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Cusco - Esta foi a única parte da viagem que eu comprei ainda no Brasil. Li em muitos relatos a dificuldade logística que existe em fazer o deslocamento a Machu Picchu. Isso me deixou muito preocupado, o que me fez contatar um agente peruano ainda no Brasil para planejar minha estadia em Cusco e ajustar a visita à Cidade Sagrada dos Incas. Isso me custou muito mais do que eu pagaria se tivesse feito isso em Cusco. Pagamos 300 dólares por pessoa para cinco dias em Cusco, e isso não incluiu hospedagem e nem alimentações em geral. Talvez minha preocupação fosse adequada se estivéssemos viajando na alta estação, onde Cusco está abarrotada de turistas e todos estão rumando a Machu Picchu, mas em Novembro tínhamos toda tranquilidade do mundo e não havia necessidade de prévia contratação dos serviços. Além de pagar em dólar, o valor foi bem acima dos disponíveis na cidade para fazer os mesmos passeios. Mas também tivemos a comodidade de não se preocupar muito para planejar a estadia em Cusco. Chegamos, conversamos com a agência e ela nos entregou um envelope com tudo que precisávamos para os cinco dias na cidade. Fizemos o deslocamento até Águas Calientes de trem, com tranquilidade e segurança. Existem inúmeras opções para chegar em Machu Picchu: trilhas a pé de 3 dias e 2 noites, 4 dias e 3 noites, trilhas de aventura, com tirolesa e bicicleta, deslocamento de Van até a hidrelétrica e caminhada até Águas Calientes, enfim, para todos os gostos e bolsos. Importante é lembrar-se de comprar o Boleto Turístico que custa 130 soles para turistas estrangeiros. Este é o valor do Boleto mais completo, mas mesmo assim não inclui todas as atrações disponíveis nos sítios arqueológicos de Cusco e Vale Sagrado, tampouco inclui a entrada em Machu Picchu. Por exemplo, o ingresso à Catedral custa 25 soles, ao Templo Qorinkacha custa 10 soles (super-recomendo) e a Salineira de Maras custa também 10 soles.

 

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Arequipa – Existe um tour a pé que sai duas vezes ao dia em visitação aos pontos mais turísticos do centro da cidade. Este tour é fomentado por estudantes de história, turismo e línguas da Universidade Nacional de San Augustin. Fizemos este tour no dia em que chegamos a Arequipa e foi bastante divertido. Um passeio a pé que dura cerca de 3 horas, visitamos restaurantes, bares, igrejas, mini zoológico de alpacas e Llamas, experimentamos sorvete, chocolate, chá, bebidas e tudo isso sem pagar um centavo. Ao final o guia pede uma contribuição voluntária. 10 soles por pessoa é suficiente. Além de fazer amizades, é uma excelente maneira de conhecer a cidade e matar o tempo. A cidade de Arequipa é rodeada de vulcões e alguns deles ainda estão ativos, apesar de não existir sinal de erupções há centenas de anos. E a escalada a estes vulcões estão na lista de alguns passeios locais. Com preços que variam de 200 a 400 soles por pessoa, é possível escalar um dos vulcões com apoio de carros 4x4, descer os vulcões de bicicleta ou subir em escalada a montes de até 6000 metros em passeios full day, 2 dias e 1 noite, 3 dias e 2 noites... Pela exiguidade do tempo, e também falta de coragem, não fizemos nenhum dos vulcões. Rs

 

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Tour de Ônibus – Conhecido como Tour Campiña, é feito em 4 horas e custa cerca de 25 soles por pessoa. É um tour muito simples que você faz em ônibus turístico pelos principais pontos da cidade. Quase todas as atrações visitadas pelo ônibus exigem o pagamento de ingressos, que giram em torno de 10 a 20 soles, a exemplo da Casa do Fundador da Cidade, uma fazenda de cavalos... O interessante desta viagem é que você chega muito próximo dos três vulcões que ficam na região urbana da cidade (Chachani, Misti e Pichu Pichu). Dá pra tirar muitas fotos bacanas.

