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(Estrada Real) O Caminho do Sabarabuçu a pé


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Desde o ano passado, quando conheci a Estrada Real, soube que retornaria. Em partes pelas experiências, que transformaram meus gostos, meus paradigmas e minha vida; em partes pela curiosidade sobre o que o caminho ainda teria para me oferecer.

 

Nesse espírito, com a experiência adquirida desde a minha primeira viagem a pé (que foi exatamente a viagem pela Estrada Real, em 2008) e o equipamento necessário, inovei na companhia. Convidei alguns amigos mas (novamente) apenas uma pessoa se dispôs a me acompanhar: o Rodrigo; amigo de faculdade com gosto por trilhas e fotografia.

 

O plano era caminhar pelo Caminho do Sabarabuçu, de Acuruí (distrito de Itabirito/MG) até Caeté/MG, percorrendo menos de 100km. Como tínhamos pouco tempo disponível, optamos por pular o trecho próximo a São Bartolomeu, para haver tempo de conhecer o Santuário do Caraça.

 

Um mês antes da data prevista para a viagem, já tínhamos todo o equipamento necessário e a passagem para Belo Horizonte/MG já estava comprada. Como sairíamos de lugares diferentes e nos encontraríamos em Belo Horizonte, eu fui de avião e o Rodrigo de ônibus.

 

Eu cheguei em Belo Horizonte dois dias antes e aproveitei para fazer um pouco de "turismo convencional" (mas isso é assunto para outros relatos). Depois que o ônibus (da Viação Motta) caiu em um imenso buraco durante a noite, o Rodrigo chegou em Belo Horizonte, com algumas horas de atraso. Mas depois de alguns acertos de última hora e histórias sobre o acidente; seguimos de ônibus (Santa Fé Transportes) para Itabirito, nosso ponto de partida.

 

Lá, nos hospedamos no Hotel Dallas e já arrumamos um táxi (R$40, somente ida) para nos levar até Acuruí (distrito de Itabirito) na manhã seguinte. Com tudo pronto para novamente colocar o pé na estrada, dormimos cedo, cheios de ansiedade.

 

Dica: Não há ônibus, ou qualquer outro transporte público, para Acuruí aos domingos, e mesmo nos dias de semana os horários são poucos. Procure se informar com antecedencia.

 

Informações locais:

  • Hotel Dallas: R. Dr Eurico Rodrigues, 487, Centro - Tel: (31) 3561-2500

 

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  • Amei! 1
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Dia 01: Encruzilhadas

 

Acordamos às 6h e tomamos o café da manhã como se fosse nossa última refeição! O plano seria caminhar 26km até Rio Acima, sem a possibilidade de almoçar no caminho. Pontualmente às 7h, o taxista estava na porta do hotel e 1h depois chegamos à igreja de Acuruí. Lá começamos nossa caminhada!

 

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Com a mochila bem mais leve que em 2008, rapidamente encontramos o primeiro marco da Estrada Real dessa viagem. A indicação no marco confirmava as informações que tínhamos e o nome do destino sugeria muitas subidas! Depois de 1h20 caminhando (foto), chegamos ao ponto crucial do dia: nosso planejamento e as informações dadas pelos habitantes locais contrariavam o caminho indicado pela marcação oficial! Resolvemos então ignorar a marcação oficial e não seguimos pelo que parecia ser um condomínio particular! Pensamos que a entrada não era permitida (mesmo com o portão estando aberto) e resolvemos prosseguir pelo caminho que os locais nos indicaram como sendo o mais "fácil". Prosseguimos caminhando pelas serras da região de Itabirito, passando pelo cruzeiro e pelo grupo escolar. A medida que andávamos debaixo de sol forte e não encontrávamos nenhum marco da Estrada Real, a sensação de estarmos perdidos ficava cada vez maior!

 

Às 12h15 encontramos um casal de ciclistas de Belo Horizonte que diziam conhecer bem a região. Como eles possuíam GPS, nos deram instruções, fizeram um mapa e confirmaram nossas dúvidas. Sim, estávamos no caminho errado! Aparentemente ainda faltavam 20km até Rio Acima. Com a moral abalada pela distância e pelo horário, continuamos caminhando, pedindo informação sempre que possível. Passamos por cachoeiras como a da Chiva Dona e belas paisagens, mas nem isso melhorou o ânimo.

