Membros de Honra MariaEmilia Postado Outubro 5, 2009 Membros de Honra Postado Outubro 5, 2009 Viagens / UOL http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/10/05/ult4466u730.jhtm [align=justify]Em Isla Margarita, na Venezuela, turista encontra belas praias, histórias e muita salsa Robert Rodriguez em Isla Margarita não é cineasta, e sim taxista. Mas, para dar um frio na barriga, tá ali com o homônimo. Todo venezuelano dirige correndo, colado no carro da frente e com a buzina o mais exagerada possível e nosso amigo não fica atrás. Ao contrário, procura sempre ficar à frente de todos. "¡Las novelas brasileñas son muy atrevidas!", diz enquanto dirige e também olha o mapa aberto no volante, chutando de vez em quando onde estamos ou para onde vamos. Ele não precisa de mapa, saiu de Isla uma vez na vida e tem todos os caminhos muito bem decorados. Apesar de ser uma grande ilha com diversos povoados, eles são tão dependentes e ligados entre si que tudo funciona como se fosse uma cidade só. Melhor: cada cantinho tem seu charme e isso faz com que o trânsito seja fácil para quem utilizar qualquer meio de transporte. A ilha é dividida em duas partes que são ligadas pelo Parque Nacional de La Restinga. Antes dos espanhóis, o povo Guaiqueri habitava Paraguachoa, o lado oeste da ilha. Esse é o maior, mais montanhoso e o mais abundante em água e até hoje segue sendo o mais povoado, enquanto o lado leste, Macanao, é mais árido e vazio. Somada às ilhotas de Coche e Cubágua, Isla Margarita forma o estado de Nueva Esparta, o único insular da Venezuela, que vive basicamente de turismo, comércio e pesca. Pérola do Caribe Pode parecer exagero de Robert dizer que não gosta de sair de lá - foi a Caracas uma vez e viu que o trânsito não era pra ele -, mas a "Pérola do Caribe" encanta muito. Além de todas as belezas naturais que o lugar possui, o apelido veio da grande quantidade de pérolas encontradas na época de seu descobrimento, o que foi uma grande e perfeita desculpa para que os espanhóis fundassem a primeira cidade, hum... espanhola, do novo mundo. Isso foi em 1498, quando o cabeça da empreitada não era ninguém menos que o própio Colombo, mas só o mar de tons verdes já seria uma ótima razão para que se instalassem ali. Ou não. Nueva Cádiz, que na verdade está na "isleta" de Cubágua, precisou ser abandonada por conta da invasão violenta das águas e sucessivos ataques de piratas - tudo vindo desse lindo mar. O encanto mostrou-se perigoso, as pérolas não rendiam mais tanto assim por conta da grande quantidade de indígenas que morriam durante os mergulhos e então o lugar ficou meio abandonado, tendo hoje apenas alguns ranchos de pescadores, enquanto em Margarita, as cidadezinhas foram se desenvolvendo até virarem os centros desenvolvidos de hoje. Parte desta história pode ser vista e acompanhada nas ruínas de Nueva Cádiz, que é hoje um patrimônio nacional, em Ansunción e no Museu Pueblos de Margarita, vizinho do pueblo de Juan Griego. Nueva Cádiz mantém o traçado da cidade nos alicerces das paredes. O maremoto que devastou o lugar em 1541 mantém até hoje um mistério envolvendo a história da cidade, pois no fundo do mar é possível mergulhar e ver fileiras de colunas feitas com monolitos cuja origem ainda é pesquisada. O que se sabe é que tais rochas não são de lá, o que aumenta ainda mais o curiosidade sobre o fato. Em Cubágua, além do mar, dá pra tomar um banho de lama que, segundo o que dizem, cura tudo. Asunción foi fundada em uma posição estratégica na ilha, com a finalidade de vigiar o lado leste e o oeste, pois dá pra ver quase tudo de lá. Os margariteños já acham o lugar frio de cima das montanhas. Ali estão os principais monumentos históricos do local, como o convento de San Francisco, a catedral de Nossa Senhora da Assunção, a Ponte de Pedras ou Ponte Colonial e a fortaleza de Santa Rosa, que manteve presa a heroína Luísa Cáceres de Arismendi, que participou da independência contra o domínio espanhol. A cidade é a capital de Nueva Esparta e mantém o nome original da ilha, em homenagem à virgem do dia. De acordo com uma das versões, este nome homenageia a rainha da Áustria. O Pueblos de Margarita é um museu criado com a finalidade de divulgar o