Membros RafiuskisTrotamundos Postado Janeiro 18, 2016 Membros Postado Janeiro 18, 2016 (editado) O post original deste tópico (com FOTOS) está aqui: https://rafatrotamundos.wordpress.com/2016/02/29/roteiro-1-da-chapada-diamantina/ Bom, primeiramente cabe dizer que não adianta ficar procurando na internet onde está o Roteiro 2 e o 3. Eles simplesmente não existem, pelo menos não com estes nomes. O Roteiro 1 é o primeiro e o mais imperdível dos roteiro oferecidos pelas agências de Lençóis. O segundo mais popular é o da Cachoeira da Fumaça, que inclui um longo deslocamento até o Vale do Capão e uma parada para banho do Riachinho, antes de retornar. Provavelmente o terceiro passeio mais vendido é o que inclui os Poços Azul e Encantado, nos municípios de Nova Redenção e Itaetê, respectivamente. Segundamente, você vai precisar de um carro. Alugar veículos em Lençóis é relativamente fácil, mas faça a reserva na véspera, pois você precisará sair muito cedo. Algumas locadoras oferecem a opção de meia-diária, o que é ótimo, pois você precisará do carro justamente durante 12 horas. Terceiramente, este roteiro foi pensado para aproveitar um pouquinho de cada tipo de atração no mesmo dia. Tem cachoeira, rio, gruta e pôr do Sol no alto de um morro com linda vista para os vales diamantinos. E não fica apertado fazer tanta coisa num dia só? Errrr, fica! Já que você tem o carro à disposição, pode fazê-lo com calma, dividindo em dois dias. É bem mais tranquilo para aproveitar as duas oportunidades de banho, no Poço do Diabo e na Fazenda Pratinha. Também é interessante se você for geólogo ou entusiasta e quiser conhecer mais de uma gruta. Acorde suficientemente cedo para sair às 7h30min de Lençóis. Se você for fazer em dois dias, pode dormir mais um pouquinho. Primeira parada: Rio Mucugezinho e Poço do Diabo Saindo de Lençóis, a primeira parada é o Poço do Diabo, que de diabólico só possui a escuridão da água. Vá ate o trevo da BR-242 com a BA-144, também conhecido como “entrada da cidade” e vire à esquerda. Após 7,5 km, você verá alguns carros e vans estacionados em em frente ao Restaurante Mucugezinho. Para descer até a cachoeira você precisa atravessar a loja de artesanato. Não é cobrada entrada. A descida leva cerca de 30 minutos com paradas para fotos. Basta seguir a trilha e na primeira bifurcação (onde existe uma espécie de guarita posto de controle abandonado), pegar à direita, até o rio Mucugezinho. Cruze-o e siga margeando. Cuidado para não escorregar quando o trecho se tornar íngreme: uma queda pode ser fatal. Não preciso, mas vou lembrar que você está no meio do nada e não existe hospital próximo, então seja prudente na hora de tirar fotos também, especialmente se estiver garoando. O caminho é fácil e as pessoas costumam parar para tirar fotos nos mesmo locais, portanto deixe o excesso de confiança na pousada e seja humilde para esperar que os outros terminem suas fotos antes de dividir um espaço limitado com eles. Chegando ao final da trilha, perceberá que a água é gelada, pois o Sol só incide na piscina mais próximo do meio-dia. Mesmo assim, o mergulho vale bastante a pena (leve uma toalha!). Nadando pelo poço até perto da queda da água, você encontrará uma corda submersa (na foto abaixo, é possível ver uma boia laranja flutuando; é ali que fica a corda). Ela ajudará você a nadar contra a correnteza até a lateral da cachoeira. É um lugar muito legal para meditar um pouco e recuperar o fôlego que você perdeu nadando na água gelada. Se você for fazer o Roteiro todo em apenas um dia, não demore para sair da água. Uma meia-hora de banho está de bom tamanho. Segunda parada: Gruta Lapa Doce ou Gruta da Torrinha (ou ambas!) Do Restaurante Mucugezinho, siga até a bifurcação da BR-242 com a BR-122 (exatos 30 km, pra facilitar sua vida) e dali mais aproximados 8 km até as entradas da Gruta Lapa Doce e Gruta da Torrinha. Veja bem, a Lapa Doce é a segunda parada tradicionalmente escolhida pelas agências pelo simples motivo de possuir um belo restaurante (naturalmente os guias