 

Finalmente, às 14h, pedimos informação para alguns moradores locais que iam de carro para Rio Acima. A resposta não poderia ser mais enfática:

- “Está longe pra CARALHO! Sobe aí que a gente dá uma carona”.

Não tivemos dúvida e aceitamos a oferta. Seguimos por mais de 30min em alta velocidade pela estrada de terra, subindo ladeiras íngremes e poeirentas. Seria impossíveis percorrer a distância que falava antes do anoitecer.

 

Às 14h30 chegamos em Rio Acima, nos fazendo notar! Bem no centro da cidade, descemos do carro agradecendo e jogando todas as coisas no meio da rua. Mas não demorou 1min para percebermos que tínhamos esquecido os bastões de caminhada no carro. O Rodrigo saiu correndo e gritando, com mochila nas costas, em direção ao carro que estava parado no semáforo. Eu, percebendo que ele ia muito devagar por causa do peso, gritei para que largasse as coisas. No mesmo instante vi tudo que ele carregava despencar no meio da rua! Ele alcançou o carro e “recuperou” os bastões; enquanto todos nos arredores se entre olhavam espantados!

 

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Rapidamente arrumamos um lugar para dormir (Hotel D. Eliana), que só não era pior porque era o único no centro. Almoçamos no restaurante embaixo do hotel e fomos conhecer os atrativos do centro da cidade: a "cachoeira" na praça central, a estação de trem desativada (foto), a ponte inglesa e a igreja principal. Aproveitamos para nos certificar sobre onde começaríamos a caminhar no dia seguindo, avistando os marcos da Estrada Real que ficam dentro da cidade.

 

Ficamos na rua até às 17h30. Nos informamos no Posto de Referência Ambiental e Turística (que foi o mais atencioso e bem informado de toda a viagem) sobre o trajeto do dia seguinte e então fomos para o hotel. No caminho passamos em um mercadinho e compramos algumas besteiras. Dormimos às 22h30, deixando tudo preparado para sair bem cedo amanhã.

 

DICA: O caminho certo para Rio Acima NÃO passa pelo grupo escolar, nem pelo cruzeiro! Se for pedir informações, pergunte onde fica o próximo marcos oficiais da estrada real! Você não precisará de nenhuma referência além dessa!

 

Informações locais:

  • Hotel Dona Eliana: R. Afonso Pena, 469, Centro - TEL: (31) 3545-1447 (apartamento duplo: R$40)

 

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Dia 02: Honório Bicalho

 

Acordamos às 5h40 e ainda estava escuro! Tomamos um fraco café da manhã (até isso era ruim na pousada) e começamos a caminhar às 6h45.

 

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Ao contrario do dia anterior, seguimos fielmente os marcos da Estrada Real e caminhamos por quase 1h em área urbana. Às 8h30, cruzamos a linha férrea abandonada e então o caminho tornou-se uma trilha bem aberta (foto). Seguimos por mais uns 5km, passamos por pontes de pedra da antiga ferrovia, áreas rurais bem bucólicas e pelo Rio das Velhas.

 

Chegamos no povoado de Honório Bicalho às 9h45. Como o trecho até Nova Lima (onde pretendíamos dormir) é pavimentado e não pertence à Estrada Real, optamos por pegar um ônibus. Descemos na rodoviária de Nova Lima e já procuramos alguma informação no Centro de Atendimento ao Turista, que infelizmente era tão desinformado quanto nós. Nos hospedamos bem em frente à rodoviária (Hotel Central).

 

Ainda indecisos sobre o que fazer, fomos sacar dinheiro, almoçar (restaurante Sabor da Terra). Aproveitamos a tarde para conhecer o Teatro Municipal (e sua bela fachada em arte Déco), a Matriz de Nossa Senhora do Pilar (que estava em restauração), o Prédio da Câmara (bastante descaracterizado) e a curiosa rua zig-zag.

