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– Essa viagem foi sem planejamento nenhum, assim de supetão, só porque “pintou” um feridão no meio da semana, já que sou militar. Eu e minha esposa saímos do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, Manaus, AM, às 03.40h do dia 22 de agosto de 2015 (sábado), pela Copa Air Lines, em voo direto, chegando à cidade do Panamá às 06.30h, Aeroporto Internacional Tocumen, e retornando a Manaus pela mesma empresa no dia 29 de agosto de 2015 (sábado), saindo às 15.40h e chegando em Manaus às 18.40h, voo direto. Tivemos sorte do comprar o dólar ainda ao preço de US$3,50 e essa é a moeda corrente do Panamá. Levamos US$1400,00 e ainda retornamos com US$800,00.

– As passagens comprei diretamente no site da Empresa, ao custo de R$ 580,00 por pessoa, cada trecho. Só nesse horário! A reserva do hotel procurei nos sites Mochileiros, Booking e Google. Ao analisar o padrão do hotel, da recepção, custo-benefício, quartos, localização (próximo a orla do mar e do centro), optei por ele, ainda mais que tem o translado grátis desde o aeroporto ao hotel. O quarto matrimonial, com banheiro privativo, ducha quente e fria, com toalhas trocadas todos os dias, além da limpeza, custou a diária de US$40,00. E você tem de pagar todos os dias da hospedagem diretamente na recepção ao fazer o seu chekin, o que fiz com meu cartão de crédito Ourocard, bandeira Visa; aceitam MasterCard, etc. A chave é magnética e tivemos a sorte de conseguir um quarto com janela para a rua, no 3º andar (o que facilita para você olhar “a cara” do tempo de manhã e optar pela sua roupa para sair). O clima do Panamá é bastante instável, embora faça calor o dia e a noite, semelhante ao clima de Manaus ou do Rio de Janeiro em dezembro. Chove, faz sol, fica nublado, fica sem nuvens, chove, faz sol, e assim por diante. O hotel, bem silencioso, possui quatro andares, com um total de 79 quartos e todos eles com wi-fi, embora nem sempre o sinal do quarto fique tão bom como na recepção, aonde fui várias vezes (tem elevador) para conseguir mandar mensagens para meus parentes. No elevador, nos quartos e nos corredores tem cartazes escrito: Proibido fumar! Multa de US$100,00, o que achei ótimo, pois não somos fumantes.

Vou deixar o endereço do hotel caso alguém precise: Hotel Cibeles, Ave Ecuador, entre Ave Justo Arosemena, Ave México, bajando a una calle de la Cinta Costera. A gerente, que me reservou o hotel chama-se Doly Carballeda, tel: (507) 62058979 – WhatsApp. E-mail: www.hcibels.com

Fica próximo à estação do Metrô Loteria e Hotel Roma (pontos de referência). Procure no Google.

1º Dia: 22 de agosto de 2015 (sábado) – voo Manaus-Cidade do Panamá

– Para um voo internacional o normal é o chekin abrir com três horas de antecedência. Chegamos por volta de 1h e já tinha gente formando fila. Após despachar as malas, passando antes pela famosa esteira de RX, inclusive as bagagens de mão (tive de deixar um desodorante spray, que ganhei da Natura, por conter 120ml. O normal em líquido é só de 100ml). Antes de deixar no lixo, me banhei da cabeça aos pés, só de raiva, afinal custou um pouquinho caro. Depois disso, tem de passar pela Polícia Federal e carimbar seu visto de saída do país nos passaportes.

O avião saiu com 15 min de antecedência, já que todos se encontravam a bordo e assim que decolou os comissários distribuíram um papel para preencher o nº do passaporte, endereço, filiação, bens que estavam levando, etc, para adiantar na entrega à Aduana do Panamá. Depois de uma noite maldormida, embora o avião fosse bem confortável, com poucos passageiros, (eu não consigo dormir em avião), as luzes se acenderam exatamente às 05h e os comissários começaram a servir um laudo café, bem diferente das companhias brasileiras. Café, leite, refrigerante, suco, sanduíche bem quentinho de carne ou frango e mais um pudim. Viagem tranquila e sem turbulências. Toda a tripulação é panamenha, de modo que vá se acostumando com o idioma, que na minha opinião foi o mais difícil de entender e me fazer entender entre todos os países de língua espanhola em que passei.

