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Portugal: Porto, Evora e Lisboa (passando por Aveiro, Sintra e Obidos) sozinha. viagem incrível =)


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Esperando ansiosa por essa sua parte da história!

Meus bisavós eram de Régua e vieram para o Brasil trazendo meu avô com 4 anos. Antes da viagem eu tinha pensado em a gente conhecer Régua. Não sabemos se ainda temos parentes lá e os documentos do meu avô se perderam no tempo. Antes da nossa viagem pesquisamos e vimos que a cidade é pequena, o atrativo é o vinho. Os passeios por empresa eram caros e a gente pensou em pagar a passagem de trem e ir por conta própria. Mas no dia chovia canivetes, meu marido não estava muito animado (viagem a dois conta com isso também, né?!) e ele nem bebe (ou seja, não tem o atrativo do vinho) e acabamos ficando só pelo Porto mesmo. Mas um dia eu volto com a família e com meu pai, principalmente, para ele conhecer a terra do pai dele!

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poxa, Deb! pena mesmo que você não foi...você tava em Portugal na mesma época que eu, e o tempo no Porto tava maluquíssimo...no entanto, quanto mais você se afasta de lá, mais o tempo abre. dá uma chance pra esse passeio numa futura visita sim!

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dia 03 - Vinículas do Douro

 

Como disse, pesquisei bastante e cheguei ao meu roteiro "final" para este dia. comprei um docinho na padaria ao lado da estação e já entrei no trem. =)

 

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Ainda amanhecia no Porto.

 

A viagem é lindíssima. Aos poucos você sai da zona urbana e o cenário passa a ser rural. Casinhas com vinhas minúsculas no quintal, junto a repolhos, cenouras...Daí que, quando você menos espera, o rio surge. e nele, as montanhas todas dominadas com plantações de uvas.

 

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A gente sempre fala e escuta a frase "ao vivo é 30 vezes isso". Te digo: é 50 vezes. Por onde se olha, a paisagem é essa. O legal é que o trem vai BEIRANDO o rio Douro, então você consegue ter o máximo de visão de todo o vale, por todo o tempo.

Após a troca de trens (imediata) em Régua, o caminho ficou mais e mais bonito. Em pouco mais de 40 minutos, cheguei à estação de Pinhão.

 

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No meio do nada =)

 

Já era quase 10am, e eu havia agendado visita à vinícula Quinta do Popa 10h20. Por isso, tratei de arrumar um taxi. Nenhum problema: tinham uns 4 na frente da estação. Perguntei para o primeiro quanto ele faria para me levar lá e me buscar mais tarde, de volta ao Pinhão. Ele disse 30. Eu disse 20. Fechamos por 25 e eu fui com a mulher dele. "O local é muito longe", ele disse. De fato, foram uns 15 minutos no carro com a Fátima.

Fátima era uma fofa. Logo que ela via que eu tentava tirar uma foto, ela reduzia a velocidade e falava "vamos parar aqui, aqui a vista é mais legal".

 

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Sim, o caminho todo é assim. E quanto mais você sobe, mais você enxerga toda a região. Dentre outros motivos, escolhi a Quinta do Popa exatamente por estar numa região alta E por ser uma vinícula familiar.

Fátima me deixou lá dentro e combinou de me pegar de volta dali uma hora.

 

A Quinta do Popa é uma vinícula artesanal. Por 7,50 eu tive uma visita particular com a Leila. Foi uma experiência ótima: tive a oportunidade de perguntar tudo o que queria e de ouvir com atenção todos os detalhes do lugar.

 

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Uvas recém pisadas em processo de fermentação. As vindímias (colheita anual) tinham terminado na semana anterior. Em Portugal, o pessoal ainda segue essa tradição de pisa. O pessoal passa a noite toda pisando, alternando turnos, porque de dia o calor é de matar. A galera tem que estar no mesmo ritmo, então é muito comum o pessoal colocar uma música.