 

Às 15h, voltamos ao CAT na esperança de descobrir como chegar à Igreja Anglicana e à Quinta dos Ingleses. Descobrimos onde elas ficavam mas como eram longe não conseguimos nem táxi para nos levar. É claro que não havia transporte público! No fim das contas, a única coisa realmente útil que conseguimos no CAT foi o telefone de um morador local que participou da colocação dos marcos da Estrada Real. Nos contentamos em ir descarregar as fotos, tomar um suco (lanchonete Mundo de Sabores) e comprar uma Queca, um doce local com frutas cristalizadas, cuja receita é do século XIX (eu gostei, mas o Rodrigo não!).

 

Às 18h30 estávamos de volta ao hotel. Descansamos, arrumamos as coisas, revimos os planos para o dia seguinte e dormirmos às 22h.

 

Informações locais:

  • Hotel Central: R. Antônio Jardim, 528, Centro - TEL: (31) 3541-5097 (apartamento duplo: R$40)

  • Sabor da Terra: R. bias Fortes, 41, Centro - (R$16,50/Kg)

  • Mundo de Sabores: R. Bias Fortes, 72, Centro - TEL: (31) 3541-9722

  • Casa da Queca: R. Severiano de Lima, 151, Centro - TEL: (31) 8689-4889 (Queca: R$35/Kg)

 

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(Estrada Real 2009) Dia 03: Trilha para Raposos

 

Acordamos às 5h. Queríamos começar o dia, que prometia não ser fácil, o quanto antes. Tomamos café da manha rapidamente e tomamos o ônibus de 6h10 de volta para Honório Bicalho.

 

Passamos pelo marco da praça central (com um painel bem útil) às 7h. Talvez por estar andando rápido ou por sono, já no começo erramos o caminho! Passamos pela entrada da trilha e chegamos (30min depois) em uma bifurcação sem marco. Usando a lição do dia de Rio Acima, resolvemos voltar e rapidamente achamos a entrada correta da trilha.

 

Caminhamos um pouco com serração densa e subida íngreme, mas logo voltamos à estrada. A serração e o frio continuaram até o topo. Lá no alto, acima da neblina, a vista alcançava Nova Lima e todo os arredores.

 

Seguimos novamente por trechos de trilha em meio ao cerrado rústico e praticamente intocado, até encontrarmos 2 marcos jogados no mato! Pelas marcações que possuíam, eles deveriam ter sido colocados nos próximos 2km e isso nos encheu de receio. A trilha, cada vez mais estreita, continuava em meio à bela paisagem, e descendo em direção ao rio. Seguimos morro abaixo até perdendo o sinal de celular, quando chegamos à margem. Como não encontramos nenhum outra referência ou marco por um longo período, e considerando os marcos jogados no mato, tememos estar novamente no caminho errado! Voltamos então até o último marco que encontramos e de lá ligamos para o CAT, no numero que nos deram no dia anterior. Para nossa felicidade, fomos informados que estávamos no caminho certo! Com a certeza de não estar andando para o lugar errado, descemos novamente e às 10h15 tiramos as botas e o cruzamos o rio. Nos permitimos descansar 20min enquanto descansávamos e procurávamos a subida correta na outra margem.

 

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Subimos a outra encosta e felizmente os marcos (sem placa informativa) estavam por toda a parte. Com paciência era possível até avistar os marcos na encosta oposta do rio. Transpondo a Serra da Piedade, às 12h30 pudemos avistar inclusive partes da grande BH ao longe. Descemos mais um morro. Cruzamos outro riacho. Subimos outro e encontramos com motoqueiros que percorriam a trilha em sentido contrário. Às 14h entramos no trecho final da caminhada. Os últimos 3km são pela Trilha do Açude (uma caminhada fácil e plana). Uma verdadeira recompensa que atravessa um belo bosque de Eucaliptos (foto) e é ladeada por um açude que leva água até Raposos.

 

Infelizmente tivemos que ir dormir em Belo Horizonte (que fica há 1h de ônibus, vários horários, R$3,75), pois não há nenhum hotel ou pousada em Raposos! Mas antes de irmos embora paramos no bar Recanto da Floresta. Descansamos e comemos pastel de angú, cujas migalhas foram disputadas por sagüis bastante audaciosos. Somente às 18h pegamos o ônibus para Belo Horizonte e nos hospedamos no Hotel F1 às 20h. Dormimos cedo e cheios de expectativas para o dia seguinte, quando conheceremos a famosa Sabará.