Chegamos ao Aeroporto Internacional Tocumen, cidade do Panamá, exatamente às 06.15h, com 15min de antecedência. Excelente voo, sem turbulência. O ruim é que você quando sai, não sabe o que fazer, se pega antes suas malas ou vai para a Aduana (Alfândega). O aeroporto é muito grande e dentro dele funciona um mini shopping (duty free) e tem gente como formiga! Optamos por ir à Aduana primeiro: um sobe e desce de escadas, ainda bem que tem setas indicativas (em espanhol), aliás o espanhol do Panamá é muito diferente do espanhol que estávamos acostumados. Eles usam muito regionalismo e você fica com cara de besta, sem entender. Não tivemos esse problema no Peru, Equador e Colômbia, mas no Panamá, sim. Tanto eles para nos entender e vice-versa. Mas no final de contas até que nos saímos bem, pois falamos razoavelmente o portunhol. Depois de carimbarmos nossos passaportes fomos pegar nossas malas, que já se arrastavam na esteira de bagagens. Ainda bem que ninguém pegou, pois na saída não tem nenhum agente fiscalizando os tikets presos nelas. Também não tem carrinhos de mão. Se quiser, tem de pagar. Fomos para a saída (nossas duas malas tinham rodinhas) e não demorou muito, apareceu um senhor com uma placa onde estava escrito meu nome: era o Sr Sebastian, empregado do hotel Cibeles, que fora nos buscar com uma van. Ainda bem. Economizamos alguns dólares, pois o percurso, embora fosse sábado de manhã, sem engarrafamentos, levou quase uma hora de viagem e isso o motorista dirigindo a 100Km por hora. Chegamos com um tempo muito nublado, ameaçando chuva, embora o calor fosse terrível.

Quando chegamos ao hotel fizemos o chekin com a Sra Maria Rosa, ótima funcionária, simpática, que nos deu todas as informações de onde era melhor pegar alguma condução para visitarmos os principais pontos turísticos, assim como o outro rapaz, que reveza com ela na recepção, o Francisco, sempre com um sorriso, atencioso e gentil, que também muito nos ajudou com ótimas dicas de restaurantes próximos, mercados, lugares para compras, onde era melhor pegar ônibus ou táxis e inclusive nos dizendo os preços estimados para que não fôssemos lesados. Quando fui embora dei a ele uma camisa nova da Seleção Brasileira, que já tinha levado para esse fim.

Depois de desfazermos as malas, tomamos um banho (ducha quente e fria) e descansamos um pouco na cama King (dá para quatro pessoas tranquilamente). Ao lado da cama tem um criado-mudo de cada lado, um armário grande com cabides e uma escrivaninha. Ar-condicionado e TV de tela plana (a cabo, tudo em espanhol). Optamos por levar todos os dólares conosco, embora na recepção tivesse cofre. Nunca nos sentimos ameaçados de nenhuma maneira, nem quando íamos aos cassinos próximos (que abrem às 19h) arriscar a sorte.

Nesse primeiro dia, como estávamos cansado da viagem, optamos por dar uma volta na Cinta Costeira (como se fosse o calçadão do Aterro do Flamengo), um lugar muito bonito, cerca de cinco minutos do hotel. Tem uma autopista, que margeia toda a orla do mar (Oceano Pacífico), onde o tráfego é bastante pesado. Só se pode atravessar nos semáforos e passarelas. Todas as avenidas, ruas, travessas, são muito limpas, ao contrário do Brasil, não se vê papel no chão. Esta Cinta Costeira é um aterro, semelhante ao do Flamengo (no Rio), onde as pedras usadas são resíduos dos escombros da abertura do Canal de Panamá. Em toda orla há diversos jardins, pistas para ciclistas, pistas para corredores, pessoas cuidando dos jardins, varrendo, tudo para fazer um cartão de visitas. Voltando a vista para o centro, se vê ao longe os imponentes apartamentos, que impressionam por sua altitude, alguns com 70 andares, outros com sua arquitetura moderna, inclusive uma réplica do famoso hotel de Dubai, semelhante a uma vela de embarcação e outro de nome “Tornillo” (parafuso em português, de cor azul-turquesa e igualzinho a um parafuso mesmo, muito bonito!). No centro funcionam os principais hotéis (para ricos), como o Hard Rock Café, Sheraton, etc, como também os melhores shoppings, como o Multiplaza e o Multicentro. Aí fica o coração financeiro do Panamá. Em frente ao Multiplaza saem os ônibus que fazem o tour turístico do Panamá, aqueles vermelhos, de dois andares, que a maioria das cidades turísticas têm. Depois de andarmos e tirarmos muita foto, optamos por almoçar num restaurante chamado Balboa, na orla da praia e quase em frente a rua do hotel. Comida excelente e não muito cara (aliás a comida no Panamá é mais barata que no Brasil, mesmo sendo em dólar). Caminhando de volta ao hotel, passamos num pequeno supermercado onde compramos duas garrafas de água mineral, pão de forma, queijo, margarina, refrigerante e presunto, pois as águas e refrigerantes no hotel são muito mais caros. Essa foi a opção para não termos que sair para lancharmos à noite fora do hotel. Compramos facas e colheres de plásticos também.

