CHILE E BOLÍVIA COM SAN PEDRO DE ATACAMA E SALAR DE UYUNI (RELATO COMPLETO COM FOTOS)

[Isaac Mousinho]

Eu estava empolgado nesse dia. Afinal, era o meu aniversário de 30 anos.

A nossa ideia era ir totalmente por conta própria como bons mochileiros. Entretanto, ao chegarmos à estação rodoviária nós fomos abordados por uma funcionária de uma agência de turismo, mas dissemos que iríamos fazer por nossa conta. Então a moça, educadamente, disse para pesquisarmos os preços das passagens de ônibus até Valparaiso, de Valparaiso a Viña; levar em consideração quanto gastaríamos para nos locomovermos pelas ladeiras de Valparaiso etc.

Percebemos que a oferta dela de CLP 10.000 estava muito mais baixa do que gastaríamos indo por nós mesmos.

Então, essa é a dica que eu tenho para dar. Talvez não compense muito para tu fazeres esse bate-volta por tua conta. Então vá até a estação de ônibus e contrate o serviço. Indo até lá, já se consegue economizar uma boa grana.

O ônibus até Valparaiso foi da TURBUS, muito confortável. Olhe na foto abaixo quanto a agência de turismo paga pela passagem (Se a gente fosse comprar diretamente no guichê, sairia os dez mil para cada).

Almoçamos em Valparaiso. O restaurante fica próximo ao funicular, descendo uma ladeira. Não tenho parâmetro para comparar preço, mas gastamos CLP 19.000 em um almoço para dois. Os pratos foram uma espécie de menu degustação de ceviche. Ainda aproveitei para provar algumas cervejas produzidas em Valparaiso. O nome do restaurante é Casa Cuatro Vientos. Adorei a vista enquanto comia.

O funicular custa CLP 2.000. Muito caro.

Dica: Em frente à casa de Pablo Neruda tem um monte de barracas para comprar lembrancinhas. Pesquisar e pechinchar não faz mal. Economize tempo comprando lá. Caso contrário, terás que perder tempo fazendo isso em Santiago.

No mais, Valparaiso e Viña del Mar são aquilo mesmo que muita gente já escreveu.

Só não disseram que o pôr do sol no Pacífico é lindo.

Fui “comemorar” meu niver com a turma em um barzinho na Bellavista, à noite. Foi excelente. Cheguei no hostel lá pelas 3h da madrugada.

Não recordo o nome do bar, tampouco quanto gastei. Só sei que eu ganhei um pisco sour pelo meu aniversário

[Isaac Mousinho]

ótimo relato, bem detalhado! aguardando os demais capítulos

 

Obrigado, Letícia. Acompanhe aí.... tem muito mais coisas a serem postadas.

Logo mais, algumas dicas mais específicas.

Até mais.

[Isaac Mousinho]

Dormimos a manhã inteira, uma vez que cheguei tarde e estava ressacado.

Às 13h, encontramos os dois colegas brazucas que tínhamos combinado de almoçar no Mercado Central.

O restaurante era a Marisquería Tio Lucho (pode chamar só Tio Lucho). O senhorzinho é muito simpático. A comida era boa. Comemos até explodir. Foi lá que eu tomei o melhor pisco sour da cidade.

Depois de almoçarmos, fomos turistar na Catedral de Santiago, La Moneda e outros. Turismo básico a se fazer em Santiago.

No finalzinho da tarde, nós fomos ao Cerro Santa Lucia. Melhor, impossível. É que estava acontecendo naquele final de semana um festival gastronômico (muito top). Muita comida boa a um preço mais do que justo. Tinha até vários food truks. Ficamos lá até as 20:30.

Gastamos CLP 10.000 para comer e beber bem.

A vista do mirante no Cerro Santa Lucia é linda. Não deixe de subir lá.

[Isaac Mousinho]

Dia de domingo em Santiago é excelente para visitar museus porque vários são de graça.