folclore e a música margariteños. Instalado em um prédio no estilo de uma vila colonial, é um passeio quase obrigatório para ter uma noção de como as coisas funcionavam por lá. Em um tour guiado, é possível ver instrumentos usados na extração das pérolas e a grande diversidade de artesanatos feitos por lá durante todos esses anos. O museu fica na beira da estrada, próximo ao povoado de Juan Griego e conta com um mirante que proporciona um lindo visual do Caribe. Atrações naturais Mas longe de ter a história como principal atração, Isla Margarita é, na verdade, o destino turístico mais badalado da única República Bolivariana do mundo. Por ser uma área de livre comércio, com praias para todos os gostos, baladas e sol o ano todo, atrai turistas dispostos a curtir de maneira mais tranquila, "salsera" ou aventureira. Em El Yaque, as escolas de windsurfe e kitesurfe são as principais atrações. Com ventos constantes de até 50km/h, o lugar é ideal para a prática desses esportes e aprender não é problema. A água segue muito rasa até bem distante da praia e sua transparência é bem convidativa. Para quem prefere a tranquilidade da areia, os quiosques dos hotéis alugam cadeiras e servem bebidas e refeições que ajudam a assistir ao colorido das velas com a ilha de Coche ao fundo. Só isso já garante um bom programa pela manhã. El Água está também entre as praias mais procuradas. É uma das maiores praias da ilha e tem esse nome por conta da cor excepcional de seu mar. O Caribe todo é lindo, mas ali a beleza parece ser mais intensa. Aproveitando as características do lugar, os margariteños fizeram ali uma série de bons bares e restaurantes para servir os turistas da melhor maneira. A ilha de Coche é um dos destinos diferenciados de lá. San Pedro de Coche também sofreu com o maremoto que destruiu Nueva Cádiz, mas como lá nunca teve quase nada, as consequências foram mais suaves. A aridez foi uma das razões para o lugar ficar vazio por tanto tempo, mas hoje a água encanada chega pelo fundo do mar, abastecendo os povoados de pescadores e os hotéis que existem ali. Em La Punta, a praia mais turística, também é possível alugar equipamento de wind e kite surf, além de quadriciclos para dar uma volta pela ilha e chegar até as praias (todas quase desertas) de Los Cocos e El Saco, ou então El Amor, reconhecida como a principal responsável pelo crescimento demográfico da ilha. Além das praias, Isla Margarita tem uma outra formação natural que atrai os turistas, que é a Lagoa de Restinga. Lá há um parque que oferece passeios de barco pelo meio dessa vegetação, que une os dois lados da ilha. A praia do parque é a maior da região, com mais de 20 quilômetros de extensão. Próximo dali estão duas montanhas gêmeas conhecidas como Las Tetas de Maria Guevara, em homenagem a uma lendária mestiça heroína da independência. Outra atração da ilha são as compras de importados, ja que lá é uma zona franca. Nas principais cidades, Porlamar e Pampatar, estão centros comerciais como o Sambil (que está em Pampatar), o Rattan Plaza e o Jumbo, ambos em Porlamar. Essas duas cidades também são os locais mais badalados. É sempre bom lembrar que a salsa é um ritmo caribenho, aliás, é impossível esquecer pois ela está em todos os lugares, junto com o reggaeton. Vale a pena curtir uma noite com música ao vivo, ver o espetáculo das pessoas dançando e até arriscar uns passos. Como chegar a Coche e Cubágua Para ambas as ilhas é possível ir até Punta de Piedras e esperar a saída de alguma lancha até lá ou fechar um passeio de dia inteiro em barcos específicos para esse tipo de programa. Os hotéis têm contatos desses barcos específicos, que fazem um passeio de um dia com traslado até o porto e oferece alimentação e um show de piratas. No passeio a Cubágua, eles fazem uma parada em um naufrágio de um ferri para um rápido mergulho. Em Coche é possível chegar de ferris, que saem de Punta de Piedras e são a única opção para quem está de carro. Outra maneira é ir em lanchas que partem de El Yaque ou da marina de El Concorde, em Porlamar. Mais informações http://www.porlamar.com http://www.hoteles.com.ve RAONI MADDALENA Colaboração para UOL Viagem[/align]
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