2º Dia: 23 de agosto de 2015 (domingo) – Conhecendo os principais pontos turísticos

- Acordamos cedo, tomamos café no próprio hotel, isto é, desci e peguei dois copos de café da garrafa térmica (não tem pão), subi e levei para o quarto. Fizemos nosso lanche com o pão de forma que tínhamos comprado no dia anterior. De bermudas, munidos de filmadora, celulares e máquina fotográfica pegamos um táxi para o centro (US$ 4,00), 15 min, de onde saem os ônibus que fazem o tour turístico. Como ainda demoraria uma meia hora para chegar, nos deixamos levar pela lábia de um taxista que estava ali com vários outros, para dissuadir o turista e acabamos fechando um pacote de US$ 70,00 para nos levar aos principais lugares turísticos, sem opção de hora para voltar. Nos esperaria nos lugares para tirar fotos, fazer a visitação sem pressa e nos levar de volta ao hotel. Depois de confabular com minha esposa, nós aceitamos. Talvez tenha sido melhor, pois foi mais rápido, mais confortável e tínhamos nosso próprio guia.

a) Canal do Panamá (imperdível, é como ir a Roma e não ver o Papa). Chegamos exatamente às 09h, hora da abertura. Ingresso de US$ 15 por adulto. São várias bilheterias, turistas de todas as partes do mundo, a maioria com o chapéu Panamá na cabeça. Chegamos justamente na hora em que um navio entrava no canal, vindo do Oceano Atlântico, adentrando o canal e passando para o Oceano Pacífico. Tudo durou uma meia hora, mas é uma coisa impressionante. Você vê o navio chegar no começo do canal, as comportas se abrirem, o nível da água subindo para igualar os oceanos (um é mais baixo que o outro) e depois o navio lentamente sendo rebocado para passar no canal, isto para que não esbarre dos lados, pois a passagem é bem estreita, acho que fica meio metro sobrando de cada lado do navio; depois ele para para descarregar os contêineres e acabou; tem uma espécie de mirante, com arquibancadas e com cobertura por causa do sol forte, onde os turistas podem avistar os navios da parte superior. Embaixo tem banheiros e um pequeno museu, onde passam filmes e tem várias réplicas das escavadeiras, trens, picaretas, pás, enfim, tudo que foi utilizado na construção do canal. Eu não quis assistir ao filme. Só visitei o museu e comprei souvenir para os amigos, nas lojinhas anexas. Ficamos mais ou menos uma hora. Retornamos ao táxi e seguimos para o próximo ponto turístico.

b) Cerro Ancon – fica próximo ao Canal. É um pequeno morro, porém é o lugar mais elevado da cidade do Panamá, que é toda plana, sem nenhuma montanha próxima, bem arborizado, onde os ônibus de turismo não podem subir, devido à largura da estrada: só tem uma para subir e descer. Em cima tem um estacionamento e quando um carro sobe ou desce um guarda no meio do caminho faz a comunicação com outro por rádio, e se por acaso algum estiver já em tráfego, o outro tem de esperar, pois não há espaço para dois ao mesmo tempo. Vimos muitas pessoas subindo ou descendo a pé, mas tem de ter disposição, pois além das curvas, é bem cansativo e bem alto. Acho que uma pessoa a pé deve levar 1h mais ou menos. Nosso carro levou quinze minutos. De lá de cima (tem um mirante) se tem uma vista maravilhosa (se não estiver nublado) da cidade, inclusive o aeroporto regional de Albrook. Tudo silencioso, tudo limpo, muitos pássaros e uma bandeira gigante do Panamá.

c) Mi Pueblito – pequeno povoado, onde se preserva as antigas tradições dos primitivos habitantes. Suas casas, normalmente de madeira e dois pisos, estão abertas a visitação. Vê-se muitos utensílios usados no começo do século, como telefones com fio, banheiras de louça, ferro de passar roupas, de ferro, além da venda de artesanatos em vários quiosques. Chovia torrencialmente.

