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Crescimento desorganizado afeta paraíso de Darwin


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:arrow: FONTE: G1

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1361539-5603,00-CRESCIMENTO+DESORGANIZADO+AFETA+PARAISO+DE+DARWIN.html

 

[align=Justify]Em Galápagos, espécies observadas por cientistas correm perigo.

Introdução de espécies como ratose gado ameaça os animais nativos.

 

Os montes de lixo malcheirosos na fronteira desse frágil arquipélago, a 965 km da costa Pacífica do Equador, cuja vida selvagem única inspirou a teoria da evolução de Darwin, são uma prova viva de que uma espécie está prosperando: o homem.

 

Pequenos pintassilgos cinza, descendentes dos pássaros que foram cruciais para a sua teoria, sobrevoam o aterro, que serve a uma cidade em desenvolvimento de equatorianos que se mudaram para a ilha para trabalhar na indústria do turismo local, cada vez maior.

 

O crescimento da população nas Galápagos, que duplicou para cerca de 30 mil na última década, tem deixado os ambientalistas horrorizados. Eles apontam evidências de que o desenvolvimento já está prejudicando o ecossistema, que fez com que os habitantes mais famosos da ilha – entre eles tartarugas gigantes e atobás de pés coloridos – evoluíssem em isolamento, antes da colonização das ilhas, há mais de um século.

 

O crescimento já está ameaçando tanto o meio ambiente que até mesmo o governo, que ainda estimula o crescimento do turismo, começou a tomar decisões políticas não-populares, como expulsar centenas de equatorianos pobres da província, da qual eles se consideram legalmente proprietários.

 

Restringindo a população, os oficiais esperam preservar as maravilhas naturais que sustentam um dos setores mais lucrativos do Equador: o turismo

 

Porém, as novas medidas também estão gerando um protesto por parte dos migrantes, que afirmam sentirem-se castigados, enquanto o país continua a desfrutar de dezenas de milhões de dólares trazidos pelos turistas ao Equador, uma das nações mais pobres da América do Sul.

 

“Estão dizendo que uma tartaruga para um estrangeiro rico fotografar vale mais do que um cidadão equatoriano”, disse Maria Mariana de Reina Bustos, 54 anos, que veio de Ambato no Vale Andino central do Equador. Sua filha, Olga, de 22 anos, foi recentemente detida pela polícia perto da favela de La Cascada, e deportada para o continente.

 

Colonização

 

Os primeiros colonos vieram para as ilhas para viver da terra, como pescadores, criadores de gado e fazendeiros. Agora, a maioria das pessoas, que fazem um vôo breve de Quito, a capital do Equador, ou que chegam sorrateiramente à ilha de barco, é atraída por diferentes tipos de riqueza: um salário relativamente alto que podem ganhar como motoristas de taxi, empregadas domésticas ou trabalhadores da burocracia crescente do local.

 

Durante décadas, os líderes do país fizeram muito pouco para prevenir que as pessoas viessem para cá, de certa forma para construir a indústria de turismo e, em seguida, para garantir que o governo tivesse uma presença entre os pioneiros. Parecia haver algum limite natural em andamento: o país reservou 97% do arquipélago como área natural.

 

 

 

Contudo, como o turismo e a migração cresceram na última década, a pressão começou a aumentar dentro da comunidade ambiental e científica e no exterior para o Equador restringir a população da ilha. Em 2007, a ONU incluiu Galápagos em sua lista de patrimônio natural ameaçado.[/align]

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