Fomos ao Museo de Bellas Artes, de Arte Contemporáneo - MAC e mais outro que não lembro o nome.

Também fomos à igreja de Nossa Senhora das Mercês. Muito bonitinha, por sinal. Tinha uma imagem linda da Santa.

Novamente estivemos a noite inteira no Cerro Santa Lucia, aproveitando o festival.

Não postarei mais fotos nesse festival para não deixar vocês com água na boca. Tinha muitos tipos de comida lá. Não tinha nada ruim dentre as coisas que provei.

Nesse dia gastei por volta de CLP 25.000.

[Isaac Mousinho]

Adorei esse dia.

Pegamos o metrô e fomos até estação Los Dominicos (última estação da linha vermelha), e fomos andando até o nosso hostel, próximo à estação Baquedano. De fato, é muito, muito, muito longe. PORÉM... dá para sentir a cidade de uma maneira diferente.

Na região do El Golf, a arquitetura é moderna, com muitos prédios lindos. Para quem gosta de arquitetura, assim como eu, vale muito a pena fazer essa caminhada.

Além do mais, deu conhecer quase tudo do circuito turístico.

O Parque Arauco tem um roseiral lindo. Na verdade, o parque em si é bem legal.

Depois de almoçarmos no Taco Bell (CLP , no Mall Parque Arauco) e começamos a andar. Passamos pelo Golf Club, Escola Militar, fomos à igreja de Nossa Senhora dos anjos, mas, estava fechada.

Fomos ao Costanera Center, só que não quisemos perder tempo lá. Quem sabe da próxima vez eu paro um pouco e subo na torre... A vista deve ser linda. O prédio é imponente.

Descendo mais, chegamos à Praça das Esculturas, também imperdível em Santiago.

Para descansar, ficamos um tempo na Fuente Bicentenario, afinal, já estava escurecendo e logo iriam ligar a fonte e as luzes. Realmente é muito bonito o show das águas. Muita gente local vai para lá quando as luzes são ligadas.

No hostel teve a “noite do terremoto” (terremoto é uma bebida tradicional no Chile. É feita com um tipo de vinho branco doce, sorvete de abacaxi e xarope de groselha). Outra ótima oportunidade de interagir com outros viajantes.

[Isaac Mousinho]

Esse foi o nosso último dia em Santiago.

Quase perdemos o horário da troca da guarda de Carabineros de Chile, no Palácio La Moneda. Ainda bem que deu tempo de chegar.

Dica: A troca de guarda acontece nos dias pares ou ímpares, dependendo do mês. Informe-se para incluir no seu roteiro.

Dica: Do outro lado do Palácio da Moeda, tem uma praça.

No subsolo tem um memorial onde está o sepulcro do General Bernardo O’Higgins Riquelme (talvez o maior personagem ta história chilena).

Como amante de história, esse local foi um achado, uma vez que não vi esse memorial em nenhum guia ou mapa turístico. O encontrei caminhando na praça. Veja a foto:

Não sei se o local é aberto à visitação. Encontrei apenas um funcionário cuidando da limpeza. Mas conversei com ele e nos foi permitido entrar. Gostei de ter visitado o local e, principalmente, por ter conhecido mais a história do país.

Indo em direção ao museu de Arte Pré-colombiana, encontramos o museu do Banco Central do Chile. Entrada franca. Só precisa mostrar o passaporte para fazer um pequeno cadastro.

Eu até que gostei. Encontramos até a nossa onça.

De todos os museus visitados, com certeza o Museo Chileno de Arte Precolombino é o mais enriquecedor. Esse com certeza vale por todas as aulas de história sobre as civilizações na América que tivemos no colégio.

O valor da entrada é CLP 3.500. Esse museu vale cada centavo gasto.

Para finalizarmos a nossa viagem, fomos ao restaurante Los Buenos Muchachos. Uma delícia a parrilhada. Não lembro o nome completo do prato, entretanto, serve facilmente 3 pessoas.

Olha só a quantidade de carne.