d) Biomuseu – linda arquitetura em azul, vermelho e amarelo. Não entramos, só paramos para tirar fotos. A chuva parou e saiu um sol escaldante. Passeamos ao longo do outro lado da Cinta Costeira, de onde avistamos a entrada do Canal e a Ponte das Américas, símbolo da integração do Panamá, pois une suas metades, sobre o Canal.

e) Mirante sobre a Ponte das Américas – tem um magnífico monumento chinês em homenagem ao Panamá por aquele povo. Lugar magnífico e muito bem posicionado, de onde se avista toda a extensão do Canal. Aqui também se vende muito artesanato. Comprei dois bonés com o símbolo de algum ponto turístico de lá, ao preço de US$5,00, cada.

f) Calzadão Almador – uma calçada bem larga, sendo uma extensão da Cinta Costeira, onde, no final tem um shopping com duty free, voltado para os turistas, cuja principal venda são os perfumes importados, bem mais baratos que nos shoppings. Não compramos nada, o dólar não compensa. Fica próximo a uma marina, de onde partem os barcos luxuosos de seus proprietários e também algumas lanchas. Daí saem todos os dias a lancha para a Isla Taboga, que visitei outro dia.

g) Casco Antiguo – aqui fica a antiga capital do Panamá, que outrora fora bombardeada por piratas. Ainda é possível se ver as antigas ruínas, que são tombadas pelo Patrimônio Histórico. Achei bonitas algumas ruazinhas sem carros, só pedestres ou turistas, como as ruas do bairro Candelária, em Bogotá, Colômbia. Só isso. Não tem mais nada de bonito. Muito artesanato em uma rua de antigos índios vendendo de tudo, mas nada de novidade, nada que não tenha em outros lugares e o preço ainda é maior. Aqui tudo é voltado em prol do turista, Ninguém mais visita a “cidade”. Não valeu a pena, pelo menos pra mim. Já eram 15h, com fome, desde as 9h. Os restaurantes só abrem às 12.30h. Não tem um bar ou restaurante onde seja possível tomar uma água, cerveja ou refrigerante. Banheiros: nem pensar, você vai fazer nas calças. Aqui foi o final do tour com o táxi, (acho que valeu a pena). Se estivéssemos no ônibus, provavelmente teríamos que repetir outro dia e sairia mais cansativo e mais dispendioso. Embaixo de uma chuva torrencial, pegamos o táxi de volta para o hotel, onde trocamos a roupa molhada e saímos para almoçar e descansar no hotel até o anoitecer. Optamos por almoçar num restaurante bem próximo ao hotel, na mesma calçada, na esquina, lado oposto da Cinta Costeira. Acho que o nome é “Pollo a la Lenha”. Pedimos o prato do dia. Mais barato do que os do menu e muito bem preparado. Uma corvina inteira, com arroz, feijão, batatas e salada, por US$ 5,00, ainda acompanhado de um suco cada prato e mais uma sopa (de marisco ou de frango, como entrada. Aliás, como de costume, em todos os países sul-americanos que passei e mais o Panamá (América Central) é comum servirem antes a entrada, normalmente uma sopa, acompanhada de pequenos pedaços de pão torrado. Ruim para os amazonenses (como minha esposa): não tem farinha. Aliás não vi farinha em nenhum restaurante nesses sete dias que passamos no Panamá. Pedi uma cerveja local para beber antes do prato, mas eles ficam relutantes em te servir antes de vir a comida. Detalhe: é proibido vender cerveja fora de bares e restaurantes. Não se pode beber cerveja na rua. Com todo o calor que faz lá, média de 35º, parece impossível! Entretanto, não se vê ambulantes, flanelinhas ou mendigos nas ruas. Não há uma área de lazer para você tomar uma cerveja ou refrigerante, nem banheiro público, a não ser em shopping, restaurante ou aeroporto. Fica a dica: quem for pego tomando uma cerveja na rua paga uma multa de US$ 100,00 e vai preso. Acho que por isso, não se vê ou se ouve falar de acidente de trânsito ou atropelamentos, nem bandidagem, nem assalto, aliás, vi poucos policiais nas ruas.

No hotel também não vendia cerveja e era proibido entrar com uma. Paga-se multa por fumar, tem cartaz espalhados por todos os quartos, elevadores, escadas, etc: que for pego fumando paga uma multa de US$ 100,00. Desse mal, felizmente, não passo.

