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A experiência de hostel é pra loucos ou pessoas sãs, mas curiosas.

 

Tive a sorte até o momento de ficar em quartos com pessoas bacanas, salvo algumas exceções...hehehehehehe

 

Um de Buenos Aires foi o mais bacana. Compartilhei o quarto com argentinos, boliviano, americano, italiano, colombiano...

 

Na primeira noite, a necessidade de ser educado falou mais alto. Todos deitados e exaustos do dia começaram o papo e as perguntas, ora em espanhol, ora em português, ora em italiano, ora em inglês...uma verdadeira salada cultural e muitas vezes engraçadas. Perguntamos os nomes uns dos outros para nada. Depois todos passaram a se tratar pelos respectivos países de origem. Por alguns dias passei a ser conhecido como Brasil.

 

Uma percepção peculiar de mochileiros é que, na sua grande maioria estão sozinhos e sem destinos metodicamente traçados, unanimidade no quarto em Buenos Aires. Apesar disso e das conversas que rolam na recepção e nos quartos, ao amanhecer cada um é por si. Nada de formação de bando ou quadrilha para passear...cada um sai e vai fazer o que der vontade, mesmo que no final alguns acabem se esbarrando nos destinos escolhidos.

 

O perfil da galera é que tornou a viagem também divertida:

1. Boliviano - o mais comunicativo e interessado em conhecer pessoas. Apesar de falar muito rápido, eu entendia mais o seu espanhol e ele o meu portunhol. Naturalmente, o que mais conversei.

2. Argentino (senhor) - típico senhorzinho aventureiro. Apesar dos seus aparentes 55 anos ficava muito à vontade e enturmado com todos. O que o diferenciava era só o estilo de se vestir (social, mesmo que fosse só pra ficar sentado na recepção).

3. Argentino (cambista) - mora no interior da argentina, mas trabalha como cambista em Buenos. Cara super gente boa, estilo irmão mais velho e cuidador dos mais novos, apesar de não aparentar mais que 30 anos. Comunicativo e bastante observador.

4. Italiano - estilo nerd bestao, que costuma ser excluído na escola. Estava sempre na recepção, prestando atenção em tudo e à procura de companhia. Sempre tomando mate. Chegava no quarto, sentava na cadeira no centro do quarto e olhava para todos deitados na cama, como se dissesse "larguem seus celulares e conversem comigo, de preferência em italiano, pois n sei nada de espanhol. Tipo, consigo ser pior que o Brasil (eu, no caso)".

5. Americano - estilo moleque bestao, mas muito gente boa. Não falava e não entendia quase nada de espanhol, motivo do isolamento nas primeiras horas da primeira noite em que a conversa rolava solta no quarto. A vida que eu gostaria de ter, trabalha 6 meses e junta dinheiro para passar os outros 6 meses do ano viajando mundo afora. Rimos demais um com o outro. Ele me ensinando o inglês (admito que não aprendi nada)...eu, ensinando espanhol (errado, mas tudo que eu dissesse ele ia acreditar, pois n sabia de nada)...hehehehehehehehe

Sempre que eu tentava me comunicar em inglês, ele já se lascava em gargalhada que nem um besta. Eu também não conseguia não rir da cara de merda dele, tentando falar uma palavra certa em espanhol após tentar se comunicar em inglês comigo e ter quase sempre como retorno "I did not understand".

Depois de ter ido embora, acabei retornando pra Buenos Aires. Decidi passar mais uma noite no hostel e lá me deparei com novos hóspedes, apesar de terem 3 ainda do grupo inicial.

Um dos novos tinha cara de louco, psicopata e que nos acordou várias vezes durante a noite quando pulava da beliche, ao invés de descer como gente normal. Outro, tinha cara de membro do bando de Pablo Escobar.

 

Os outros hóspedes e um grupo de voluntários do hostel que conheci na recepção ou cozinha. Ah, os voluntários não negam nada que você ofereça. Oh povo cara de pau.

Dentre eles, um baiano folgado e entrao que me perguntou logo de cara se eu era baiano. Um francês conversador, sério e gente boa. Uma argentina cabulosa e mau humorada (fiz a proposta para cambiar um pedaço de pizza por um pedaço da maça dela. Eu, o argentino e o francês tiramos onda, ela nem nem e saiu da cozinha...uiiiiiiii)

Por outro lado, tinha outra argentina muito gente boa, risonha, falava pelos cotovelos. Ainda, uma gata francesa, muito atenciosa, sorridente e uma seriedade um tanto atraente...ufaaaaaaa

Por fim, uma coreana de sorriso tímido, atenciosa, sorridente, bom papo, boa companhia. Até o inglês dela eu conseguia entender um pouco mais.

 

Bom, pra quem pretende experenciar estar com um bando de gente desconhecida em hostel, fica um pouco do que podem encontrar. Experiências realmente que ficam pra o resto da vida.

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O segredo de mochilar, é sair aberto a tudo pra não se estressar. Começando a saga em Foz, ao entrar no hostel nao tinha ninguém no quarto e a cama q seria a minha já estava desforrada como se alguém já a estivesse usando. Forrei, coloquei minhas coisas, marquei território com minha toalha e saí. Ao retornar, já na madruga, estavam todos dormindo, inclusive na cama q seria a minha. Deitei na q estava vazia e ao acordar me deparo com uma linda austríaca. Pois é, a danada q tinha tomado meu leito. Trocamos ideia e só depois vi q usaram minha toalha q estava na cama, como pano de chão para secar o escorrimento do ar condicionado no chão. O jeito foi ri e não me secar depois do banho.

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Para testar meu portunhol, chego em Buenos Aires e a atendente pra variar é fanha.

 

Retornando pra Puerto Iguaçú, 17 horas de viagem, todos recebem a janta e acho q na minha parte acabou, pois só recebi suco. Pergunto "Voy cenar solo eso?" e tenho a resposta "Si. No quieres?". Em mais 17 horas de Foz pra São Paulo, já na fila aparece um figura que devia estar muitos dias sem tomar banho. Entro normalmente e eis quem surge pra sentar na poltrona ao meu lado? O jeito foi viajar com casaco no nariz e evitar me levantar pra ir ao banheiro. Pois a cada levantada dele pra eu passar, o cheiro ficava mais forte e todos ao lado deixavam evidente o quanto incomodava, tampando rapidamente os narizes.

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Depois de decidir conhecer a noitada de Buenos Aires e pedir explicaçoes à atendente do hostel, inclusive saindo com o mapa, confirmei q tenho problemas sérios de entender mapas e meu senso de direção é horrivel. Me encontrei perdido e do lado extremo ao que deveria ir. O jeito foi perguntar ao carabineiro. Só depois vi o risco q corri, pois tinha esquecido o passaporte. Um estrangeiro de madrugada, perdido e sem identificaçao alguma.

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Bom, à titulo de esclarecimento, o relato do hostel, como disse no final, são experiências q vou levar pra o resto da vida. Relatei a minha impressão sobre as situaçoes, mas sem criar valor de nada. As expressões são somente para enfatizar, não são ofensas ou adjetivos pejorativos. Inclusive quando falo do baiano, foi um dos caras q mais me dei bem, justamente por eu ser baiano também e compartilhar da fama q nós temos.

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