 

DICA: Esse trecho da Estrada Real é bastante percorrido por trilheiros (de moto e jipe) que partem de Raposos. Principalmente nos finais de semana, é provável encontra alguém que possa socorrer ou dar uma carona.

 

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(Estrada Real 2009) Dia 04: Sabará

 

Acordei às 9h, depois de uma longa e revigorante noite de sono. Arrumamos as coisas sem pressa e fomos na rodoviária, para ir o quanto antes para Sabará. Mas por pura falta de astúcia, ficamos 1h esperando o ônibus no ponto errado!

 

Finalmente tomamos o ônibus para Sabará e chegamos lá às 13h, com apenas 1h de viagem. Nos hospedamos na Pousada dos Sepulvedas, instalada em um antigo casarão colonial no alto do centro histórico. Rapidamente deixamos as coisas no quarto e saímos para conhecer a cidade.

 

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Começamos visitando o Museu do Ouro (bem completo e interessante), a Igreja das Mercês (que estava em restauração), a peculiar Igreja do Rosário, a Casa da Ópera, a Igreja de S. Francisco e a Igreja do Carmo (com bela obra de cantaria - foto). Voltamos para a pousada só às 17h para descansar e tomar um café da tarde.

 

Às 20h fomos jantar no restaurante 314 Sabarabuçu. Lá nos encontramos com o Ângelo, um entusiasta local e profundo conhecedor da historia de Sabará e da Estrada Real. Tivemos uma verdadeira aula de historia e ótimas dicas sobre o caminho que percorreremos no dia seguinte.

 

Voltamos para a pousada às 23h, depois de jantarmos “O Caminho do Sabarabuçu”: um delicioso prato temático, vencedor de concursos e de ter conhecido melhor a lenda que motivou tudo! Acabamos dormimos só às 0h30, empanturrados!

 

Informações locais:

  • Pousada dos Sepulvedas: R. Intendência, 371, Centro - Tel: (31) 3671-2705 (apartamento duplo: R$90)

  • Restaurante 314 Sabarabuçu: R. D. Pedro II, 326, Centro - Tel: (31) 3671-2313

 

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(Estrada Real 2009) Dia 05: "Puera"

 

Acordamos às 6h45 e arrumamos rapidamente as poucas coisas. Como dormiríamos novamente na mesma pousada, em Sabará, não seria necessário levar todas as coisas. Tomamos um café da manhã reforçado e saímos rumo a Raposos. Às 8h40 passamos pelo primeiro marco da Estrada Real, próximo a ponte ferroviária sobre o Rio das Velhas.

 

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Seguimos os marcos pela área urbana até às 9h, e o sol já estava bem forte quando chegamos em Arraial Velho às 9h30, um povoado parado no tempo que fica a 4km de Sabará. Descansamos por 15min, tiramos algumas fotos da igrejinha e continuamos a caminhar, por entro muros construídos por escravos (foto). Perto das 9h45, um cadela vira-lata (que apelidamos de "Puera") passou a nos acompanhar para fugir de alguns cachorros maiores. O fato é que a companhia tornou a caminhada mais descontraída.

 

Depois de muitas subidas, sol forte, portões trancados e um inusitado teleférico de mina, avistamos a Fazendo dos Cristais, onde é necessário passar por dentro da propriedade particular do Sr. Walter. Nesse trecho seguimos por uma trilha (intransponível por carro), inclusive cruzando um riacho bem raso. Continuamos caminhando até às 14h quando, depois de passar por animais mortos e ruínas, chegamos a Raposos ainda acompanhados pela Puera.

 

Em Raposos, tentamos visitar a mina de Morro Velho (atualmente desativada), mas não conseguimos pois era necessário ter uma autorização prévia. Resolvemos então retornar para Sabará (não havia mais nada para fazer em Raposos) e para isso foi preciso ir para Belo Horizonte antes e de lá pegar outro ônibus para Sabará! Tivemos que nos despedir da Puera (que me deu “presentes de recordação”), que seguiu o ônibus enquanto pôde!