O show folclórico foi o outro ponto alto da noite. Esse restaurante eu super recomendo. Diferente do Bali Hai, os chilenos adoram o LBM. Eles dizem que Bali Hai é só para ganhar dinheiro de turista.

Colocar foto

Gastamos no restaurante CLP 39.740 + táxi da volta (o metrô já tinha fechado). Esse, sim, vale cada centavo.

Não se esqueça de fazer reserva. Site do restaurante: http://www.lbm.cl.

[Isaac Mousinho]

Começamos a sentir saudades do Chile assim que acordamos. A manhã foi toda dedicada a arrumar as mochilas.

Gastamos CLP 5.000 em uma pizza comprada próximo ao hostel e uma garrafa de vinho comprada dias antes no supermercado (não lembro o preço).

Às 14h estávamos no aeroporto. Fizemos check-in e aguardamos nosso voo com destino ao Rio.

Após mais de 12 horas, chegamos a nossa casa sãos e salvos . E como eu sei que já estou no Brasil e, principalmente em São Luís/MA? Quando eu caio no primeiro buraco antes mesmo de sair do aeroporto

 

É isso, pessoal... Espero que possam aproveitar o meu relato para montar a trip de vocês. Qualquer dúvida é só perguntar.

Enjoy!!

A seguir, começarei a postar algumas coisas mais específicas.

[Isaac Mousinho]

Não tive muitos gastos com as passagens aéreas. A passagem Brasil/Chile eu comprei usando Pontos Múltiplos e, por essa razão, paguei apenas R$ 200,00 de taxas.

A passagem de Santiago/Calama eu comprei por USD 96,00 + IOF 6,38%. Na época da compra o dólar estava R$ 3,00. Então a passagem custou uns R$ 320,00.

Dica: Comprar a passagem no site da LAN Chile. O valor será muito menor, porém, não dá para dividir a compra no cartão de crédito. Aprendi isso aqui no site e coloquei em prática... Deu super certo!!

Outra companhia aérea que faz o mesmo trecho é a Sky Airlines. Como os preços eram iguais, optei pela LAN. O procedimento da compra é a mesma coisa. É só entrar no site chileno.

[Isaac Mousinho]

A empresa escolhida para fazer o transfer do aeroporto de Calama até San Pedro de Atacama foi a TRANSFER LICANCABUR. Valor: CLP 20.000 ida/volta. Paguei ida e volta, afinal, somente o trecho custa CLP 12.000. Ou seja, eu e minha esposa economizamos CLP 8.000 no total. Os valores continuam os mesmo. Para reservar, acesse www.translicancabur.cl (email: reservastransfer@gmail.com).

A empresa respondeu rapidamente à solicitação de reserva.

O guichê da Transfer Licancabur fica bem próximo ao portão de desembarque. Obs: Com ou sem reserva, o custo do transfer é o mesmo. Eu preferi reservar porque gosto de tudo certinho, bem planejado.

Como nem tudo são flores, eu tive um problema sério na volta com essa empresa .

Quando se contrata a volta, a atendente anota o nome do hostel que a pessoa vai estar e o horário do voo. Eu então disse o nosso hostel e o horário do nosso voo. Depois falei o hostel do meu amigo e o horário do voo dele. Detalhe: Viajamos a SPA no mesmo voo eu, minha esposa e um amigo do Rio Grande do Sul (Léo Engel). Na volta, o amigo pegou um voo 1h antes do nosso. Eu expliquei direitinho essa situação para a atendente: voltaríamos em voos diferentes, MAS retornaríamos juntos de SPA, ou seja, no mesmo transfer.

Pois bem. No dia da volta à Calama, simplesmente a referida empresa não passou no meu hostel para nos buscar. O Léo me mandou mensagem por volta das 06:15h dizendo que o micro-ônibus tinha acabado de chegar. Então eu e minha esposa fomos para a porta do nosso hostel. Cinco, dez, 15, 20 minutos depois e nada de chegarem para nos buscar. O desespero começou a bater às 06:45h quando definitivamente eu percebi que eles não viriam até nós.

