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30 dias - Inglaterra, Holanda, República Tcheca, Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia e Rússia - SET/OUT 2015


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Dia #21 | 03/10/2015 | Vilnius - Riga - Vilnius - Riga (não, não tá errado!)

 

O dia mais tenso da viagem. Em todos os sentidos. Acordei no hostel em Vilnius, arrumei a mala e fui pra rodoviária pegar o ônibus pra Riga. Às 10h o ônibus partiu. Depois de umas 2 horas de viagem, já quase na fronteira entre a Lituânia e a Letônia, coloquei a mão dentro da mochila onde guardo a doleira e... cadê a doleira? Ficou no hostel... com uns 2 mil euros (ou seja, todo o dinheiro restante da viagem) + cartão de crédito + cartão de débito. Já bateu aquele desespero, pensei em pedir pro motorista pra descer mas não adiantaria nada, iria ficar no meio da estrada e fazer o quê? Botei a mão no bolso da calça e tinham uns 40 euros, ou seja, daria pra chegar em Riga e pegar um ônibus de volta pra Vilnius. Mas o problema maior era: E SE A DOLEIRA NÃO TIVESSE LÁ? Aproveitei o wi-fi do ônibus e mandei um e-mail pro Jimmy Jumps Hostel explicando toda a situação e torcendo pra eles serem gente boa. Uns 15 minutos depois veio a resposta: "Sim, está aqui. Pode voltar que estamos te esperando". Finalmente bateu um alívio.

 

Às 14h cheguei em Riga e logo corri pro guichê da Lux Express pra saber qual o próximo ônibus pra Vilnius. E mais do que isso, torcendo pra que a passagem custasse menos do que 40 euros, que era todo o dinheiro que eu tinha. Iria sair um às 16h e custava 20 euros. Perfeito! Como ainda faltavam 2 horas, fui até o hostel que eu tinha reservado, o Naughty Squirrel Backpackers, deixar a mala cargueira e fazer o check-in. Mais uma vez minhas anotações de caminho me deixaram na mão. Parei num centro de atendimento ao turista na praça central, peguei um mapa e finalmente achei o tal do hostel. Bem legal o lugar, bastante organizado e com quartos e banheiros bem bons. Cada cama do hostel tem o nome de uma cidade do mundo. Acabei ficando na cama "São Paulo". No check-in você ainda ganha um shot de uma bebida típica da Letônia. Não lembro o nome, mas era escura e extremamente forte. Depois do stress todo da viagem caiu bem :)

 

Voltei pra rodoviária e às 16h peguei o ônibus pra Vilnius, chegando lá às 20h. Corri pro hostel mais rápido que o Usain Bolt e lá estava minha doleira com todo o dinheiro e os cartões. ::mmm: Agradeci bastante o pessoal na recepção e corri de volta pra rodoviária pra ver se ainda dava tempo de voltar pra Riga. Comprei uma passagem pras 22h e às 02h da manhã cheguei. Foi um dia praticamente só dentro do ônibus, somando as 4 viagens de 4h cada entre Vilnius e Riga, passei 16h dentro do busão. Mas felizmente não perdi o dinheiro, o que é o mais importante.

 

Chegando no hostel, só capotei.

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Dia #22 | 04/10/2015 | Riga

 

Os companheiros de quarto fizeram barulho e roncaram a noite toda, não dormi muito bem. Acordei e saí pra dar uma volta pelas vielas de Riga. A cidade é bem pequena e quase tudo dá pra ser feito a pé. Depois de andar um tempão e tirar várias fotos das belas paisagens da cidade, parei pra almoçar no Fridays. Aproveitei pra usar o wi-fi e vi que tinha um e-mail do hostel Tallinn Backpackers, onde eu me hospedaria em Tallinn, o próximo destino. Dizia que o hotel estava com algum problema de infraestrutura e iria ficar fechado por um tempo. Fiz uma busca no Booking.com e não aparecia nada com preço bom, acho que por ser muito em cima da hora. Acabei que reservei um hotel mesmo e lá em Tallinn procuraria algum hostel pessoalmente.

 

Comprei umas coisas pra comer (batata frita, cerveja, chocolates) e sentei num parque pra somente relaxar e ver a vida passar. Na volta pro hostel ainda passei pelo mercado municipal de Riga, que fica ao lado da rodoviária.

