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MAIS UM E-MAIL DO JEFF, CABRA ARRETADO LÁ DE RECIFE:

 

VALEU GRANDE THIAGO

 

Suas dicas foram muito boas para começar a dar os primeiros pasos rumo a ilha esmeralda como voce ja sabe tenho algumas duvidas devido a pouca noticias vinda da irlanda porem nao me refiro apenas a noticia em si, mais o ponto de vista de alguem que morou e trabalhou la, por isso thiago a sua opiniao e seu toque e sempre o diferencial das noticias. Valeu tambem pelo toque sobre o futuro possivel contato com algum amigo seu que esteja indo para dublin no mesmo periodo que eu, e manterei informado sobre a data

no momento estou lapidando o ingles e terminando alguns cursos sempre de olho no momento, e por falar nele gostaria de saber qual o momento mais adequado para ir, sem muito contratempo no aeroporto e uma boa epoca para arrumar um trampo. e isso ai manterei sempre o contato com mais algumas duvidas. e com desejo que o futuro seje em tons verdes

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Fala Jeff,

 

ademas do português que utilizas e deveras, porque sim, dos pormenores que te atormenta, pois que aqui rebusco essa lápide como suicídio gráfico, ou gramático, que me vale menos do que uns punhados mas ainda assim causa o indizível efeito da graça no iletrado ou revolve os senhores da pena em sua tumbas... e que me perdoe Sabino, pois do mentecapto apenas me valho no vazio do parlatório e na compostura moral. Outrossim, ainda que tardio, di-lo-ei que no grande ser que me vês jaz apenas poucas metades, ou mesmo uma, na média do país varonil.

 

Enrolação de lado, vamos ao assunto. Infelizmente, a época perfeita pra se entrar na Irlanda não existe e te digo porque: as maiores facilidades no aeroporto você encontrará nas férias de verão, setembro e outubro, dado o grande fluxo de espanhois e italianos que vem ao país em busca do inglês, e que acaba por sobrecarregar os agentes. Por outro lado, esses mesmo turistas acabam abocanhando um pedação das ofertas de emprego geradas pelo aquecimento da economia em razão da vinda deles mesmos. Já a melhor época do ano para encontrar um trabalho é em março/abril, depois do inverno, quando tudo começa a voltar ao normal e a economia é fortalecida com a volta do sol e o final das férias de inverno.

 

Agora, esse panorama é geral e cada profissão tem sua particularidade. Na construção civil, por exemplo, os meses de março/abril já não são tão bons por causa das chuvas que atrapalham qualquer obra.

 

Minha opinião: vá entre março e junho, apesar da imigração estar mais atenta, as passagens são mais baratas, o clima já é mais ameno e voce tem um tempo de adaptação longo passando pelas férias. Não se preocupe, o nervosismo na entrada é um dos principais fatores para ser barrado. Que tal chegar dias antes do St Patrick's Day e já entornar os canecos no melhor estilo irlandês? Além de divertido, pode ser uma otima justificativa pra um turista tão fora de época, afinal de contas, para eles seria totalmente plausivel que um brazuca cruzasse o Atlantico por um pint (ou vários) da boa Guinness!

 

Ate logo,

 

Thiago de Sa

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ÚLTIMA PASSAGEM PELA ESPANHA - MADRI

 

 

Desde o momento em que comprei aquela bendita passagem de Madri a Bruxelas pela internet lá em Marrocos, todo o trecho seguinte da viagem ficou mais corrido, e de uma tal forma que me senti esgotado ao final dos dias em Lisboa, por isso, decidi pegar um ônibus noturno de Portugal até Madri, tanto para descansar quanto para aproveitar mais um dia na capital espanhola (o dia que gastaria caronando). Dessa vez, já escaldado, tinha anotado muito bem todos os dados do lugar onde ficaria - a casa de uma amiga do Ricardo, uma belga chamada Maribel - o que não adiantou de nada porque Maribel trabalhava até o fim da tarde. Sem problemas. Deixei a mochila na rodoviária e fui conhecer a cidade.