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2º Dia: 23 de agosto de 2015 (domingo) – continuação

– À noite, encerramos com chave de ouro no Shopping Multiplaza, no centro da cidade do Panamá; táxi do hotel até lá: US$4,00. Melhor shopping, na opinião de todos, cheia de loja de grife, menores preços que no Brasil. Talvez agora não compense com essa subida estúpida do dólar, que é a moeda oficial do Panamá. Imenso e muito bonito, não dá para visitá-lo num dia só. Só matamos o tempo, não tínhamos ido para comprar nada, mesmo assim comprei duas bermudas e minha mulher um vestido longo, que nem teve oportunidade de usar. Acabamos jantando numa das inúmeras praças de alimentação. Voltamos de táxi ao hotel; aliás essa foi sempre nossa condução, pois são baratos (tem de combinar o preço com o taxista, pois não usam taxímetro), também não tínhamos ideia de qual ônibus pegar, o que aliás são raros. O Panamá é a cidade em que mais vi táxis em toda minha vida. Não existem motocicletas, muito menos motoboy, e todos os carros são importados. Não existem Volks, Fiat, Renaut, Peugeot. Ford, Chevrolet, etc, de uso comum no Brasil. Os carros usados lá são os coreanos, japoneses e chineses: Toyota, Hiunday, Nissan, Honda, Suzuki, etc. Quase todos os funcionários de classe média possuem carro, segundo informações dos motoristas, e o salário-mínimo dos panamenhos é de R$ 1500,00.

2º Dia: 24 de agosto de 2015 (2ª feira) – conhecendo a redondeza

– Depois do café no hotel, saímos para caminhar pelas redondezas. Bem próximo ao hotel, cruzando algumas avenidas existem os pequenos comércios: lojas de móveis, alguns supermercados, inúmeras lojas de roupa, a preço muito mais acessível (como se fosse a Riachuelo, C&A ou Marisa, para quem conhece). Gastamos uns duzentos dólares em maiôs, bikinis, saias e blusas. Assim que chegamos em Manaus vendemos pelo triplo, são bem bonitos, diferentes e tudo estava em promoção. Nessa mesma rua tem um Cassino enorme; aqui, como também nos países da América do Sul que já visitamos (Peru, Equador e Colômbia), não é proibido o jogo. Abre a partir das 19h, com exceção dos situados dentro dos shoppings (estranho, né?), que abrem o dia inteiro. Voltamos à noite. Eu não gosto de jogo, mas minha mulher sim (às vezes ganha alguma coisa) e eu fico só olhando. Como falei, não existem lugares públicos para você tomar uma cervejinha ou simplesmente bebericar um refrigerante. Havia um Mc Donald's perto, fui fazer um lanche, enquanto minha mulher se divertia. Muito mais tarde retornamos para o hotel a pé (10min) e não saímos mais. Não vimos nenhum policial, mas também não nos sentimos ameaçados de nenhum modo. As ruas são bastante largas e muito bem iluminadas, com muitas pessoas ainda. Já somos de meia-idade, então não curtimos mais as baladas e shows noturnos.

3º Dia: 25 de agosto de 2015 (3ª feira) – Albrook Mall

– Nessa manhã saímos para fazer compras num “Supermercado” próximo do hotel, chamado “Multitazo”, ao lado de um Mcdonald’s e ao Casino que já mencionamos. Caminhamos para o lado oposto da Cinta Costeira. Note-se que nosso hotel está situado bem próximo da Cinta, caminhando no sentido contrário. Aqui no Panamá existem quatro avenidas bem largas no sentido centro e mais quatro no sentido contrário, de modo que não há contramão. O fluxo de veículos, apesar de intenso (a maioria táxis) flui bastante bem. Os semáforos e faixa de pedestre facilitam a travessia e os panamenhos são bem-educados no trânsito e não buzinam tanto quanto no Peru e Colômbia. Além disso tem o metrô, que não é como o do Rio ou São Paulo: não fica aquele entupimento e as estações são relativamente próximas umas das outras e ele tanto é subterrâneo, quanto de superfície. No mercado compramos pão, queijo, margarina e frutas para abastecer nossa “dispensa” do quarto. Almoçamos de novo o “prato do dia” a US$ 5,00 com 1/4 de frango grelhado para cada um e mais os acompanhamentos.

À tarde fomos visitar o shopping mais famoso da cidade: o “Albrook”. É necessário pegar um táxi até lá. Não esqueça de combinar o preço com o taxista antes. Nos custou US$ 4,00, cerca de 15 min.