 

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No hostel não tinha muita gente na sala de convivência, então o jeito foi fuçar na internet as possíveis atrações pra se visitar no próximo destino: Tallinn. Me animei com o fato de que Tallinn está a 2 horas de barco de Helsinque, na Finlândia. Meio que de impulso decidi tentar ir já no dia seguinte pra Tallinn e lá reservar um dia pra ir até Helsinque fazendo um bate-volta. Dormi cedo.

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Dia #23 | 05/10/2015 | Riga- Tallinn

 

Acordei bem cedo, arrumei a mala e fui pra rodoviária na tentativa de trocar minha passagem pra Tallinn (que era pro dia seguinte). Deu certo mas tive que pagar uma pequena taxa de 2 euros pela mudança, nada mal.

 

Cheguei em Tallinn lá pelas 14h. Só tinha notas de 20 e 50 euros pra pegar o tram até o hotel, que custava 1,60. Já imaginando que não iriam aceitar no tram tentei trocar numa loja de conveniência na rodoviária mas também não tinham troco. Saí na rua e consegui trocar numa pizzaria comprando uma coca-cola. Embarquei no tram (passa um atrás do outro, muito rápido) e depois de umas duas estações entraram uns fiscais pra conferir se o pessoal estava viajando com bilhetes válidos. A maioria das pessoas usa um cartão eletrônico, aí o fiscal pega o cartão e passa num sensor pra ver se ele é válido. No meu caso, que tinha comprado um bilhete unitário de papel, o fiscal passou num leitor que acendeu uma luz verde, indicando que ele era válido. Ufa ::mmm:

 

Uns 15 minutos depois cheguei na estação Balti jaam e o Economy Hotel era logo em frente. Fiz o check-in, guardei as malas, tomei um banho e fui conhecer Tallinn. Saindo do hotel passei por um parque e subi longos degraus até um mirante de onde se tinha uma vista incrível da cidade. Uma excelente primeira impressão de Tallinn, que só se confirmou ao longo dos dias. Tallinn é uma mistura de cidade do interior com um toque medieval. Ruas estreitas, com calçamento de pedra, casarões antigos, igrejas, arcos, subidas e descidas com degraus sem fim marcam a cidade.

 

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Na praça central parei pra comer hamburguer num restaurante meio caro, mas muito gostoso. Tomei também a famosa cerveja com mel. Reparei que em quase todos os restaurantes ao ar livre tem cobertores nas cadeiras. Achei que era mera decoração mas chegando o anoitecer vi que bastante gente literalmente se cobre nas mesas pra comer e beber. ::Cold::

 

Voltei andando pro hotel e no caminho um senhor muito engraçado tentou me vender CDs de música estoniana. Ele ia tirando um CD atrás do outro de uma bolsa e explicando detalhadamente as bandas e músicas. Não comprei nenhum mas achei curioso. Antes de dormir comprei a passagem de navio pra Helsinque, no site da Tallink.

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Dia #24 | 06/10/2015 | Tallinn

 

Tomei café da manhã no hotel e mudei de ideia quanto a procurar um outro lugar pra ficar. O Economy Hotel é simples mas com preço justo pelo que oferece, além da localização que era muito boa. Depois de comer fui andar meio sem rumo e acabei indo parar no porto. Foi bom pra conhecer o caminho que eu faria no dia seguinte. Voltando pro centro passei em alguns museus e parei pra comer no Olde Hansa, um restaurante que eu já tinha lido elogios. Logo na entrada você ganha um vale-drink e uma mulher com roupas medievais te acompanha até a mesa. A decoração é toda rústica, escura e retrata fielmente uma taberna medieval. Os pratos e copos são de barro e em cada mesa a iluminação é feita por uma vela. Comi um salmão e bebi a cerveja com mel novamente, além de uma bebida bem forte com o vale-drink que ganhei na entrada. Saiu caro mas valeu a experiência.

 

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Na saída tava um frio violento. Aproveitei pra tirar mais umas fotos e voltei pro hotel pra dar uma esquentada. Mais tarde fui em um mercado em frente o hotel pra comprar guloseimas mas voltei logo porque o frio tava realmente cortante. Tanto que comprei uma cerveja em temperatura ambiente e deixei na janela pra testar se ficava gelada. 20 minutos depois parecia que ela tinha saído do freezer. Fiquei de bobeira no quarto e peguei no sono cedo.