Não vou contar a história da vinícula nem a do Popa (o seu criador) para não estragar qualquer surpresa. Mas garanto que é linda: foi um sonho que conseguiu ser concretizado.

 

Após a visita, hora das provas. Não foi 1 vinho, não foram 2...foram 5! e com a vista aí embaixo, ó

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Teve um tinto recente, um reserva, um doce (exclusividade deles), um branco e o outro...putz...já não lembro mais =)

 

Fátima apareceu lá para me buscar e falou para eu aproveitar a vista e o vinho. Disse que sabe que o lugar era especial, então não precisava me incomodar com ela. Terminei a taça e me despedi daquele lugar lindo.

 

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Ela parou no meio das vinhas e me mostrou uma árvore.

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"Arranca-se esse casco e daí esta é a cortiça que faz a rolha. Olha, essas árvores já estão peladas..."

Fatima, melhor guia.

 

Ela me deixou novamente na estação e eu fui dar uma volta na cidade (e deixar o alcool baixar um pouco também...)

Como já havia conferido os horários de trem de volta, sabia que horas poder seguir para Pinhão: ou 12h15 ou 14h. Decidi ficar até as 14h. Não é qualquer dia que você tem a chance de estar num lugar desses.

 

(continua)

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...desci na estação e resolvi fazer o reconhecimento da região. A cidade é uma vilazinha de interior, sem afetações turísticas, que segue o seu ritmo pacato. Os lugares para comer são tranquilos e os preços não são inflacionados. O legal é que ela vive para o vinho: vi várias lojas vendendo equipamentos para as colheiras, para o plantio...

 

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Uma dica para quem não quiser fazer uma visita a uma vinícula tão ~distante~ quanto a que eu escolhi: tem diversas vinículas no entorno da cidade, que são possíveis a pé. Na verdade, tem algumas que são dentro mesmo. Super tranquilo. Outra coisa que pode-se fazer é um passeio de barco de uma hora (coisa de uns 10 euros) pelo rio. Eu não fiz porque preferi gastar o meu tempo andando.

Comi uma sardinha delícia, perambulei para cima e para baixo e contemplei aquilo tudo.

Meu objetivo agora era ir voltando ao Porto, mas com uma parada em Peso da Regua.

 

Pausa para a brasileirice: não havia lá uma bilheteria ou máquina de comprar bilhetes. Pensei "caramba, como que pego o trem? vão me parar e daí já era...uma baita multa". Vi na plataforma um botão escrito "ACIONE EM CASOS IMPORTANTES". Achei que o meu caso era importante.

- quem está lá?

- sou eu. err. seguinte: não tem como comprar tickets aqui.

- sim.

- e como eu compro?

- oras. se não tens como comprar, não compras!

- mas...mas...COMO EU FAçO?

- não compreendo!

- vão me parar no comboio e vão me multar.

- oras, não!

- o moço vende no comboio?

- claro, oras. se não há um gajo para vender aí...

 

Segui para a Regua. Sim, havia um gajo a vender. =)

Próxima parada: Peso da Régua!

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  • Amei! 1
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Que maravilha esse seu relato, juliad! Estou amando! Agradeço por compartilhar!

Antes da minha viagem eu só tinha lido relatos de pessoas que tinham feito o cruzeiro pelo rio Douro passando por essas cidades, mas esse passeio é caro e não dava pra gente fazer. Consegui poucas informações antes da viagem, a gente ia tentar ir de trem e ver no que ia dar quando chegaasse lá, mas mesmo assim não deu... Muito bom ler esse seu relato para quando eu conseguir voltar ir lá também! Ansiosa pela parte de Régua! ::love:: Abraços!

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dia 03 - Peso da Regua

 

em meia hora, eu havia chegado em Peso da Regua. minha ideia era visitar o Museu do Douro, que conta a história da região. Confesso que quando soube do museu fiquei com o pé atrás de "ihhh, armadilha de turista". Não sou mineira, mas vocês já devem ter percebido a minha desconfiança excessiva em relação a roubadas de viagem, né?