Fazia apenas um mês e meio que os atentados haviam ocorrido em Madri e isso ainda alterava a fisionomia de todos por la, apesar dos esforços em se levar uma vida normal, em continuar sendo hospitaleiros, gentis, sorridentes. No metrô, um silêncio ensurdecedor, avisos em vão, "cuidado com sua mochila", nada se movia. Parei na Estação de Atocha, para ir ao Museu Reina Sofia. Atocha, principal entroncamento dos trilhos e primeiro alvo dos terroristas, era um grande canteiro de obras, cercada por tapumes, repleta de máquinas e flores, de dores, bilhetes, desenhos de criança e uma chuva que lavava tudo e deixava tudo ainda mais triste. Como, para mim, a curiosidade mórbida dos desastres não ajuda nem constrói, não me ative por ali, fui visitar o Reina Sofia. Com seus elevadores externos e envidraçados, o lugar já começa bonito pelo prédio; lá dentro, obras de Picasso, Miró (sou eu ou todas as obras do Miró são parecidas?), Dalí e algumas poucas de artistas brasileiros. O ponto alto foi ver, frente a frente, ela, Guernica, aquela mesma pintura que ilustrava a capa do meu livro da 5º série e que retrata os horrores do massacre do vilarejo de Guernica, durante a II Guerra Mundial. Saindo do Reina Sofia, segui em direção ao centro, para conhecer otros sítios, como a Plaza Maior e seu prédio de paredes pintadas, as lojas de jamón serrano - o melhor presunto do mundo - e alguns monumentos. No caminho de volta, encontrei um ônibus onde se podia doar sangue para repor os estoques perdidos em decorrência dos atentados. Como há muito tempo não fazia isso (na Irlanda brasileiros não são aceitos como doadores por conta do risco da Doença de Chagas, é mole?), e ainda intrigado com a restrição irlandesa, resolvi tentar. Quando descobriu que eu era brasileiro, a primeira pergunta do doutor espanhol foi: "quantos anos da sua vida você morou na zona rural e em caso afirmativo sob que condições?". Pronto, o risco deste ser urbano que vos fala ter sido beijado por um besouro barbeiro cai para quase zero e só mesmo a ignorância dos cabeções irlandeses para fazê-los recusar o nosso doce néctar, o sangue tupiniquim, capaz de ressuscitar até os mais mortos e explodir os mais fortes corações europeus. Verdade é que nunca recebi tanta atenção numa doação, uma demonstração genuína de carinho, pelo amor a uma cidade coberta de memórias e unida num momento tão difícil. A todas as enfermeiras anônimas, um beijo.

Os nomes das ruas de Madri são dispostos em azulejos e sempre acompanhados de uma pintura relacionada, algo sempre muito delicado, bem feito, às vezes divertido, a cara da cidade. E foi justamente enquanto eu observava os azulejos da Calle de Leon (Rua do Leão) que algo surreal aconteceu. Lá no final da rua, observei um vulto que a primeira vista não me parecia estranho, por um momento vi minha própria imagem, mochila nas costas, roupas velhas, todo molhado e com cara de sonso, e até que a descrição caia como uma luva não fosse eu estar vendo não um espelho mas sim outra pessoa, em carne e osso e gratidão, era ninguém menos que aquele amigo de Huelva que me deu abrigo na hora do aperto! Por pura coincidência, ou presente divino, tive a oportunidade de agradecê-lo mais uma vez e abraçá-lo, antes que nossos caminhos se separassem de novo. Para onde ele ia eu não faço idéia mas tenho certeza que estava no caminho certo (que me perdoe Raul Seixas).

Madri tem muitos encantos, suas ruas, seus prédios e praças, tudo encena um charme aristocrata sem com isso ser pedante. Alamedas, exposições, monumentos, dos lugares pelos quais passei, da central dos Correios aos jardins do Rei Juan Carlos, todos tinham um brilho singular e seria muito difícil escolher o mais belo, a capital espanhola merece ser conhecida com calma e a pé, porque é caminhando que se desenvolve a velocidade ideal para os olhos. Se dentre os lugares escolher um é impossível, é certo que o que Madri tem de mais bonito é seu povo. Os senhores e senhoras bem trajados, de couros e perfumes, sorriso tranqüilo e hospitalidade fora do comum, se embaralhavam nas ruas com uma juventude ativa e bonita, boa de cabeça e decisiva na recuperação da cidade. A demonstração de força que vi naquelas pessoas foi um dos momentos mais emocionantes de toda a viagem. Força de caminhar em paz e feliz, mesmo que nos olhares de cada um se pudesse ver uma dor sem igual, uma revolta muda, a vontade de praguejar, explodir, irar, mas contra quem, contra o quê? É difícil indignar-se contra algo tão vazio quanto a bestialidade humana. Por vezes, alguns se surpreendiam com seus próprios medos e lembranças, e sentavam-se na calçada para chorar, quietinhos, antes de chegar no trabalho. As marcas de dor ainda eram profundas enquanto estive ali, mas o sentimento de vingança contra um inimigo inexistente só seria o caminho para mais miséria, mais tristezas e desespero. Numa noite alegre de bar, depois de já ter tomado algumas e se sentir mais livre dos seus fantasmas, um jovem madrilenho, Raul, que havia perdido um tio no desastre, me disse o seguinte: "o pior, o mais difícil é ter que admitir que todos nós, espanhóis, somos os maiores responsáveis pelo que aconteceu e por isso temos uma parcela de culpa em cada uma das mortes dos nossos vizinhos e parentes. Se alguém aponta uma arma na cabeça de outro decidido a matar e você tem o poder de pará-lo o que deve fazer? Levantar um cartaz e dizer que é contra? Não bastou ser contra o Aznar, não basta ir às ruas contra as decisões do governo que você elegeu e que decide não agir de acordo com os interesses da maioria, é preciso pará-lo e fazer o que é certo!". Uma dura lição que o belo povo de Madri luta para aprender. Uma pena que nem todos os povos do mundo tenham essa grandeza.