 

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Vale do Colca – O Colca é um rio peruano que conseguiu cavar em seu vale o Canyon mais profundo do mundo. São quase 4200 metros de profundidade. Existem inúmeras formas de explorar este vale, e, sem saber, acabamos escolhendo a mais complicada de todas. Fizemos a descida e subida ao Rio Colca em 2 dias e 1 noite. Tem as opções de 1 dia apenas, onde um ônibus pega você no hotel às 3 da manhã, leva até a Cruz do Condor e volta no mesmo dia (nesta opção não se desce ao vale). Tem a opção em que dorme-se uma noite na Cidade de Chivay e faz também até a Cruz do Condor em 2 dias e 1 noite (nesta opção também não se desce ao vale) e as opções de trekking, onde se pode descer ao vale em 2 dias e 1 noite, ou em uma velocidade mais tranquila em 3 dias e 2 noites. A diferença básica é que na opção de 3 dias, a descida em feita em dois dias, enquanto na opção de 2 dias levamos um dia pra descer e um dia para subir. Vale a pena fazer o Trekking? A resposta é “depende”. Eu particularmente não achei um fator muito dificultoso a descida. Saímos do hostal às 3 da manhã e seguimos até a Cruz do Condor, e a ave nem fez questão de acordar tão cedo quanto nós. Saímos da Cruz do Condor sem ver os condores. Tínhamos horário para iniciar a caminhada, sob pena de não conseguir completar a trilha com a luz do dia ainda iluminando. Para entrar no Valle é necessário adquirir um boleto turísticosimilar ao de Cusco, que custa 35 soles para turistas latinos. Foram 18 quilômetros de descida nas ribanceiras que cercam o Colca. Algumas descidas muito íngremes e escorregadias. O tempo estava bastante quente, o que nos rendeu boas queimaduras de sol, alguns litros de água a comprar pelo caminho e muitas bolhas nos pés, apesar de estarmos usando calçados bastante confortáveis e adequados para a trilha. Almoçamos em San Juan de Chuccho e seguimos caminhando até aproximadamente as 17 horas, quando chegamos em Sangalle, um Oásis às margens do Rio Colca. Um lugarzinho cercado de Bangalôs, com piscinas, sem energia elétrica. O Oásis é um local especialmente planejado para você se desligar do mundo e descansar. Muito bonitinho, mas com estrutura um pouco precária, afinal é longe de toda estrutura urbanizada. Foi lá onde jantamos e passamos a noite até às 5 horas da manhã, onde acordamos para subir até Cabanaconde. Esta subida sim é extremamente complicada. Você acorda cedo, e sai em jejum para subir apenas 4 quilômetros. Somente 4 quilômetros! Em três horas de subida. Quando você está na primeira hora de subida, você se arrepende amargamente de não ter feito todo o passeio sem trekking. Na comodidade das Vans e Micro-ônibus. Imagine que se você demora 18 quilômetros para descer o vale e um dia inteiro, subir tudo em 4 quilômetros em 3 horas é uma subida extremamente íngreme e dificultosa. Enfim, é possível fazer e é extremamente gratificante testar seus limites, mas é uma atividade que nem todo viajante está preparado para fazer. Tanto que há exploração local do transporte humano por burrinhos de carga. Muita gente não consegue completar, aí passa moradores alugando os burrinhos para levar as pessoas até o topo da montanha. Além de ser um transporte caro (80 soles por pessoa), não é muito confortável ver o animal sendo explorado pelo comércio turístico.