preferem levar você para lá, pois o almoço de cortesia é um belo estímulo), porém todo o município de Iraquara, onde estão localizadas é um verdadeiro paraíso para os espeleólogos: são mais de DUZENTAS cavernas. A Gruta da Torrinha, também chamada de “gruta das raridades”, fica um pouco antes. Apesar de não possuir a mesma estrutura turística, é mais interessante do ponto de vista geológico. Eu, pessoalmente não sou muito fã de cavernas, mas gostei muito das formações minerais exóticas da Torrinha, especialmente da impressionante e minúscula flor de aragonita. Estive na Lapa Doce e achei um pouco desinteressante, talvez por já ter visto formações similares de estalagtites e estalagmites em outros locais. Claro, esta é uma opinião pessoal. Ambas grutas são muito valiosas e se você é fã de cavernas, covas, grutas e afins, poderá parar em ambas. Tenha em mente apenas, que se você for parar nas duas, não será possível descansar com calma na Fazenda Pratinha. Neste caso, será necessário um segundo dia. Atenção! Ambas grutas não são recomendadas para claustrofóbicos ou escotofóbicos. Apesar de ser um passeio super seguro, você precisará passar por locais apertados e escuros, além de caminhar agachado em alguns momentos. Se você tem fobia deste tipo de situação, não apenas não conseguirá aproveitar o passeio, como possivelmente irá atrapalhar o dos demais. Portanto, se você tem problemas com espaços fechados e escuridão, converse antecipadamente com o guia ou siga direto para a próxima atração. Terceira parada: Fazenda Pratinha e Gruta Azul A próxima atração pode ser considerada um dos lugares mais bonitos da Chapada: a Fazenda Pratinha. Saindo da Lapa Doce pelo mesmo caminho que você veio, simplesmente cruze a BR-122 e siga adiante. Quando chegar à pracinha do povoado, contorne-a pela direita e siga adiante, sempre reto até a Fazenda Pratinha. Existem algumas bifurcações que podem confundir, portanto não hesite em pedir informações (ou siga alguma van de agência, elas com certeza estão indo pro mesmo lugar). Na Pratinha também existe uma gruta, que você pode inclusive adentrar pela água (esta flutuação é cobrada à parte), mas mesmo que você não faça o passeio, pode ir até a entrada da “caverna aquática” para dar uma olhadinha e tirar fotos ali e no lindo deck que está próximo. Uma bela pedida para quem quer apenas relaxar, é ficar tomando uma cervejinha gelada enquanto se refresca de tempos em tempo na água do rio. Para isso, vá até a área que os locais chamam de “Prainha”, do outro lado do rio, mas ainda dentro da propriedade. Para quem não é pão-duro como eu gosta de tirolesa, dá pra descer do mirante até a Prainha em cerca de 30 segundos por módicos R$ 25. Up to you! Rio de água cristalina com estrutura de bar. Mais pra quê? Saindo da Fazenda Pratinha antes das 14h40min, é possível visitar a Gruta Azul ainda iluminada e sem grande concentração de pessoas. Esta gruta possui um efeito parecido com o do Poço Azul, com incidência de raio solares que iluminam a água de forma a provocar uma ilusão de ótica: a piscina é muito mais profunda do que parece e o fundo é visível com incrível clareza. O banho não é permitido. Quarta e última parada: Morro do Pai Inácio A última parada do Roteiro 1, já retornando para Lençóis, é o icônico Morro do Pai Inácio e seu lindo pôr do Sol. Para chegar até lá, você pode pegar um atalho por estrada de chão que evita que se faça todo o longo trajeto da vinda. Basta retornar pelo mesmo caminho da vinda por cerca de 500 metros e pegar a primeira estrada à direita. Peça informações aos funcionários da Pratinha a respeito das condições da estrada. Você precisa chegar ao Pai Inácio antes das 17h. Após este horário, não é mais permitida a subida de turistas. Conta a lenda que Inácio era um escravo e pai de santo que se envolvera afetivamente com a filha de seu captor. Diante da “ofensa”, este mandou que seu capazes matassem aquele. Inácio fugiu e subiu o morro que hoje possui seu nome, sendo perseguido. Ao chegar ao cume, não tendo mais para onde