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Dia #25 | 07/10/2015 | Tallinn - Helsinque - Tallinn

 

Acordei cedo, tomei café no hotel e fui andando até o porto. Tem umas máquinas pra você imprimir seu cartão de embarque no navio, você digita o código da reserva e a máquina imprime seu cartão. O porto é mais ou menos como um aeroporto, as pessoas ficam esperando em um saguão a chamada para o embarque. Após o anúncio no alto-falante uma multidão se aglomera na fila pra embarcar. Na ponte do embarque uma policial me parou e pediu pra ver meu passaporte. Ela foi extremamente gentil mas notei que só eu fui parado em meio a centenas de pessoas.

 

Imaginei que seria um barco estilo balsa, mas não. Era um legítimo navio de cruzeiro, com um lounge imenso, bar, máquinas caça-níquel, supermercado, loja de perfumes, eletrônicos, etc. Subi pro deck pra olhar a vista mas um vento absurdo me impediu de ficar lá. ::Cold:: Duas horas depois cheguei em Helsinque. No desembarque mais uma vez fui o escolhido pelo policial pra mostrar o passaporte.

 

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Peguei um mapa no porto e decidi começar a explorar Helsinque na boa e velha caminhada. Peguei umas ruas erradas mas finalmente cheguei no que parecia ser o centro da cidade. Na plataforma de tram que fica em frente a estação central de Helsinque comprei na máquina automática por 8 euros um bilhete que dava direito a múltiplas viagens de tram durante 24 horas. Embarquei na linha 2, que leva até o outro lado da cidade. As linhas 2 e 3, que na verdade são a continuação uma da outra, formam um trajeto em "8" e passam pelos principais pontos de Helsinque. Então por 8 euros você tem direito a um city-tour adaptado, afinal você pode descer em qualquer ponto e pegar novamente o tram quantas vezes quiser.

 

Parei pra almoçar numa feirinha e comi um mexidão com lula, camarão, peixe e batatas bem bom. Depois andei acompanhando o trajeto do tram, sentei nas imensas escadas da Catedral pra tomar sol e espantar o frio, passei por um shopping, tirei fotos e fui retornado para o porto pra pegar o navio de volta pra Tallinn.

 

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Às 19h30 o navio saiu de Helsinque e 21h30 pontualmente chegou em Tallinn. No desembarque rolou uma fila grande porque muita gente sai da Estônia e vai pra Finlândia (ou vice-versa) somente pra fazer compras no mercado free-shop do navio. Por isso é bem comum ver gente carregando inúmeros engradados de bebida, cigarro e outros produtos.

 

Voltei andando pro hotel num baita frio (pra variar) e só dormi.

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Dia #26 | 08/10/2015 | Tallinn

 

Peguei uns panfletos de "coisas pra se fazer em Tallinn" na recepção do hotel. Me animei em conhecer um stand de tiro e experimentar atirar de verdade, algo que nunca tinha feito. Olhei no mapa o endereço de um stand e imaginei que seria perto pra ir caminhando. Era mais longe do que eu esperava e andei por mais de uma hora mas cheguei.

 

Chegando lá o rapaz que me atendeu disse que eu só poderia atirar se tivesse feito reserva antecipadamente. Enchi um pouco o saco e ele acabou liberando, já que não tinha ninguém agendado praquela hora. Paguei 60 euros num pacote que dava direito a dar uns 100 tiros com diversas armas diferentes e foi bem divertido. No final levei de brinde o alvo de papel todo cheio de buracos. Na saída tava chovendo e resolvi pegar o tram pra voltar pro hotel. Acabei passando do ponto e indo parar lá no centro. Aproveitei que já tava por lá e almocei num restaurante italiano bem meia boca. A chuva só apertava mas quando deu uma pausa consegui voltar correndo pro hotel. O restante do dia foi só chuva e frio. :cry: Aproveitei pra arrumar a bagunça na mala porque no dia seguinte iria pra Rússia, o último destino da viagem.