 

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Chegamos em Sabará às 15h45, ainda com tempo de ir conhecer a famosa Rua D. Pedro II, o Chafariz do Kaquende, a rica Igreja da Conceição e a singular Igreja do Ó (foto).

 

Voltamos para a Pousada às 18h, acabados! Às 20h, depois de um banho demorado e um cochilo, fomos novamente jantar no restaurante 314 Sabarabuçu. Ficamos pela rua até às 21h30, quando então voltamos para dormir.

 

DICA: Esse trecho da Estrada Real quase não tem sombras. Leve bastante água e não esqueça os óculos escuros, o protetor solar e um boné (ou um chapéu).

 

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  • 2 semanas depois...
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(Estrada Real 2009) Dia 06: Morro Vermelho

 

A contra gosto, acordamos às 7h30. Tomamos café da manhã e fomos resolver as últimas coisas em Sabará (banco e correio), mas enrolamos tanto que quase perdemos o ônibus de 10h10 para Caeté!

 

Depois da uma viagem de 45min, chegamos a Caeté e rapidamente fomos procurar um lugar para nos hospedar. Ficamos no Hotel JM, próximo ao centro histórico (mas não nele). Como já era 11h30, almoçamos rapidamente em um restaurante perto do hotel e voltamos na rodoviária para pegar o ônibus de 12h30 para Morro Vermelho, distrito de Caeté

 

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Ao chegarmos em Moro Vermelho às 13h15 que, apesar de ter sido o palco da primeira guerra civil do Brasil, nos pareceu o lugar mais pacato e bucólico no Caminho do Sabarabuçu, onde está a 1º igreja de alvenaria do Brasil (foto). Visitamos a igreja, conversamos um pouco com os locais e começamos nossa caminhada retorno para Caeté.

 

Os 9km até Caeté possuem sombra, subidas e descidas suaves e intenso trafego de veículos pesados de mineração. A bela paisagem e as construções da linha férrea fizeram desse trecho um dos mais prazerosos por onde caminhamos. Caminhando entre a bela vegetação do cerrado, veículos de manutenção da ferrovia e pontes gigantescas, chegamos em Caeté às 16h.

 

Depois de passar por toda a periferia e caminhar às margens de estradas sem acostamento, retornamos ao centro de Caeté. Embora não estivéssemos realmente cansados, resolvemos ficar descansando no hotel, já que opções noturnas em uma segunda-feira simplesmente não existem! Dormimos à meia noite, depois de jantar pizza delivery por pura falta de opção.

 

DICAS:

  • Há ônibus para Morro Vermelho, saindo da rodoviária de Caeté, somente às 5h30, 12h30 e 17h30.

  • Se desejar conhecer o interior da Igreja N. S. de Nazaré, pergunte aos moradores locais sobre quem guarda a chave da igreja.

 

Informações locais:

Hotel JM: R. do Rosário, 625, Centro - Tel: (31) 3651-2329 (apartamento duplo: R$40)

 

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(Estrada Real 2009) Dia 07: Caeté

 

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Acordei às 7h15 para tomar um café da manhã miserável e às 8h fomos conhecer Caeté! Visitamos primeiro na Igreja do Rosário (que é cercada por um cemitério - foto) e depois na riquíssima Igreja Matriz de N. Sra. Do Bom Sucesso e o Pelourinho do Poder (em frente a igreja). De lá fomos até a pequena Igreja de S. Francisco, cuja arquitetura lembra muito a igreja do Ó, em Sabará.

 

Às 10h45 voltamos ao hotel, arrumamos as coisas e nos informamos sobre como ir para Santa Bárbara. Às 12h, almoçamos no Restaurante Marina, e fomos conhecer o Museu Regional, que é bastante simples. Às 13h já não tínhamos mais o que fazer (todas as outras atrações eram longe) e o ônibus para Barão de Cocais só sairia às 16h30. Fomos então em uma lan house descarregar as fotos e enrolar. Voltamos para a rodoviária e embarcamos. Curiosamente, a viagem de 1h passa por dentro do impressionante complexo de mineração de Congo Soco.

