Membros de Honra mcm Postado Dezembro 15, 2015 Membros de Honra Postado Dezembro 15, 2015 Há tempos que eu andava de olho numa rota para Porto Seguro. A gol tem um voo que sai de noite e volta de madrugada. Ideal para um fim de semana. Queria muito explorar aquela região, há muitas praias por ali que tenho interesse em conhecer. O ideal, claro, era passar semanas (meses?) explorando aquele litoral baiano. Mas, por ora, tentamos fazer isso em fins de semana e feriados. E assim conseguimos passagens a preços aceitáveis, ainda que não promocionais, para o feriado de 20 de novembro (no Rio felizmente é feriado!). Já estivéramos em Porto Seguro e Arraial da Ajuda anos atrás, numa viagem de navio que fizemos. Foi coisa de um dia somente, não posso dizer que conheci essas cidades devidamente. Ainda assim, optamos por fazer base em Trancoso dessa vez e, de lá, talvez fazer algum passeio num dos três dias. Se as condições fossem boas, a ideia era esticar até a Praia do Espelho. Chegamos em Trancoso já de noite. Rolava uma grande festa num restaurante, logo vimos que era de casamento. Consta que Trancoso tornou-se destino comum de casamentos. Na verdade consta que Trancoso foi “descoberta” por hippies e, mais tarde, por uma galera de grana de São Paulo. Hoje em dia bomba ao extremo no réveillon e, em menor escala, no restante do verão. No restante do ano são os casamentos que sustentam o turismo da cidade. Isso foi o que pesquei conversando por lá, googleando deve sair uma história mais completa da região. Nossa chegada foi tarde, mas ainda deu tempo de irmos em algum bar celebrarmos nossa chegada. Sempre gosto de celebrar a chegada, quando não chegamos no meio da madrugada. Dia seguinte fomos explorar o Quadrado. Ricardo Freire, com propriedade, diz que o teorema (?) de Trancoso é facilmente resolvido: amor ao Quadrado ou indiferença ao Quadrado. Ou seja, se aquela área não lhe diz nada, Trancoso não é para você. Acho que é por aí. Achamos o Quadrado uma área muito bacana, muito bonita, aconchegante. Um charme mesmo. Gostamos muito. E disponível para todos os gostos e bolsos – Trancoso não é, necessariamente, um lugar caro. Nós, por exemplo, ficamos na Pousada Bom Astral, opção econômica bem no Quadrado (com um café da manhã surpreendentemente bom!). Igreja de São João Batista, símbolo maior do Quadrado de Trancoso Trancoso ao amanhecer Futebol de fim de tarde no Quadrado O Quadrado é um grande, amplo descampado no alto de uma falésia, com uma igreja um pouco antes do mirante para a praia. Uma mega praça, talvez. Até porque é ali que rola o futebol de fim de tarde. As traves estão lá no gramado central. É rodeado de casinhas que já foram de moradores hoje tidos como históricos (há casas com placas informando de quem foi a casa), mas que hoje em dia são majoritariamente pousadas, restaurantes e lojas. Rodamos bastante nessa primeira manhã, para explorar a região. Não é grande. Depois descemos para a praia. As praias de Trancoso são duas, basicamente: Nativos e Coqueiros. Há outras, mais afastadas. No primeiro dia, saímos andando para o sul, para explorar as praias. Não andamos muito, fomos até Pratimirim, coisa de menos de 1,5 hora. Demos um tempo na foz de um rio por lá e voltamos. Era maré alta, o que dificultava a caminhada em alguns trechos – mas nada impeditivo. Aliás, no período em que estivemos a maré baixa estava relativamente alta e era às 4-6 da manhã. Complicado de curtir! Na volta da caminhada paramos na Praia dos Coqueiros. Ficamos na barraca da Silvana. Escolhemos aleatoriamente. Na verdade, apenas buscamos um lugar para estacionar e beber, e curtir o visual e o mar. No fim da tarde, na volta da praia, comíamos uma tapioca, na ótima Tapioca da Sandra, quase na entrada do Quadrado. Depois de um banho e da badalação noturna pela região, jantávamos cedo e dormíamos cedo. Cervas e caipiras permeavam o dia, daí o sono prematuro. Na Praia dos Coqueiros vale a pena pesquisar os cardápios e preços, não são tabelados. A Barraca do Jonas é mais comentada em alguns guias. Ficamos lá um dia e fomos muito bem atendidos. Não posso falar dos petiscos, não comemos em nenhuma das barracas. Praia dos Coqueiros Noutro dia fomos andando em direção ao norte, até depois da Praia do Rio da Barra. Voltamos quando a maré não permitia ultrapassar alguns blocos de pedras com segurança. Nesse dia paramos numa das barracas da Praia dos Nativos. Não gostei das cervas disponíveis. Fomos para a barraca do lado, a mesma coisa em termos de cervas. Para piorar, cobravam consumação mínima, ou taxa mínima, sei lá. Dispensamos e fomos para a Praia dos Coqueiros. Foi quando paramos na Barraca do Jonas. Entre as duas praias (Nativos e Coqueiros) tem a foz do Rio Trancoso, uma área legal de curtir. É exatamente a visão que se tem do alto do Quadrado. A uma meia hora a norte dali tem a foz do Rio da Barra, uma área muito mais reservada para se curtir. Praia do Rio da Barra No último dia choveu muito na madrugada. Acordamos para o café e a chuva prosseguia. Havíamos reservado um passeio até Caraíva para esse dia, mas não rolou depois de tanta chuva. Acabou que a chuva arrefeceu no meio da manhã. Saímos para passear então. O céu manteve-se nublado ao longo de todo o dia, com breves aberturas de sol. Curtimos novamente um pouco da praia dos Coqueiros. Como era domingo, aproveitamos para voltar mais cedo da praia almoçar na famosa feijoada da Casa da Glória. De fato, bem saborosa. Ambiente muito agradável. Ainda passeamos bastante pela área e fizemos nossa saideira com pizza. Dia de leseira. Ou melhor, três dias de leseira – considerando que andamos muito menos do que estamos habituados. Fomos dormir cedo, partiríamos no começo da madrugada para Porto Seguro, e, de lá, para o Rio. E assim foi mais um feriado desbravando algum canto do Brasil. Citar
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