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Dia #27 | 09/10/2015 | Tallinn - São Petersburgo

 

Acordei bem cedo, peguei o tram que passava em frente ao hotel e fui pra rodoviária pegar o ônibus pra São Petersburgo. Depois de umas duas horas de viagem o ônibus para na imigração da Estônia e uma policial entrou no ônibus e pediu todos os passaportes dos passageiros. Uns 15 minutos depois ela voltou com os passaportes carimbados. Poucos metros a frente o ônibus pára na imigração russa. Aí todo mundo teve que descer e ficar na fila para passar na imigração. Estava um pouco apreensivo pois tinha lido muitos relatos de truculência e mau-humor dos oficiais russos. Mas foi bem tranquilo, entreguei meu passaporte pra policial na cabine, ela olhou pra foto e pro meu rosto e carimbou, sem fazer nenhuma pergunta (ainda bem, porque não falo uma palavra em russo).

 

Umas 2 horas depois chegamos em São Petersburgo. O ônibus faz várias paradas chegando na cidade e aí em cada um descia um pessoal. Na penúltima parada desceram os últimos passageiros e só fiquei eu dentro do veículo. Uns minutos depois o motorista parou e gritou umas palavras em russo que eu não faço a menor ideia do que significava. Pelo que eu tinha pesquisado, o ônibus pararia próximo de uma estação de metrô. Olhei pela janela e não vi nem sinal de metrô, então fui tentar "dialogar" com o motorista. Óbvio que não tive sucesso. Ele praticamente me enxotou do ônibus. Então desci e vi que do outro lado da avenida tinha uma rodoviária (eu achava que era), então resolvi entrar pra tentar pegar algum tipo de informação, afinal eu não tinha a menor noção de onde estava. Na entrada havia um detector de metais e começou a apitar quando eu passei. Logo, dois soldados do exército se aproximaram com um cão farejador e me apontaram a mochila e o chão (ou seja, põe a mochila no chão). Coloquei e o cachorro ficou cheirando mas (felizmente) não deu nenhum sinal pros soldados. Após a cena insana fui tentar perguntar alguma coisa pros soldados mas eles simplesmente me ignoraram. ::otemo::

 

Tinham algumas lojinhas na rodoviária mas desisti de perguntar ao passar na frente delas e receber sempre um olhar meio desconfiado. A última saída era buscar um wi-fi pra pesquisar no Google Maps. Consegui uma conexão na rodoviária mesmo, bem lenta mas suficiente. Vi que a estação de metrô era uns 500 metros dali, então fui andando e finalmente bateu um alívio ao ver o "M" do metrô na frente da estação. O problema é que eu não tinha rublos, só euros. Anexo a estação tinha um shopping, então imaginei que teria uma casa de câmbio, mas não. E de novo não consegui perguntar a ninguém se havia alguma por perto. Fui num caixa eletrônico e rezei pra conseguir sacar pelo menos um pouco de rublos e acabou que deu certo. Saquei 1000 rublos com o cartão do Santander que eu uso aqui no Brasil mesmo.

 

Peguei o metrô e, como já estava na linha certa, foi só esperar algumas estações pra chegar na que ficava próxima ao hostel Soul Kitchen. Fui andando do metrô e achei facinho. O hostel é muito bem localizado, fica na beira do rio Moika, perto da avenida Nevsky Prospekt (avenida principal da cidade) e a poucos metros das principais atrações da cidade. O rapaz da recepção foi bem simpático (finalmente a primeira demonstração de simpatia dos russos), me deu um mapa e anotou lugares pra comer, trocar dinheiro, etc. Fiquei num quarto pra 4 pessoas e raramente encontrava meus colegas de quarto.

 

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Deixei as mochilas no quarto e fui dar uma volta pelas redondezas. Tava um frio absurdo, chegou até a nevar bem de leve. Acabei comendo numa barraquinha de rua, voltei pro hostel e fiquei enrolando por lá até dormir.

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Dia #28 | 10/10/2015 | São Petersburgo

 

Acordei e fui procurar um lugar pra tomar café da manhã. Parei numa lanchonete e comi uma espécie de misto quente bem ruim e um milk-shake pior ainda. Devia ser o primeiro milk-shake que vendiam em meses, visto o frio que fazia. Derrubei sem querer o milk-shake na mesa e a atendente veio limpar com uma cara de poucos amigos.

 

Depois fui na Catedral do Sangue Derramado e fiquei um bom tempo lá tirando fotos e analisando a beleza desse lugar. Eu não sou nada religioso nem fã de igrejas, mas essa catedral é coisa de outro mundo. A decoração, tanto fora quanto dentro, é impressionante. Nos outros dias eu sempre dava um jeito de passar lá em frente, já que ela era bem próxima do hostel. Em seguida fui na Catedral de St. Isaac mas só paguei o ticket que dava direito a subir no mirante. Lá de cima dá pra ter uma bela vista da cidade em 360º.