 

Aquele forte abraço aos madrilenhos e meu último adeus à Espanha - porém não definitivo - hora de pegar o bendito avião e seguir para Bruxelas, a sede da Organização das Nações Desunidas, onde homens sérios e competentes decidem o futuro do planeta, quem sabe eles não me contratam?

 

Até logo,

 

Thiago de Sá

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E-MAIL SUPER ESPECIAL DA ANNE-FRANCOISE, DA BÉLGICA:

 

Oi thiago. sou anne-françoise de Belgica, do Kot carrefour.Tudo bem? Por fim vou para o Brasil o dia 3 de noviembre (

Porto Alegre, Recife...) e depois Venezuela. Obrigada para me haver fazer

descobrir "mochileiros", me ajuda muito para preparar minha viajem! biz, até +

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Olá Anne-Francoise!!!!! Que bom receber sua mensagem!!

 

Espero que esteja tudo bem no Kot Carrefour (residência estudantil da Universidade de Louvain-la-Neuve, Bélgica) com todos, por favor, dê um grande abraço na Pacific e no Marc.

 

Em tempo: Conheci Anne-Francoise durante minha estada na Bélgica, fiquei alojado por uma semana no prédio em que ela vive. Ela foi uma das gratas exceções que encontrei por lá, muito hospitaleira e agradável, fala português e gostaria muito de vir ao Brasil. Como vocês vêem, ela virá! No intuito de ajudá-la, eu apresentei a comunidade para ela.

 

Anne, fico feliz de saber que o site tenha ajudado e também de ver que você virá visitar o Brasil. Agora, é mesmo verdade que o seu roteiro inclui Porto Alegre e Recife? Um pouco longe, não?? Você aparecerá no próximo texto, não perca essa!

 

Até logo,

 

Thiago de Sa

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E-MAIL DA PAULA:

 

Oi Tiago!!

Estais percorrendo a europa eh?

Li seus textos e fiquei curiosa pois queria fazer algo parecido, mas pra isso

vou precisar trabalhar e ficar morando algum tempo em cada país.

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Olá Paula!

 

Não estou mas estive. Agora que estou de volta finalmente tenho um pouquinho mais de tempo (uns quinze minutos, aproximadamente...) pra escrever os textos dos lugares por onde passei.

 

Acho que você deve fazer essa viagem sim, é uma experiencia animal, única e divertida. Quanto a sua idéia de trabalhar e morar em cada um dos países, acredito que a melhor opção seja, ao invés disso, concentrar esforços em um único lugar, estabelecer-se, economizar o que for necessário, pra daí sim, viajar com o dinheiro no bolso e sem o estresse de ter de se preocupar com casa, contas, procurar emprego, imigração, escola de línguas... Mesmo que você tenha o passaporte europeu e assim suas preocupações com o visto não existiriam, morar um período maior em um país te favorece o aprendizado mais profundo tanto da língua quanto da cultura, criação de amizades sólidas e tranquilidade necessaria para aumentar as chances de sucesso.

 

é isso, mais dúvidas, estamos por aqui.

 

Até logo,

 

Thiago de Sa

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tudo bem thiago? diz-me só uma coisa? quanto tempo durou esta viagem? como arranjaste dinheiro para tudo? um dos meus sonhos era fazer uma viagem assim mas como trabalho apenas tenho um mês de ferias, sendo que so posso gozar 15 dias de cada vez. no entanto mantenho a esperança de um dia poder vir a concretiza-lo.

admiro a tua força e espirito aventureiro. continua assim

abraço do PORTO.

 

 

 

 

 

p.s. disseste que os portugueses eram mal-educados, brutos... isso é o pessoal de lisboa! viesses ao Norte e tu vias o que é bem receber! lá em baixo o pessoal é mais numa de "cada um por si". eles mesmo admitem que há mais uniao entre as pessoas aqui em cima. por isso quando vieres outra vez a Portugal dá um salto até cá acima para visitares a cidade do vencedor da Liga dos Campeões da Uefa 2003/2004!!!

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tiago,

 

valeu pelas dicas... no final das contas fui para dublin, londres, paris, alemanha... depois aluguei um carro em veneza e desci pela Italia ate Roma... foi alucinante!!

 

ja estou em casa, aqui em Barcelona. quando precisar de qualquer coisa é só chamar!

 

Valeu!

fer

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