Por sorte, Rodrigo, o dono do hostel, estava lá. Ele começou a ligar insistentemente para os números telefônicos e celulares da empresa, contudo, sem êxito.

Às 07h, eu tinha que urgentemente arrumar um plano “B”. A primeira ideia, voltar de táxi. Rodrigo fez algumas ligações e conseguiu um taxista ao preço de CLP 100.00. Outro problema... eu só tinha CLP 40.000.

Plano “C”, ônibus. Mais um problema. O primeiro ônibus só sairia às 8h, e com isso, perderíamos o nosso voo.

Esgotadas todas as nossas possibilidades, o Rodrigo disse que poderia nos levar se custeássemos a gasolina, ou seja, CLP 35.000 (quase o que eu e minha esposa pagamos pela ida/volta). Aceitei de pronto porque não havia outra opção.

Ao chegarmos no aeroporto de Calama, às 09h mais ou menos, fomos diretamente ao guichê da empresa. Mais uma vez o Rodrigo nos ajudou e nos foi ressarcido os CLP 35.000 gastos com ele. Acreditem, nada nos foi dito por aquela irresponsabilidade. Apenas pediram desculpas.

Ainda encontramos o nosso amigo Léo no setor de embarque. Ele estava muito nervoso. Disse que o motorista da empresa mostrou um mapa de rota em que o meu nome e o da minha esposa constava para o transfer de 8h. Falou, ainda, ter questionado que estava errado etc., mas o motorista disse não poder fazer nada.

No final, deu tudo certo.

Aconselho ligar ou mandar um email para a empresa, qualquer que seja, relembrando o dia e o horário que deva ser pego no hostel. Aliás, somente depois eu vi essa recomendação no verso do nosso comprovante de pagamento.

Se eu usaria novamente a empresa? Não obstante o perrengue, creio que sim. Só tomaria cuidado em ligar ou mandar email antes do dia do retorno.

[Isaac Mousinho]

O controle de imigração foi bem rápido. Felizmente as nossas mochilas logo apareceram na esteira.

Ignorem o assédio de um monte de gente oferecendo carro de aluguel e táxi (conheci um casal que pagou CLP 30.000 por um táxi ).

Perguntem a alguém onde fica o ônibus da CENTROPUERTO (www.centropuerto.cl). Pague a passagem diretamente ao motorista. Apenas ida ou volta custa CLP 1.600, enquanto ida/volta custa CLP 2.800. Obviamente eu comprei ida/volta. O legal é que não há necessidade de informar o dia da volta. Só tome cuidado para não perder o ticket.

Eu fui de Centropuerto até o ponto final, que é em Los Héroes. Como ainda não tinha dado 22h (horário que fecha a bilheteria), atravessei a rua e peguei o metrô até a estação próxima ao meu hostel. O valor da passagem nesse horário custou CLP 610. Fui andando da estação do metrô ao hostel porque era uma distância curtíssima.

Ao ir a SPA, como nosso voo até Calama saiu cedo e o metrô ainda não estava funcionando (ele abre às 6:30h), fomos de táxi até Los Héroes. Não Lembro o valor da corrida, mas como eu e Léo dividimos, saiu bem barato para cada. Em Los Héroes pegamos o Centropuerto até o aeroporto. Bastou entregar ao motorista o ticket comprado na ida.

Retornando a Santiago, já estávamos craques e foi mais fácil ainda chegar ao hostel. Fizemos igual da primeira vez. Na volta, gastamos a mais CLP 50 cada no metrô, por causa do horário.

O meu gasto com transporte aeroporto/hostel (duas vezes) foi de uns CLP 14.000 (eu e minha esposa), já contando o táxi. Ou seja, CLP 7.000 para cada.

Dica: Se o seu voo chegar em um horário em que o metrô não esteja funcionando, pegue o Centropuerto, desça em Los Héroes e pegue um táxi. Com certeza tu farás uma grande economia!