 

Peso da Regua é o QG da região do Douro. É a cidade base para todo mundo e, por isso, conta com uma infra maior do que Pinhão.

A cidade é adorável e mais "urbana" do que Pinhão. Resolvi dar uma volta e logo vi uma placa do tal museu. Fui seguindo.

 

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O caminho a beira-rio tem diversos restaurantes e lugares para relaxar e tirar uma foto e curtir o lugar.

 

Muitas pessoas falavam no TripAdvisor que o museu era completo e que contava com uma vista bonita da região. Fui nessa. Em menos de cinco minutos, cheguei na entrada do lugar. 5 euros para entrar, com direito a uma taça de Porto Ruby. Opa, tô dentro!

 

O museu é pequeno, mas muito interessante. Bem montado, estruturado, explicativo, moderno. Recomendo a todos. Foi muito legal ter lido sobre a história da região estando lá. Não vou dar nenhum spoiler porque acho que ter algumas infos in loco é muito mais válido.

Depois da visita (que durou cerca de uns 40 minutos, isso porque li tudo com calma, apreciei e tal...), ganhei a minha taça do Porto e curti a vista.

 

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tomando o meu Porto com esta vista e curtindo meus últimos momentos no Douro. Lá embaixo fica o bar do museu, que estava fechado no dia.

 

Saí de lá e fiquei curtindo um pouco a cidade. Tinha uma meia hora até o próximo trem para o Porto. Como a frequência de trens era horária, achei melhor não bobear.

 

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nas ruas de Peso da Regua

 

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Esperando o trem chegar

 

Voltei para o Porto, num trem cheio de franceses escandalosos no vagão. Já falei que peguei bode deles? Estive na França duas vezes e fui muito bem recebida, mas todos os franceses que encontrei nessa viagem me cansaram pela arrogância.

 

Depois de duas horas curtindo a paisagem e a viagem de volta (e ignorando a francesada berrando asneiras no vagão...), cheguei à Estação São Bento, no Porto.

Como já disse aqui (e costumo dizer quando tô "ajudando" a galera aqui no forum), eu gosto de saber o que tem na cidade, mas não deixo roteiros fechados - acabo decidindo na hora, de acordo com a minha vontade. No trem eu me lembrei que alguém havia me dito (ou eu li, sabe deus) sobre um bar mudernete no Passeio de Clerigos. Vocês vão notar nesse relato que a única OBRIGACAO que eu me dei era ter um por do sol num lugar bacana.

Explicando: o Porto está passando por um processo de modernização/gentrificação/hipsterização. E, nesse processo, alguns lugares surgem. Um deles é o Jardim das Oliveiras. Criaram um jardim suspenso com oliveiras e, junto a ele, um bar muderno com vista para a torre de Clerigos.

 

Fui até lá, peguei um fino (chopp em português) por cerca de 1 euro e curti a cidade anoitecendo. Não tirei fotos, mas vocês podem conferir o lugar aqui:

http://www.oportoencanta.com/2013/11/as-oliveiras-as-luzes-e-as-palavras-no.html

 

Comi um bacalhau com natas delícia por uns 4 euros na rua de trás. Procurei o nome de lá, mas não encontrei. Daí, fui perambular pela cidade.

O legal desta região central do Porto é que é difícil se perder: como você tem o rio lá embaixo, dá para se perder tranquilamente com parcimônia. E assim o fiz. Como já conhecia ALGUMA geografia local, andei para lá e para cá, perdidamente. Entrei em ruelas em que ouvia as crianças felizes que os pais voltavam do trabalho, senti o aroma de <3 sardinha <3 vindo do alto, ouvi pais dando broncas, vi gente simpática me cumprimentando, entrei em becos que davam para vistas SURPREENDENTES, fiquei de bituca vendo, do lado de fora, bares com fado.

