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E-MAIL DO MAURICIO:

 

Fala Thiagão, blz?

 

Primeiro gostaria de parabenizá-lo pela maneira didática e direta que vc escreve, pesquisei a semana toda e o seu artigo foi o melhor e mais claro de todos que eu encontrei no quesito dicas da Irlanda.

 

Gostaria de saber quando vc escreveu os artigos Dublin p1 e p2??

 

Eu e minha namorada estamos pensando em ir para Dublin, gostaria de saber se o esquema de entrar como turista e conseguir o visto estudantil e para trabalho por lá ainda rola e se a City College é uma escola legal? Também queira saber se a dica do Jacob´s Inn é valida e se o lugar não é muito porcão??

 

Desde já valeu!!

 

Um forte abraço,

Maurício.

 

E-MAIL DO HENRIQUE

 

Prezado Thiago,

 

Tudo bom? Acabei de ler sobre suas viagens, principalmente a de Dublin.

Muito interessante, pelo jeito você ficou lá um bom tempo, não? Está

agora no Brasil ou ainda pela Europa?

 

Pois eu e minha namorada vamos para Dublin no fim de Julho para um

congresso que ela tem de ir. Iremos ficar lah por 8 dias, e por isso eu

queria uma opinião sua. Há hotéis "baratos" pra se ficar uma semana lá?

Não estou achando nada em conta na internet, além dos hostels. Não tenho

problema com hostels, mas como vamos em dois, queriamos algo mais

privado que hostel com 18 ou 10 pessoas num quarto.

 

O que vc recomenda? Há algum hotelzinho bonzinho e barato, que não se

encontra pela net e que vc conheça? Nessa outra hipótese, os hostels

(como o Jacob's Inn que vc recomenda) são bons? Dá para se descansar?

 

Grato, um abraço

 

Henrique

 

E-MAIL DA AUGUSTA:

 

Ola

O meu nome é Augusta (sou portuguesa), eu e o meu marido vamos para a Irlanda

(Dublin) no próximo dia 30 Abril, como temos lido os seus artigos sobre as

viagens que faz, gostariamos de lhe pedir que nos indicasse a melhor opção para

alojamento a um preço acessivel nesta cidade. Já agora, caso possa, pode-nos dar

algumas dicas sobre trabalho, gastos e outros temas?!

 

Obrigado pela atenção

Augusta

 

 

 

RESPOSTA:

 

Fala Mauricio!

 

pelo que vi vc fez uma pesquisa bacana hein? odas as informacoes ainda sao validas sim, desde o visto até a escola. Sobre acomodacao, Henrique, de uma olhada no site www.daft.ie, acho melhor dividir ap com alguem ou quem sabe alugar um quarto por uma temporada. Hostel tem sempre o inconveniente de se dormir com várias pessoas no mesmo quarto e os quartos privativos sao muito caros. Uma ultima opcao seriam os Bed and Breakfast, muito bons, aconchegantes mas nao espere gastar menos do que 20 euros por pessoa.

 

Augusta, para os outros temas de uma olhada no relato todo ok?

 

Abraço!

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E-MAIL DO ALAN:

 

Olá, Thiago! Como vai vc? Espero que esteja bem, pois preciso de sua orientação. Meu nome é Alan e estou indo p/ Dublin estudar e trabalhar, mas ainda não tenho o emprego, gostaría muito de poder conseguí-lo ainda aqui no Brasil antes mesmo de chegar lá. Li todas as orientações do seu site e claro que já me serviu muito, mas estou apreensivo quanto a viagem até porque é minha primeira, mas me diz apenas como devo fazer p/ chegar as agências de emprego e conseguir jornais, revistas e e-mails com propostas de emprego p/ estrangeiro e brasileiro? Thiago adorei seu trabalho e dedicação em seu site de viagens, é a salvação de todos nós marinheiros de primeira viagem! Desde já meu muito obrigado, valeu!!

 

E-MAIL DO TIAGO:

 

como vc esta ????

Thiago , me chamo Tiago tbm , tenho 22 anos e estou indo para estudar por 1 ano e gostaria de saber sobre cursas extra curriculares para estrangeiros , como funciona e a quantia de dinheiro para levar , bem como empregos para me sustentar

 

E-MAIL DO MAURICIO:

 

thiago quero muito sair do brasil para tentar a sorte la fora pesquiso sempre na internet para ver se arrumo alguma coisa alguma ideia para mim ter noçao oque e la fora assim queria alguma ideia sua para onde ir quero tentar a sorte la fora se puder me dar alguma ajuda eu agradeço

 

 

RESPOSTA:

 

Mauricio, procure aqui, meu velho, vai achar muita coisa.