 

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  • 3 semanas depois...
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Vale do Colca – O Colca é um rio peruano que conseguiu cavar em seu vale o Canyon mais profundo do mundo. São quase 4200 metros de profundidade. Existem inúmeras formas de explorar este vale, e, sem querer, acabamos escolhendo a mais complicada de todas. Fizemos a descida e subida ao Rio Colca em 2 dias e 1 noite. Tem as opções de 1 dia apenas, onde um ônibus pega você no hotel às 3 da manhã, leva até a Cruz do Condor e volta no mesmo dia (nesta opção não se desce ao vale). Tem a opção em que dorme-se uma noite na Cidade de Chivay e faz também até a Cruz do Condor em 2 dias e 1 noite (nesta opção também não se desce ao vale) e as opções de trekking, onde se pode descer ao vale em 2 dias e 1 noite, ou em uma velocidade mais tranquila em 3 dias e 2 noites. A diferença básica é que na opção de 3 dias, a descida em feita em dois dias, enquanto na opção de 2 dias levamos um dia pra descer e um dia para subir. Vale a pena fazer o Trekking? A resposta é “depende”. Eu particularmente não achei um fator muito dificultoso a descida. Saímos do hostal às 3 da manhã e seguimos até a Cruz do Condor, e a ave nem fez questão de acordar tão cedo quanto nós. Saímos da Cruz do Condor sem ver os condores. Tínhamos horário para iniciar a caminhada, sob pena de não conseguir completar a trilha com a luz do dia ainda iluminando. Foram 18 quilômetros de descida nas ribanceiras que cercam o Colca. Algumas descidas muito íngremes e escorregadias. O tempo estava bastante quente, o que nos rendeu boas queimaduras de sol, alguns litros de água a comprar pelo caminho e muitas bolhas nos pés, apesar de estarmos usando calçados bastante confortáveis e adequados para a trilha. Almoçamos em San Juan de Chuccho e seguimos caminhando até aproximadamente as 17 horas, quando chegamos em Sangalle, um Oásis às margens do Rio Colca. Um lugarzinho cercado de Bangalôs, com piscinas, sem energia elétrica. O Oásis é um local especialmente planejado para você se desligar do mundo e descansar. Muito bonitinho, mas com estrutura um pouco precária, afinal é longe de toda estrutura urbanizada. Foi lá onde jantamos e passamos a noite até às 5 horas da manhã, onde acordamos para subir até Cabanaconde. Esta subida sim é extremamente complicada. Você acorda cedo, e sai em jejum para subir apenas 4 quilômetros. Somente 4 quilômetros! Em três horas de subida. Quando você está na primeira hora de subida, você se arrepende amargamente de não ter feito todo o passeio sem trekking. Na comodidade das Vans e Micro-ônibus. Imagine que se você demora 18 quilômetros para descer o vale e um dia inteiro, subir tudo em 4 quilômetros em 3 horas é uma subida extremamente íngreme e dificultosa. Enfim, é possível fazer e é extremamente gratificante testar seus limites, mas é uma atividade que nem todo viajante está preparado para fazer. Tanto que há exploração local do transporte humano por burrinhos de carga. Muita gente não consegue completar, aí passa moradores alugando os burrinhos para levar as pessoas até o topo da montanha. Além de ser um transporte caro (80 soles por pessoa), não é muito confortável ver o animal sendo explorado pelo comércio turístico.

 

Ronald, quanto custa esse pacote de trekking de 2 dias e 1 noite pelo canyon?

seu relato tá ajudando bastante com os preços. brigadão!!

  • 3 meses depois...
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Muito bom relato pretendo fazer roteiro parecido com 15 dias também mas em dezembro deste ano, estava na dúvida quando a entrada e saída (se por santa cruz, la paz ou lima) mas gostei do que você fez, vou dar uma olhada nos valores para ver como está rs

  • 5 semanas depois...
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Ronald, quanto custa esse pacote de trekking de 2 dias e 1 noite pelo canyon?

seu relato tá ajudando bastante com os preços. brigadão!!

 

 

Não sei se ainda vai servir pra vc a informação, mas para os demais interessados, o trekking de 2 dias e 1 noite, com dois cafés da manhã, um almoço, uma janta, um pernoite nos bangalôs, e todo Translado de ida e volta saindo de Arequipa, custou 150 soles.

 

Só que, assim como em Cusco, tem que comprar um boleto turístico, que custa 50 soles para estrangeiros latinos.

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