correr, Pai Inácio se lançou ao abismo, aparentemente cometendo suicídio. Acontece que ele já conhecia a região e pulou justamente de uma pedra que escondia uma plataforma logo abaixo. Esgueirando-se pela vegetação, Pai Inácio supostamente conseguiu descer o morro pelo outro lado, escapar dos capangas e viver o romance com a filha do escravocrata. A história é muito bonita, mas verídica ou não, o que importa é que a vista do local do “suicídio” de Pai Inácio é fantástica: uma verdadeira panorâmica de 360 graus a 1.120 m de altitude. A subida leva cerca de vinte minutos (300 metros) e de lá pode-se avistar a Serra do Sincorá e os famosos Três Irmãos. Espere pelo indescritível pôr do Sol, que fecha com chave de ouro este dia que certamente você jamais esquecerá. Editado Julho 19, 2016 por Visitante Citar
Membros Bruno Durval Postado Janeiro 18, 2016 Membros Postado Janeiro 18, 2016 Fala Rafa, Brother, eu e mais alguns amigos estamos nos organizando pra ir para chapada e não gostaríamos de contratar agência por custo beneficio e pra não ficarmos preso a um guia. Saberia me informar valores, dicas e etc. .. Abraço. Citar
Membros Simone Queiroz Postado Janeiro 18, 2016 Membros Postado Janeiro 18, 2016 Eu e uma amiga temos o mesmo interesse. Estamos preferindo alugar um carro e fazer os passeios apenas com um guia e não com uma agência. Citar
Membros Andre_Alves Postado Janeiro 21, 2016 Membros Postado Janeiro 21, 2016 Boa dica! O que tá pegando pra mim é o fato de ir sozinho e ainda ter que arrumar galera pra dividir carro e guia. Espero encontrar pessoal disposto lá na Chapada, ainda mais chegando às 19h do dia anterior a essas trilhas. Citar
Membros RafiuskisTrotamundos Postado Fevereiro 9, 2016 Autor Membros Postado Fevereiro 9, 2016 Galera, desculpem a demora pra responder. As agências estavam cobrando entre 140 e 160 por pessoa até a metade do ano passado. Não há necessidade de contratar guia para este roteiro... é só seguir o mapa que fiz e observar as distâncias indicadas. O único trecho que pode gerar alguma dúvida é entre a Pratinha e o Pai Inácio, mas é só sair um pouquinho mais cedo que você chegará tranquilamente. Na dúvida, não hesite em pedir informação. É tanta gente fazendo o mesmo trecho, que basta seguir os outros carros... Fiquem tranquilos que dá pra economizar essa grana. Citar
Membros Tamiresdsp Postado Março 11, 2016 Membros Postado Março 11, 2016 Pessoal, Vou semana que vem para Chapada com uma amiga e estamos com muita dúvida entre alugar um carro em Salvador ou direto em Lençóis. RafiuskisTrotamundos, vc sabe de alguma agência que aluga por esse meio período com a qual podemos entrar em contato com antecedência? Tem idéia de valores Muito obrigada desde já! Citar
Membros Ernani Yoshinaga Postado Março 22, 2016 Membros Postado Março 22, 2016 Olá, tô indo em maio pra lá.Poderia informar quanto pagou o aluguel do carro por 12h e quanto seria para 24h? Segundamente, você vai precisar de um carro. Alugar veículos em Lençóis é relativamente fácil, mas faça a reserva na véspera, pois você precisará sair muito cedo. Algumas locadoras oferecem a opção de meia-diária, o que é ótimo, pois você precisará do carro justamente durante 12 horas. Citar
Membros Tamiresdsp Postado Março 26, 2016 Membros Postado Março 26, 2016 Olá, tô indo em maio pra lá.Poderia informar quanto pagou o aluguel do carro por 12h e quanto seria para 24h? Segundamente, você vai precisar de um carro. Alugar veículos em Lençóis é relativamente fácil, mas faça a reserva na véspera, pois você precisará sair muito cedo. Algumas locadoras oferecem a opção de meia-diária, o que é ótimo, pois você precisará do carro justamente durante 12 horas. Eryoshi, Em Lençóis eu encontrei a locadora Lukdan, procure por eles no Facebook, não achei site. Eles alugam por meio período, no fb tem os preços. Eu acabei alugando direto de Salvador, pela Foco, outra empresa recomendada por usuários aqui do site. Ficou bem mais em conta do que outras locadoras Citar
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