Trata-se de um shopping imenso, maior do que o Plaza Shopping. Aqui é o shopping do “povão”, pessoas mais pobres, pois neste lugar ficam os terminais de todos os ônibus e muitos táxis. Se você quiser pegar um ônibus intermunicipal ou internacional (Costa Rica, Guatemala, Colón, etc.) tem de vir até aqui. O shopping é divido em duas partes, uma à direita e outra à esquerda. O táxi para bem no meio: você tem de optar por onde começar primeiro, por isso aconselho chegar cedo, pois é muito grande, com três andares e em cada um tem várias praças de alimentação. É como se fosse o Shopping Manaus ou o Shopping Nova América (para quem conhece o Rio), bem suburbano mesmo. Apesar disso, você não encontrará em nenhum lugar, até nos pontos turísticos, nenhum panamenho trajando bermudas, shorts, sandálias de dedo, etc. Por isso que os turistas são tão assediados pelos taxistas. Eles logo sabem que você “é de fora”, por causa dos trajes. Faça o calor que fizer (e faz sempre) o panamenho é muito recatado em matéria de roupa. E são feios! De mil, você encontra uma garota bonita. Ao contrário de Bogotá, Colômbia: de mil, você encontra uma feia. Todas são lindas.

Rodamos todo o primeiro andar: mais de uma hora, olhando várias lojas (muitas de grife e marcas famosas). Almoçamos e fomos para o segundo andar: mais uma hora e bem depressa. Acabamos no terceiro, onde compramos um perfume francês Chanel nº 5, por US$ 185. Muito caro (mais de R$ 600,00), mas minha mulher queria muito, fazer o quê? Saímos de lá às 21h, pegamos um táxi de volta e paramos no McDonald perto de casa. Fomos caminhando para o hotel e entramos no Cassino, onde minha esposa ganhou US$ 250,00. Alegria, alegria!

4º Dia: 26 de agosto de 2015 (4ª feira) – Cinta Costeira e Casco Antigo

– Esse dia tiramos para caminhar na Cinta Costeira. Uns 5 min do hotel. Trata-se de um aterro, realizado por uma empresa brasileira, que venceu a concorrência, a mesma que aterrou o Aterro do Flamengo. Utilizaram as pedras provenientes das sobras da retirada da construção do canal. Ficou bem parecida com o Flamengo mesmo, muita árvore, muitas flores e jardins, muitas passarelas, pois ali flui um tráfego intenso até o centro sem quase nenhum semáforo, inclusive tem uma faixa azul especial para os ônibus. Ao longo da Cinta, que é um imenso calçadão, existem pistas para ciclistas, para pedestres, lugar ideal para se tirar fotos, pois é banhada em toda sua extensão pelas águas calmas do Oceano Pacífico, com suas águas azul-turquesa. Nossa intenção era caminhar até o centro e tirar fotos de seus famosos edifícios em arquitetura moderna, tem um, de setenta andares, que é uma réplica daquele famoso em forma de vela de embarcação, existente em Dubai. Após caminharmos durante uma hora, seriam mais ou menos 9h, optamos em parar um táxi, pois o sol nesse dia estava muito quente. Uma coisa importante: embora os táxis estejam levando passageiros, eles param se tiver espaço e você estiver seguindo no mesmo itinerário do passageiro que já está dentro, então não estranhem. O que nós paramos levava uma senhora que seguia justamente para o famoso edifício, onde trabalhava como empregada. Ela nos disse que ali só moravam ricos e todos são proprietários de algum apartamento. O taxista a deixou e nos esperou para que tirássemos as fotos. Parou na frente do saguão, onde funciona um Casino e nós fotografamos também. Pedimos que nos levasse ao Casco Antigo, onde fizemos o tour com o outro taxista, mas foi muito rápido. Queríamos comprar algumas lembranças (souvenir) para os amigos e parentes. Levou uns 40 min e nos cobrou US$ 7,00. Chegamos na hora do almoço. Doido para tomar um refrigerante ou uma cerveja, mas não existe um lugar no Panamá assim tão fácil, nem para urinar. Andamos a esmo durante umas duas horas, de novo o céu fechou, vinha uma tempestade. Tiramos mais algumas fotos: dali se avista os prédios da cidade ao longe, Pegamos outro táxi e pedimos para parar na Cinta Costeira, próximo ao nosso hotel, para ele não ficar dando voltas, o que seria mais dispendioso. Pagamos US$ 5,00 e fomos para o Restaurante Balboa, onde, graças a Deus fomos ao banheiro. Todos estranharam a gente estar de bermudas, pois esse restaurante é meio chic e o almoço já tinha começado, estava cheio. Optamos por ficar na sacada externa, onde pedi a cerveja local: a Balboa, uma long net, que custou (pasmem) US$ 4,00. No interior tem ar-condicionado. Ainda bem que o menu foi muito bom: um enorme bife (filé) para cada um, acompanhado de arroz e batatas fritas, além da entrada, sopa de feijão com carne ou de frango, com pedaços de pão fresco e torrado. Tudo por US$ 20,00. Fora a cerveja, que fui obrigado a pedir mais uma: a Panamenha, pelo mesmo preço. Quando começamos a almoçar, caiu aquele “toró”, igualzinho em Manaus, tanto que os funcionários tiveram de fechar as “viseiras” ou persianas externas, de lona.. Acabamos e ainda estava chovendo, um pouco depois melhorou e fomos a pé de volta para o hotel. As ruas estavam alagadas. Molhamos todo o pé. Essa noite não saímos mais. Aproveitamos para descansar.