 

parei numa vendinha e comprei um vinho verde por uns 2 euros. tinha um grupo de mochileiros alemães bebados na fila que esqueceram de pagar e fizeram a maior confusão. a portuguesada da fila ficou puta. O legal de estar em Portugal é que você participa destes pequenos eventos com os locais. Não interessa quantas linguas você fala (já ouvi muita gente dizer que Portugal é um destino facil porque a lingua é igual à nossa). Quando você escuta alguém reclamando na SUA LINGUA NATIVA, a experiência é muito mais intensa. O caboco da minha frente bradou um "ahhh mas vejas só!". A comunicação é imediata e o seu sentimento de empatia é muito maior.

 

curti um tempo sentada na Ribeira, vendo o movimento, atravessei a ponte para Vila Nova de Gaia, fui ao meu hostel tomar um banho e deixar gelar o meu vinho e daí fui curtir o meu vinho na beira do rio, do lado de Vila Nova de Gaia.

Conversei bastante com o pai do dono do hostel. Era um senhor português que dividiu inúmeras vivências comigo. Esse é um dos motivos para eu sempre escolher um hostel a um hotel: o contato direto com pessoas. Não é uma questão de u-huuuu balada apenas. Junto com dois amigos, ele toca a Real Companhia Velha (fundada por ninguém menos que Marques de Pombal) e me deu várias dicas de vinho. Falou sobre a crise em Portugal e fez alguns paralelos sobre a crise no Brasil.

segui meu planejamento e fui beber o meu vinho vendo o movimento de Vila. =)

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dia 04

 

último dia no Porto, bora matar as pendências! depois de 3 dias na cidade, muitos vinhos e até uma master experiência no Douro, eu ainda não havia visitado uma adega...e olha que eu estava em Vila Nova de Gaia, lugar que os turistas vão, em sua maioria, unicamente, visitar adegas.

Na realidade, eu havia planejado a minha visita para o primeiro dia. Entrei na Taylors, na Calem, na Kopke e na Croft. Desisti porque as visitas eram em francês ou inglês. Sou fluente (não é pra tanto, mas me viro bem) nas duas linguas, mas julguei um absurdo não existir nenhuma visita em português.

...mas agora era meu último dia e eu não podia me dar ao luxo de esnobar assim. Fui para a Taylor's (que era a duas quadras do meu hostel) e, para a minha sorte, tinha uma visita em português.

Foi ótimo porque a visita contou apenas comigo e com um casal de brasileiros, que é residente no Porto. Como eles estão no ramo de exportação de vinho português para o Brasil, tudo foi muito mais interessante.

Por 5 euros conhecemos a história da adega e tivemos uma prova de 4 vinhos.

...e claro, esta vista:

 

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mentira, essa vista é de graça. se quiser apenas caroçar no lugar, podes perfeitamente chegar nesse lugar e curtir o seu tempo.

com 4 taças de vinho do porto no organismo e apenas alguns pães no organismo, fui queimar o alcool até o metrô. tinha dois destinos certos no dia: casa da música e fundação Serralves, o museu de arte moderna.

 

...mas era o primeiro dia de sol que eu peguei na cidade. yay!

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=)))

 

cheguei à Casa da Música. edifício lindo, mas só tinha visita guiada às 16h =(

 

no entanto, vi na bilheteria que existia um bilhete combinado: Casa da Musica + Serralves. opa, bora!

lembrei que li algo sobre um café na região com uma comidinha delícia. arrumei um wifi e comi por lá: quiche de alheira e suco de groselha. nham.

(continua...)

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dia 4 - Porto

 

Teria a visita guiada para a Casa da Musica apenas 16h, então fui para o Serralves. O pessoal da cidade me falou que valia muito visitar e assim o fiz. Peguei um ônibus que andou dois pontos (me senti uma tonta...)

 

O Serralves é um museu de arte moderna que tem um prédio com algumas exposições e um jardim externo, enorme.

A exposição foi a que rolou na Bienal de São Paulo do ultimo ano. Como já conhecia, fui para os jardins.