 

Tiagao, as principais facs de lá sao DCU, UCD, Trinity College, Limerick e Cork, faça uma busca rapida no google e espante-se com os valores dos cursos extracurriculares!

 

Alan, a busca por emprego é mais direta, no corpo a corpo mesmo, de a cara para bater ok?

 

Abraço!

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E-MAIL DO ARTUR:

 

Tiago,

 

Estou pensando em ir para dublin em agosto deste ano... Creio qeu três anos após a sua ida as coisas já estejam um pouco diferentes. Você tem tido contato com algum pessoal que está lá? que pode informar sobre ofertas de emprego, etc?

 

Muito obrigado e aguardo sua resposta,

artur versiani varella

 

RESPOSTA:

 

Fala Artur,

 

tenho me mantido atualizado e posso te garantir uma coisa, muito pouco ou quase nada mudou desde que sai de la em termos financeiros. O que aumentou foi a quantidade de pessoas procurando por empregos menos nobres, como limpador, faxineiro, pedreiro, atendente...

 

Abraço!

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E- MAIL DA FABIANA:

 

Tenho 29 anos, sou professora substituta a dois anos pelo estado de SP e quero viajar pela Europa... ( jah tenho vivencia nos EUA e falo um ingles intermediario)

 

Em principio a minha maior preocupacao eh passar pela imigracao. eh por isso que eu quero saber qual o melhor caminho e o mais barato, por que naum tenho muita grana e nem como comprovar renda...

 

Que tal se eu fosse pra irlanda como turista e entaum eu me virava atras de escola e trampo pra ficar legal ( nesse caso o meu risco aumenta na imigracao) ou....

 

Eu jah saio com o visto de estudade daqui...mas pra isso preciso muito da sua ajuda sobre preco de cursos, pois o que eu encontro na net sao muito caros e nem sei se saum aceitos pela imigracao.

 

Entaum por onde eu posso comecar?

 

Fico no aguardo de sua ajuda! Gostei dos textos e acho que vc pode me orientar. Obrigada!

 

RESPOSTA:

 

Olá Fabi,

 

há pros e contras nas duas opcoes, vamos la:

 

a primeira opcao, ir como turista e mudar la dentro, é mais barata, sem atravessadores, so que muito, muito mais estressante, sobretudo porque voce tem de correr atras de toda a papelada enquanto tenta se virar de alguma maneira... a segunda, ir direto daqui, é muito mais cara porem segura, sem sobressaltos, apenas a angustia de esperar em casa. Eu optei pela primeira. Uma escola que faz parte da lista boa da imigracao e até entao a mais barata que conheco se chama city college, www.citycollegedublin.ie, confira

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E-MAILS DO WAGNER:

 

Thiago, saiba que suas informações estão sendo essenciais para minha viagem. Segue outras abaixo.

-Qual é o lugar mais barato para eu me instalar na primeira semana?

-Sou compositor e tenho algumas pérolas internacionais. Qual seria o melhor local para eu conseguir contatos com empresários,artistas ou amigos de artistas e empresários? Ouvi dizer que o U2 mora lá. Sei que não vou conseguir falar c ele, mas tenho certeza que iria incomodar um amigo de um empresário ou artista caso ouvisse minhas músicas. Modéstia parte,são muito boas e altamente comerciais.

-Onde encontro a passagem de avião mais barata?

-Desculpe fazer tantas perguntas, não tenho pra quem perguntar essas coisas.

Grato,

 

Como vai Thiago, parabéns pela sua matéria sobre a Irlanda!!! Está muito boa!!!

Senti muita confiança em vc, portanto, gostaria de lhe perguntar algumas coisas.

- Gostaria de fazer um curso de 3 h / dia no período de 6 meses, que escola de inglês encontro o melhor preço?

- Sou estudante de engenharia química, seria possível conseguir algum estágio para constar em meu cv?? Caso saiba de alguma empresa me indique por favor.

-Vc conhece algum lugar que é muito provável que arranje um emprego?