5º Dia: 27 de agosto de 2015 (5ª feira) – Isla Taboga

– Era nossa intenção, quando chegamos à cidade do Panamá, além de conhecer o centro e os principais pontos turísticos, conhecer também o arquipélago de San Blás, que fica na parte norte do País, que é banhado pelo Oceano Atlântico (Caribe). Ouvi falar e também vi fotos no Google e Mochileiros e também vídeos do YouTube, que é composto por mais de 360 ilhas, cada uma mais bonita do que a outra. Mas, chegamos numa época em que chovia quase todos os dias, mesmo assim tentamos mas não conseguimos contatar nenhuma agência de turismo. Falamos com o “Staff” do hotel, Sr Francisco, sempre prestativo, que verificou para mim. Por casal, buscando a gente no hotel, uma noite sairia, no mínimo por US$560,00. Multiplique isso pelo dólar atual e com esse tempo instável! Desistimos. Então optamos em ir a uma ilha não tão famosa assim, mas que os locais sempre vão nos finais de semana: Isla Taboga. Pegamos um táxi às 07.30h, por US$5.00 até o píer localizado naquele Duty Free, no final da Calzada Amador. Tivemos que mostrar nossos passaportes, já tinha uma meia dúzia de pessoas. Pagamos US$ 14,00 por pessoa, ida e volta (importante: não perca o bilhete de volta, pois não vendem na ilha). A lancha pequena, pintada de vermelho, azul e branco (as cores do Panamá), aportou 5 min antes da partida. Saímos às 09.30h. Levamos exatamente 1h para chegar na ilha, embaixo de um sol escaldante. Passamos por um píer enorme, e logo estávamos na praia. Fomos abordados por inúmeras pessoas oferecendo barracas e cadeiras de praia ao preço exorbitante de US$ 10,00 cada. Não quisemos. Como nós fomos no meio da semana, havia poucas pessoas na praia, só mesmo os que viajaram conosco. Alguns alugaram as cadeiras e guarda-sol. Nós estendemos nossas toalhas na areia e em seguida fomos nos banhar nas águas calmas, cor azul-turquesa, bem transparente e limpa. A faixa de areia é bem pequena, deve ficar bem lotada nos finais de semana. Pela hora do almoço, aproveitamos para caminhar nas ruas estreitas, asfaltadas, cercadas de casas coloridas, tudo muito bem cuidado e muito limpo. Aqui sim, você pode entrar em qualquer restaurante (tem vários) e pedir sua cerveja sem preocupação. Não pode levar para a praia. Almoçamos num restaurante chamado “Mirador”, quase em frente ao píer. Comida boa e barata. Optamos por camarão e peixe. Os proprietários e empregados são chineses. Devem ser da mesma família. Assim que terminamos caiu “aquele toró”! Chuva torrencial, assim sem mais nem menos. Estava um céu azul e de repente desabou água. Os poucos que estavam na praia continuaram assim mesmo, fazer o quê? Já estavam molhados mesmo. O perigo seria cair um raio, o que não aconteceu, aliás pensando bem, todas as vezes que choveu no Panamá não escutamos nenhum trovão, nem vimos nenhum relâmpago. Meia hora depois o sol saiu novamente e nós voltamos para a praia, afinal de contas a lancha só retornaria mesmo às 16.30h. Fomos para o píer meia hora antes, pagamos 1 dólar cada um para tomar uma ducha de água doce ao lado do restaurante onde almoçamos e aí trocamos de roupa também. Depois que todos embarcaram a lancha saiu justo no horário, chegando ao atracadouro do Panamá, no mesmo lugar em que tinha saído às 17.30h. Fomos abordados por vários taxistas, não tem ônibus saindo daí. Ainda bem que os táxis são baratos. Pegamos um de volta por US$5,00 e 20 minutos depois estávamos no nosso hotel. Por volta das 20h fomos a pé ao McDonald e terminamos a noite no Casino próximo.