 

Se pudesse definir o Serralves, diria que é uma espécie de Inhotim: um espaço arborizado que te faz esquecer onde está, com diversas instalações, jardins lindos e obras a céu aberto. Logo que percebi a distância entre tudo, me arrependi de não ter chegado mais cedo.

O lugar é super agradável. Dá para gastar umas duas horas lá, tranquilamente.

 

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Infelizmente, tive de partir. Resolvi ir a pé e rapaz...não era tão rápido assim.

Uma nota sobre os ônibus de Portugal: diferente dos metrôs, eles atrasam. Todas as vezes que "dependi" deles para algo, contando com o horário do letreiro, me arrependi.

 

Cheguei à Casa da Música para fazer a visita guiada. Não é possível visita-la FORA dos horários estipulados por eles. Por isso, é legal se planejar.

A visita foi muito interessante. A Casa da Música é um espaço moderno. Sua arquitetura é diferente das casas de música tradicionais da Europa: para se ter idéia, você vê a orquestra com o fundo da cidade.

Essa foto aqui dá pra ver melhor:

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Como havia prometido para mim mesma voltar aos Jardins do Palacio de Cristal, eu o fiz. e agora com o maior solão =D

Tanto Serralves quanto o Palacio são jardins que estão numa parte mais alta e vão "caindo" até o Douro. isso significa subir tudo de novo.

 

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Ali ao lado tem também o Museu Romântico. Não deu tempo de ir, mas pareceu interessante.

Fui andando na região e aproveitei a minha última noite na cidade.

Fica difícil sugerir roteiros da cidade. É cliche dizer isso, mas o legal de lá é se perder mesmo.

Um trecho que eu achei muito simpático é o que a Rua das Flores encontra o Largo São Domingos.

 

Fui arrumar minhas coisas para o dia seguinte. Comprei no Brasil o trecho Aveiro-Evora de comboio. Até Aveiro o plano seria pegar um comboio qualquer, porque a frequência é alta. Comentei com o pai do dono do hostel sobre o meu trajeto e perguntei qual estação em teria de ir: São Bento ou Campanhã. Para a minha sorte, o comboio para Aveiro passava a duas quadras do hostel, lá em Vila Nova de Gaia. Mão na roda!

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dia 05 - Porto/Aveiro/Evora

 

Quando comecei a aprofundar as minhas pesquisar sobre a minha viagem, fiquei muito interessada em Aveiro. Tentei bota-la de todas as formas no meu roteiro: até hostel por lá eu reservei. Depois, decidi que não iria e uma hora pensei "ah, se der tempo eu faço um bate e volta".

Daí um dia, vendo no site de comboios de portugal o itinerário entre Porto e Lisboa, vi que o Alfa Pendular (a versão tuga do TGV - o trem rapidão) fazia duas paradas apenas no trecho: Aveiro e Coimbra. Acendeu uma luz e decidi fazer um stopover.

Para quem não sabe: um stopover é quando você para em uma cidade que está no caminho do seu deslocamento. Na Europa isso é fácil de fazer, pois a frequência de trens é grande, tem muita coisa legal no caminho e...há bagageiros nas estações.

...mas não nas de Aveiro, como eu tinha descoberto nas minhas pesquisas. Mas quer saber? Dane-se! Vou arrastando a mala pela cidade, mas eu vou. Se for o caso, tento pagar uns euros para um hostel qualquer guardar. Fui com o endereço de um como garantia.

E assim o fiz. Comprei a saída de Aveiro 15h.

 

Cheguei na estação de comboios de Vila Nova de Gaia toda me sentindo local para comprar o ticket. E DAI QUE A MAQUINA SÓ ACEITAVA CARTAO DE CREDITO COMO PAGAMENTO. EITA! E AGORA, JOSE?

Minha sorte (?) era que tinha uma lojinha de docinhos e afins.

 

- ola, a máquina só aceita cartão de crédito. sabes como eu compro uma passagem para aveiro, sem cartão?

- ah pois. eu vendo!

