tempus Alba por volta das 15:30 e ainda tínhamos tempo bastante antes de devolver as bikes. Fomos então um pouco mais adiante na Av. Moreno até a Bodega Mevi com o objetivo de matar a fome, mas já sem a intenção de fazer mais uma degustação. Diferente das outras bodegas, na Mevi, tivemos a possibilidade de pedalar um pouco por entre as plantações de vinhas e olivas. O edifício onde se localiza o restaurante foi o mais simples que visitamos. Pedimos duas massas e uma vinho rosé de Malbec para acompanhar. A refeição estava razoável e vinho não agradou. O preço era bem abaixo da média. Haviam umas moscas incomodando também. Valeu mais pelas pedalas no quintal do que pelo restaurante em si.

 

Começamos a voltar sem pressa para devolver as bicicletas e ao chegar, o Mr. Hugo estava lá para nos receber. Eles oferecem refresco e água na devolução. Havia também um brasileiro trabalhando lá com quem conversamos. Ele nos contou sobre o programa de intercâmbio que estava participando onde ele trabalha em troca de comida e um lugar para ficar. Voltamos de ônibus para o hotel.

 

Obs.: Beber e pedalar pode não ser seguro, porém como o sol é forte, você se mantém tomando água o tempo todo e de uma degustação para outra leva mais de uma hora, então é difícil ficar bêbado dessa forma.

 

 

 

 

Vigésimo Terceiro Dia 12/12 (Mendoza -> Rio)

 

O último dia começou tranquilo, teríamos que chegar no aeroporto as 16h para pegar o vôo de volta. Fomos no centro comprar algumas lembranças e procurar uma caixa adequada para despachar nosso vinhos. Lemos na internet que a tal da caixa não custaria muito, porém nos dois locais onde a encontramos a venda, o preço era bem salgado em torno de 25 dólares por uma caixa de papelão com isopor para 6 garrafas! Fomos especificamente na Vino y Sol (Av. Sarmiento), onde estava em falta, mas o vendedor no indicou o hotel Diplomatic (Av. Belgrano). Chegando no hotel, não parece nada óbvio como comprar uma caixa naquela recepção cheia de pompas, mas é só perguntar para um funcionário pela caixa que eles vendem numa boa, mesmo pra quem não está hospedado.

 

Antes de almoçar ainda passamos na loja Winery (Av. Chile). Achamos a loja bem legal com preços justos. Almoçamos um bife de Chorizo na Av. Sarmiento e pegamos um taxi para voltar ao hotel, terminar de arrumar as malas pela última vez nesta longa viagem.

Um pouco antes de sair, pedimos a recepção para chamar um taxi, porém o mesmo não apareceu! Tive que ir na rua arrumar um por que o tempo ficou apertado. Chegando no aeroporto descobrimos que não bastava embalar o vinhos numa caixa adequada, mas também tivemos que evolver com o plástico (naqueles stands) por mais 60 Reais.

 

O vôo fez uma escala em Buenos Aires, onde mais uma vez trocamos de aeroporto usando o ônibus da própria Aerolineas. Chegamos na madrugada do dia 23 ao aeroporto do Galeão sem imprevistos, pegamos um taxi ali no desembarque mesmo e finalmente lar doce lar!

 

Obs.: Despachamos também outras garrafas no meio das roupas da mala e não tivemos problemas.

 

Nota sobre o Ibis Mendoza: Afastado do centro (10min de taxi/remis), mas perto do Carrefour (5min a pé), com pontos de ônibus perto. Os quartos possuem um aspecto antigo apesar de reformados. A recepção é moderna, o atendimento é bem impessoal e deixa um pouco a desejar. O café da manhã é simples, mas é bom. A cama é boa, o banheiro era limpo, mas tinha um aspecto velho. O primeiro quarto que pegamos estava com cheiro de cigarro. A janela tinha isolamento acústico.

 

::: fim :::

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