6º Dia: 28 de agosto de 2015 (6ª feira) – Zona Libre de Colón

– Pegamos um táxi até o terminal de ônibus situado no Shopping Albrook. Daí saem os ônibus interestaduais e internacionais (Costa Rica e Guatemala). Para Colón tem ônibus toda hora, assim que a lotação fica completa, ele sai. A passagem custou US$ 3,50 por pessoa e levou 1h30min para atravessar todo o país na sua largura, quase acompanhando o canal. Um calor de rachar. Ainda bem que tem ar-condicionado e cortinas escuras para tampar o sol, mas não tem banheiro. Saímos às 09.30h e chegamos às 11h. É preciso ficar atento para não descer no ponto final, senão tem de andar muito para chegar à zona de livre comércio. Perguntamos a uma passageira e ela nos explicou onde descer, já que iria para o mesmo lugar. Só, que mesmo assim, tem de andar um bocado. Um taxista nos abordou e optamos em seguir com ele até dentro da zona franca, que nada mais é do que um grande shopping a céu aberto. Inúmeras lojas vendendo de tudo que você imaginar e um pouco mais barato que os artigos vendidos nos shoppings da cidade. O famoso Chanel nº 5 aqui custa US$ 115,00 e eu comprei por US$ 185,00 no shopping Albrook. Pra mim não valeu a pena! Um calor danado, não tem uma árvore nem sombra, a não ser as dos prédios; você fica perdido porque são várias ruas dentro de um quadrilátero. Bota várias ruas nisso, com uma loja colada na outra, sem nenhum restaurante ou bar ou banheiro. Não adianta procurar! Para você fazer xixi tem de entrar numa loja, comprar um produto e pedir para utilizar o banheiro. Absurdo! Quando eu não estava mais aguentando, entramos numa loja que nem lembro o nome, só sei que era de judeus, por causa dos trajes e o famoso chapeuzinho e compramos um relógio Casio por US$ 70,00 para eu e minha esposa podermos utilizar o banheiro. Nas calçadas existem vários quiosques, que vendem todo tipo de sanduíches, refrigerantes e outras coisas, não servem almoço. A aparência dos quiosques, dos funcionários e do que tem para comer, deixam bastante a desejar. Então depois de algumas informações fomos caminhando embaixo do sol escaldante do meio-dia até uma praça chamada Millenium. Levamos uma meia hora caminhando, mas valeu a pena. Na Plaza Millenium, além de algumas lojas de roupas e produtos importados, tem também uma praça de alimentação, com menu variado para todos os gostos. Optamos por um self-service, porque escolhíamos o que nos apetecia. Foi bom e barato. Dali, como estávamos próximo do terminal de onde saiam os ônibus para o Panamá, embarcamos e voltamos para o nosso hotel. Este foi o primeiro dia que não choveu desde que chegamos. À noite fomos ao shopping Multicentro e ao Hard Rock Café, que são interligados, bem menor que o Multiplaza e o Albrook, mas muito mais elegantes e com mais lojas de grife, só pra quem tem dinheiro para esbanjar. Jantamos na Praça de Alimentação e retornamos ao hotel às 22h.

7º Dia: 29 de agosto de 2015 (sábado) – Retorno a Manaus

– Como nosso voo sairia somente às 15.40h, acordamos cedo, preparamos as malas e saímos para comprar algumas lembranças no comércio perto. Almoçamos e retornamos ao hotel para esperar o táxi que nos levaria ao aeroporto. Fiz amizade com alguns deles, que terão prazer em te levar para fazer um tour, levar às praias próximas, como Playa Blanca, shoppings, etc. Vou deixar o nome e telefone de alguns deles, que inclusive poderão levá-lo ou buscá-lo no aeroporto, que é longe do centro. Chegamos ao Aeroporto Internacional Tocumen com duas horas de antecedência, fizemos o chekin no balcão da Copa Air Lines, despachamos as bagagens e fomos para a área de embarque, sem necessitar passar pela Aduana para carimbar de novo os passaportes, o que fizemos na chegada ao Brasil, quando passamos pela Polícia Federal. Depois de um voo tranquilo, com um lanche excepcional, chegamos em Manaus às 19.40h, fuso de uma hora a mais, onde meu genro nos aguardava. Se valeu a pena? Claro! Se iria novamente ao Panamá? Sim, desde que o dólar não estivesse valendo o absurdo que está no momento: US$3,80.

TAXISTAS AMIGOS: com WhatsApp

- Eduardo, tel (507)67326303

- Edwin, tel (507) 62807502

- Francisco, tel (507) 69603543

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