 

Chegamos em Barão de Cocais (lugar que não me é desconhecido) às 18h mas nem saímos da rodoviária. Como o ônibus para Santa Bárbara (Viação Caraça, R$2,40) sairia às 18h30, resolvemos esperar lá mesmo. Embarcamos pontualmente e chegamos em apenas 30min de viagem. Nos hospedamos no Hotel Karaiba, que fica bem no centro da cidade. Tomamos banho e fomos jantar na Cantina da Mama, que é péssimo! Desanimados pelo jantar, mas ansiosos para conhecer o famoso Parque do Caraça no dia seguinte, fomos dormimos às 22h30.

 

Informações locais:

  • De Caeté para Barão de Cocais há ônibus somente às 9:00 e 16:00 (Viação Caraça - R$8,70).

  • Restaurante Marina: R. Peixoto de Souza, 18, Centro - TEL: (31) 3651-3682 (R$11,90/Kg)

  • Hotel Karaiba: Pç. Pio XII, 281, Centro - Tel: (31) 3832-1501 (apartamento duplo: R$40)

 

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(Estrada Real 2009) Dia 08: Caraça

 

Acordamos às 8h, tomamos um café da manhã exagerado, e às 9h estávamos com tudo pronto. Fomos então arrumar um jeito de chegar ao Parque do Caraça, que foi o motivo de virmos para Santa Bárbara e fica longe da cidade. Como não há nenhuma forma de transporte coletivo até lá, acabamos não tendo outra opção além de táxi, que sempre é a forma mais cara possível! Depois de muito pechinchar, achamos um taxista que nos levaria por R$80 e esperaria lá até a hora em que resolvêssemos voltar.

 

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Saímos então de Santa Bárbara às 10h e em 30min já estávamos na portaria do parque. O caminho até lá (em estrada de mão dupla, asfaltada e sem acostamento) é uma grane subidas, o que a torna inviável de ser feito a pé, mas por si só já é bastante impressionante. Pagamos a taxa de entrada (R$10/carro) e seguimos direto para a sede, onde chegamos 15min depois. Sem perder tempo, fomos ao Centro de Informações saber quais atrações iríamos visitar: optamos por deixar a igreja neogótica e os arredores (que é a parte com maior concentração de turistas) para o final, quando talvez estivesse mais vazia, e começamos pela Trilha da Capelinha. Trilha fácil, íngreme, curta (levamos apenas 30min) e muito bonita que leva até uma capela no alto do morro. Do alto tem-se uma esplendida vista de todo o santuário do caraça! O interior da capela é bem simples, o que torna as ruínas da senzala anexa (em ruínas) ainda mais curiosa.

 

Da Capelinha, seguimos por outra trilha até a Gruta de Lurdes. Seguimos por 40min por entre subidas íngremes, sol forte e vegetação fechada, nessa trilha que é bem mais difícil que o trecho anterior. Por uma coincidência incrível encontramos o Ticiano, um antigo veterano da faculdade que eu não via há pelo menos cinco anos, no meio da trilha! Como a gruta (que é pequena) fica mais em local mais baixo que a Capelinha, não há belos mirantes nem outras peculiaridades; tornando a trilha em si o principal atrativo.

 

Ficamos lá apenas o suficiente para recuperar o fôlego e voltamos à sede do parque (passando novamente pela Capelinha), onde chegamos às 13h20. Tínhamos a opção de almoçar mas, escolhemos usar todo o tempo disponível para conhecer outras coisas. Aproveitando que a maioria dos visitantes estavam almoçando, fomos conhecer o museu, que atualmente está na ala que pegou fogo em 1968. O acervo de obras e objetos do séc. XVI ao XIX é vasta e bem preservada.

 

Na sequência fomos conhecer a fantástica Igreja Neogótico N. S. Mãe dos Homens, a primeira igreja neogótica do Brasil e que possui um legitimo órgão de fole do séc. XIX. Ficamos por 30min apreciando, sozinhos, o magnífico interior do santuário, com suas pinturas, vitrais, imagens e a majestosa arquitetura. Somente às 14h saímos para ver o jardim e a fachada principal, que não são menos impressionantes.