-Preciso de ganhar o maior volume de dinheiro possível. É possível que eu arranje 2 empregos bons?

-Caso trabalhe em um bar, os clientes oferecem gorjeta?

Não me importo de trabalhar pesado, apenas preciso dar uma virada em minha vida.

Muito obrigado Thiago!!!

 

 

RESPOSTA:

 

Wagner,

 

curto e grosso ok?

 

acomodacao, www.daft.ie ou www.guideforeurope.com, entre na seçao Irlanda;

sobre contatos musicais, viva os ambientes musicais da cidade, informe-se sobre gravadoras locais, produtoras e tal, dá pra fazer isso daqui mesmo usando o bom e velho google;

passagem barata só pesquisando muito e todos os lugares possiveis, vá fora de temporada, compre milhas, entre no site www.decolar.com;

melhor escola de ingles na resposta acima;

Dicas sobre emprego, olhe nas 36 paginas anteriores;

no bar costuma-se ganhar mais com gorjeta do que com salario;

Como voce, muita gente, mas muita gente mesmo tbem nao se importa em trabalhar pesado, bem vindo ao grupo, meu velho!

  • 2 meses depois...
  • 4 semanas depois...
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LUXEMBURGO E HOLANDA - PRIMEIRA PARTE

 

 

Um pequenino país ou um mega banco: difícil saber o que melhor descreveria Luxemburgo. Tudo por lá gira em torno do câmbio, das operações financeiras e das grandes corporações, a quantidade de dinheiro que circula é tão grande que quem vai pra lá limpar prato e trabalhar na construção civil são os espanhóis e portugueses, "na busca de uma vida melhor", sendo que os nossos irmãos patrícios já constituem parcela significativa na população, é comum encontrá-los por toda parte. Só pra se ter uma idéia, a renda per capita de Luxemburgo é algo em torno de 32.000 dólares e, por ser um paraíso fiscal, muitos desses dólares saem dos cofres públicos de países como o Brasil no nosso já conhecido círculo de corrupção. É lá também que fica a sede do Banco Europeu de Investimento.

Porém, nem só de riquezas viveu a história desse Grão Ducado. Fundada em 963, a cidade funcionou por muito tempo como entreposto para comerciantes e, por não possuir nenhuma defesa natural como montanhas ou lagos, desenvolveu-se dentro de um complexo sistema de túneis e galerias que se estendia por vários quilômetros, formando uma espécie de formigueiro gigante, onde mais de 30.000 pessoas conviviam nos períodos de guerras e conflitos, ou seja, a maior parte do tempo. Durante as duas grandes guerras, essas Catacumbas foram ainda utilizadas como abrigo anti-aéreo e refúgio para a população para só então serem desativadas e transformadas em atração turística. Por medida de segurança, grande parte dos túneis foram explodidos ou fechados embora ainda reste um bom pedaço desse imenso formigueiro aberto a visitação pública, vale muito a pena passar por lá - isso se você não tiver claustrofobia...

Além das Catacumbas, não há muito o que ver na cidade de Luxemburgo e acertei em só ter reservado um dia para visitá-la. Agora, é realmente incrível o que o dinheiro pode fazer por você, em parte nenhuma do mundo eu vi um Centro de Informações Turísticas tão completo, com tantas opções de passeio, folders e cartazes, atendentes prestativas e eficientes, tudo para me convencer de que ali houvesse alguma coisa de interessante. Acabei optando por fazer um dos roteiros, muito mais em consideração ao esforço deles do que pela esperança de garimpar uma esmeralda. Também queria conferir como o meu dinheiro, aquele que o Collor fez o favor de deixar ali, estava sendo investido. Depois de duas horas caminhando por ruas, pontes, ladeiras e escadarias, pude constatar que a cidade tem lá o seu charme, te surpreende com vistas muito bonitas, construções delicadas e um povo educado, de vida tranqüila, sem preocupações no rosto (também pudera...). Dizem que o norte do país tem paisagens ricas e alguns castelos, tive muita vontade de arranjar uma bike e seguir viagem, imaginem só? Quem sabe um dia eu não transformo essa idéia em realidade...