 

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Durante a volta pro hostel decidi que queria fazer uma tatuagem pra marcar a viagem, que já tava no fim. Procurei na internet alguns lugares próximos e fui em um que era ali perto e que pareceu confiável. Conversei com o tatuador em um inglês misturado com russo misturado com latim e marquei pro dia seguinte. ::mmm:

 

Andei mais um pouco e como tava anoitecendo parei num pub pra beber umas cervejas. Também comi um prato de carne de porco com batatas bem esquisito (espero que aquilo seja porco mesmo). Voltei pro hostel e capotei.

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Dia #29 | 11/10/2015 | São Petersburgo

 

Fui logo cedo ao Museu Hermitage pra tentar evitar as famosas filas de lá. Mesmo chegando quase uma hora antes de abrir já tinha uma fila, mas andou bem rápido. Na fila conversei com um casal de brasileiros. Contei sobre a minha chegada tumultuada a Rússia e que tinha tentado pedir informação a policiais e eles me ignoraram. O casal falou que tinha lido em vários guias turísticos sobre a Rússia que era totalmente não-aconselhável pedir informação a policiais. ::essa::

 

Fiquei umas boas 2 horas andando pelos salões do Hermitage. O lugar é enorme e não dá pra visitar tudo em um dia só. Não pode entrar com mochilas, então eles disponibilizam um guarda-volumes gigantesco no térreo. Também tem uns fones de ouvido com um aparelho (não é gratuito) que vão dando informações a medida que você anda pelo museu e para em frente a determinadas obras.

 

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Saí de lá, almocei na Pizza Hut e voltei pro hostel pra enrolar até a hora de fazer a tattoo. Aproveitei pra calcular o número que eu queria que fosse tatuado. Explicando: queria tatuar a distância de Londres (onde tudo começou) até São Petersburgo (onde ia terminar). Fiz umas pesquisas no Google Maps e acabou que deu o número 3466. Claro que é um número aproximado, mas o que vale é a lembrança. Foi engraçado porque o tatuador mal falava inglês mas (felizmente) entendeu o que eu queria. Foi bem rápido e paguei barato (algo em torno de 200 reais, não lembro quanto foi em rublos).

 

Na volta pro hostel parei em outro pub pra comer um strogonoff e beber mais umas cervejinhas, as últimas da viagem. Cheguei no hostel e dormi.

 

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Dia #30 | 12/10/2015 | São Petersburgo

 

Fui aproveitar o último dia da viagem e andei meio que sem rumo pela cidade. Fui até uma ponte que divide São Petersburgo ao meio. Em algumas horas da madrugada a ponte levanta e fica assim até o começo da manhã. Então se você tá do outro lado não consegue voltar até amanhecer. Encontrei uma praia e fiquei lá sentado tomando sol pra espantar o frio. Ao meio-dia um estrondo absurdo de canhão fez tudo tremer. Logo ao lado de onde eu tava tinha um forte e pelo que entendi todo dia ao meio-dia eles dispararam um canhão. ::hein:

 

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Saindo de lá acabei caindo sem querer na Avenida Nevsky e, como ela é a principal da cidade, andei até o fim pra ver o que tinha. Na volta parei num shopping pra almoçar e depois de analisar as opções da praça de alimentação, escolhi pelo Burger King. Apontei pra mulher da caixa o que eu queria: um hamburger com um copo de bebida preta que eu acreditava ser Coca-Cola ou Pepsi. Era café. :lol:

 

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Já tava quase anoitecendo, então voltei pro hostel pra pegar as malas e ir para o aeroporto. Saindo do hostel andei algumas ruas e cheguei na estação de metrô. De lá fui até a estação Moskovskaya porque de lá saem os ônibus para o aeroporto. Se a cobradora do ônibus achar que suas malas são muito grandes ela cobra duas passagens. Tive que me espremer num canto pra que ela cobrasse só uma. Uns 30 minutos depois cheguei no aeroporto de São Petersburgo. Ainda deu tempo de comer um prato mexicano num restaurante na área de embarque. O avião pra Moscou partiu às 23h.

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