 

Às 14h10 subidos o Morro do Calvário (que fica ao lado da igreja), um dos melhores ângulos fotográficos do local (foto). A subida é fácil, rápida e a vista é realmente única! Às 14h30 fomos encontrar o taxista para ir embora. Em menos de 30min estávamos de volta ao hotel para pegar nossas mochilas (deixamo-as guardadas lá) e fomos para a rodoviária: a viagem de volta começara. Tomamos o ônibus de 15h para Barão de Cocais e a viagem (de apenas 30min) foi tranquila.

 

Ironicamente, antes de sair de casa estávamos todo empolgados com a possibilidade de fazer uma parte da viagem de trem. Tão animados que compramos as passagens com antecedência, já imaginando as belas paisagens do caminho, e nem atentamos que no horário da viagem (de 18h05 a 19h40) já estaria tudo escuro e não veríamos nada! Como a passagem já estava comprada, não havia do que reclamar agora. Esperamos 20min na rodoviária de Barão de Cocais até o ônibus circular para a Estação Dois Irmãos passar e, em 15min, estávamos na minúscula e lotada estação. Mas o trem só chegou às 19h, com 1h de atraso!

Embarcamos tão logo o trem (que vinha lotado de Vitória-ES) chegou e, como prêmio por ter comprado passagem com antecedência, sentamos nas primeiras poltronas: bem em frente aos banheiros! Apesar do atraso e tudo mais, passar pelo complexo de Congo Soco foi novamente impressionante: mesmo à noite a atividade continua.

 

Chegamos em Belo Horizonte depois de 1h40 de viagem (como não houveram mais paradas, o tempo de viagem foi o previsto) quase às 21h e nos hospedamos no Hotel F1 pela última noite nessa viagem. Tomamos um merecido banho e saímos para comemorar: a viagem chegara ao fim e, dentro do possível, tudo saiu como o planejado. Cerveja, churrasco e nada de horário para dormir ou acordar no dia seguinte foi nossa recompensa!

 

Informações locais:

  • Ao contrario de quando estivemos lá, atualmente paga-se R$5,00/pessoa para entrar na Parque do Caraça. Estudantes têm desconto, mas é preciso consultar as condições com antecedência.

  • Os
horário de funcionamento e muitas outras informações úteis podem ser encontrados no site oficial do Santuário do Caraça. Algumas informações estão meio "escondidas" mas estão lá.

  • O
Trem (atualmente administrado pela Vale do Rio doce) faz diariamente a viagem entre Belo Horizonte-MG e Vitória-ES em aproximadamente 13 horas. Há algumas informações úteis (além das existentes no site oficial) no Guia do Viajante.

  • De Barão de Cocais para Santa Bárbara, há ônibus às 11h50, 13h40, 15h30 e 18h35 (Viação Pássaro Verde - R$2,60).

 

DICAS

  • Na trilha para a Gruta de Lurdes, fique atento às setas verdes pintadas no chão que indicam o caminho certo a seguir.

  • O órgão de fole é tocado todo segundo final de semana de cada mês por um organista de Belo Horizonte durante o horário da missa apenas.

 

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(Estrada Real 2009) Dia 09: Indo Embora

 

Acordamos com o fim do sono! Enrolamos até às 10h30 e então fomos buscar as coisas que tínhamos deixado com a Isabela.

 

Como já passava de 12h, fomos almoçar antes de tudo. Em seguida fomos na rodoviária para o Rodrigo comprar passagens de volta e, infelizmente, o ônibus para São Carlos sairia apenas às 21h15! Meu voo era apenas no final do dia, mas depois do tanto que havíamos caminhado, não estávamos animados para fazer muita coisa! Fomos então em uma lan house (descarregar e postar algumas fotos). Ficamos lá até 16h quando então fui para o aeroporto de confins.

 

Meu voo sairia apenas 19h40, mas ter chegado com antecedência foi providencial! Embarquei pontualmente e cheguei em Guarulhos às 20h30, trocando os 32ºC de Minas pelos 17ºC de São Paulo! Sem dúvida estava em casa novamente!

 

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