- que ótimo! mê vê uma, então.

- 3 euros.

- tá aqui. ei, me diga algo...

- sim

- esta passagem é válida para todos os comboios?

- não, senhora! apenas para os de Aveiro.

- sim, isso eu sei! mas eu digo, eu posso pegar qualquer um?

- não, senhora! apenas os de Aveiro.

- tá, mas tem vários TIPOS de comboio: uns são mais caros que os outros. Por isso pergunto

- podes pegar os que dizem "Aveiro"

- obrigada.

 

Portugueses...

nota: fiquei com dúvida porque na Austria comprei um ticket (o Bayern Ticket) que dava direito a circular nos trens da região e fui expulsa de um, porque AQUELE tipo de trem não era válido. tenho trauma, poxa!

 

A viagem foi tranquila. Aveiro é uma cidade universitária, então tinham muitos jovens no trem, todos estudando. Um moço estudava mandarim, uma garota via um atlas de anatomia e um outro menino estava fazendo calculos diferenciais.

O caminho é muito bonito, a beira mar.

 

Logo que cheguei na estação, uma obra do artista Vhils

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Não tinha muitos objetivos na cidade. Ficaria poucas horas, o que eu queria era comer ovos moles, ver o museu de art nouveau, passear na praça do peixe e bobear. No dia anterior vi que tudo isso era mega perto, então nem me preocupei.

 

Liguei o maps-me e vi que tinha uma caminhada de 1,5km até a tal praça.

...e lá fui com a malinha. Senhoras portuguesas passavam ao meu lado reclamando do TECTECTEC das rodas naquele chão de paralelepípedo. Vergonha...

 

Uma hora vi um posto de turismo. Achei uma boa ir lá para pegar algum mapa ou sei lá.

Falei para o funcionário que tinha poucas horas na cidade e, por isso, queria alguma sugestão legal.

"Primeiro, livre-se desta mala. Deixe aqui conosco e busque-a quando seu comboio partir"

<3PORTUGAL.AMOR.ETERNO.AMOR.VERDADEIRO <3

 

Sem mala e com algumas dicas, fui correndo comer os meus primeiros ovos moles

(continua)

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dia 05 - Porto - Aveiro - Evora

 

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o stopover tá pago!

 

Os ovos moles são doces típicos de Aveiro. É uma espécie de gemada dentro de uma "embalagem" de hóstia. essa embalagem existe em diferentes formatos, todos com temas marítimos. Tem conchas, cavalos marinhos, estrelas do mar...É uma delícia, não custa mais do que 0,50 euros e tem em qualquer padaria por lá. O legal é que em alguns lugares o pessoal recheia na hora <3

 

A cidade de Aveiro é agradabilíssima. Tive a sorte de pegar este dia lindo de sol, claro. Ela é cercada por canais que tem barcos que parecem gôndolas (chamam por lá de

moliceiros

). Dá para fazer um passeio neles, dura uma hora. Achei bobagem faze-lo, pois não tinha tempo suficiente.

Diferente do Porto, ela é PLANA. Uma delícia de andar. Tem um esquema de pegar bike de graça, inclusive, que acabei não fazendo.

 

Foram poucas, mas ótimas e agrabilíssimas horas na cidade. Para quem tiver tempo, recomendo passar ao menos uma noite por lá: a cidade deve ser uma graça ao entardecer.

 

Algumas fotos:

 

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O centro é bem compacto e super bonitinho. Tem lugares muito gostosos para comer - eu escolhi um bacalhau com vinho branco.

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Recomendo também dar uma passada no Museu de Arte Nova (ou Art Nouveau, se preferir). A arquitetura é linda e no fundo tem um café super gostoso. Um lado do museu dá para o canal e a saída do café dá para a Praça do Peixe.

Comi mais uns 8798789789 ovos moles e, de coração quebrado, me despedi da cidade.

 

Fui para a estação de trem. Eu faria uma baldeação rápida em Lisboa e chegaria em Evora 18h30. Boura!

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