Para voltar a Louvain-La-Neuve tive a mesma sorte da ida, caronas mil - com direito a Porsche e tudo mais - até o território belga e um ticket a menos do Go Pass. Depois de um bom banho e de arranhar o meu francês tosco na mesa de jantar com os moradores, fui dormir o sono dos justos porque no próximo dia partiria para conhecer mais um pedaço dos Países Baixos. E que pedaço! Na manhã seguinte, sigo na direção de Antuérpia, ponto máximo da linha férrea belga na direção de Amsterdã, até onde meu Go Pass poderia me levar. Antuérpia é muito industrializada e não parece oferecer nenhum grande atrativo mas foi ali que aprendi uma óbvia lição: não basta a cidade estar na divisa, mané, ela tem que ser pequena!!! Por conta do tamanho da cidade, foi um sufoco homérico encontrar a rodovia certa, passei mais tempo pra achar um bom ponto de carona do que pra visitar Luxemburgo inteira!

Lição aprendida, finalmente consigo me livrar de Antuérpia graças a um ex-funcionário da ONU, um senhor que viveu em vários cantos do mundo, inclusive no Rio de Janeiro e que me deu uma aula sobre a história, geografia e cultura da Holanda. Aprendi, por exemplo, que os moinhos de vento que aparecem por toda a planície não só geram energia elétrica como têm papel determinante na drenagem do território - sem eles e sem o conjunto de canais e barragens, metade do país estaria submerso - os outros 50% do território que estão acima do nível do mar não ultrapassam os 50m de altitude, com exceção do ponto mais alto de toda a Holanda, justamente na tríplice fronteira com Bélgica e Alemanha (um morrinho de 320,5m e olha que eles fazem questão desse 0,5m). Ele também me disse que os famosos tamancos de madeira foram uma forma econômica e inteligente de facilitar o caminhar pelos pastos encharcados. Vendo aquela planície bucólica de longe, toda verdinha, com suas vaquinhas gordas e moinhos quixotescos, eu nem imaginava o lamaçal que era aquilo! Após ver de passagem Den Haag, mais conhecida por aqui como Haia - onde Rui Barbosa fez sucesso - despedi-me do meu professor em Ultrecht onde rapidamente consegui a carona que me levaria ao centro de Amsterdã. Vai vendo: o cara era um playboy podre de rico, com ouro no Rolex, Ray Ban na cuca, couro na jaqueta e goma no cabelo, vestia um Lamborghini nervoso e pagava de gatão, era quase o Johny Bravo. Enfim, a pessoa mais inimaginavelmente capaz de dar carona! A conclusão que pude tirar disso só poderia ser essa: se algum dia você se decidir por visitar Amsterdã, será preciso antes rever os seus conceitos...

 

Até logo, pessoal!

Thiago de Sá

 

 

 

HOLANDA – SEGUNDA PARTE

 

Assim que o Johny Bravo me deixou num canto da cidade, tratei logo de

encontrar meu rumo para o centro. Não havia tempo a perder, minha intenção

era passar um dia por lá e voltar no dia seguinte à Bélgica (onde eu estava

com a cabeça quando tomei essa decisão??). Com uma fome cabulosa e um bolso

cheio de vento, não teve jeito, tive de apelar para o delicioso MacDonald’s

e foi lá que encontrei a primeira grande surpresa que Amsterdã me reservava,

a tia indiana que tomava conta do banheiro, como que por mágica, sem que eu

dissesse nada, me ofereceu hospedagem. Preferi não pagar pra ver...

Do Mac direto para o Red Light District, hora de procurar um canto pra

dormir e já dar uma espiada nas famosas janelas do local. Enquanto caminhava meio zonzo, nao sei se pelas janelas ou pelo sanduiche, percebi dois rapazes que conversavam em espanhol, UFA!, enfim alguem que nao fala estranho - o holandes tem som de alemao, primo do flamingo (?!?) e é ininteligível! Dario e Ronaldo se apresentaram como empresários e logo me ajudaram a procurar hostels, todos eles muito caros, por sinal. Como nada se encaixava no meu orçamento, comecei a perder as esperanças, foi aí que Dario me disse algo óbvio demais que até então não tinha me dado conta: se vou ficar apenas uma noite, pra quê eu preciso de hotel? Restaria só o problema de onde guardar minha mochila, que pesava demais, mas Ronaldo logo se dispôs a guardá-la no seu local de trabalho. Só que, para isso, os dois teriam de revelar sua verdadeira profissão…

Antes vale fazer uma descrição sobre os dois: Dario era um colombiano sério, parrudo, bem vestido, de uns 40 anos, sempre muito educado, falava com firmeza sem ser agressivo, inspirava respeito sem esforço. Já Ronaldo era um peruano frágil, moreno, de corpo franzino, um cabelo negro e liso, delicado, não era muito difícil perceber que ele era gay. Antes empresários, Dario e Ronaldo revelaram que na verdade eram travestis e que também se prostituiam nas janelas famosas. Logo, eu deveria guardar minha mochila num daqueles quartinhos. Apesar do receio inicial, concordei sem problemas e fomos até a janela de Ronaldo. Quando ele me abriu as portas do armário, tive mais uma surpresa, de um lado havia toda a sorte de objetos de fetiche, couros, chicotes, vibradores e outros trecos esquisitos que me pergunto até agora pra quê serviriam (preferi não perguntar…). Do outro, um pequeno santuário, fotos familiares, ternos, calças, camisas, tudo muito arrumado e limpo. O contraste me fez arrebentar qualquer estereótipo, limar o pouco de preconceito que ainda me restava e lembrar que é muito louco como carregamos conosco por onde vamos uma pontinha de julgamento. Mais uma vez, em Amsterdã, é preciso rever os seus conceitos.

Como Dario estava de folga, ele resolveu me mostrar a cidade, as ruas, decidiu me levar até um bar misto, tanto de gays quanto de heteros. Lá, depois de alguns goles – já não dizem que é bêbado que se diz as verdades? - Dario decidiu pagar pra ver se eu tinha alguma vocação homossexual e passou a me assediar, sempre com respeito, nada diferente do que faço com garotas. Depois das minhas negativas, foi a vez de Dario romper seus preconceitos (pois é, gays também têm os deles), para ele era simplesmente impossível esse comportamento de um hetero. De paquerador, ele passou a me tratar como amigo, me acolheu como irmão e retribuiu todo o respeito que tive por ele em atenção e hospitalidade, me convidando para ficar aquela noite na sua casa, onde morava com seu marido Kiko e seu amigo Ronaldo (ele o chamava de Ronaldinha!). Fato foi que fiquei quatro dias por lá, aproveitando a cidade de dia, conhecendo monumentos, enquanto que a noite visitava as baladas de Amsterdã, os bares, sempre na companhia ora de Dario ora de Kiko (Ronaldinho gostava muito de trabalhar), que não me deixavam pagar sequer uma bala. Os dois, aliás, viviam em perfeita harmonia, como marido e mulher, com brigas, carinhos e projetos futuros. Dario cozinhava maravilhosamente bem, acho que eu comi nesses quatro dias tudo o que eu deixei de comer durante as caronas! Quando Dario se travestia, passava a se chamar Monalisa, e era absolutamente irreconhecível, tanto que no primeiro dia em que foi para as janelas, ele me desafiou a encontrá-lo, o que só consegui depois de muito esforço! E olha que são muito poucas as janelas de travestis.

A noite de Amsterdã é cheia de perigos, é preciso saber onde se está pisando e escolher cada passo com cautela. A cada esquina há um africano sussurando “cocaine, cocaine”, a cada noite um convite para transar sob o efeito das drogas mais loucas e a cada momento haverá alguém testando suas convicções.

Na hora de partir de volta a Bélgica, Dario e Ronaldo me levaram à estação, foi uma despedida emocionante, guardarei eles para sempre no coração. Enquanto estive na Bélgica, na residência estudantil universitária, fui porcamente tratado, inclusive pelos meus anfitriões, mesmo estando em um quarto sem uso e apenas para dormir. Já em Amsterdã, fui super bem tratado por um casal de prostitutos travestis, como rei, comendo bem, sendo ciceroneado pela cidade, sem direito a pagar nada, muita atenção e carinho. Não deveria ser o contrário? Em Amsterdã, pessoal, é preciso rever os seus conceitos…

 

De volta a Bélgica, peguei rapidamente minhas coisas em Louvain-la-Neuve e segui direto para a Alemanha, minha intenção era parar em Berlim a caminho da Polônia, onde meus amigos me esperavam!

  • 1 mês depois...
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Thiago vc passou quanto tempo fazendo esse mochilao pela Europa? Estou planejando um de dois meses... Talvez vc possa me ajudar com algumas duvidas.

 

Obrigado,

Gustavo.

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